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Páginas do Amor - Capitulo 08

  


Páginas do Amor - Capitulo 08
Uma história original de Diego Silva


No capítulo anterior...

Célia - Acho que você precisa ler isso.

Larissa pega o envelope e olha o remetente, percebendo ser Antonio. Ela decide ler o conteúdo.


" Oi Larissa, amor... Saiba que eu nunca esqueci você... Agora vou ser sempre o seu rastro, e não vou te deixar... Tome muito cuidado." 

Célia (Em choque) - Gente... Parece que ele está te ameaçando aí... O que será que ele quer?

Larissa decide rasgar a carta e a joga no lixo, deixando Célia preocupada. 

***


Enquanto Claudio e André conversam, o médico entra, sério, e carregando o prontuário. Cláudio se preocupa.

Cláudio - Ai meu Deus... Que não sejam más notícias...

André - E então doutor... Como está o meu namorado?

Médico - Bem... Fizemos os exames, e depois de avaliarmos, chegamos ao diagnóstico de Leucemia.

André (Em choque) - Leucemia?

Médico - Infelizmente sim...


Cláudio  - Leucemia... Eu... Eu vou morrer, eu vou morrer... Eu vou...mor...rer...

André (Com lágrimas nos olhos) - Não, Amor... você não vai morrer, você precisa ser forte... Muito Forte... (Abraçando -o).


Enquanto Célia e Larissa conversam , a campainha toca e Célia vai atender. Aparece um homem com flores tampando o rosto.


 Geraldo - Eu sou seu admirador secreto?

Célia (Surpresa) - Você? 



Cena 1/Rio de Janeiro/Casa de Célia/ Interior /Noite

Célia atende a porta, e se surpreende ao ver um Geraldo com flores tampando o rosto. 

Célia (Surpresa) - Você?

Geraldo abaixa as flores, e é possível ver o seu rosto. Ele as entrega para Célia.

Célia (Surpresa) - Nunca pensei que você fosse meu admirador secreto... Só nos vimos uma vez.

Geraldo (Com olhar galanteador) - Sim...  Mas de imediato me apaixonei por você... E queria te chamar para sair...

Ouvindo tudo, Larissa se surpreende ao ver Geraldo junto de Célia. 

Larissa - Geraldo??? O que faz aqui?

Célia - O Geraldo é meu admirador secreto...

Larissa (Sorrindo) - Ah, que legal... Fico feliz em conhecer o admirador secreto da minha mãe.

Geraldo (Cumprimentando-a) - Eu me encabtei pela sua mãe de imediato... Principalmente por ser uma mulher de classe.

Célia - Você também é um cavalheiro... E gosto muito de homens assim...

Geraldo - Bem... Esse é o principal, saber tratar bem uma mulher... (T). E eu queria saber se você aceita sair comigo.

Larissa (Empolgada) - Aceita, mãe...

Célia pensa por alguns segundos, até que dá seu veredito. 


Célia - Eu... Aceito...

Geraldo (Sorrindo) - Amanhã à tarde vamos sair... Vou aguardar você.

Célia - Está certo... Também vou esperar você. Até amanhã...

Geraldo - Até...

Geraldo vai embora, e Célia coloca as flores num vaso. 

Larissa - Viu mãe? Enfim vai ter a chance de encontrar alguem...

Célia - Acha que estou em idade para ter um relacionamento?

Larissa - Está sim mãe... Dê uma oportunidade ao Geraldo.

Célia - E vou dar sim... Achei ele bonito.

Larissa (Sarcástica) - Hummm... Está rolando coisa aí...

A câmera faz um close em Célia. 


Cena 2/Rio de Janeiro /Casa de Antonio /Interior/Noite


Antônio está na sala de casa com  Fabiana, até que a campainha toca e ele vai atender. É Santiago, que chega com caixas com mercadorias.


Antônio - Estava precisando que você viesse... Temos mais mercadorias...

Santiago (Com um cigarro en mãos) - Você não sabe como foi difícil conseguir tudo... (T) E essa moça... É sua esposa?

