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NOÇÃO DO PERIGO - CAPÍTULO 9



Cena 1. Posto de Gasolina. Noite.


Talita e a mulher, sentadas em um cantinho do posto:


Mulher: Eu trabalho num bordel do outro lado da rodovia! 


Talita: Um bordel...?


Mulher: Um puteiro! Mas eu tô vendo que você é do tipo santinha... Não toparia nunca um trabalho desses... Eu vejo pela sua cara e pela sua roupa que você não é dessas!


Mas Talita surpreende:


Talita: Eu topo!


Mulher: Topa?


Talita: Eu tô desesperada e não tenho mais nada a perder! Eu vou com você pra esse bordel! Preciso de grana!


Mulher: Caramba... Tô surpresa!


Talita: E onde fica esse bordel? Eu estou desesperada. Esse dinheiro vai ser muito importante!


Mulher: Do outro lado da BR! É só atravessar! 


Talita se levanta e pega sua mala de rodinhas. 


Mulher: Mas você tem certeza? Você pode se arrepender depois...


Talita: Tenho certeza! Minha vida já tá toda ferrada, moça! Se logo agora eu for me preocupar com dignidade e moral...


Mulher: Vem, eu te ajudo com a mala!


Talita: Eu ainda não sei seu nome!


Suzete: Pode me chamar de Suzete! E você é a...?


Talita: Talita!


Suzete: Prazer! Bonito o nome, mas acho bom usar um nome de guerra por lá! É por segurança.


Talita: Tudo bem!


As duas atravessam o posto, arrastando a mala, até chegarem na beira da rodovia, onde esperam para atravessar.


Cena 2. Casa de Praia. Sala de jantar. Noite.


Priscila e Marcelo jantam à mesa, enquanto tomam um vinho. Yara desce as escadas, com o celular no ouvido, agoniada.


Yara: Ai, Talita... Atende esse celular!


Marcelo: Não conseguiu falar com a sua afilhada?


Yara: Ainda não! Eu tô ficando preocupada! Já era pra ela ter ligado!


Priscila: Pode estar fora de área!


Yara: Mas já faz muito tempo!


Priscila: Liga pra mãe dela!


Yara: Também não queria preocupar a Kátia... Mas você tem razão! 


Yara disca o telefone de Kátia e espera chamar.


Cena 3. Fazenda Martins. Quarto de Casal. Noite.


Kátia e Antônio dormindo. O telefone de Kátia toca em cima do criado mudo, ao lado da cama. Ela acorda, meio zonza e atende:


Kátia: (cel/ voz de sono) Alô?


(Alternar com Yara:)


Yara: (cel) Kátia, você já conseguiu falar com a Talita depois que ela entrou no ônibus?


Kátia: (cel) Não, não falei! Ela ainda não te ligou?


Yara: (cel) Não, minha amiga... E eu já liguei várias vezes e tá dando desligado ou fora de área!


Kátia: (cel) Ah meu Deus... (t) É, ela deve tá fora da área de cobertura... 


Cena 4. Bordel. Salão. Noite.


Música sertaneja, luzes vermelhas, fumaça de cigarro e mulheres e travestis seduzindo seus clientes (com aparência de caminhoneiros) naquele ambiente extremamente vulgar e excitante. Talita e Suzete entram no local. Talita observa o ambiente, meio assustada com tudo. A cafetina do local as vê e vai até elas, estranhando Talita.


Cafetina: E aí, Suzete? (Olha para Talita) Quem é essa menina?


Suzete: Ela é a/


Talita: Eu sou a Larissa! E eu vim trabalhar hoje aqui! Se você me aceitar, é claro!


Cafetina: Hum... Ela é bonitinha...


A cafetina passa a mão pelo corpo de Talita, analisando-a.


Cafetina: Tem uma cara de santinha... Mas que na cama deve ser o maior furacão... Com certeza vai fazer sucesso com a macharada... (T) A Suzete já explicou das regras, queridinha?


