Cena 1. Posto de Gasolina. Noite.
Talita e a mulher, sentadas em um cantinho do posto:
Mulher: Eu trabalho num bordel do outro lado da rodovia!
Talita: Um bordel...?
Mulher: Um puteiro! Mas eu tô vendo que você é do tipo santinha... Não toparia nunca um trabalho desses... Eu vejo pela sua cara e pela sua roupa que você não é dessas!
Mas Talita surpreende:
Talita: Eu topo!
Mulher: Topa?
Talita: Eu tô desesperada e não tenho mais nada a perder! Eu vou com você pra esse bordel! Preciso de grana!
Mulher: Caramba... Tô surpresa!
Talita: E onde fica esse bordel? Eu estou desesperada. Esse dinheiro vai ser muito importante!
Mulher: Do outro lado da BR! É só atravessar!
Talita se levanta e pega sua mala de rodinhas.
Mulher: Mas você tem certeza? Você pode se arrepender depois...
Talita: Tenho certeza! Minha vida já tá toda ferrada, moça! Se logo agora eu for me preocupar com dignidade e moral...
Mulher: Vem, eu te ajudo com a mala!
Talita: Eu ainda não sei seu nome!
Suzete: Pode me chamar de Suzete! E você é a...?
Talita: Talita!
Suzete: Prazer! Bonito o nome, mas acho bom usar um nome de guerra por lá! É por segurança.
Talita: Tudo bem!
As duas atravessam o posto, arrastando a mala, até chegarem na beira da rodovia, onde esperam para atravessar.
Cena 2. Casa de Praia. Sala de jantar. Noite.
Priscila e Marcelo jantam à mesa, enquanto tomam um vinho. Yara desce as escadas, com o celular no ouvido, agoniada.
Yara: Ai, Talita... Atende esse celular!
Marcelo: Não conseguiu falar com a sua afilhada?
Yara: Ainda não! Eu tô ficando preocupada! Já era pra ela ter ligado!
Priscila: Pode estar fora de área!
Yara: Mas já faz muito tempo!
Priscila: Liga pra mãe dela!
Yara: Também não queria preocupar a Kátia... Mas você tem razão!
Yara disca o telefone de Kátia e espera chamar.
Cena 3. Fazenda Martins. Quarto de Casal. Noite.
Kátia e Antônio dormindo. O telefone de Kátia toca em cima do criado mudo, ao lado da cama. Ela acorda, meio zonza e atende:
Kátia: (cel/ voz de sono) Alô?
(Alternar com Yara:)
Yara: (cel) Kátia, você já conseguiu falar com a Talita depois que ela entrou no ônibus?
Kátia: (cel) Não, não falei! Ela ainda não te ligou?
Yara: (cel) Não, minha amiga... E eu já liguei várias vezes e tá dando desligado ou fora de área!
Kátia: (cel) Ah meu Deus... (t) É, ela deve tá fora da área de cobertura...
Cena 4. Bordel. Salão. Noite.
Música sertaneja, luzes vermelhas, fumaça de cigarro e mulheres e travestis seduzindo seus clientes (com aparência de caminhoneiros) naquele ambiente extremamente vulgar e excitante. Talita e Suzete entram no local. Talita observa o ambiente, meio assustada com tudo. A cafetina do local as vê e vai até elas, estranhando Talita.
Cafetina: E aí, Suzete? (Olha para Talita) Quem é essa menina?
Suzete: Ela é a/
Talita: Eu sou a Larissa! E eu vim trabalhar hoje aqui! Se você me aceitar, é claro!
Cafetina: Hum... Ela é bonitinha...
A cafetina passa a mão pelo corpo de Talita, analisando-a.
Cafetina: Tem uma cara de santinha... Mas que na cama deve ser o maior furacão... Com certeza vai fazer sucesso com a macharada... (T) A Suzete já explicou das regras, queridinha?
Talita: Regras?