Antônio - É sim... E à propósito, ela está grávida... E eu vou ser pai.

Santiago (Interesseiro) - Hum... Vejo que você escolheu bem...

Fabiana se levanta e se aproxima de Santiago.

Fabiana - É... Você é o chefe do Antônio?

Santiago - Sou sim... A gente tem uma sociedade juntos, e graças à isso que o Antônio foi empregado.

Fabiana - Gostei...  O Antônio agora vai precisar trabalhar muito... Afinal tem uma criança à caminho.

Antônio - Isso é verdade... Vou precisar de muito dinheiro... Muito mesmo...

Santiago - Bem, aí tem muita mercadoria que você pode vender... Cuide bem dos lucros.

Em seguida, Santiago vai embora e Antônio abre as caixas. É possível ver vários produtos, como celulares, carregadores, livros, dentre outras coisas...

Antônio (Dando risada) - Só aqui vai dar todo o dinheiro do mês...

Fabiana (Observando as mercadorias) - Tem muitas coisas boas aí... Como ele conseguiu?

Antônio - É o meu trabalho... Receptação, sabe como é ...

Fabiana - Receptação, tipo roubo?

Antônio - Sim... E eu ganho muito dinheiro, muito mesmo... Isso nem a Larissa sabia, só você sabe.

Fabiana (Sorrindo) - Isso mostra que eu sou a mulher certa para você...

Antônio - Com toda certeza, Fabi... (T). E... Vou pegar esse carregador aqui, estou precisando de um...

Fabiana - Isso não era para a venda?

Antônio (Sarcástico) - Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão...

Antonio dá um sorriso sarcástico, e em seguida toca Satisfaction.




Cena 3/ Rio de Janeiro/ Faculdade/Interior/Manhã

Mônica e Alessandro conversam na faculdade e ele a percebe pensativa. 

Alessandro - Algum problema, Mônica? Tenho percebido você tão quieta...

Monica (Passando a mão no cabelo) - Ah... A minha mãe me incomodando de novo. Acredita que ela quer que eu faça outro vestibular para eu ir para outra faculdade?

Alessandro - Como é?

Monica - A minha mãe me inscreveu nesse vestibular, que não tem para aqui, porque eu teria ... pessoas melhores. Ela quer que eu me separe de você, a todo custo. Para ela, voce é um desqualificado, que não tem nada demais, e que eu deveria arrumar alguém do meu nível... E eu já estou perdendo a paciência.

Alessandro (Indignado) - Mas que tanta implicância ela tem comigo? Desde o primeiro dia isso acontece... Você é uma menina legal, que estuda... Não tem nada para ela se preocupar, eu não faço nada de errado! Tenho certeza que isso é preconceito... E você me desculpe... Mas se eu for insultado, acho que vou proceder legalmente.

Monica - Eu já tenho essa certeza, é preconceito puro. (T). E... Eu não poderei fazer nada quanto à um possível processo. Por mais que me doa, eu não posso permitir que meu namorado seja insultado, o respeito tem que existir, e é isso que mais me incomoda.

Alessandro se põe na frente de Mônica e a abraça. 

Alessandro - Pode ter certeza, que vou lutar pot você... Eu te amo, e não quero te perder...


Monica deixa escapar algumas lágrimas, com a câmera em close. 



Cena 4/ Rio de Janeiro / Hospital /Interior/Manhã

Claudio acorda no hospital, acompanhado de André. Ele aparenta estar melhor desde a internação.

Claudio (Sorrindo) - Oi amor...

André - Oi amor... Vejo que já está melhor...

Cláudio - Estou sim... E quero receber alta o quanto antes...

André - Assim que você sair, a gente vai procurar logo o tratamento para que você se cure.

Claudio - E eu...

Enquanto André e Cláudio conversam,o médico entra, com aparência feliz. 

Médico - Bem, Claudio... Como você tem se sentido?

