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Destinos Ligados - Capitulo 18

Capítulo 18: (Garibaldi tenta matar Maria Eduarda).

- No capítulo anterior:
MALU: Acredita que a sua irmã é Designer? Eu acho que será maravilhoso ter uma em nossa agência, confeccionando figurinos para as nossas modelos fotografarem para os nossos catálogos de divulgação.
MARIA EDUARDA: Nossa, não sei se devo aceitar...
INGRID: E porque não deveria querida? Somos sua família e você estará entre família, que tal unir o útil ao agradável? Eu também estou abandonando minha carreira de modelo para trabalhar aqui.
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INGRID: Pelo que vejo, cheguei atrasada.
MALU: (Concorda) Chegou mesmo e se você pretende realmente trabalhar aqui, já deveria saber que eu gosto de pontualidade.
INGRID: Eu me atrasei por conta do trânsito.
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MALU: Eu também, querida e por falar em sala, preciso te mostrar a sua. Ficou pronta Renata?
RENATA: Ficou sim, podemos ir até lá agora mesmo se quiser...
(Na sala de Maria Eduarda).
MARIA EDUARDA: Essa sala é imensa...
INGRID: Realmente, praticamente duas vezes maior que a minha.
MARIA EDUARDA: (Percebe o incômodo de Ingrid) Se quiser, podemos trocar de sala, eu não me importo, na verdade nem acho que preciso de uma sala só para mim, posso trabalhar com outras pessoas...
INGRID: Estou brincando, maninha. Agora vou até a minha sala, preciso ver uns relatórios financeiros. Bom trabalho a todas! (Ingrid se retira da sala de Maria Eduarda).
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RENÉ: Mas quem é o maluco ou a maluca que está tocando assim? Tá pegando fogo no prédio? (Fala consigo mesmo antes de abrir a porta).
INGRID: (Entra assim que René abre) Que demora, hein? Até que enfim você apareceu.
RENÉ: O que você quer agora? Que pressa é essa que você não pode esperar nem que eu fosse até a agência? Já iríamos nos encontrar lá mesmo, já que você insiste na loucura de trabalhar lá...
INGRID: Chega imbecil, eu vim tratar de um assunto muito sério com você...
RENÉ: Estou todo ouvido!
INGRID: Preciso que chame aquele seu conhecido bandidinho, preciso que ele dê um jeito na Isabela, quero me ver livre dela. Você vai ligar para o Garibaldi e vai mandar que ele desapareça com ela, entendeu?
  • Fique agora com o capítulo de hoje!
Cena 01 – Flat de René [Interna/Manhã]
(René fecha a porta)

RENÉ: Então deixe-me ver se entendi, você invade o meu flat e quer ver a sua irmã gêmea morta?
INGRID: Não fui clara o suficiente? Quero que o Garibaldi mate a minha irmã, nada que ele não tenha feito antes, não é nenhuma novidade no currículo dele.
RENÉ: Mas você só pode ter ficado louca, vai matar a sua irmã assim de repente?
INGRID: (Levanta-se do sofá e vai até o bar se servir de uísque) Claro que não, querido. Eu sou extremamente inteligente, quero algo que remeta a um acidente. Sabe como é né? São Paulo é tão perigosa e as pessoas que chegam de outros lugares do país demoram a se adaptar, dão bobeira e aí acontecem os acidentes!
RENÉ: Mas você é muito mórbida mesmo. Acidente?
INGRID: Claro, faz parte das estatísticas. Acidentes acontecem todos os dias, nesse exato momento mesmo, com certeza alguém morreu ao sofrer um acidente.
RENÉ: Quem tem uma irmã como você não precisa de inimigos.
INGRID: Sou uma pessoa prevenida, ela não passou mais de vinte e cinco anos desaparecida? Vou completar esse período agora, ela não vai mais precisar aparecer.
Cena 02 – Paradise Models (Sala de Malu) [Interna/Manhã]
(Malu e Renata entram na sala da presidência enquanto conversam).

