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Caminhos - capítulo 27 (Última semana)

 


CAMINHOS

novela de MIGUEL VICTOR

direção geral RICARDO WADDINGTON

CAPÍTULO 27 - ÚLTIMA SEMANA


CENA 01. QUARTO. HOSPITAL. NOITE

Clara está sentada ao lado da cama de Cassandra na UTI, segurando a mão dela com

ternura. Cassandra está pálida e fraca, lutando pela vida. O ambiente é tenso e silencioso,

apenas os ruídos dos monitores e dos equipamentos médicos podem ser ouvidos.

Cassandra: (sussurrando com dificuldade) Clara... Me perdoe... por tudo... que fiz... com

você...

Clara olha nos olhos de Cassandra, seus olhos marejados de lágrimas, enquanto segura a

mão dela com firmeza.

Clara: Cassandra, não há necessidade de pedir perdão. O passado ficou para trás. Agora, o

mais importante é você se recuperar. Você é minha irmã, sempre foi.

Cassandra sorri fracamente, um sorriso carregado de arrependimento e tristeza.

Cassandra: Por favor, Clara... Cuide de nossa mãe, da Norma... Ela vai precisar de você...

mais do que nunca...

Clara engole em seco, sentindo um nó na garganta ao pensar no futuro sem Cassandra ao

seu lado.

Clara: Eu prometo, Cassandra. Eu vou cuidar da nossa mãe com todo meu amor e

dedicação. Ela não estará sozinha.

Cassandra fecha os olhos, exausta, e seu corpo começa a fraquejar. Clara se levanta,

assustada, chamando pelos médicos e enfermeiros.

Clara: Ajuda! Por favor, ajudem! Ela está piorando!

Os médicos e enfermeiros correm para a cama de Cassandra, tentando reanimá-la, mas é

tarde demais. O monitor cardíaco emite um longo e triste som de flatline. Clara cai de

joelhos, soluçando em desespero. Ela segura a mão inerte de Cassandra, sem conseguir

acreditar na perda irreparável.

Clara: Não! Não pode ser... Cassandra!

A equipe médica se afasta, deixando Clara sozinha com o corpo de Cassandra. Ela abaixa

a cabeça, chorando amargamente, enquanto acaricia o rosto da irmã.

Clara: Eu sinto muito... Sinto tanto... Eu te amo, Cassandra... E vou honrar sua memória

cuidando de nossa mãe.

Clara deitando sua cabeça suavemente no peito de Cassandra, despedindo-se da irmã com

profunda tristeza e pesar.

CORTE:

CENA 02. HOSPITAL. RECEPÇÃO. DIA

Clara sai do quarto de Cassandra, com os olhos vermelhos e o coração pesado. Ela

caminha em direção à recepção, onde Norma e Juliano estão aguardando ansiosamente

por notícias.Norma, preocupada, levanta-se assim que vê Clara se aproximar.

Norma: Clara, o que aconteceu? Como está a Cassandra, filha?

Clara respira fundo, lutando contra as lágrimas que ameaçam escapar.

Clara: (chora abalada) Mãe... Eu sinto muito... Cassandra... Cassandra não resistiu...


Norma sente um aperto no peito e suas mãos tremem. Ela agarra o braço de uma cadeira

próxima para se apoiar, lutando para assimilar a trágica notícia.

Norma: Não... não pode ser... minha filha...

Juliano, ao ouvir as palavras de Clara, fica paralisado. Sua expressão de choque é

evidente.

Juliano: Cassandra... não...

Clara abraça Norma, ambas chorando inconsolavelmente. Juliano se aproxima, segurando

o choro, e abraça Clara e Norma, compartilhando o peso da perda.

Clara: Vamos enfrentar isso juntas, mãe... como Cassandra gostaria que fizéssemos...

Norma soluça, agarrando-se a Clara e Juliano, encontrando conforto no abraço mútuo.

Norma: Minha filha... minha Cassandra... como vou viver sem ela?

Clara: Nós estaremos aqui, mãe... para apoiar uns aos outros... para lembrar de

Cassandra...

Juliano balança a cabeça, as lágrimas rolando pelo seu rosto.

Juliano: Ela não merecia isso... Cassandra não era a pessoa mais perfeita do mundo, mas

era especial...

O silêncio permeia a cena enquanto Clara, Norma e Juliano se abraçam, buscando consolo

mútuo na dor da perda. O peso da ausência de Cassandra é sentido profundamente,

unindo-os em um laço de amor e luto.

CORTE:

CENA 03. RESTAURANTE. NOITE

Glória, radiante, entra no restaurante elegantemente decorado. Ela está vestindo um lindo

vestido, confiante e animada. Alex a aguarda em uma mesa reservada, com uma garrafa de

vinho já aberta. Glória se aproxima da mesa com um sorriso tímido, olhando para Alex.

Glória: Alex, você está incrível.

Alex: Você também está deslumbrante, Glória. É um prazer tê-la aqui esta noite.

Eles se cumprimentam com um beijo suave no rosto e se sentam à mesa. O garçom traz os

cardápios e os deixa a sós. Durante a noite, Glória e Alex compartilham risadas e histórias,

mergulhando em conversas agradáveis e interessantes. O clima é descontraído e

romântico, preenchido com trocas de olhares cúmplices. Glória se sente à vontade com

Alex, percebendo que ele é alguém especial. Ela deixa de lado qualquer insegurança que

possa ter e se entrega ao momento, aproveitando cada segundo ao lado desse homem

encantador.