Cláudio - Eu estou me sentindo bem... Melhor do que nos outros dias, principalmente que meu amor André não se desgrudou de mim desde o início...

Médico - E isso é muito importante nesse para o tratamento... (T). E eu também vim dizer que você já pode ir para casa e iniciar o seu tratamento.

Cláudio (Unindo as mãos) - Ai, graças à Deus... Mas tem alguma indicação que devo seguir... O diagnóstico me preocupou muito, ainda mais que perdi meu pai dessa doença. 

Médico - A leucemia não é hereditária... Porém com o tratamento você tem grandes chances de cura, porque, pelo que vemos aqui, o seu prognóstico é bom...

André (Sorrindo) - A gente praticava academia, será que precisaremos parar?

Médico - Claro que não... Pois o exercício será um grande aliado no tratamento. (T) Além disso, existem alguns alimentos que serão muito importantes no tratamento, como os que são ricos em fibras, frutas e vegetais. Caso siga todas as orientações e o tratamento correto, as chances de cura são grandes.

Cláudio (Sorrindo) - Pode ter certeza que vou seguir o tratamento correto.

André (Brincalhão) - E ele vai sim... Senão eu mesmo o trago para cá.

O medico sorri para os dois

Médico - É só vocês passarem lá na recepção e assinarem os papéis da alta...

André ajuda Claudio a se levantar e a se arrumar, e em seguida deixam o quarto, e a câmera os segue.


Cena 5/ Rio de Janeiro/ Biblioteca/ Interior/Manhã

Miguel e Larissa almoçam juntos, no intervalo, até que começam a relembrar o dia que passaram juntos. 

Larissa - Aquele dia nosso parque foi muito bom, eu você, Felipe... Todos nós juntos da natureza...

Miguel (Sorrindo) - Da natureza e do meu amor, aliás, meus dois amores, que são você e o Felipe. (T). E como tem sido com você? O seu ex voltou a te procurar?

Larissa - Graças à Deus não... E nem estou me preocupando com isso... Ainda mais que estou com você, e sei que irá me proteger sempre...

Miguel (Segurando a mão de Larissa) - Eu não irei deixar que nada aconteça com você, amor...

Larissa sorri para Miguel, e em seguida se lembra de Geraldo. 

Larissa - Ah... E não sei se você já soube, mas ontem, o Geraldo foi lá em casa e se declarou para a minha mãe, levou flores e tudo.

Após ouvir o relato de Larissa , Miguel começa a dar risadas. 

Miguel - Meu Deus... Eu não pensei que o Geraldo fosse tão direto... Mas que bom que ele se interessou pela sua mãe, ela parece ser uma ótima mulher...

Larissa - A minha mãe é meu porto-seguro... Desde a morte do meu pai, a gente tem se ajudado sempre, conversamos, trocamos pensamentos... E eu sempre quis que a minha mãe refizesse a vida com outro homem... O  Geraldo parece ser bem respeitador.

,Miguel -  E ele é sim... Trabalha aqui há muito tempo, e nunca o vi desrespeitar nenhuma mulher... E se eu o visse, o demitiria. Mas somos grandes amigos, e super apoio o relacionamento, pois deve ter criado você muito bem, para ter se tornado a mulher incrível que é hoje.

Larissa -Tudo o que sou hoje, devo à minha mãe... E tenho certeza que o Felipe será um grande homem, assim como você.

Miguel - Suas palavras soam como poesia nos meus ouvidos...

Miguel e Larissa se aproximam e se beijam, ao som de Eu Nunca Amei Ninguém Como Te Amei, da Ivette Sangalo.



Cena 6/ Rio de Janeiro/ Restaurante /Interior/Tarde

Geraldo e Célia chegam no restaurante e ele é cordial com ela. Em seguida chegam até uma mesa.

Geraldo - Aceita alguma coisa? Refrigerante, suco, cerveja...

Célia - Eu não tomo bebida de álcool... Prefiro um suco.

Geraldo - Vou seguir você então... Afinal estamos num encontro.

