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Amor Astral - Capítulo 43 (Reprise - Últimos Capítulos)

 



Capítulo 43 (Última Semana)

- No capítulo anterior:

DELEGADO ALMEIDA: E que motivos Carolina Montenegro teria para matar a sua mãe?

IARA: Muitos! Carolina Montenegro tinha um passado que gostaria de manter guardado a todo custo.

INSPETORA CARINA: Tipo? (Questiona curiosa).

IARA: Carolina foi prostituta, trabalhava na noite lá em Correntes, no cabaré da cidade. Se envolveu com o fazendeiro dono do haras, lhe aplicou um golpe e fugiu com boa parte do seu dinheiro, em seguida fugiu e teve um filho dele que abandonou posteriormente. Minha mãe a abrigou e cuidou do filho dela durante anos, ela estava cobrando dinheiro por isso e ameaçava expor a verdade publicamente. Carolina armou uma emboscada e ela matou a minha mãe a sangue frio!

DELEGADO ALMEIDA: E devo supor que você descobriu tudo isso sozinha, investigando por conta própria, não foi?

IARA: Eu já entendi o que vocês querem, chama-se de averiguação, não é? Não existe mandado de prisão, eu já disse tudo que sabia. Agora eu tenho que ir, já está tarde e eu quero pegar o próximo ônibus para Correntes, passar bem! (Iara levanta-se e vai embora em seguida).

INSPETORA CARINA: Essa daí tá mentindo, eu tenho certeza de que ela está metida nessa história suja.

DELEGADO ALMEIDA: E quanto mais mexemos nessa história, mais podre ela fica. Quem diria, prostituta? Estou surpreso.
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CADU: Achei! (Grita).

BEATRIZ: O que? Responde, o que você viu?

CADU: Espera, deixa eu voltar o vídeo... (Cadu volta o vídeo e solta na velocidade normal).

BEATRIZ: Santo Deus! (Surpreende-se ao ver uma pessoa fantasiada de morte deixar o hotel). Quem será essa pessoa?

CADU: Vamos mostrar essas imagens ao delegado e ele terá que descobrir quem é. Agora já sabemos que outra pessoa esteve presente na cena do crime e pode ter matado a Carolina.
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BEATRIZ: Eu mal posso esperar para ver a cara do delegado ao saber o que descobrimos!

CADU: Descobrir a verdadeira identidade do assassino virou uma verdadeira questão de honra agora.

(Atrás de uma árvore na praça, Alberto os observa).

ALBERTO: (Aponta uma arma e mira na direção do irmão) Agora sim chegou a sua hora Carlitos e eu não vou errar dessa vez!

- Fique agora com o capítulo de hoje!

Cena 01 – Ruas de Correntes [Externa/Noite]
(Cadu e Beatriz conversam ao lado do carro da jornalista).

ALBERTO: Sai da frente desgraçada, senão você vai ser apagada também! (Fala consigo mesmo).

BEATRIZ: (Fica na frente de Cadu, sem perceber o perigo que está correndo) Fique tranquilo meu amor, eu tenho certeza que a verdade irá aparecer, o importante também é que o exame de balística comprovou que você não a matou. (Beija Cadu).

CADU: Mas quem colocou a arma na minha não e porque queria me incriminar? Isso que eu gostaria de entender.

ALBERTO: (Se aproveita para o momento, já que finalmente Beatriz sai da frente do irmão) Agora sim, você não me escapa! (Alberto coloca o dedo no gatilho).

ORLANDO: Você não vai fazer isso de novo, não cometa essa burrada... (Diz ao surgir atrás de Alberto sem que ele perceba).

(Nesse momento, uma viatura que está encarregada de cuidar da segurança de Cadu e sua família se aproxima).

POLICIAL: (Para o carro próximo ao empresário) Está tudo bem por aqui?

CADU: Sim, sim agente. Muito obrigado pela presteza!

ALBERTO: (Abaixa a arma) Se você pensa que eu vou desistir, você está enganado... Cedo ou tarde eu vou conseguir me vingar de você e te mato. Vou deixar essa passar, mas eu voltarei em breve, sua batata tá assando.

CADU: Podemos ir para casa, quero descansar para irmos amanhã cedo até a delegacia. (Diz ao entrar no carro).

BEATRIZ: Sim, coloca o cinto e vamos embora! (Diz ao ligar o carro).

Cena 02 – Casa de Luiza [Interna/Noite]
(Luciana segura a neta enquanto é observada pela irmã).

LUCIANA: (Segura a neta).

LUIZA: Você já segurou a menina demais e já está andando demais na minha casa para o meu gosto. Me dá a menina e você já pode ir para a sua casa!

