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Teen Workout: Sentindo o Amor - Capítulo 30

 



CAPÍTULO 30


ATENÇÃO!

A trama apresenta apenas adolescentes cheios de espinhas, aparelho nos dentes, óculos, pele oleosa etc. Não siga o que é dito. É tudo ficção.



Uma novela de Crisley




Personagens deste capítulo (ordem de aparição):

Chris

Caio

Danilo

Felipe

Oto

Laércio

Carminha

Karen

Jamile

Janaina

Rita

Carol







CENA 1: ACAMPAMENTO/ BARRACA/ INT./ MANHÃ

(Continuação do capítulo anterior)

Enquanto dormem, Caio e Chris estão abraçados. Chris acorda e percebe que está bem próximo de Caio. Caio também acorda e vê os dois abraçados. Eles se olham um pouco assustados. Rapidamente, Chris se senta.


CHRIS — (nervoso) Eu... Eu vou mijar. 


Chris sai da barraca quase pulando. Caio olha para o lado em que Chris estava dormindo. Ele abraça e cheira o cobertor. Chris entra na barraca novamente e Caio disfarça.


CAIO — Frio, né?

CHRIS — Muito. Lá fora tá pior ainda.

CAIO — Não vai mijar?

CHRIS — Não. Desisti. Vou ficar aqui dentro por enquanto. Dá pra mijar com esse frio todo não.

CAIO — Sei como é. Encolhe tudo.

CHRIS — Uhum.


Chris e Caio ficam em silêncio. Chris, lentamente, se deita e se cobre. Caio olha para cima.


Corte descontínuo para:


CENA 2: ACAMPAMENTO/ REFEITÓRIO/ INT./ MANHÃ

Todos os alunos estão em comendo. Danilo chega e se senta ao lado de Chris, Felipe, Oto e Laércio.


CHRIS — (olhando fixamente para Danilo) Quê que isso?

DANILO — Que foi?

CHRIS — Essa cara de travesseiro amassado.

DANILO — Vou te dar um porradão!

CHRIS — Quê que cê fez essa noite? Não dormiu, né?

DANILO — Fiz nada. Só tava com tanto frio, que não deu pra dormir.

CHRIS — Eu consegui dormir.

DANILO — Conseguiu mesmo?

CHRIS — Danilo... Quem vai te bater vai ser eu!

FELIPE — É mesmo, né, Chris. Como foi sua noite? Nem te perguntei.

OTO — Também tô curioso.

LAÉRCIO — Eu faltei o ano todo, mas também quero saber.

CHRIS — Foi boa porque eu consegui dormir, seus bostas! E você, Laércio, aparece na escola, porque acampamento não dá nota.

FELIPE — Toma, distraído!


Caio entra ali e se senta com seus amigos. Chris observa enquanto seus amigos conversam. Carminha entra logo depois.


CARMINHA — Atenção, alunos. A gente vai jogar um jogo agora de manhã até a hora do almoço. O jogo se chama “Conhecendo melhor a minha dupla”. Vocês vão passear pelas trilhas da floresta com sua dupla e vocês vão conversar. O único objetivo é conhecer bem a sua dupla. Ao final, vou fazer uma pergunta sobre a sua dupla e, quem acertar, acertou e o outro da dupla perdeu. Vocês estão em dupla, mas vão jogar contra. (gargalha) Mas é isso. Escrevam num papelzinho uma coisa sua, qualquer coisa, e me entrega com o seu nome. É isso que a sua dupla tem que adivinhar. 


Cortes descontínuos para os alunos escrevendo no papel e entregando para Carminha, que está sentada à mesa.


Corta para: 


CENA 3: ACAMPAMENTO/ FLORESTA/ EXT./ MANHÃ

Todos saem pelas trilhas, para vários lados. Foco em Chris e Caio, que ficam sozinhos. Eles vão caminhando. Caio e Chris olham para lados opostos enquanto caminham, em silêncio. Caio para, fazendo com que Chris pare também.


CAIO — Chris...

CHRIS — Vai falando.

CAIO — Hoje de manhã, a gente acordou abraçado, né?

CHRIS — Eu... não sei.

CAIO — Eu lembro. A gente acordou abraçado.

CHRIS — E o que isso tem a ver?

CAIO — Tem a ver que tá acontecendo alguma coisa.

CHRIS — Tá acontecendo que a gente tá acostumado a dormir em cama grande e, agora, aqui no acampamento, a gente dormiu junto num espaço pequeno. Só isso. E acabou!

CAIO — Você também não sente nada?

CHRIS — Não, Caio. Não sinto que tá acontecendo nada. Vamo continuar, vamo?

CAIO — Chris, por favor. Escuta. 

CHRIS — (apontando com o dedo) Ali! Vamos por ali! (caminha para fora da trilha)

CAIO — (vai atrás) Chris, aí é fora da trilha. Chris! Ô, Chris! A gente tem que conversar!

CHRIS — (andando mais rápido) A gente precisa mesmo. Qual seu prato favorito? Pipoca?

CAIO — Anda mais devagar. A gente tem que conversar sobre algo que tá rolando.

CHRIS — Eu gosto de pipoca, mas não é o meu prato favorito. Já dei uma dica pra você: Pipoca não é o meu prato favorito.

CAIO — Chris, vamos falar sério. E anda devagar! Caramba!


Chris para rapidamente.


CHRIS — Vamos voltar?