Cafetina: 40% da casa e 60% seu! Eu sugiro que você cobre 300 a hora, mas você pode negociar com o cliente, pra mais, é claro. Tá bom pra você?
Talita: Tá, tá sim!
Cafetina: Ótimo! Suzete, leva sua amiguinha lá pro quarto, dá maquiagem, dá escova de dente, depois a gente acerta!
Suzete: Tá certo! Vem... Larissa!
Suzete leva Talita até uma escada que dá acesso aos quartos.
Cena 5. Bordel. Quarto. Noite.
Talita e Suzete entram no quarto. Talita deixa a mala em um canto e deita na cama, exausta.
Talita: (cansada) Nossa, Suzete... Antes de começar os trabalhos, tenho que mandar bloquear os cartões, ligar pra minha madrinha...
Suzete: Levanta essa cabeça, mulher! Não é hora de desanimar.
Suzete joga um celular na cama. Talita pega.
Suzete: Toma meu celular. Bloqueia seus cartões e depois trata de ligar pra alguém!
Talita: Valeu!
Talita disca alguns números e faz uma ligação.
Cena 6. Diamantina. Ext. Noite.
Takes noturnos. Plano geral na fachada da delegacia da cidade.
Cena 7. Delegacia. Sala do Delegado. Noite.
A delegada em frente ao homem que sequestrou Mya.
Delegada: (impaciente) Vai falar ou não vai falar?
Homem: Não foi ninguém!
Delegada: Pela última vez! QUEM FOI O MANDANTE DO SEQUESTRO DA MYA MARTINS?
O homem baixa a cabeça. A delegada vira os olhos, irritada.
Delegada: Sendo assim, você vai passar mais essa noite na solitária!
O Homem não esboça reação. Um policial penal observava tudo através de um vidro, com olhar desconfiado...
Cena 8. Ap dos Vieira Paes. Sala. Noite.
O celular de Fernando toca em cima do sofá. Ele atende:
Fernando: (cel) Pronto? (T) Como?
Alternar com: O policial em um canto discreto da delegacia, falando ao celular, em tom de voz baixo.
Policial: (cel) É isso, Seu Fernando! A gente aqui já sabe que foi a Dona Heloísa, mulher do senhor, que mandou sequestrar a menina! A delegada é nova, tá apertando o cara e uma hora ou outra, ele vai falar! Acho melhor mandar vir algum advogado ou então...
Fernando: (cel) Tá certo! (Cansado) Ai, meu Deus... Eu vou mandar um advogado praí agora mesmo!
Ambos desligam. Fernando joga o celular no sofá, com raiva.
Fernando: (nervoso) A Heloísa é uma idiota! Burra! Retardada mental! Pra quê ela tinha que inventar de se vingar da garota? Só me arranja problema!
Ele chuta um puff, pra descontar.
Fernando: Bem fiz eu de te internar! Maluca, otária!
Ele pega o celular e faz outra ligação.
Fernando: (cel) Alô, Doutor Bernardo? Desculpa o horário, mas a questão é urgente! (T) Pra variar a Heloísa fazendo merda! E é claro que eu só confio no senhor!
Cena 9. Fazenda Martins. Quarto de Mya. Noite.
Mya e Rafael, ambos de pijama.
Rafael: Tô indo pro meu quarto, boa noite!
Mya: Por favor, Rafa! Dorme hoje aqui no quarto comigo.
Rafael: Por quê? Tá com medo?
Mya: Não, não tô com medo... É que sei lá... Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo... Tanta coisa macabra, aliás...
Rafael: Assume logo que tá com medo de dormir sozinha, pô!
Mya: Ai, tá bom seu chato! Eu tô com medo sim de dormir sozinha! Tô mesmo! Vai, me faz companhia hoje!
Rafael: É claro que eu faço! Tava brincando.
Rafael abraça a irmã e dá um beijo na cabeça dela.
Rafael: Eu te protejo!
