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O Troco - Capítulo 10

 


O Troco


CAPÍTULO 10


Produção: Ranable Webs


Criada e escrita por: EZEL LEMOS

Direção artística: WANDERSON ALBUQUERQUE 



PARTICIPAM DESTE CAPÍTULO

BRUNA MARQUEZINE - LIS 

CAIO PADUAN - RODOLFO 

SÉRGIO MALHEIROS -; ANTHONY

CLAUDIA RAIA - ELVIRA

ALEXANDRE BORGES - CÍCERO

FERNANDO PAVÃO - WALTER

SOPHIA ABRAHÃO - KÁTIA

MAURÍCIO DESTRI - KAÍQUE

ANGELA FIGUEIREDO- BILONE 

ADRIANA LESSA - GRACINHA

JÚLIA DALAVIA - NANCY

AMAURY LORENZO - DAGÔ

NANDA COSTA - NEIDE 

SILVIA PFEIFFER - CASSANDRA 




CENA 1 - EXT. TARDE, PONTE 

Rodolfo corre e é perseguido pelos homens.

Rodolfo corre muito e chega na estrada, onde está seu carro, ele entra no veículo e os homens chegam próximo, um dos homens fica na frente do veículo e Rodolfo o atropela e vai embora no veículo em alta velocidade.


Os homens ajudam o que foi atropelado e está caído no chão.


CENA 2 - INT. NOITE, MANSÃO DE LIS/ SALA 

Bilone está chorando, enquanto Walter está falando ao telefone e desliga a ligação.


Nancy chega nesse momento.


NANCY - Eu sabia que isso ia acontecer. Eu não deveria ter aceitado participar desse plano.


WALTER - Não se culpe. A Lis nos obrigou a tudo isso. Eu insisti para que a gente levasse a polícia e ela resistiu.


BILONE (chorando) - Minha menina. O que foi que ela foi fazer?


WALTER - Eu já acionei a polícia. O corpo de bombeiros já está à procura. 


Bilone enxuga as lágrimas.


BILONE - Ela vai resistir, minha menina é forte. 


IMAGENS DE MACAÉ 

DIAS DEPOIS 


CENA 3 - INT. MANHÃ, CASA DE GRACINHA E CÍCERO/ COZINHA 

Anthony, Gracinha, Cícero, Elvira, Kátia e Kaique estão surpresos e tristes, olhando para Walter.


WALTER - Ninguém queria que ela fizesse isso, mas ela quis e ninguém conseguiu tirar essa ideia da cabeça dela.


ANTHONY (triste) - Não acredito que ela se foi! 


CÍCERO - Tão jovem. Uma pessoa tão boa. 


GRACINHA - Coitada dessa menina. Que sua alma descanse em paz.


ELVIRA (chateada) - Como é que você deixou ela fazer isso, Walter? A Lis é cega, cega, você não entende isso?


WALTER - Ela era cega mas era independente, Elvira! Você para de falar dessa forma que as pessoas com deficiência conseguem ter uma vida normal. 


KAIQUE - Minha prima não merecia esse destino.


KÁTIA - Eu tô sem acreditar nisso. 


ELVIRA - Eu não me conformo. Se eu tivesse com ela não tinha permitido isso. Onde se viu isso, gente? 


WALTER - Você nunca olhou para sua sobrinha durante esses anos. Agora quer posar de boa tia? 


Elvira baixa a cabeça. 


CENA 4 - INT. MANSÃO DE LIS/ QUARTO DE LIS 

Bilone está chorando olhando as roupas no closet.


BILONE - Minha menina. Não acredito que você se foi dessa forma trágica. 


Bilone fecha o closet.


BILONE - Como se não bastasse a tragédia que foi a morte de seus pais. 


Bilone pega um porta retrato com a foto de Lis e chora emocionada.


CENA 5 - INT. CASA DE GRACINHA E CÍCERO/. QUARTO 

Anthony está triste, sentado na sua cama cabisbaixo.


ANTHONY - Ela não poderia ter feito isso comigo. Eu amava ela.


Kátia chega no local e Anthony limpa as lágrimas dos olhos.


ANTHONY - Kátia!


KÁTIA - Sua mãe falou que você tava aqui. Ela me mandou vim. Não sabia que você tinha ficado tão mal com a morte da minha prima.


Anthony levanta e tenta disfarçar a tristeza.


ANTHONY - Ela era minha patroa. Passei os últimos dias com ela, a levando aos lugares.


KÁTIA - Você tava gostando dela?


ANTHONY - Não, claro que não.


KÁTIA - Não precisa mentir pra mim, Anthony.


ANTHONY - Eu não quero falar disso. 