LUCIANA: Agora? Acho que você não vai poder cuidar da menina.

LUIZA: Como não? Do que você está falando?

LUCIANA: Você tem visita...

LUIZA: (Olha para a porta de entrada e vê Otto parado) Você aqui, de novo?

OTTO: Sim, eu vim conversar com a Beatriz e o Cadu... E te ver também!

LUCIANA: Eu vou levar a Alice para o quarto e vou deixa-los sozinhos. (Luciana levanta do sofá segurando a menina e vai para o quarto).

LUIZA: Eu não sei mais o que fazer para você parar de me importunar.

OTTO: Não é inoportuno quando as duas pessoas querem ficar perto uma da outra. Você pode negar, mas não é isso que os seus olhos estão me dizendo. (Se aproxima de Luiza).

LUIZA: Não diga besteiras, não tenho mais idade para agir feito garotinha.

OTTO: Você ainda é jovem e pode refazer a sua vida, superar a decepção que viveu.

LUIZA: Vá embora, pare de dar palpites sobre a minha vida. Eu não quero continuar falando sobre isso, já chega, já chega...

OTTO: (Interrompe Luiza com um beijo).

Cena 03 – Kitnet de Iara [Interna/Noite]
(Alberto chega em casa furioso por não ter conseguido matar o irmão).

IARA: O que foi? Porque entrou desse jeito?

ALBERTO: Escapou de novo, o desgraçado do meu irmão tem mais sorte do que eu consegui prevê. Ele sempre consegue escapar!

IARA: É uma loucura dar cabo na vida do seu irmão nesse momento, principalmente com a polícia te caçando do jeito que está. É melhor esperar a poeira baixar, não meta os pés pelas mãos.

ALBERTO: Estou começando a pensar que você tem razão, vou esperar a poeira baixar e pensarem que eu desapareci do mapa, e depois...

IARA: E depois? (Questiona para que Alberto prossiga o que iria dizer).

ALBERTO: E depois eu irei acertar nele onde mais dói. O meu irmão não perde por esperar! (Conclui).
Cena 04 – Delegacia [Interna/Manhã]
Música da cena: Encantada – Rafael Cortez e Sabrina Parlatore
(O dia amanhece, imagens da cidade de Recife são apresentadas, revelando em seguida a fachada da delegacia. Em seu interior, Cadu e Beatriz se reúnem com o delegado e a inspetora).

CADU: E então, o que me diz? (Questiona ao delegado).

INSPETORA CARINA: Que coisa mórbida essa fantasia...

DELEGADO ALMEIDA: Sim, não resta dúvidas que outra pessoa esteve no hotel abandonado. Agora precisamos identificar se conseguimos mais imagens pelas redondezas e seguir os passos dessa pessoa misteriosa. Pelo horário, claramente ela pode ter matado Carolina Montenegro!

 BEATRIZ: Então isso quer dizer que vamos conseguir capturar o assassino ou assassina logo?

DELEGADO ALMEIDA: Não necessariamente, Beatriz. Lembre-se que a vítima foi assassinada em plena terça-feira de carnaval, grande parte dos foliões estavam fantasiados e isso inclui a possibilidade de mais de uma pessoa usar a mesma fantasia. É uma pista, mas ao mesmo tempo é como encontrar uma agulha no palheiro...

CADU: Ou seja, o senhor quer dizer o que?

DELEGADO ALMEIDA: Que eu espero que possamos encontrar essa pessoa e interroga-la, mas isso pode demorar dias, semanas ou até meses... Eu sinto muito!

CADU: Não sinta, delegado. Pode passar anos, eu faço questão de ajudar a descobrir quem matou a Carolina! (afirma).



Cena 05 – Ruas de Correntes [Externa/Manhã]
Música da cena: A Gente Samba – Gabriel Nandes
(As ruas da cidade de Correntes estão cada vez movimentadas e as pessoas seguem suas rotinas).

- Delegado Almeida e a Inspetora Carina observam um mural com fotos dos suspeitos do assassinato de Carolina.
- Beatriz e Cadu namoram deitados na cama.
- Tobias, Clarissa e Gael continuam nos preparativos para o casamento.
- Alberto e Iara transam intensamente.
- Eulália e Severino continuam numa relação de gato e rato.
- Doralice continua crescendo nas redes sociais e faz cada vez mais sucesso.
- Guilherme faz fisioterapia com ajuda de Daniel.
- Beatriz volta e escrever seu livro.
- Clarissa experimenta seu vestido de noiva.

ALGUNS MESES DEPOIS...

