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O Troco - Estreia

 


O Troco


ESTREIA


Produção: Ranable Webs


Criada e escrita por: EZEL LEMOS

Direção artística: WANDERSON ALBUQUERQUE  



PARTICIPAM DESTE CAPÍTULO


 BRUNA MARQUEZINE - LIS

CAIO PADUAN - RODOLFO 

SÉRGIO MALHEIROS -; ANTHONY

CLAUDIA RAIA - ELVIRA

ALEXANDRE BORGES - CÍCERO

FERNANDO PAVÃO - WALTER

CACO CIOCLER - SAMIR

SOPHIA ABRAHÃO - KÁTIA

MAURÍCIO DESTRI - KAÍQUE

ANGELA FIGUEIREDO- BILONE 

VANESSA GIÁCOMO - LÍDIA 

ADRIANA LESSA - GRACINHA 




CENA 1 - INT. TARDE, ONG/ SALA 

Lis rege o coral de crianças que cantam em pé. Ela também canta de olhos fechados.

TODOS -

Se você for capaz de soltar a sua voz

Pelo ar como prece de criança

Deve então começar, outros vão te acompanhar

E cantar com harmonia e esperança

Deixe que esse canto lave o pranto do mundo

Pra trazer perdão e dividir o pão


Só o amor muda o que já se fez

E a força da paz junta todos outra vez

Venha, já é hora de acender a chama da vida

E fazer a terra inteira feliz


Quanta dor e sofrimento em volta a gente ainda tem (ainda tem)

Pra manter a fé e o sonho dos que ainda vem (ainda vem)

A lição pro futuro vem da alma e do coração

Pra buscar a paz, não olhar pra trás (com amor)


Se você começar, outros vão te acompanhar

E cantar com harmonia e esperança

Deixe que esse canto lave o pranto do mundo

Pra trazer perdão e dividir o pão


Só o amor muda o que já se fez

E a força da paz junta todos outra vez

Venha, já é hora de acender a chama da vida

E fazer a terra inteira feliz


Só o amor muda o que já se fez

E a força da paz junta todos outra vez

Venha, já é hora de acender a chama da vida

E fazer a terra inteira feliz


Só o amor muda o que já se fez

E a força da paz junta todos outra vez

Venha, já é hora de acender a chama da vida

E fazer a terra inteira feliz

Venha, já é hora de acender a chama da vida

E fazer a terra inteira feliz


Inteira feliz

Inteira feliz

Inteira feliz

Inteira feliz


Lídia chega e aplaude.

 

CENA 2 - INT. ONG/ SALA

Lis vai andando com Lídia no corredor.


LÍDIA - Você é perfeita, Lis. Às crianças amam você. Não sei o que seria de nós sem você aqui.


LIS - Ah, Lídia. Eu também não sei o que seria de mim sem esse lugar. Aqui eu me distraio,me divirto e, posso dizer que sou muito feliz nesse lugar.


LÍDIA - E na sua casa, como anda as coisas?


LIS - Eu não sou feliz em casa. Meus tios só pensam em dinheiro. Meus primos são jovens, saudáveis… Eles vivem a vida deles.


LÍDIA - Você também é jovem e pode viver sua vida.


LIS (sorridente) - Minha amiga, eu sei que você é psicóloga, mas eu não tô afim de uma consulta.


LÍDIA - Eu tô falando como amiga. Você é jovem, e ser deficiente não é razão para você não sair, se divertir.


LIS - Magina, amiga. Eu não tenho autoestima para isso. Agora eu preciso ir, meu motorista deve está esperando.


LÍDIA - Ainda vamos falar sobre isso, tá?


LIS - Tá certo.


CENA 3 - EXT. FACHADA DA ONG

Lis vai com a bengala até o carro onde Cícero está esperando com a porta do veículo aberta.

Lis entra no veículo, sua bengala cai e Cícero pega e entrega para ela.

LIS - Obrigada Cícero.


Cícero entra no veículo.


LIS - Eu vou encontrar a Nancy naquele restaurante que vou.


CÍCERO - Tá certo, dona Lis.


Cícero sai com o veículo.



CENA 4 - INT. MANSÃO DE LIS, SALA

Samir vai chegando na sala e Elvira vem atrás dele.


ELVIRA - Você tem que conseguir, Samir. Que espécie de diretor é você?


SAMIR - Janderson que manda em tudo lá na empresa. Você sabe que a Lis confia cegamente nele.


ELVIRA - Pra que essa menina quer tanto dinheiro, gente? Cega daquele jeito nunca vai casar, nunca vai ter despesas.


SAMIR - Mas ela faz questão de que tudo seja dela. Não pensa em passar uma daquelas fazendas para nós.


ELVIRA - Eu não quero nenhuma fazenda, prefiro dindin.


SAMIR - Você poderia, vender, sua burra.


ELVIRA - É você tem razão.


Os dois vão saindo conversando e Kátia e Kaique chegam ao local.


KAIQUE - Eles não param de pensar na fortuna da nossa prima.


KÁTIA - A mamãe é obcecada. 