Talita: Regras?


Cafetina: 40% da casa e 60% seu! Eu sugiro que você cobre 300 a hora, mas você pode negociar com o cliente, pra mais, é claro. Tá bom pra você?


Talita: Tá, tá sim!


Cafetina: Ótimo! Suzete, leva sua amiguinha lá pro quarto, dá maquiagem, dá escova de dente, depois a gente acerta!


Suzete: Tá certo! Vem... Larissa!


Suzete leva Talita até uma escada que dá acesso aos quartos.


Cena 5. Bordel. Quarto. Noite.


Talita e Suzete entram no quarto. Talita deixa a mala em um canto e deita na cama, exausta.


Talita: (cansada) Nossa, Suzete... Antes de começar os trabalhos, tenho que mandar bloquear os cartões, ligar pra minha madrinha... 


Suzete: Levanta essa cabeça, mulher! Não é hora de desanimar.


Suzete joga um celular na cama. Talita pega.


Suzete: Toma meu celular. Bloqueia seus cartões e depois trata de ligar pra alguém!


Talita: Valeu!


Talita disca alguns números e faz uma ligação.


Cena 6. Diamantina. Ext. Noite.


Takes noturnos. Plano geral na fachada da delegacia da cidade.


Cena 7. Delegacia. Sala do Delegado. Noite.


A delegada em frente ao homem que sequestrou Mya.


Delegada: (impaciente) Vai falar ou não vai falar?


Homem: Não foi ninguém!


Delegada: Pela última vez! QUEM FOI O MANDANTE DO SEQUESTRO DA MYA MARTINS?


O homem baixa a cabeça. A delegada vira os olhos, irritada.


Delegada: Sendo assim, você vai passar mais essa noite na solitária!


O Homem não esboça reação. Um policial penal observava tudo através de um vidro, com olhar desconfiado...


Cena 8. Ap dos Vieira Paes. Sala. Noite.


O celular de Fernando toca em cima do sofá. Ele atende:


Fernando: (cel) Pronto? (T) Como?


Alternar com: O policial em um canto discreto da delegacia, falando ao celular, em tom de voz baixo.


Policial: (cel) É isso, Seu Fernando! A gente aqui já sabe que foi a Dona Heloísa, mulher do senhor, que mandou sequestrar a menina! A delegada é nova, tá apertando o cara e uma hora ou outra, ele vai falar! Acho melhor mandar vir algum advogado ou então...


Fernando: (cel) Tá certo! (Cansado) Ai, meu Deus... Eu vou mandar um advogado praí agora mesmo!


Ambos desligam. Fernando joga o celular no sofá, com raiva.


Fernando: (nervoso) A Heloísa é uma idiota! Burra! Retardada mental! Pra quê ela tinha que inventar de se vingar da garota? Só me arranja problema!


Ele chuta um puff, pra descontar.


Fernando: Bem fiz eu de te internar! Maluca, otária!


Ele pega o celular e faz outra ligação.


Fernando: (cel) Alô, Doutor Bernardo? Desculpa o horário, mas a questão é urgente! (T) Pra variar a Heloísa fazendo merda! E é claro que eu só confio no senhor!


Cena 9. Fazenda Martins. Quarto de Mya. Noite.


Mya e Rafael, ambos de pijama.


Rafael: Tô indo pro meu quarto, boa noite!


Mya: Por favor, Rafa! Dorme hoje aqui no quarto comigo.


Rafael: Por quê? Tá com medo?


Mya: Não, não tô com medo... É que sei lá... Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo... Tanta coisa macabra, aliás...


Rafael: Assume logo que tá com medo de dormir sozinha, pô!


Mya: Ai, tá bom seu chato! Eu tô com medo sim de dormir sozinha! Tô mesmo! Vai, me faz companhia hoje!


Rafael: É claro que eu faço! Tava brincando.


Rafael abraça a irmã e dá um beijo na cabeça dela.


Rafael: Eu te protejo!