Cena 06 – Casa de Benedito [Interna/Manhã]
Música da cena: Não Olha Assim Pra Mim - OutroEu
(Chega o dia do casamento de Clarissa e Tobias. Em sua casa, ela é arrumada por um cabeleireiro na companhia de Beatriz que é sua madrinha).
BEATRIZ: Você está ficando linda, amiga!

CLARISA: Eu estou nas nuvens, mal acredito que esse dia chegou. Não pensava que esse sonho fosse se tornar realidade algum dia.

BEATRIZ: Acredite, o sonho é real... (Diz ao se aproximar da amiga, olhando para as duas refletidas no espelho).

CLARISA: (Se emociona).

BEATRIZ: Não chore, vai borrar a sua maquiagem. Hoje é dia de alegria, de ser feliz. Apenas bons sorrisos!

CLARISSA: Você tem razão, não vou mais chorar... Vamos retocar a maquiagem agora? (Diz ao cabeleireiro).


Cena 07 – Delegacia [Interna/Tarde]

Atenção leitor(a): A partir de agora faremos uma viagem no tempo e regressaremos algumas décadas e vidas passadas, as próximas cenas serão ambientadas na década de 50.

Correntes, 1953

DELEGADO TOBIAS: A que devo a honra da visita? (Diz ao ver Beatriz).

BEATRIZ: Eu preciso continuar insistindo, mesmo que o senhor queira pensar que eu sou louca.

DELEGADO TOBIAS: Sente-se! (Estende a mão direcionando onde Beatriz pode se acomodar).

BEATRIZ: Não me leve a mal doutor, mas o senhor tem que encontrar alguma forma de ligar os fatos, o meu marido não matou ninguém. A verdadeira assassina e criminosa é a minha prima, a Carolina...

DELEGADO TOBIAS: De novo essa história, Senhora Grimaldi? Não faz o menor sentido acusar a sua prima, não há indícios de que ela tenha matado ninguém. A arma utilizada para assassinar o bicheiro pertencia ao seu marido, tudo leva a crer que foi ele, eu entendo que você queira salvar o seu marido, mas infelizmente ele irá a julgamento.

BEATRIZ: Está bem, se a justiça quer fechar os olhos, que feche! Eu vou investigar por conta própria e farei minha prima confessar que ela é a responsável pelos dois assassinatos. Eu juro! (Levanta-se e sai).

Cena 08 – Chácara Boa Vista [Interna/Manhã]
Música da cena: You Are My Destiny – Paul Anka
(Carolina lê o jornal e se informa sobre as novidades do caso de Orlando).

CAROLINA: Ora, ora, ora! O meu querido Orlandinho vai a júri popular... Alguém tem mesmo que pagar pelos crimes cometidos, uma pena que não serei eu, não é mesmo? (Carolina fala enquanto lê as notícias. Em seguida encarra a pessoa misteriosa que segue de costas, não revelando se é homem ou mulher). O que foi? Não me olhe com essa cara, eu só armei tudo isso com a sua ajuda... Sei que os planos não deram certo e a Beatriz continua com todo o dinheiro da nossa família, mas eu vou dar um jeito de me livrar dela... Pode anotar!

Cena 09 – Igreja Nossa Senhora da Conceição [Interna/Manhã]
Atualmente, 2020.
(Os convidados começam a chegar na igreja para o casamento).

MARILDA: Vamos sentar ali... (Diz a Israel que a acompanha).

ISRAEL: Vamos!

EULÁLIA: Espero que não demore muito, estou com muito calor. Está quente hoje, não acham?

SEVERINO: Não, eu não acho.

LAURINHA: Eu também não estou com esse calor todo, minha filha! Não vá me dizer que você já...

EULÁLIA: Mamãe, cuidado com o que vai dizer, estamos na igreja.

CADU: (Conversa com Benedito e Tobias no altar) Imagino que os dois homens mais nervosos da face da terra estão reunidos no mesmo altar agora...

TOBIAS: Eu estou muito ansioso, nunca me casei antes.

BENEDITO: Serão muito felizes, tenho certeza disso.

TOBIAS: O senhor sempre com essas falas em tom de mistério... Um dia eu me acostumo com isso!

CADU: Mais do que mistério, o Seu Benedito diz o que sente, não é mesmo?

BENEDITO: Eu não gosto de saber tantas coisas, mas elas vêm até mim sem que eu queira... Enquanto a você, Cadu... Fique atento e se cuide!

TOBIAS: O que o senhor quis dizer com isso?

CADU: Eu acho que sei do que ele está falando, ou melhor, de quem...

Cena 10 – Kitnet de Iara [Externa/Noite]
(Iara e Alberto conversam sobre os próximos passos que ele irá tomar).