Alex: Glória, desde que nos conhecemos, tenho sentido uma conexão especial entre nós.

Sinto que há algo mais do que apenas uma noite agradável. Gostaria de conhecê-la melhor.

Glória, emocionada, segura a mão de Alex.

Glória: Eu também sinto isso, Alex. Desde o momento em que nos encontramos, algo

despertou dentro de mim. E eu gostaria muito de conhecer você melhor.

Eles brindam com as taças de vinho e continuam desfrutando da noite, entregando-se ao

encanto do momento. O ambiente ao redor parece desaparecer enquanto eles se perdem

em suas conversas e sorrisos.

CORTE:

CENA 04. CEMITÉRIO. DIA


Sob um céu nublado, um grupo de pessoas se reúne em torno de uma sepultura

recém-aberta. Entre elas estão Norma e Clara, vestidas de preto, segurando flores e

visivelmente abaladas. O ar é carregado de tristeza e saudade. Norma e Clara permanecem

lado a lado, compartilhando um olhar cheio de dor e amor. Com a ajuda de outros

presentes, eles abaixam o caixão de Cassandra na cova, enquanto o padre murmura

palavras de despedida. Norma segura a mão de Clara com força, buscando conforto mútuo

naquele momento difícil. Ambas têm lágrimas nos olhos, mas permanecem fortes para

honrar a memória da amada filha e irmã. Enquanto a terra é lançada sobre o caixão, Norma

e Clara jogam suas flores sobre o túmulo, um gesto simbólico de despedida e amor eterno.

O silêncio permeia o ambiente, quebrado apenas pelos soluços abafados de alguns

presentes. O padre encerra a cerimônia com uma oração, pedindo paz e conforto para a

alma de Cassandra. As pessoas começam a se dispersar lentamente, deixando Norma e

Clara sozinhas diante do túmulo. Norma olha para Clara, seu rosto carregado de tristeza e

afeto maternal. Ela envolve os braços ao redor de Clara, oferecendo um abraço apertado.

Norma: Minha filha, vamos enfrentar isso juntas. Cassandra estará sempre em nossos

corações, e vamos honrar a memória dela vivendo nossas vidas da melhor forma possível.

Clara, segurando a mão de Norma com carinho, responde com a voz embargada.

Clara: Eu sei, mãe. Vamos seguir em frente, mantendo o amor e a memória de Cassandra

vivos dentro de nós. Ela sempre estará conosco, e vamos honrá-la em tudo o que fizermos.

Norma e Clara se afastam lentamente do túmulo, ainda segurando uma à outra. Caminham

em direção à saída do cemitério, com olhares determinados, prontas para enfrentar o futuro

e manter a lembrança de Cassandra viva em suas vidas.

CORTE:

CENA 05. ESCRITÓRIO DE DR. O'BRYAN. DIA

Yedda está parada diante da porta do escritório de Dr. O'Bryan, com uma expressão

determinada em seu rosto. Ela respira fundo e empurra a porta com força, invadindo o

recinto. Dr. O'Bryan, surpreso com a entrada repentina de Yedda, levanta-se da sua cadeira,

exibindo um olhar de desconforto misturado com desprezo.

Yedda: Chega de joguinhos, Dr. O'Bryan. Eu sei a verdade e não vou permitir que você saia

impune.

Dr. O'Bryan tenta se recompor, mantendo uma postura arrogante.

Dr. O'Bryan: Ah, Yedda, minha querida. Ainda está obcecada com o LUNNA? Eu já disse

que aquela ideia era minha desde o início. Claro que você criou essa IA, mas quem se

importa com quem criou quando eu estou levando o projeto pro mundo?

Yedda saca seu celular do bolso e o segura firmemente em suas mãos.

Yedda: Ah, mas você não contava com isso, não é mesmo? Tenho aqui uma gravação que

pode mudar tudo.

Dr. O'Bryan arregala os olhos, momentaneamente perdendo a confiança que o

caracterizava.

Dr. O'Bryan: O que você acha que vai conseguir com essa gravação? Não passa de uma

ameaça vazia.

Yedda dá um passo à frente, mantendo a postura desafiadora.

Yedda: Não se engane, Dr. O'Bryan. Eu tenho provas de que você roubou o LUNNA de

mim. Nesta gravação, você confessa o seu crime. Não importa o quanto você tente negar, a

verdade virá à tona.

Dr. O'Bryan balança a cabeça, visivelmente abalado pela revelação de Yedda.


Dr. O'Bryan: Isso não vai ficar assim. Eu vou arruinar sua reputação. Você não sabe com

quem está lidando.

Yedda dá um sorriso de confiança e segura seu celular com firmeza.

Yedda: Pode tentar, Dr. O'Bryan. Mas saiba que a justiça prevalecerá. Você não vai escapar

dessa impune.

Yedda vira-se de costas, preparando-se para sair da sala. Dr. O'Bryan a observa, com raiva

e frustração estampadas em seu rosto.

Dr. O'Bryan: (gritando) Isso não vai acabar bem para você, Yedda! Eu vou fazer de tudo

para te destruir!

Yedda, sem se abalar, lança um último olhar desafiador para Dr. O'Bryan antes de sair,

deixando-o sozinho em seu escritório.

CORTE:

FIM DO CAPÍTULO 27

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