Eles se deitam na cama de Mya e ficam abraçadinhos. Mya acaba adormecendo no ombro do irmão, já Rafael permanece de olhos abertos, pensativo...
Flashback on: (cena 15/ cap. 8)
Rafael: Oi... Tudo bem... Giovanna?
Giovanna: Tô bem e você?
Rafael: Muito melhor agora...
Rafael sorri e morde os lábios, enquanto encara Giovanna.
Flashback off.
Rafael com um sorrisinho no rosto. Ele fecha os olhos e tenta dormir...
Cena 10. Fazenda Martins. Quarto do Casal. Noite.
Antônio já dormindo. Kátia ao seu lado de olhos abertos, com insônia. Instantes e seu celular toca na mesinha de cabeceira. Ela atende rapidamente:
Kátia: (cel) Alô!
Cena 11. Bordel. Quarto. Noite.
Talita ao celular.
Talita: (cel) Oi mãe! Sou eu, Talita!
Kátia: (cel) Esse número não é o seu!
Talita: (cel) Fica calma, tá tudo bem!
Kátia: (cel) Me explica o que houve! Eu tô preocupada!
Talita: (cel) Não é pra ficar preocupada! Amanhã com tempo eu te explico tudo! Eu acabei perdendo o endereço e o telefone da Tia Yara. Me passa de novo, por favor!
Kátia: (cel) Mas perdeu como?
Talita: (cel) Já disse que eu explico amanhã!
Corta para: Talita encerra a ligação e dobra um papelzinho em que escreveu. Suzete entra no quarto.
Suzete: Bora Talita, se arruma logo que a cafifa já tá chiando lá embaixo! A casa tá cheia de cliente.
Talita: Me arrumo num instante!
Talita salta da cama, abre sua mala e pega um body preto e uma meia calça.
Talita: (vendo as peças) Ainda bem que eu trouxe isso... Nunca se sabe quando vamos precisar usar uma roupa sexy! (p/ si mesma) Respira fundo, Talita! É só por essa noite!
No close dela,
Cena 12. Bordel. Salão. Noite.
Em câmera lenta, Talita desce as escadas do bordel até chegar no salão, vestida e maquiada como pede o ambiente. Ela vai até o bar.
Talita: (ao barman) O que de mais forte cê tem aí?
Barman: Tem rabo de galo!
Talita: Pode ser esse!
O barman serve uma dose e Talita vira de uma só vez, achando fortíssimo. Um homem idoso (cerca de 70 anos), de aparência não muito agradável, chega ao lado de Talita.
Cliente: Ei coisa linda!
Talita: (virando-se pra ele) Oi...
Cliente: Mas você é uma tchutchuca... Gostei de você... (passa a mão por ela) Não me convida pra subir?
Talita olha o Cliente de cima a baixo, enojada. Close nela.
— Abertura —
Cena 13. Bordel. Quarto. Noite.
Talita (sempre tensa) e o cliente idoso entram no quarto. O cliente acende um cigarro e traga.
Cliente: Não fuma, minha delícia?
Talita: Não, obrigada!
Cliente: Olha... Toda limpinha... Dei foi sorte!
O homem apalpa Talita, que fica enojada e desconfortável.
Cliente: (apalpando-a) E é gostosa...
Talita aperta os olhos e engole seco.
Cena 14. Fazenda Martins. Cozinha. Noite.
Kátia bebe um gole d'água. Ela vai até uma prateleira, pega um fósforo e acende uma vela.
Kátia: Tomara que a Talita não tenha se envolvido em nenhuma roubada...
Ela fecha os olhos e começa a rezar.
Kátia: Meus orixás... Não deixem que nada de mal aconteça à minha menina...
Cena 15. Bordel. Quarto. Noite.
Talita e o cliente.
Talita: É... O pagamento é adiantado, tudo bem?
Cliente: Tudo bem! Até prefiro! E quanto vai ser? Manda a pedrada!
Talita: Quatrocentos... Pra uma hora!