KAIQUE - E o tio Samir não fica de fora. 



CENA 5 - RESTAURANTE/ SALÃO

Lis está na mesa, sentada, ansiosa.


LIS - Cadê a Nancy?


O telefone de Lis toca e ela atende.


LIS - Alô! Amiga! [...] Não, tudo bem. Eu sei como é problema de carro. Tá bom, amiga. 


Lis levanta da mesa, abre a bengala e vai saindo. Passa pela porta do local e ao chegar na calçada ela revela o pé e é segurada por Rodolfo.



CONTINUAÇÃO CENA 05

Rodolfo segura Lis.


LIS (assustada) - Você me livrou de cair.


RODOLFO - Foi por pouco, eu quase não conseguia.


LIS - Muito obrigada! Eu poderia ter me machucado e você me ajudou.


RODOLFO - Não foi nada. 


LIS - Eu torci o pé.


RODOLFO - Eu te ajudo, onde tá seu carro.


LIS - Eu não sei, eu vou ligar para o Cícero.


Cícero chega até eles 


CÍCERO - Dona Lis, o que aconteceu?


RODOLFO - Ela torceu o pé.


LIS - Cícero,me ajuda a ir pro carro.


RODOLFO - Eu te ajudo.


LIS - Você já né ajudou muito, quando né livrou de cair.


RODOLFO - Pois eu faço questão de ajudar outra vez.


Rodolfo segura no braço de Lis e a leva até o carro, Cícero os acompanha e ao chegar no carro, ele abre a porta. 


Lis tem dificuldade para entrar no carro e Rodolfo a pega no braço e coloca no banco traseiro do veículo.


LIS - Muito obrigada mais uma vez. Como é seu nome?


RODOLFO - Rodolfo.


LIS - Meu nome é Lis. Foi um prazer conhecer conhecer você, Rodolfo.


RODOLFO - O prazer foi todo meu. Até porque não é todo dia que se conhece uma moça linda como você.


Lis sorri sem graça.


CENA 6 - INT. MANSÃO DE LIS/ SALA

Lis entra  ajudada por Cícero. BILONE se assusta ao vê.


BILONE - Menina, o que aconteceu?


LIS - Nada demais, Bilone. Só torci o pé.


BILONE - Menina, tenha cuidado. 


LIS - Me leva pro quarto, Cícero.


CÍCERO - Dona Lis, eu queria falar sobre a minha saída, eu já lê disse que vou abrir minha oficina e queria que meu filho ficasse no meu lugar, aqui trabalhando pra senhora.


LIS - Cícero, você é um motorista tão exemplar. Não posso aceitar sua demissão. 


CÍCERO - Mas meu filho também pode ser. O Anthony é um ótimo garoto.


LIS - Eu prometo que vou pensar, mas agora me leva pro meu quarto.



CENA 7 - INT. MANSÃO DE LIS/ QUARTO

Elvira está revirando as coisas no closet de Lis.


ELVIRA - Cadê esses contratos?


Lis vai entrando com Cícero a ajudando, Elvira  faz sinal de silêncio para ele.


Cícero ajuda Lis a sentar na cama.


LIS - Tia!


Elvira se assusta.


ELVIRA - Como sabe que eu tô aqui?


LIS - Impossível não reconhecer seu perfume doce de flores de laranjeiras.


ELVIRA - Será que eu exarei no perfume?


CÍCERO - Bem, eu vou indo.


LIS - Obrigada, Cícero!


Cícero sai do quarto.


LIS - Me fala, tia. O que a senhora quer?


ELVIRA - Eu não vou mentir,minha sobrinha querida. Eu tava procurando uma graninha. Esse mês eu tive um monte de gastos.


LIS (surpresa) - Você já estourou o limite do cartão?


ELVIRA - Sim, sabe como é… Eu renovei meu guarda roupa, fiz preenchimento labial, coloquei um pouco, só um pouquinho de silicone no bumbum.e também paguei um garoto de programa que não sou de ferro, né?


CENA 8 - INT. NOITE, CASA DE GRACINHA E CÍCERO/ COZINHA 

Cícero, Anthony e Gracinha jantam na mesa.


ANTHONY - Ela não vai aceitar, pai!


CÍCERO - Vai filho. Calma. Dê tempo ao tempo.


GRACINHA - Seu pai tem razão. 


ANTHONY - E se essa dona Lis não gostar do meu trabalho?


CÍCERO - Aí o problema é dela. Eu quero me dedicar exclusivamente a minha oficina.


CENA 9 - INT. MANHÃ, QUARTO.

Rodolfo está em pé, de cueca, se olhando no espelho.

FLASHBACK:

Rodolfo segura no braço de Lis e a leva até o carro, Cícero os acompanha e ao chegar no carro, ele abre a porta. 

Lis tem dificuldade para entrar no carro e Rodolfo a pega no braço e coloca no banco traseiro do veículo.

LIS - Muito obrigada mais uma vez. Como é seu nome?

RODOLFO - Rodolfo.

LIS - Meu nome é Lis. Foi um prazer conhecer você, Rodolfo.