Geraldo chama o garçom, e em seguida recebem os pedidos.

Geraldo - Então...  Pelo que sei, você é viúva, e a Larissa é sua filha.

Célia (Com o copo em mãos) - Sim... A Larissa é minha filha com o Benito... (Suspirando com ar triste). Que teve um infarto naquele casamento que a Larissa foi abandonada... Aquela data nunca será esquecida.

Geraldo - E... Você deve ter amado muito ele...

Célia - Amei sim... E nos últimos anos, o Benito estava gravemente doente, mas não esperávamos que fosse dessa maneira, tão sofrida...

Geraldo - Tem coisas que não dá para compreender mesmo... Agora o Miguel e a Larissa estão namorando.

Célia - Sim... E vejo a Larissa muito feliz, e só em ver minha filha bem, eu também fico feliz. (T). E você, já teve outros relacionamentos?

Geraldo - Eu já tive sim... Mas no momento estou solteiro... E quando te vi, me senti encantado...(Com ar galanteador). Achei você uma mulher de muita classe.

Célia (Sorrindo) - Bem... Com o passar do tempo, sempre vamos aprendendo sobre vários assuntos, inclusive sobre comportamento...

Geraldo - Gosto de mulheres de classe... (T). Já tive outros relacionamentos, sempre com mulheres mais velhas... E não que eu queira ser intrometido... Mas gostaria de saber sua idade.

Célia - Tenho 57 anos, e você?

Geraldo - Tenho 37 anos... São 20 anos de diferença, mas creio que não seja empecilho... para nós.

Célia (Surpresa) - Para nós?

Geraldo - Sim, para nós... (Segurando a mão de Célia). Se é que você me entende...

Célia olha para a mão de Geraldo e solta um terno olhar, até que fixa nos olhos dos dois. 


Cena 7/  Rio de Janeiro / Casa de André /Interior/Tarde

Cláudo chega em casa acompanhado de André. Ele usa um casaco, a fim de se proteger do frio. Em seguida, eles se encaminham para o quarto. 

Cláudio - Graças à Deus pude voltar para casa... Mas agora, só quero iniciar o tratamento o quanto antes..

André - Sim, sim... E eu andei me informando com o médico sobre como era... Para poder te ajudar.

Claudio (Sentando na cama) - Às vezes temo que seja algo agressivo, como foi com o pai, mas procuro pensar também no diagnóstico do médico, e procuro me apegar nisso... E me apegar na fé também.

André - Isso, amor... (T). Mas vamos procurar não pensar muito na doença... Não vai fazer bem para você, vai precisar arejar a cabeça.

Claudio - Sabe uma coisa que eu queria fazer? Tomar um banho... Uma ducha bem gelada, estou precisando.

André (Preocupado) - Será que isso não vai te fazer mal? É bom tomar cuidado.

Claudio (Sorrindo) - Você sempre preocupado comigo... Pode ficar tranquilo que só vai ser uma ducha.

André - Sim... E eu vou ficar aqui... paradinho, aguardando você sair... E pode ter certeza que não vou sair.

Cláudio - Hahaha. Pode deixar que não vai acontecer nada.

Em seguida, Cláudio dá um beijo em André e se encaminha para o banheiro. 




Cena 8/ Rio de Janeiro / Casa de Célia/Interior/Noite

Célia chega tarde em casa após o encontro. Ela entra silenciosamente, porém é vista por Larissa.

Larissa - Vejo que se divertiu bem, mãe... 23 horas já...

Célia (Tentando disfarçar) - Eu esqueci da hora completamente... (T) O Geraldo tem uma conversa tão boa... Ficamos conversando por muito tempo, ele contou da vida dele, eu falei da minha...

Larissa - E o que ele falou?

Célia - Ele não contou muito da vida dele, mas tem 37 anos, trabalha... E é bem educado, isso eu gostei... Acho que é um diferencial no homem...

Larissa - Então, mãe... Acho que você podia investir nele, parece ser um homem bom. E pelo que conheço... Ele é sim.