Cliente: Gostosinha cara você, hein... Mas tá bom! Tenho que tirar esse atraso de todo jeito!
O homem abre a carteira, tira quatro notas de 100 reais e entrega a Talita, que vai logo colocar em uma bolsa.
Cliente: Agora vamo lá, que a gente já perdeu muito tempo e o azulzinho já fez efeito!
Talita: Claro...
O cliente vai tirando a roupa, se exibindo. Talita coloca a mão na cabeça, como se pensasse: "o que foi que eu vim fazer aqui?". Talita se deita na cama e o homem logo deita em cima dela. Talita fecha fortemente os olhos, odiando tudo aquilo...
Cena 16. Vila dos Mares. Praia. Calçadão. Noite.
Laura e Bianca caminham pelo calçadão da praia, enquanto tomam um sorvete.
Laura: Sorvete light, pra não fugir da dieta!
Bianca: Prefiro o normal, mas tudo pra manter o corpinho... E você não pretende passar lá no swing hoje?
Laura: De novo? Tá louca? Você vai?
Bianca: Ah eu vou... Depois do que você me disse, sobre ficar velha e pobre, eu decidi que vou começar a procurar um milionário!
Laura: Boa, Bianca! Vamos combinar que quem ficar rica primeiro, ajuda a outra!
Bianca: (ri) Combinado!
Cena 17. Bordel. Salão. Noite.
Talita desce as escadas, de cara amarrada e vai para o balcão do bar. Suzete vai ao encontro dela.
Suzete: E aí, como foi?
Talita: Foi horrível... Mas ainda bem que durou pouco. Bem menos do que eu imaginei.
Suzete dá uma risada.
Suzete: (ri) O bom de pegar esses vovozinhos é que eles são rápidos mesmo! É que nem tomar uma vacina. É ruim, mas passa logo.
Talita: Tô me sentindo suja... Queria tomar um banho, me lavar... É uma sensação estranha... Parece que eu tô com um encosto. (Se esfregando)
Suzete: Sei bem como é... Mas você vai ter que aguentar pelo menos mais uns três caras, se quiser mesmo levantar a grana que você disse.
Talita: E eu aguento! Minha mãe criou uma guerreira, não criou uma fracote! Eu vou aguentar! É como eu disse, não tenho mais nada a perder!
Suzete: É assim que se fala! (Ao barman) Desce duas doses de tequila aqui!
Barman: É pra já!
Corta para: Talita e Suzete viram a dose, balançam a cabeça e caem na risada.
Cena 18. Bordel. Exterior. Noite/Dia.
Transição da noite para o dia. Em time-lapse: os clientes vão indo embora do bordel, um a um.
Cena 19. Bordel. Banheiro. Dia.
Talita, debaixo do chuveiro, tomando um banho. Ela se esfrega fortemente.
Cena 20. Bordel. Quarto. Dia.
Talita fechando sua mala. Suzete entra no quarto.
Talita: Consegui bem mais do que eu precisava, Suzete!
Suzete: Eu sabia que você ia conseguir! Foi sofrido, mas valeu a pena!
Talita tira três notas de cem do bolso.
Talita: Eu te devo uma comissão! (Entregando o dinheiro a ela)
Suzete: (recusa) Não, não, não! Assim você até me ofende!
Talita: Ah, achei que você merecesse. Afinal foi você que me arrumou isso aqui...
Suzete: Quem trabalhou foi você! O dinheiro é seu e ninguém te tira!
Talita: Agora eu vou precisar ir! O ônibus sai daqui a pouco... Valeu por tudo, hein!
Suzete: Eu gostei muito de te conhecer! Em meio à tanta cobra invejosa nesse bordel, você foi uma luz... Você sim é amiga de verdade!
Talita: Você também! É uma ótima amiga!
As duas se emocionam e dão um abraço apertado e verdadeiro... Elas se soltam.
Talita: Até algum dia!
Suzete: Segue seu destino e seja feliz, Talita!
Talita: Pode deixar!