RODOLFO - O prazer foi todo meu. Até porque não é todo dia que se conhece uma moça linda como você.

FIM DO FLASHBACK.


Rodolfo continua em pé, se olhando no espelho.


RODOLFO - Ela é perfeita. Perfeita pra mim.



CENA 10 - INT. MANSÃO DE LIS/ QUARTO 

Lis está de camisola, penteando os cabelos. Ela sorri radiante.


LIS - Ele me chamou de linda. Ninguém nunca me chamou de linda, ninguém. Eu acho que estou apaixonada.


Lis sorri feliz.


LIS - Calma Liz, você nunca se apaixonou. Você não sabe o que é isso.


Lis fica triste.


LIS - E além do mais, quem iria querer ficar com uma pessoa que não enxerga.



CENA 11 - INT. MANSÃO DE LIS/ MESA DO CAFÉ DA MANHÃ

Elvira, Kátia e Kaique tomam café na mesa. 


ELVIRA - A Lis tá demorando acordar, hoje.


KÁTIA - Hoje ela não vai pra ong. Ela tinha falado que ia ao banco.


ELVIRA (feliz) - Hum, banco? Será que ela vai vender alguma propriedade?


KÁTIA - Se liga mãe, ela não te dar mais dinheiro do que já dá.


ELVIRA - Minha filha, não desanime sua mãe!.. 


Elvira toma seu café.


ELVIRA - Vem cá, e o Samir?


Bilone se aproxima da mesa trazendo um jarro de suco..


BILONE - Doutor Samir saiu logo cedo.


CEMA 12 - INT. ESCRITÓRIO/ SALA

Samir está em frente a Walter, ambos em pé.


WALTER - O que você veio fazer aqui, Samir?


SAMIR - Eu vim pedir mais uma vez para que me mostre os documentos das propriedades de minha sobrinha.


WALTER - Oh, Samir, eu tô cansado de você vindo aqui me importunar.Sua sobrinha é de maior e ela confia plenamente em mim. Você sabe disso.


SAMIR - Mas eu não confio! Não confio! Minha sobrinha é cega, ela não sabe o que faz, mas eu tô aqui para cuidar dos direitos dela.


WALTER - Ela é deficiente visual, mas ela é totalmente lúcia. Prova disso que ela te mantém longe dos negócios dela.


SAMIR - Você não presta! Eu vou provar pra minha sobrinha que você não é de confiança! 


Samir olha mal humorado e vai saindo chateado.


WALTER - Vá lá, boa sorte!


CENA 13 - INT. MANSÃO DE LIS/ COZINHA

Cícero está sentado na mesa com Anthony e Lis vem chegando, Cícero fica fascinado, olhando para ela.

Cícero levanta da cadeira.


CÍCERO - Dona Lis! 


LIS - Cícero, prepare o carro que eu vou sair.


CÍCERO - Patroa, eu queria lhe apresentar o novo candidato ao posto de motorista.


Cícero olha para Anthony e ele levanta da cadeira.


LIS - Cícero, eu tô apressada, por favor vá preparar o carro.


CÍCERO - Sim senhora.


Lis vai saindo.

Cícero se vira para Anthony.


CÍCERO - Ah, filho!


ANTHONY - Oh, pai, vim só dar a viagem.


Bilone chega na cozinha acompanhada de Kátia, que estranha a presença de Anthony.


KÁTIA - Quem é você? 


CÍCERO - Ah, dona Kátia. Ele é meu filho. Agora deixa eu ir tirar o carro.


Cícero sai da cozinha.


Kátia vai até Anthony e ambos se complementam.


KÁTIA - Prazer em conhecê-lo.


ANTHONY - O prazer é meu, senhora.


CENA 14 - EXT. MANSÃO DE LIS/ FACHADA 

Cícero vai dirigindo o carro, saindo da mansão. No banco traseiro, Lis vai de óculo escuro diante da janela aberta.


Rodolfo está em um táxi ao lado da mansão e segue o carro de Lis.


CENA 15 - INT. BANCO/ TERMINAL DE AUTOATENDIMENTO 

Lis está parada no terminal de autoatendimento, utilizando o caixa. No local já várias pessoas circulando.


Neste momento um homem vai se aproximando dela, Rodolfo chega até Lis.


RODOLFO - Oi!


LIS (surpresa) - Quem é?


RODOLFO - Sou eu, não reconhece minha voz?


Lis sorri, tímida.


LIS - Rodolfo?


RODOLFO - Não acredito que você lembrou!


LIS - Como eu iria esquecer do meu salvado?


Rodolfo sorri.


RODOLFO - seu não fiz nada demais.


LIS - Fez sim.


Neste momento vários assaltantes entram com grandes armamentos.


ASSALTANTES - Assalto! Assalto! Assalto!


Lis se assusta e abraça Rodolfo.


LIS (desesperada) - Rodolfo, me ajuda, por favor!


ASSALTANTES - No chão, no chão…


Rodolfo se abaixa abraçado com Lis.


A cena termina com Rodolfo e Lis abraçados no chão.






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