MALU: Eu não quero parecer mãe coruja, mas você viu os desenhos da Maria Eduarda? São lindos. Ela é formada na Universidade Federal de Alagoas. Queria tanto ver vivido esses momentos com a minha filha.
RENATA: Não fique assim, amiga. Veja por outro lado, você e a Maria Eduarda se reencontraram, ela se tornou essa moça linda, esforçada e formada. Tem tudo pela frente, uma vida incrível e você vai viver tudo isso, a melhor fase da vida de vocês está começando agora, pode apostar!
MALU: Tem razão, Renata!
SIMONE: (Entra na sala com uma bandeja) Com licença, eu trouxe um café e seus relatórios, como pediu.
MALU: Obrigada Simone, pode deixar em cima da minha mesa.
RENATA: Estava precisando de um café mesmo, estou com sono ainda.
MALU: Simone, você viu minha filha Ingrid? Ela saiu da sala da irmã e depois disso, não a vi mais.
SIMONE: Ela saiu apressada, quando percebi ela já estava no elevador. Não deu tempo para perguntar mais nada.
MALU: Está bem, obrigada. Pode ir!
(Simone sai da sala de Malu e fecha a porta).
MALU: Nem começou a trabalhar e já está saindo no meio do expediente... Nem me deu satisfações, onde já se viu?
RENATA: Ela deve ter uma explicação, não se precipite.
MALU: Eu queria que a Ingrid fosse diferente, sabe? Sinto ela invejosa, rancorosa... Desde criança ela era assim, não dava um beijo sequer sem receber nada em troca.
RENATA: É o jeito dela, Malu.
MALU: E é esse jeito as vezes me assusta, Renata.
RENATA: Não pense besteira, toma o seu café. Aproveita, tá uma delícia!
Cena 03 – Paradise Models (Portaria) [Externa/Tarde]
(Ingrid guarda as chaves do carro na bolsa quando se depara com Miguel parado na entrada do prédio onde fica a agência).

INGRID: Você aqui?
MIGUEL: Sim. Como vai? Como está após aquele susto?
INGRID: Eu vou bem, obrigada. A que devemos a visita? Veio ver a minha mãe? Se quiser posso te ajudar a encontrar a sala dela.
MIGUEL: Não, vim encontrar outra pessoa.
INGRID: Outra pessoa? Quem, gente?
(Maria Eduarda aparece, corre em direção a Miguel e o beija, sem perceber a presença de Ingrid no hall de entrada).



Cena 04 – Paradise Models (Portaria) [Externa/Tarde]

MARIA EDUARDA: Ingrid, boa tarde... Nem tinha te visto, como você está?
INGRID: Eu percebi. Estou bem, vocês estão juntos?
MIGUEL: É... Nós...
MARIA EDUARDA: Digamos que estamos nos conhecendo e que está sendo maravilhoso, não é?
MIGUEL: É exatamente isso. Vamos almoçar? Eu fiz reserva num restaurante.
MARIA EDUARDA: Você me dá licença agora Ingrid, nós vamos almoçar. Dentro de uma hora estarei de volta, caso precise de mim para alguma coisa, já sabe.
INGRID: Claro, sei sim... Bom almoço!
MIGUEL: Até mais Ingrid! (Miguel e Maria Eduarda vão embora e deixam Ingrid na portaria).
INGRID: Vai aproveitando sua sonsa, essa sua vida apaixonada e de trabalhadora não vai durar muito. Eu vou ficar com a sua parte da herança da nossa mãe e de quebra, ainda vou dar uns amassos no seu policialzinho. Otária! (Ingrid sorri e chama o elevador).
(O elevador para no andar onde estão instaladas as salas da diretoria e presidência).
SIMONE: A sua mãe pediu para que assim que a senhorita chegasse, fosse até a sala dela.
INGRID: Ela disse do que se trata?
SIMONE: Não disse, só pediu para te dar o recado.
INGRID: Está bem, eu vou até lá.
(Na sala de Malu).
MALU: (Tira os óculos e pousa o relatório sobre a mesa) Entra!
INGRID: A Simone me deu o recado, a senhora queria falar comigo?
MALU: Queria sim e eu vou ser bem clara Ingrid, que você sabe que eu não gosto de rodeios. Você queria largar a carreira de modelo, eu apoiei. Quis um cargo na diretoria, no começo eu não concordei, mas cedi e resolvi te dar uma chance e você mal começou e já está desaparecendo no meio do expediente? Aqui não é uma brincadeira, Ingrid...
INGRID: Tem razão mamãe, eu vou...
MALU: (Interrompe Ingrid) Quieta, que eu ainda não terminei. Eu construí essa empresa com muito esforço e pouco a pouco nos tornamos referência para todo o país. Quero que você saiba a importância disso tudo, afinal isso aqui um dia será de vocês. Sua irmã está se empenhando bastante e não quer regalias. Faça como ela e valorize o que será seu um dia!
INGRID: Terminou?
MALU: Quando sair, feche a porta.
INGRID: (Encara a mãe e sai da sala dela em seguida).
(Ingrid passa pela recepção furiosa em direção a sua sala, sem sequer olhar para Simone que está lá).
INGRID: (Entra na sala e bate a porta) Maldita, já está deixando se render pela filha hippie que conheceu há poucos dias... Eu preciso dar um jeito nela, eu vou dar um jeito nela!
(Ingrid olha para sua mesa e observa o telefone. Ao sentar em sua cadeira, liga para a sala de René).
INGRID: Alô, René? Eu preciso que você antecipe os nossos planos. Eu quero a cabeça dela, se possível ainda hoje.