Suzete: Até algum dia!
Talita enxuga suas lágrimas, pega sua mala e sai do quarto... Suzete se senta na cama, triste.
Cena 21. Casa de Praia. Sala. Dia.
Priscila e Marcelo tomando café da manhã. Yara entra na casa.
Yara: Bom dia, bom dia!
Marcelo e Priscila: Bom dia!
Marcelo: Tá animada?
Yara: Minha afilhada já ligou e já está vindo pra cá!
Priscila: Eu já tô curiosa pra conhecer essa sua afilhada... Do jeito que você fala dela...
Yara: Ela é uma menina encantadora! Faz tempo que eu não a vejo, mas eu sei que ela não mudou aquele jeito meigo... Tô louca pra matar as saudades.
Priscila: Hoje eu vou pra loja dar uma mãozinha pra Aléxia! Sabe que o movimento tá tão bom que eu vou ter que contratar uma nova atendente.
Marcelo: Se o movimento já tá assim em pleno inverno... Imagina quando a gente lançar o novo tecido no verão! Aí é que a gente nada na grana!
Priscila: Vai com calma, tá meu amor!
Priscila se levanta, dá um selinho em Marcelo e vai subir as escadas.
Priscila: Vou escovar os dentes.
Yara se senta à mesa e enche uma xícara de café.
Yara: Vou filar o café da Denise!
Marcelo: Fica à vontade!
Yara tomando o café.
Cena 22. Ônibus. Interior. Dia.
Talita, sentada em uma poltrona, comendo um pacote de salgadinho. A esperança transparece em seu olhar... (Pode-se inserir aqui o instrumental da música Prefixo de verão - Banda Mel)
Cena 23. Rodovia. Exterior. Dia.
O ônibus percorre a rodovia. À frente vemos uma placa: Divisa de Estados: Minas Gerais / Rio de Janeiro.
Cena 24. Vila dos Mares. Praça. Dia.
Algumas horas depois...
O ônibus em que Talita está, estaciona em uma vaga, em frente a praça da cidade. Os passageiros começam a descer, até que desce Talita. Ela caminha pela praça arrastando a mala, até que para e respira fundo.
Talita: Hum, que cheiro de maresia... (olhando em volta) Não sei o motivo, mas tô com a impressão de que aqui a minha vida vai melhorar...
Ela vai atravessar a rua sem olhar, animada e desatenta, até que... Um carro que passava, freia bruscamente bem em sua frente. Com o susto, Talita acaba se desequilibrando e caindo. Sua mala também cai e se abre toda. Várias pessoas observam.
Talita: (caída, envergonhada) Não acredito...
Nada menos que Priscila e Marcelo descem do carro e vão ver como ela está, preocupados.
Marcelo: Ei garota, mais cuidado quando for atravessar a rua!
Priscila: Cê se machucou?
Talita: Não, só sujei a minha roupa toda... E parece que a minha mala quebrou! (Aponta para a mala aberta no meio da rua)
Marcelo: Vem, eu te ajudo a levantar!
Marcelo dá a mão a Talita e ela se levanta, limpando sua roupa.
Marcelo: Tem certeza que não machucou?
Talita: Absoluta.
Priscila: Cê tava indo pra onde?
Talita: Eu acabei de chegar aqui nessa cidade... Não conheço ninguém, aliás, só a minha madrinha e ela mora nesse endereço aqui. Vejam se vocês conhecem essa rua. (Entrega um papel para Priscila)
Priscila lê e solta um riso.
Priscila: Não acredito... E por acaso o seu nome é Talita?
Talita: (assustada) Como você sabe?
Priscila: Meu Deus, que mundo pequeno... Marcelo, é ela a afilhada da Yara!
Os três sorriem entre si. Closes alternados.
— Foco em Talita, Marcelo e Priscila / A imagem congela em preto e branco e se despedaça.
Encerramento: Prefixo de Verão - Banda Mel
Obrigado pelo seu comentário!