Célia - Eu acho que não... São 20 anos de diferença, eu tenho 57 e ele 37, pode ser que não dê certo.

Larissa - Mas, por quê? Acho que isso nao influencia... Se vocês se gostam, a diferença de idade não influencia, pelo contrário, muitas pessoas iriam ter até um exemplo de que não há idade para o amor.

Célia (Desconcertada) - Primeiro (Apontando) , eu e o Geraldo saímos como amigos, e segundo... Você está lendo livros mais, e está romantizando você demais...

Larissa (Sorrindo) - Sabe que eu sempre fui romântica...(T). E pelo que ouvi, você está descartando, é isso? Essa é uma oportunidade de conhecer uma pessoa nova, e você vai desperdiçar?

Célia - Mas eu não descarto ficar com ele... Só quero pensar bem... E você está pressionando demais. Vou tomar um banho.

Célia sai e deixa Larissa sozinha, que sorri.

Larissa - Ai mãe... Quer disfarçar, mas bem gostou do Geraldo.


Dias depois...

Cena 9/ Rio de Janeiro/ Casa de André /Interior/Manhã


Cláudio chega em casa com André, após o início do tratamento. Ele aparenta estar cansado e pálido, e senta imediatamente no sofá.

Cláudio (Com voz cansada) - Primeira sessão de quimioterapia... E eu estou tão fraco... Não sei se...

André (Interrompendo -o) - Não tem se... Sei que vai ser um tratamento duro, mas se mantenha forte, para que esse tratamento seja eficaz, e temos certeza que terá.

Cláudio - Eu fico pensando  nas próximas sessões, se vai ser assim também, e eu vou ficar fraco... Mas se for para eu me curar, estou decidido a ir até o fim... Não vou desistir.

Ouvindo as palavras do namorado, André o aplaude.

André - Agora sim... Gostei de ver a sua determinação. Tem que continuar assim, não desista!

Cláudio - E... Fico preocupado com o meu cabelo... Será que... Será que ele vai cair e vou ficar careca?

André (Dando risada) - E você se preocupa com isso? Você vai continuar lindo do mesmo jeito... O que importa è a sua saúde. (T). E... À propósito, o Antônio sabe que você está em um tratamento?

Cláudio - Eu nem contei... Quero focar no meu tratamento, e desde quando saí de casa, o Antônio nem ao menos se preocupou para ligar para mim. Então eu nem o comuniquei.

André (Pensativo) - Às vezes eu queria entender o seu irmão... Mas a minha maior preocupação é você, e ver você livre dessa doença, e tenho certeza que você vai se livrar, e logo logo estaremos felizes juntos.

Cláudio (Sorrindo)- Você sempre me anima... E... Eu não quero deixar você só...

A câmera focaliza no olhar revigorado de Cláudio, ao som de Você Pra Sempre Em Mim. 



Cena 10/  Rio de Janeiro / Biblioteca/ Interior/Manhã


Fabiana chega à biblioteca, e antes de entrar, encontra com Larissa, que mostra desagrado ao vê-la. 

Larissa - Fabiana? O que você faz aqui no meu trabalho?

Fabiana (Cínica) - Ah... Vim ver como você está... Como é o seu trabalho, o seu futuro pretendente... Não estava fazendo nada e decidi vir.

Larissa (Séria) - Eu não nasci ontem... Você veio para me humilhar... Mas saiba que você nunca será superior a mim, queridinha. (Cínica). Adeus...

Larissa vira as costas para ir embora, porém Fabiana a puxa pelo braço.

Fabiana (Furiosa) - Acha mesmo que vai virar as costas para mim? (Mudando o tom). Eu tenho uma grande novidade, eu estou grávida... Coisa que você não conseguiu, pois nem ao menos um filho você foi capaz de gerar... E ainda acabou humilhada na frente de todos...