Cena 05 – Hospital Paulo Toledo (Ala geriátrica) [Interna/Tarde]
(Antônio acompanha os pacientes que estão internados na ala geriátrica do hospital).
Música da cena: Ele Sonha – Gabriel Nandes

ANTÔNIO: Basta tomar as vitaminas que lhe receitei Dona Luzia, que certamente quando tiver alta a senhora vai se sentir bem melhor.
DONA LUZIA: Eu ainda fico impressionada como você é tão mocinho e já consegue ser esse médico tão preocupado com essa gente.
ANTÔNIO: Eu quis ser médico desde que vi o quanto meu pai era apaixonado pela medicina, cresci vindo visitá-lo pelos corredores desse hospital e foi assim que descobri que queria isso para mim também.
DONA LUZIA: Seu pai deve ter muito orgulho de ter um filho como você, eu adoraria ter um neto como você, mas infelizmente a vida não me deu netos.
ANTÔNIO: Posso me considerar um pouquinho seu neto, vou adorar.
(Alfredo entra na ala geriátrica para observar o andamento dos pacientes).
DONA LUZIA: Falando nele... Doutor Alfredo, estávamos falando de como o senhor deve se sentir orgulhoso tendo um filho como o Antônio, ele é tão carinhoso conosco que nem parece que estou num hospital.
ALFREDO: Eu tenho muito orgulho dele mesmo, cada vez que o encontro pelos corredores desse hospital compartilhando seus dons, meu coração transborda de orgulho sim! (Alfredo coloca o braço nos ombros de Antônio).

Cena 06 – Ruas de São Paulo [Externa/Tarde]
(René aguarda a chegada de Garibaldi numa banca de jornais do centro de São Paulo, de modo que ninguém o reconheça naquele local).

GARIBALDI: Cheguei chefe, pode dizer o que deseja!
RENÉ: Eu enviei uma foto para o seu celular de uma mulher. Preciso que você dê um jeito nela...
GARIBALDI: (Tira o celular do bolso, desbloqueia a tela e observa a foto) É a moça que estava no seu apartamento naquele dia? Ela está um pouco diferente, pintou o cabelo? Está mais escuro.
RENÉ: Essa é a irmã gêmea dela, preciso que tire ela do nosso caminho, mas sem dá muito na cara. Precisamos de algo que remeta um acidente...
GARIBALDI: Entendi. É uma pena, tão bonita, mas trabalho é trabalho, não é?
RENÉ: Exatamente, conto com o seu profissionalismo. O pagamento dessa encomenda eu farei assim que você me confirmar a execução do serviço, entendeu? Agora vou te passar o resto das coordenadas para que você a siga e descubra onde ela se esconde e qual a melhor oportunidade...
(Garibaldi presta atenção nas informações que René lhe fornece sobre como e onde ele encontrará Maria Eduarda).