CAIO — Claro. Mas vamos conversar?

CHRIS — A gente veio da esquerda ou da direita?

CAIO — Não sei. Vamos conversar?

CHRIS — Como não sabe? Não marcou?

CAIO — Não. Você que ficou falando sem parar. Vamos conversar, Chris.

CHRIS — Caio, eu não lembro. A gente virou muitas vezes.

CAIO — Tá, Chris. Mas vamos conversar.

CHRIS — Caio...

CAIO — Será que você pode conversar comigo?

CHRIS — Caio...

CAIO — Pode ou não pode?

CHRIS — A gente tá perdido.

CAIO — Tá nada. Para de estória! Isso é só pra não conversar.

CHRIS — Eu fui andando, andando, andando e... 

CAIO — Cê não tá falando sério, né?

CHRIS — Eu tô. 

CAIO — (senta-se assustado) É brincadeira. Só pode ser brincadeira...

CHRIS — (caminhando em círculos) Talvez tenha sido por ali, ou ali...

CAIO — A gente tem mesmo que conversar.

CHRIS — Foi por ali? 


Caio balança a cabeça negativamente para Chris.


Corta para:


CENA 4: ACAMPAMENTO/ OUTRA PARTE DA FLORESTA/ EXT./ MANHÃ

Karen e Janaina caminham.


KAREN — Eu já até sei o que vou falar do que você gosta pra Carminha. 

JANAINA — Quê que cê vai falar?

KAREN — De mulher.

JANAINA — Putz! Perdi já. E você, colocou o que lá?

KAREN — Não vou falar. Tenta adivinhar.

JANAINA — Eu vou acertar. Sou muito boa nisso.

KAREN — Quero ver.


Rita e Jamile chegam ali.


JANAINA — Olha aí quem apareceu.

RITA — A gente mesmo.

JAMILE — Queria esbarrar no gostoso do Danilo, mas ele sumiu. Enfim.

RITA — Sossega, Jamile! 

KAREN — Vontade de fazer xixi.

RITA — Também. Muita.

JAMILE — A gente passou pelo banheiro. Por que você não foi, Rita?

RITA — Deu vontade agora. A gente que é menina dá vontade e tem que fazer na hora, você sabe.

JAMILE — Não, não sei, não. Ah, não, sei sim. Eu sou menina também!

JANAINA — Mas é besta demais!

RITA — Vem, Karen!


Rita e Karen saem dali.


JAMILE — Não me deixem! Não me deixem aqui com essa devoradora de menininhas!

JANAINA — Brinca com a sorte não.

JAMILE — Eu não falei nada.

JANAINA — Quer que eu te devore.

JAMILE — Não. (sorri)


Corta para:


CENA 5: ACAMPAMENTO/ BANHEIRO/ INT./ MANHÃ

Rita e Karen entram no banheiro. Karen e Rita se fecham nos banheiros privados. Alternando para o rosto das duas apenas, elas conversam.


RITA — Tem ninguém aqui, né?

KAREN — Não. Que bom. Queria falar um negócio rapidão.

RITA — Fala. Tô doida pra saber da fofoca. 


Carol chega de fininho ao banheiro. Alterna para o rosto das três.


KAREN — Sabe aquele menino que tava lá ontem?

RITA — Que tem ele?

KAREN — A gente foi pro mato e a gente fez.

RITA — Mentira! No mato!? 

KAREN — Foi. 

RITA — Menina do céu. Tem que aproveitar mesmo.

KAREN — Eu só fico com medo da reação do Gustavo quando eu contar. Porque eu traí ele, né.

RITA — Ele vai superar. Eu tenho certeza que vai. Eu superei.

KAREN — Como assim você também superou?

RITA — Depois te conto.


Elas saem do banheiro e, rapidamente, Carol se esconde. Rita e Karen lavam as mãos.


RITA — Karen, vou correr lá. Eu tô com dó da Jamile já. 

KAREN — Por quê?

RITA — Porque a Jana deve tar enchendo o saco dela.

KAREN — Vai lá. Eu lavo até as unhas, então vou demorar. Fiquem lá, hein.

RITA — Claro.


Rita sai dali. Carol sai do banheiro privado. Karen fica assustada. 


CAROL — Nossa, Karen. Eu não sabia que você era uma safada. Conta mais?

KAREN — Não sei do que você tá falando.

CAROL — Sabe sim. Cadela mesmo, hein. E eu pensando que fosse uma santinha e... Eu deveria contar pro Gustavo, né? 


Algumas meninas entram no banheiro.


KAREN — Carol...

CAROL — Ei, meninas. Vocês sabiam que a Karen é uma safada? Ela traiu o Gustavo com outro menino. Ela tá com dois agora. 


Karen fica desconfortável. As meninas desaprovam a atitude de Karen. Karen sai correndo do banheiro. Carol ri.


CAROL — Corre mesmo! Safada!


Corta para:


CENA 6: ACAMPAMENTO/ QUALQUER PARTE DA FLORESTA/ EXT./ MANHÃ

Karen chega correndo e se senta no chão. Ela chora. Rapidamente, a expressão facial dela muda.


KAREN — (com raiva) Eu não vou mais ficar assim. A partir de agora, ela me paga! Não vou mais abaixar a cabeça pra ela. Não vou! Eu vou me vingar dela de um jeito que ela não espera. Nem que eu tenha que matar ela!


FIM DO CAPÍTULO




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