ALBERTO: Então, você conseguiu compreender o plano? Precisa repassar alguma parte?

IARA: Não, não... Eu entendi perfeitamente! É meio arriscado, mas acredito que dará certo.

ALBERTO: Vai dar certo, tem que dar! Será minha cartada final, depois disso... Pode acontecer o que tiver de acontecer, não terei mais nada a perder.

IARA: Você falando assim, dá até arrepio!

ALBERTO: Eu estou falando muito sério, a vida toda eu vivi de migalhas por conta dele. Os meus pais me amavam até ele chegar, depois disso eu voltei a ser um simples adotado e ele sempre ficava com tudo, a atenção, o amor, o carinho... chegou a hora de fazer justiça! (Alberto diz isso enquanto limpa a arma).

IARA: (Olha para a arma assustada com as palavras de Alberto).

Cena 11 – Cobertura Montenegro [Interna/Manhã]
Música da cena: Cremosa – Banda Uó
(Cada vez mais perseguida pelos paparazzis, Doralice entra em casa praticamente disfarçada).

DORALICE: Rangel... Cadê você pinguim de rico? (Grita procurando por Rangel).

RANGEL: (Desce a escada) Que gritaria é essa criatu... Que visual é esse? Você está parecendo a Joelma da melhor idade!

DORALICE: Não seja palhaço, estava fazendo o que lá em cima?

RANGEL: Organizando as coisas, vai que o senhor Carlos Eduardo resolve voltar para casa? Tenho que deixar tudo arrumado.

DORALICE: Sei... Bom, agora vou te contar uma coisa!

RANGEL: Que coisa?

DORALICE: Eu fui convidada para ser a nova cara a representar o sindicato das domesticas do estado de Pernambuco. Eu vou dar voz a toda as Doralices de Recife e do Brasil. Eu vou precisar de gente trabalhando comigo e eu pensei em você.

RANGEL: Eu? Trabalhando pra você? Era só o que me faltava...

Cena 12 – Delegacia [Interna/Manhã]
(Carina flagra Almeida distraído observando o mural do caso Carol Montenegro em sua sala).

INSPETORA CARINA: Namorando o seu mural de suspeitos?

DELEGADO ALMEIDA: (Olha para Carina e depois vai até a sua mesa) Quanto mais eu olho para esse caso, mas confuso ele fica. Todos são suspeitos, todos teriam razão para matá-la, mas nada liga nenhum deles de forma conclusiva ao crime.

INSPETORA CARINA: Eu te trouxe um café, toma... (Diz ao entregar o copo com café quente). Eu começo a pensar que o assassino não está entre os suspeitos e que precisamos descobrir quem está por trás daquela fantasia de morte, ela deve ser a peça chave desse crime.

DELEGADO ALMEIDA: Além de matar, ao que tudo indica essa pessoa também fugiu com o dinheiro, pois o resgate não foi encontrado. Então, precisamos descobrir quem está por trás da fantasia, quem ficou com o dinheiro e não podemos esquecer do cúmplice na fuga de Carolina, Anderson Montalvão, vulgo “Dinho”. Ele pode nos ajudar a esclarecer tudo isso... (Diz para logo em seguida beber um gole de café).

INSPETORA CARINA: (Se aproxima do mural do caso e observa a fotografia da pessoa fantasiada de morte com o intuito de tentar descobrir algum outro detalhe que tenha passado despercebido).

Cena 13 – Igreja Nossa Senhora da Conceição [Interna/Manhã]
Música da cena: Não Olha Assim Pra Mim Não
(Beatriz entra na igreja e anda de forma apressada rumo ao altar).

BEATRIZ: Senhoras e senhores, a noiva chegou... Música por favor!

(Em meio a marcha nupcial, os convidados ficam de pé para acompanhar a entrada da noiva).

MARILDA: Aquela outra ali está te devorando com os olhos...

ISRAEL: Quem?

MARILDA: A loirinha que está ao lado da dona do cabaré.

ISRAEL: (Olha para Serena e pisca o olho, que retribui a piscada).

(Clarissa desce do carro com o buquê e arruma o vestido, em seguida sobe alguns degraus e encontra com Coruja).

CLARISSA: E então, pronto para me levar até o altar?

CORUJA: Hunrum! (Balança a cabeça e dá o braço a Clarissa).

CLARISSA: Então vamos! (Envolve seu braço ao do menino).

A câmera foca em Clarissa entrando na igreja ao lado de Gael, a cena congela e o capítulo encerra com o a tela azul da cor do céu.



Trilha Sonora Oficial, clique aqui.

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