KÁTIA - Tudo bem. Na verdade eu vim lhe chamar para me ajudar a ajeitar um móvel que sua mãe arrumou pra nós. 


ANTHONY - Vamos lá, então.


Kátia vai saindo do quarto e Anthony a acompanha.


CENA 6 - INT. ESCRITÓRIO 

Walter está em pé, próximo da sua mesa, falando ao telefone. Ele está estressado.


WALTER - Eu quero que procure em toda área. Vocês tentem encontrar alguma pista. 


Walter desliga o telefone e coloca na mesa, ele passa a mão na cabeça, preocupado.


WALTER - O corpo dela tem que ser encontrado!


Neste momento Elvira chega na sala, deixando Walter surpreso.


WALTER - Elvira, o que você faz aqui?


ELVIRA - Eu vim saber se a minha sobrinha deixou alguma coisa pra mim.


WALTER - Não posso acreditar nisso! Você não tem vergonha, Elvira? O corpo da Los nem foi encontrado ainda. 


ELVIRA - O que foi? Ela era minha sobrinha, caramba. Ela foi dada como morta. É claro que pode sim ter me deixado o que sobrou da herança dela. Você viu o de eu tô morando, eu tô precisando de grana.


Walter anda até sua mesa e senta.


WALTER - Tudo que sua sobrinha tinha, o que restou depois do golpe, ela doou para a ONG que ela era voluntária. 


ELVIRA (chateada) - Você não tá mentindo, não é Walter? Se você tiver mentindo pra ficar com tudo…


Walter levanta da cadeira irritado e a interrompe.


WALTER - Olha aqui, se tem algum ladrão aqui nessa sala, não sou eu! 


ELVIRA - Do que você tá falando?


WALTER - A Bilone me falou das jóias. Portanto, não venha querer posar de boa tia, que você não de uma ladra.


Elvira olha Walter com muita raiva. 


IMAGENS DA PRAIA


CENA 7 - EXT. CABANA DE MADEIRA

Dagô e Neide observam uma pessoa não identificada.


DAGÔ - Ela tá melhor.


NEIDE - Comparado ao dia que chegou está bem melhor sim.


Lis está com feridas na face, deitada em uma de madeira, com um colchonete. Ela começa a acordar e Neide e Dagô, estão ali próximo a observando.


LIS - Que dor nas costas. 


Lis tenta levantar, com dificuldade.


NEIDE - Não se esforce. Você está segura.


LIS (assustada) - Onde eu tô? Quem tá falando?


Lis não olha na cara de ninguém e Neide percebe.


NEIDE - Ela parece não tá vendo.


DAGÔ - É verdade.


LIS - Eu sou deficiente visual. Quem são vocês? 


DAGÔ - Eu sou Dagô e essa é Neide, minha esposa. 


LIS (assustada) - Eu tô fazendo o quê aqui? 


NEIDE - Nós somos pescadores e encontramos você no mar, enquanto nós pescava.


LIS - No mar? 


Lis fica pensativa por um momento.


LIS - É claro, agora eu tô lembrando de tudo.


DAGÔ - Se você lembrar de algum telefone de alguém da família, tem um ponto aqui perto que pega torre.


CENA 8 - EXT. TRÂNSITO/ ÔNIBUS 

Elvira está em pé no ônibus, que está lotado de passageiros.


ELVIRA - Esse negócio é horrível. Como é que vocês aguentam andar todo dia nisso?


MULHER - Acha melhor andar a pé?


ELVIRA - Um taxizinho, pelo menos né?


MULHER - E vai comer o quê? Porque até esse dinheiro que a gente gasta no ônibus já faz muita falta no final do mês.


ELVIRA - Cruz credo! Eu não quero continuar nessa vida não.


Elvira começa a chorar desesperadamente.


HOMEM - Pessoal, a mulher aqui tá passando mal?


Vários no ônibus se comove com Elvira chorando e oferecen seus lugares.

Elvira senta em um dos lugares oferecidos.


MULHER 2 - Mas o que foi que aconteceu? 


HOMEM - É, porque a senhora tá chorando?


Elvira levanta do banco, ainda chorando.


ELVIRA - Eu não quero ser pobre.


Todos no ônibus se revoltam com ela.


MULHER 2 - Ah, larga de ser fresca.


HOMEM - Era só o que faltava. Vai te catar madame.


VÁRIAS PESSOAS - Perua! Perua! 


CENA 9 - INT. CASA DE WALTER, COZINHA 

Bilone está mexendo em algumas compras que estão na mesa e Walter está próximo falando com ela.


WALTER - Você fique a vontade quanto ao cardápio. Eu não tenho besteira com comida.


BILONE - Obrigado, amigo, por me dá esse emprego.