Eles se deitam na cama de Mya e ficam abraçadinhos. Mya acaba adormecendo no ombro do irmão, já Rafael permanece de olhos abertos, pensativo...


Flashback on: (cena 15/ cap. 8)


Rafael: Oi... Tudo bem... Giovanna?


Giovanna: Tô bem e você?


Rafael: Muito melhor agora...


Rafael sorri e morde os lábios, enquanto encara Giovanna. 


Flashback off.


Rafael com um sorrisinho no rosto. Ele fecha os olhos e tenta dormir... 


Cena 10. Fazenda Martins. Quarto do Casal. Noite.


Antônio já dormindo. Kátia ao seu lado de olhos abertos, com insônia. Instantes e seu celular toca na mesinha de cabeceira. Ela atende rapidamente:


Kátia: (cel) Alô!


Cena 11. Bordel. Quarto. Noite.


Talita ao celular.


Talita: (cel) Oi mãe! Sou eu, Talita!


Kátia: (cel) Esse número não é o seu!


Talita: (cel) Fica calma, tá tudo bem!


Kátia: (cel) Me explica o que houve! Eu tô preocupada!


Talita: (cel) Não é pra ficar preocupada! Amanhã com tempo eu te explico tudo! Eu acabei perdendo o endereço e o telefone da Tia Yara. Me passa de novo, por favor!


Kátia: (cel) Mas perdeu como?


Talita: (cel) Já disse que eu explico amanhã!


Corta para: Talita encerra a ligação e dobra um papelzinho em que escreveu. Suzete entra no quarto.


Suzete: Bora Talita, se arruma logo que a cafifa já tá chiando lá embaixo! A casa tá cheia de cliente.


Talita: Me arrumo num instante!


Talita salta da cama, abre sua mala e pega um body preto e uma meia calça.


Talita: (vendo as peças) Ainda bem que eu trouxe isso... Nunca se sabe quando vamos precisar usar uma roupa sexy! (p/ si mesma) Respira fundo, Talita! É só por essa noite!


No close dela,


Cena 12. Bordel. Salão. Noite.


Em câmera lenta, Talita desce as escadas do bordel até chegar no salão, vestida e maquiada como pede o ambiente. Ela vai até o bar.


Talita: (ao barman) O que de mais forte cê tem aí?


Barman: Tem rabo de galo!


Talita: Pode ser esse!


O barman serve uma dose e Talita vira de uma só vez, achando fortíssimo. Um homem idoso (cerca de 70 anos), de aparência não muito agradável, chega ao lado de Talita.


Cliente: Ei coisa linda!


Talita: (virando-se pra ele) Oi...


Cliente: Mas você é uma tchutchuca... Gostei de você... (passa a mão por ela) Não me convida pra subir?


Talita olha o Cliente de cima a baixo, enojada. Close nela.


— Abertura —



Cena 13. Bordel. Quarto. Noite.


Talita (sempre tensa) e o cliente idoso entram no quarto. O cliente acende um cigarro e traga.


Cliente: Não fuma, minha delícia?


Talita: Não, obrigada!


Cliente: Olha... Toda limpinha... Dei foi sorte!


O homem apalpa Talita, que fica enojada e desconfortável.


Cliente: (apalpando-a) E é gostosa...


Talita aperta os olhos e engole seco.


Cena 14. Fazenda Martins. Cozinha. Noite.


Kátia bebe um gole d'água. Ela vai até uma prateleira, pega um fósforo e acende uma vela.


Kátia: Tomara que a Talita não tenha se envolvido em nenhuma roubada...


Ela fecha os olhos e começa a rezar.


Kátia: Meus orixás... Não deixem que nada de mal aconteça à minha menina...


Cena 15. Bordel. Quarto. Noite.


Talita e o cliente.


Talita: É... O pagamento é adiantado, tudo bem?


Cliente: Tudo bem! Até prefiro! E quanto vai ser? Manda a pedrada!


Talita: Quatrocentos... Pra uma hora!