Larissa - E você, Fabiana, sabe o que é? Uma rata! Aliás, os animais não merecem ser ofendidos por você. Às vezes penso o que tive na cabeça por ser sua amiga lá na floricultura. Só posso ter sido ingênua mesmo... (T). E desejo que esse seu filho seja bem criado,  pois uma mãe que é uma cobra, uma talarica, com um pai que é um imbecil, geraria uma péssima combinação.

Fabiana dá uma bofetada em Larissa, que revida. Então elas começam a se atracar, até que Miguel aparece e a segura. 

Miguel (Irritado) - O que está acontecendo aqui?

Larissa - É essa mulher que veio aqui me incomodar... Essa Fabiana só aparece para me incomodar, essa traidora!

Miguel (Irritado) - Olha aqui, Fabiana... Eu sei da história, então faça o favor de sair da biblioteca, pois esse é um lugar de respeito, e não um lugar de baderna. Senão vou chamar a polícia.

Furiosa, Fabiana dá um passo para trás, porem se desequilibra e cai com a barriga no chão, começando a sentir fortes dores. 

Fabiana (Com a mão no ventre) - Maldita!

Percebendo a cena, Antonio aparece, e encara Larissa. 

Antonio - O que foi que você fez?

Larissa o ignora, enquanto Miguel encara Antonio.Então, Antonio leva Fabiana para o carro.



Cena 11/ Rio de Janeiro / Lanchonete /Interior/Manhã

Natália trabalha na lanchonete e entrega alguns lanches. Então ela percebe a chegada de Tadeu e decide falar com ele. 

Natália - Tadeu...  Como foi que chegou?

Tadeu (Sarcastico) - Vim sozinho... Mentira, foi minha mãe que me trouxe... Senti sua falta.... E trouxe flores.

Natália pega as flores e sente o aroma delas. Então sorri para o namorado.

Natalia (Sorrindo) - Flores lindas... Uma pena que você não as possa ver...

Tadeu - Eu não as posso ver, mas posso sentir... Lá na floricultura, eu fui sentindo o aroma de todas as flores, até que encontrasse um que combinasse perfeitamente com você. Daí escolhi essas, e sei que devem estar lindas...

Natália - Você sempre tão romântico ... (T). À proposito, em qual floricultura você foi?

Tadeu - Eu fui na que a Fabiana trabalhava... Disse trabalhava porque soube que ela foi demitida.

Natalia (Surpresa) - Isso é sério?

Tadeu - Sim... Ela não está mais lá... Deve ter feito alguma coisa, certeza.

Natalia (Preocupada) - Gente... E ela ainda está grávida... Ela vai ter que procurar alguma coisa para ganhar dinheiro... Se bem que ela tem o Antônio, que com certeza deve ter um emprego...

Tadeu - Acho que ela devia ter seguido o seu caminho, de trabalhar e ser uma boa pessoa... A melhor prova disso é que continuou me amando mesmo cego.

Natália (Segura a mão de Tadeu) - Eu nunca te deixaria... Não seria capaz de uma crueldade dessas. (T). E eu quero servir um lanche para você. Vou te encaminhar para uma mesa.

Tadeu (Sozinho) - Eu posso ir...

Tadeu se encaminha para uma mesa, enquanto Natalia o ajuda e se encaminha para o balcão. Tadeu sorri, e toca Girasoles, de Luis Fonsi.


Cena 12/ Rio de Janeiro /Hospital / Interior/Tarde


Fabiana está deitada na cama do hospital, e acompanhada de Antonio, até que o médico entra. 

Médico - Bem, Fabiana, como está se sentindo?

Fabiana (Com a mão na barriga) - Ainda com dor na barriga... Parece que ainda sinto o golpe que levei...

Médico - Lamento informar, mas... Com a queda e o impacto, você acabou sofrendo um aborto, e passou por cirurgia.

Fabiana (Em choque) - Como é? Eu perdi o meu bebê?

Médico (Com ar sério) - Infelizmente sim... Você teve uma queda muito séria, e não pudemos fazer mais nada... Entretanto, você poderá ter outros filhos no futuro.