WALTER - Não precisa agradecer.


O celular de Walter toca e ele tira do bolso e vai saindo.


WALTER - Alô! Quem é?


Walter fica totalmente surpreso ao telefone.


WALTER - Sim, claro, eu vou. E como ela está? 


Walter respira feliz.


WALTER - Que notícia maravilhosa. Eu sei onde é… Sim.


CENA 10 - EXT. CABANA DE MADEIRA 

Walter chega de barco próximo a cabana, ele desce do transporte e vai em direção a cabana. Walter anda apressado e chega na cabana onde é recebido por Dagô e Neide.


WALTER - Dagô!


DAGÔ - Eu mesmo. 


WALTER - Cadê a Lis?


DAGÔ - Está aqui.


NEIDE - Vamos entrar.


Os três entram na cabana e Lis está com a face ferida, sentada em cadeira.

Walter fica extremamente feliz ao vê-la.


WALTER - Lis, não acredito que é você!


LIS (feliz) - Walter!


Walter abraça Lis, que chora ao reencontrá-lo.


WALTER - Não chore. Está tudo bem agora.


LIS - Aquele maldito.


WALTER - Ele vai pagar por tudo.


Lis está na saída da cabana, com Walter, ela se despede de Dagô e Neide.


LIS - Vocês salvaram minha vida. Eu serei imensamente grata.


DAGÔ - Não foi nada. 


NEIDE - Você não foi a primeira, a gente já salvou muita gente que se afogou nessa praia.


Lis e Walter entram no barco e saem na água.


CENA 11 - INT. TARDE, MANSÃO DE CASSANDRA, QUARTO - RJ

Rodolfo sai do banho com a toalha na cintura. Elvira está o esperando.


RODOLFO - O que em mãe? 


CASSANDRA - Calma meu filho, que mal humor é esse? 


RODOLFO - O papai querendo especular de onde o dinheiro veio.


CASSANDRA - Deixa meu amor, com seu pai eu me entendo.


RODOLFO - Ele não entende que o importante é que a empresa saiu do buraco.


CASSANDRA - Realmente, o dinheiro que você conseguiu vai nos tirar da lama. Aquela empresa tava afundada nas dívidas.


RODOLFO - O pai não reconhece meus esforços.


CASSANDRA - Seu pai é careta, quer tudo certinho. Deixa ele, eu vou convencê-lo a te deixar em paz.


Rodolfo beija a mãe.


RODOLFO - Obrigado.


CENA 12 - INT. MANSÃO DE LIS/ SALA

Lis chega na sala da mansão acompanhada por Walter. Ela anda triste, cansada até chegar no sofá.


LIS (tom leve) - A viagem de barco me deixou morta. Que cansativo.


WALTER - Que perigo você correu.


LIS - Eu morri e renasci. 


WALTER - Todo mundo acha que você morreu. 


LIS - Todo mundo? Minha tia, meus primos?


WALTER - Sim. O corpo de bombeiros encerrou as buscas depois de muitos dias procurando por você. Você não imagina o quanto eu me senti culpado, achando que você tinha morrido.


Lis levanta do sofá, mudando totalmente a expressão.


LIS (mal humorada) - Você não teve culpa, Walter. Ninguém teve. O único culpado foi aquele monstro.


WALTER - Imagina a felicidade da Bilone ao saber que você tá viva. Ela já está trabalhando lá em casa, porque não queria deixar ela desempregada. Eu vou chamar ela pra vim fazer sua comida.


LIS (mal humorada) - Não faça isso, Walter.


WALTER - Mas você não vai querer comer alguma coisa? 


LIS (mal humorada) - Você pede pra mim pela internet.


WALTER - Tá bom. Amanhã a Bilone vem, então.


Lis vai em direção a um vaso e alisa o objeto.


LIS (mal humorada) - Não. Eu não quero que ninguém saiba que eu estou viva.


WALTER - Porque?


LIS (mal humorada) - Eu vou fazer uma cirurgia para ver volto a enxergar. Se eu voltar a enxergar, eu vou dedicar a minha vida a me vingar de Rodolfo.


Walter fica extremamente surpreso com o que houve.


WALTER (sério) - O que você tá falando, Lis? Você já sofreu essa tentativa de morte. Você ainda vai querer enfrentar esse canalha?


LIS (mal humorada) - Eu não me importo. Eu não tenho mais medo. Eu vou fazer até o impossível para me vingar de Rodolfo, ou eu não me chamo Lis Montana! 


Walter olha incrédulo para Lis.


WALTER - Não tô acreditando. O que você quer fazer da sua vida?


LIS (mal humorada) - Eu vou acabar com ele!


A cena termina com Lis com cara de muita raiva.






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