Cliente: Gostosinha cara você, hein... Mas tá bom! Tenho que tirar esse atraso de todo jeito!


O homem abre a carteira, tira quatro notas de 100 reais e entrega a Talita, que vai logo colocar em uma bolsa.


Cliente: Agora vamo lá, que a gente já perdeu muito tempo e o azulzinho já fez efeito!


Talita: Claro...


O cliente vai tirando a roupa, se exibindo. Talita coloca a mão na cabeça, como se pensasse: "o que foi que eu vim fazer aqui?". Talita se deita na cama e o homem logo deita em cima dela. Talita fecha fortemente os olhos, odiando tudo aquilo...


Cena 16. Vila dos Mares. Praia. Calçadão. Noite.


Laura e Bianca caminham pelo calçadão da praia, enquanto tomam um sorvete.


Laura: Sorvete light, pra não fugir da dieta!


Bianca: Prefiro o normal, mas tudo pra manter o corpinho... E você não pretende passar lá no swing hoje?


Laura: De novo? Tá louca? Você vai?


Bianca: Ah eu vou... Depois do que você me disse, sobre ficar velha e pobre, eu decidi que vou começar a procurar um milionário!


Laura: Boa, Bianca! Vamos combinar que quem ficar rica primeiro, ajuda a outra!


Bianca: (ri) Combinado!


Cena 17. Bordel. Salão. Noite.


Talita desce as escadas, de cara amarrada e vai para o balcão do bar. Suzete vai ao encontro dela.


Suzete: E aí, como foi?


Talita: Foi horrível... Mas ainda bem que durou pouco. Bem menos do que eu imaginei.


Suzete dá uma risada.


Suzete: (ri) O bom de pegar esses vovozinhos é que eles são rápidos mesmo! É que nem tomar uma vacina. É ruim, mas passa logo.


Talita: Tô me sentindo suja... Queria tomar um banho, me lavar... É uma sensação estranha... Parece que eu tô com um encosto. (Se esfregando)


Suzete: Sei bem como é... Mas você vai ter que aguentar pelo menos mais uns três caras, se quiser mesmo levantar a grana que você disse.


Talita: E eu aguento! Minha mãe criou uma guerreira, não criou uma fracote! Eu vou aguentar! É como eu disse, não tenho mais nada a perder!


Suzete: É assim que se fala! (Ao barman) Desce duas doses de tequila aqui!


Barman: É pra já!



Corta para: Talita e Suzete viram a dose, balançam a cabeça e caem na risada.


Cena 18. Bordel. Exterior. Noite/Dia.


Transição da noite para o dia. Em time-lapse: os clientes vão indo embora do bordel, um a um.


Cena 19. Bordel. Banheiro. Dia.


Talita, debaixo do chuveiro, tomando um banho. Ela se esfrega fortemente.


Cena 20. Bordel. Quarto. Dia.


Talita fechando sua mala. Suzete entra no quarto.


Talita: Consegui bem mais do que eu precisava, Suzete!


Suzete: Eu sabia que você ia conseguir! Foi sofrido, mas valeu a pena!


Talita tira três notas de cem do bolso.


Talita: Eu te devo uma comissão! (Entregando o dinheiro a ela)


Suzete: (recusa) Não, não, não! Assim você até me ofende!


Talita: Ah, achei que você merecesse. Afinal foi você que me arrumou isso aqui...


Suzete: Quem trabalhou foi você! O dinheiro é seu e ninguém te tira!


Talita: Agora eu vou precisar ir! O ônibus sai daqui a pouco... Valeu por tudo, hein!


Suzete: Eu gostei muito de te conhecer! Em meio à tanta cobra invejosa nesse bordel, você foi uma luz... Você sim é amiga de verdade!


Talita: Você também! É uma ótima amiga!


As duas se emocionam e dão um abraço apertado e verdadeiro... Elas se soltam.


Talita: Até algum dia!


Suzete: Segue seu destino e seja feliz, Talita!