Antônio (Com a mão na cabeça) - Foi a Larissa, Fabiana... Ela deve ter te empurrado...

Ouvindo as palavras de Antonio e do médico, Fabiana começa a se alterar. 

Fabiana (Gritando) - Foi aquela desgraçada! Aquela maldita me fez abortar! Eu odeio aquela mulher, aquela desgraçada da Larissa!

Médico (Acalmando-a) - Acalme-se... Como eu disse, você poderá ter filhos novamente... Sei que é um momento difícil, mas é necessária muita resiliência, e...

Fabiana (Interrompendo-o furiosa) - Sai daqui! Sai!

Ouvindo os gritos de Fabiana, o médico decide deixar o quarto. 

Médico - Bem, vou deixar vocês à sós...

O médico sai, e Antonio começa a conversar com Fabiana. 

Antônio - Eu não entendo... Você não pareceu muito feliz com a gravidez... Até ficou preocupada com o corpo.

Fabiana (Alterada) - Sabe o que é? A Larissa não tem filho, então eu queria ter esse filho com você, para mostrar que sou superior a ela. Aquela maldita!

Antonio (Irritado) - Sabe o quer devemos fazer ? Devemos dar o troco neles... Digo neles porque aquele namorado dela ficou me encarando... Nós dois temos que fazer alguma coisa. Nem que a gente elimine eles. (Maquiavélico). Isso...

Fabiana - Aquela desgraçada não pode derrubar a gente...


Close no olhar de ódio de Fabiana, ao som de Erva Venenosa. 

Cena 13/ Rio de Janeiro / Casa de Célia /Interior/Tarde

Larissa chega em casa, com aparência séria. Sua mãe Célia a recebe e se preocupa com a filha. 

Célia - Como foi no trabalho, filha? Parece séria...

Larissa - Ah, mãe... Foi tudo bem no trabalho, como sempre foi... Só aconteceu uma situação desagradável pela manhã.

Célia (Curiosa) - O que aconteceu?


Larissa - Simplesmente a Fabiana foi me afrontar no trabalho... Provavelmente para esfregar a gravidez dela na minha cara.

Célia - Ela está grávida? Como assim?

Larissa - Está grávida do Antônio... E pior de tudo é que mesmo assim não deixou se ser mesquinha, tanto que ficou me provocando à todo momento, até que me estourei e disse tudo que achava dela, e ela me deu uma bofetada. Eu já estava estressada e acabamos nos engalfinhando.

Em seguida, Larissa senta no sofá e põe as mãos na cabeça.

Larissa - Essa mulher me irrita num nível...

Célia (Chocada) - Então ela nem se preocupou com a gravidez, isso podia ser prejudicial.

Larissa - Sim... Aí o Miguel apareceu e mandou ela sair, aí ela se desequilibrou e caiu, parece que com o ventre. Nisso apareceu o Antônio e a levou no carro.  (T) Tudo isso foi orquestrado ,tenho certeza.

Célia - Eu nem tenho palavras para explicar isso... Esses dois devem ser loucos, só podem... E o que eles querem fazendo isso?

Larissa - Eu não sei... E não sei o motivo pelo qual, o Antônio decidiu me perseguir se foi ele que me abandonou...

Célia - Deve ser louco... Mas devemos ter todo o cuidado, não sabemos do que são capazes.

Larissa (Pensativa) - Isso é verdade... (T). Estou precisando é tomar um banho para desestressar um pouco.

Célia - Pode ir, filha...

A câmera foca em Larissa. 



Dias depois...

Cena 14/ Rio de Janeiro /Casa de Teresa/Interior/Manhã

Já de alta, Fabiana chega com Antônio à casa de Teresa. Como de costume, Teresa recebe o casal com desagrado. Ela abraça Fabiana, porém apenas estende a mão para Antonio.

Antônio (Cínico) - Vejo que a senhora ainda não gosta de mim... É uma pena...