Cena 07 – Jardim Saúde (Ruas) [Externa/Noite]
(Maria Eduarda está no ônibus e faz sinal que irá descer no ponto seguinte. Entra numa padaria e compra alguns itens para o jantar, na rua encontra com sua prima que está chegando do seu primeiro dia de trabalho).

MARCELA: Estava ansiosa para chegar em casa e te contar como foi meu primeiro dia lá na loja, eu atendi uma noiva que nem te conto, a mulher era uma doida...
MARIA EDUARDA: Meu primeiro dia também foi ótimo, tenho uma sala, acredita? Mas vamos para casa, estou louca para tomar um banho bem demorado e tomar um café daqueles que só você sabe fazer.
MARCELA: Não seja por isso, vamos lá para casa que eu faço um café fresquinho enquanto você toma seu banho.
(Maria Eduarda e Marcela andam pela rua até chegar no cortiço sem perceber que um carro seguiu as duas todo o caminho).
GARIBALDI: (Garibaldi para o carro em frente ao cortiço e baixa o vidro da janela) Então é aqui que você se esconde? Só que não vai se esconder por muito tempo, gatinha!

Cena 08 – Mansão Germai (Sala de jantar) [Interna/Noite]
(Malu, Alfredo, Ingrid, Antônio e Pérola jantam sentados à mesa)

MALU: Betânia, estava pensando numa coisa e vou precisar da sua ajuda.
BETÂNIA: E o que seria?
MALU: Estava pensando em promover um jantar aqui para comemorar a volta da Maria Eduarda no próximo final de semana.
ALFREDO: Que boa ideia, amor. Nunca mais fizemos nada aqui em casa, será uma boa ver essa casa cheia de novo.
PÉROLA: Está aí uma verdade, papai. Os jantares que a mamãe organiza são ótimos.
INGRID: Um jantar? Não vejo necessidade de algo tão elaborado.
ANTÔNIO: Ingrid, nossa irmã esteve desaparecida há mais de vinte e cinco anos. Nossa mãe só quer aproximar ela da gente.
MALU: Exatamente meu filho. Betânia querida, eu vou fazer uma lista de convidados e sugestões para os pratos do jantar, amanhã pela manhã te passo tudo e começaremos a organizar, certo?
BETÂNIA: Certo senhora.
Cena 09 – Apartamento de Maria Eduarda [Interna/Manhã]
(Maria Eduarda e Marcela tomam café e se preparam para sair, já que as duas irão trabalhar).

MARIA EDUARDA: Vamos Marcela, desse jeito vamos nos atrasar...
MARCELA: (Termina de tomar o café, pega sua bolsa e começa a correr) Estou pronta!
MARIA EDUARDA: (Abre a bolsa para que Marcela passe e em seguida tranca a porta após passar).
MARCELA: Você estava muito apressada, vamos chegar muito cedo no trabalho.
MARIA EDUARDA: Eu sei o que estou fazendo, Marcela. Não estamos mais em Maceió, aqui tem trânsito, o transporte está caótico, precisamos nos antecipar.
(Maria Eduarda e Marcela caminham enquanto conversam. Marcela atravessa a rua primeiro, sem perceber que Maria Eduarda deixara a chave de casa cair. Maria Eduarda então apanha a chave do chão e começa a atravessar a rua, que está tranquila).
GARIBALDI: Chegou sua hora, gatinha! (Garibaldi está em seu carro esperando uma oportunidade para cumprir seu serviço, acelerando o carro em seguida e em direção de Maria Eduarda).
MARCELA: (Percebe que o carro está indo rápido demais em direção a prima e grita) Eduarda!
MARIA EDUARDA: (Olha para o carro sem reação e se assusta).
(A imagem foca em Maria Eduarda parada no meio da rua, a cena congela e o capítulo encerra com o som de uma câmera fotografando).


Trilha Sonora Oficial – Destinos Ligados (Spotify): http://twixar.me/Jk21   

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