Talita: Pode deixar!


Suzete: Até algum dia!


Talita enxuga suas lágrimas, pega sua mala e sai do quarto... Suzete se senta na cama, triste.


Cena 21. Casa de Praia. Sala. Dia.


Priscila e Marcelo tomando café da manhã. Yara entra na casa.


Yara: Bom dia, bom dia!


Marcelo e Priscila: Bom dia!


Marcelo: Tá animada?


Yara: Minha afilhada já ligou e já está vindo pra cá!


Priscila: Eu já tô curiosa pra conhecer essa sua afilhada... Do jeito que você fala dela...


Yara: Ela é uma menina encantadora! Faz tempo que eu não a vejo, mas eu sei que ela não mudou aquele jeito meigo... Tô louca pra matar as saudades.


Priscila: Hoje eu vou pra loja dar uma mãozinha pra Aléxia! Sabe que o movimento tá tão bom que eu vou ter que contratar uma nova atendente.


Marcelo: Se o movimento já tá assim em pleno inverno... Imagina quando a gente lançar o novo tecido no verão! Aí é que a gente nada na grana!


Priscila: Vai com calma, tá meu amor!


Priscila se levanta, dá um selinho em Marcelo e vai subir as escadas.


Priscila: Vou escovar os dentes.


Yara se senta à mesa e enche uma xícara de café.


Yara: Vou filar o café da Denise!


Marcelo: Fica à vontade!


Yara tomando o café.


Cena 22. Ônibus. Interior. Dia.


Talita, sentada em uma poltrona, comendo um pacote de salgadinho. A esperança transparece em seu olhar... (Pode-se inserir aqui o instrumental da música Prefixo de verão - Banda Mel)


Cena 23. Rodovia. Exterior. Dia.


O ônibus percorre a rodovia. À frente vemos uma placa: Divisa de Estados: Minas Gerais / Rio de Janeiro.


Cena 24. Vila dos Mares. Praça. Dia.


Algumas horas depois...


O ônibus em que Talita está, estaciona em uma vaga, em frente a praça da cidade. Os passageiros começam a descer, até que desce Talita. Ela caminha pela praça arrastando a mala, até que para e respira fundo.


Talita: Hum, que cheiro de maresia... (olhando em volta) Não sei o motivo, mas tô com a impressão de que aqui a minha vida vai melhorar... 


Ela vai atravessar a rua sem olhar, animada e desatenta, até que... Um carro que passava, freia bruscamente bem em sua frente. Com o susto, Talita acaba se desequilibrando e caindo. Sua mala também cai e se abre toda. Várias pessoas observam.


Talita: (caída, envergonhada) Não acredito...


Nada menos que Priscila e Marcelo descem do carro e vão ver como ela está, preocupados.


Marcelo: Ei garota, mais cuidado quando for atravessar a rua!


Priscila: Cê se machucou?


Talita: Não, só sujei a minha roupa toda... E parece que a minha mala quebrou! (Aponta para a mala aberta no meio da rua)


Marcelo: Vem, eu te ajudo a levantar!


Marcelo dá a mão a Talita e ela se levanta, limpando sua roupa.


Marcelo: Tem certeza que não machucou?


Talita: Absoluta.


Priscila: Cê tava indo pra onde?


Talita: Eu acabei de chegar aqui nessa cidade... Não conheço ninguém, aliás, só a minha madrinha e ela mora nesse endereço aqui. Vejam se vocês conhecem essa rua. (Entrega um papel para Priscila)


Priscila lê e solta um riso.


Priscila: Não acredito... E por acaso o seu nome é Talita?


Talita: (assustada) Como você sabe?


Priscila: Meu Deus, que mundo pequeno... Marcelo, é ela a afilhada da Yara!


Os três sorriem entre si. Closes alternados.


Foco em Talita, Marcelo e Priscila / A imagem congela em preto e branco e se despedaça.


Encerramento: Prefixo de Verão - Banda Mel



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