Teresa (Séria) - Eu preferia ver a minha filha sozinha, do que com você. Mas como você vai ser pai do meu neto... Vou ter que aceitar...

Fabiana (Com ar triste) - Bem... Esse filho não vai vir mais...

Teresa - Como assim não vai vir?

Fabiana - Eu ... Eu perdi o bebê, foi uma fatalidade...

Teresa (Triste) - Meu Deus, que tristeza... Vejo que você deve estar arrasada com essa perda... Mas você é jovem, e...

Fabiana (Interrompendo -a) - Não fale mais... Já estou muito incomodada com a perda do meu filho...

Antônio - A verdade é que... Foi culpa da Larissa , e eu vi tudo... (Alterando a voz). Essa mulher fez nosso filho morrer...

Teresa (Indignada) - Por que vocês sempre culpam essa mulher? Será que não é o reflexo de suas atitudes?

Fabiana (Cínica) -  Reflexo de que? Se eu não fiz nada...

Antônio (Entrelaçando a mão em Fabiana) - Sabia que sua mãe iria contra...

Teresa (Irritada) - Contra eu sempre fui... Por mim esse relacionamento nem existia mais...

Irritada com a mãe, Antônio se chateia e segura a mão de  Fabiana. 

Antônio -  Vamos logo embora, para a gente fazer outra coisa.

Fabiana (Sarcástica) - Ah, sim... Claro... (T). Adeus mãe...

Fabiana e Antônio deixam a casa, enquanto Teresa fica pensativa.

Teresa - Minha filha... Quando você vai mudar?


Cena 15/ Rio de Janeiro / Escola /Interior/Manhã

Felipe está na sala de aula com seus colegas de classe. A sala tem vários trabalhos dos alunos afixados na parede, contando com uma turma de 15 crianças. A professora termina de apagar o quadro, e pega um folheto. 

Professora - Estou com a circular da festa do Dia das Mães, que irá ocorrer em algumas semanas.

Ouvindo a professora falar do Dia das Mães, Felipe fica triste, e ela vai falar com o menino.

Professora - O que houve, Felipe? Por que está triste?

Felipe - Ah... Por que eu sempre fico triste, já que a minha mãe não pode estar comigo na festa... E todos os meus amiguinhos vão estar com as mamães deles...

Professora (Consolando-a) - Mas você não precisa ficar triste... A sua mãe ainda está presente no seu coração... E caso queira, pode trazer alguma pessoa que seja especial para você.

Ao ouvir a professora, Felipe fica sorridente.

Felipe - Quer dizer que  eu  posso trazer alguém para homenagear no Dia das Mães?

Professora - Sim, Felipe... Você pode trazer quem você quiser... (Limpando o rosto do menino). Não precisa ficar triste.

Felipe (Sorrindo) - Eu vou trazer a namorada do meu papai!

A câmera foca no rosto sorridente de Felipe.


Cena 16/ Rio de Janeiro /Biblioteca /Exterior/Manhã

Miguel e Larissa deixam a biblioteca de mãos dadas. Eles olham para o alto, a fim de admirar o dia ensolarado. 

Larissa - O dia está tão lindo hoje... Dá até vontade de caminhar pela rua...

Miguel - Está lindo  sim... (Sorrindo) Mas não tão lindo como você...

Larissa - Pelo menos o Antonio e a Fabiana não apareceram mais... Não sei de nada deles.

Miguel - Esses dois tinham que ficar longe da gente. Por que não se mudam?

A câmera de desloca para o carro de Antonio e Fabiana, vários metros atrás. Antonio observa o casal com um binóculo. 

Antonio - Olha lá... Estão conversando na calçada... Temos que aproveitar a primeira oportunidade para ir para cima deles...

Fabiana - Estamos de cinto de segurança, que é o melhor... (Sarcástica) A segurança deles não me interessa.

Antonio (Maquiavélico) - Isso... Vamos agora...

Antônio acelera o carro e vai na direção de Larissa e Miguel. 

Miguel - Cuidado!

A tela congela em Miguel, formando um livro.



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