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Maré Alta - Capítulo 34 (Últimas semanas)

 






MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 34

Últimas Semanas


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. DELEGACIA. CELA. INTERIOR. DIA

Continuação imediata do capítulo anterior. CASSIANO e LÍVIA continuam se beijando com muita paixão. ANA ROSA fica olhando para os nossos protagonistas com muito ódio. A vikã vai se aproximando de CASSIANO e LÍVIA e ela vai aplaudindo de uma forma bem irônica. CASSIANO e LÍVIA ficam surpresos com a presença de ANA ROSA. 


Ana Rosa — (ardilosa) Olha que cena mais patética. O que você está fazendo aqui, sua maldita? Você deveria estar na cadeia que é seu lugar. Eu quero ver a sua ruína, Lívia. 

Cassiano — O que você ainda quer conosco, Ana Rosa? Eu já disse mil vezes que eu não quero mais te ver. Vá embora agora mesmo.

Lívia — Eu sei que foi você, Ana Rosa. Só você podia ter matado o Tom. Você está fazendo tudo isso agora para ficar com o que é meu. 

Ana Rosa — Você não merece tudo o que você tem, Lívia. Além de tudo você não merece o amor do Cassiano. Mas eu sim mereço.


ANA ROSA continua sentindo muita raiva de LÍVIA. A vilã cospe em LÍVIA. CASSIANO fica muito nervoso. 


Ana Rosa — Isso ainda é pouco perto do que você merece, sua desgraçada. Eu sempre te odiei, Lívia. Eu vou acabar com você. 

Cassiano — Já chega, Ana Rosa. Eu não vou admitir que você fale assim com a Lívia. Logo agora que ela acabou de dar a luz. Entendeu? 

Lívia — Pode deixar, meu amor. Finalmente a máscara da Ana Rosa está caindo.


O ódio de ANA ROSA põe LÍVIA vai crescendo cada vez mais. CASSIANO segura a vilã pelo braço com força.


Cassiano — (alterando a voz) Você não vai mais fazer nenhum mal para nenhum de nós, Ana Rosa. Eu sei que foi você que mandou colocar fogo na associação e matar a Lívia. Eu nunca teria nada com você. Nunca!

Ana Rosa — Eu fiz isso mesmo e não me arrependo, Cassiano.  Você é meu e a Lívia não vai impedir da gente de sermos muito felizes. 

CASSIANO deixa a tensão falar mais alto. Ele leva ANA ROSA para fora do leito hospitalar e fecha a porta. Ele e LÍVIA se olham com muita intensidade.

CORTA PARA/


CENA 02. DELEGACIA. CELA. INTERIOR. NOITE

A região das celas está escura e bastante mal iluminada. O DELEGADO AUGUSTIN abre a cela e logo depois GREGÓRIO entra olhando para todos os lados com muito desprezo. O vilão fica encarando o DELEGADO AUGUSTIN com um olhar de muito ódio. Eles ficam se olhando.


Gregório — (frio) Se eu você ru aproveitava enquanto pode, Augustin. Eu não vou ficar muito tempo preso nessa gaiola. Não vou mesmo. 

Delegado Augustin — A sua confiança exagerada me deixa impressionado, Gregório. As acusações que pensam sobre você são muito graves. Você não vai se livrar dessa vez. O seu lugar é atrás das grades.

Gregório — O meu maior erro não foi ter matado a Lenita e o Cassiano quando eu tive a chance. Mas eu fico feliz de saber que você não conviveu junto com o seu filho? 

Delegado Augustin — Você não vai conseguir me tirar do sério, Gregório. Nada vai me impedir de fazer o que é o certo. Nem mesmo você. 

GREGÓRIO lança um olhar frio para o DELEGADO AUGUSTIN que fiva encarando o vilão. 


Gregório — Esse idealismo que você e o Cassiano tem não vão levar vocês a lugar nenhum.A Lívia ainda vai ser condenada pela morte do Tom. Tudo vai continuar como está.

Delegado Augustin — Você é mais desprezível do que eu pensei, Gregório. Como você pode desejar isso para a sua própria neta? 

Gregório — Isso é para a Lívia aprender a nunca mais me desafiar. Ela. Única deveria ter se envolvido com o infeliz do seu filho. 


O DELEGADO AUGUSTIN vai se enfurecendo. 


Delegado Augustin — (sério) Nunca mais você ouse falar assim do meu filho, seu desgraçado. Eu vou fazer o que for preciso para você mofar atrás das grades, Gregório. Pode acreditar. 

Gregório — Isso é o que nós veremos, Augustin. Eu vou sair dessa cela o mais rápido possível.


O DELEGADO AUGUSTIN vai indo embora deixando GREGÓRIO sozinho na cela. O vilão fica ainda mais nervoso.

CORTA PARA/


CENA 03. HOSPITAL. LEITO. INTERIOR. NOITE

CLOSE em CASSIANO e LÍVIA que estão abraçados ao pequeno filho que acaba de nascer. A porta do leito hospitalar vais e abrindo e podemos ver ELEANOR entrar e um brilho nos seus olhos está cada vez mais evidente. Ela se aproxima de CASSIANO e LÍVIA que olham de volta para ela.


Eleanor — (emocionada) Eu não acredito no que os meus olhos estão vendo. Que menino mais lindo, Lívia. Eu estou tão feliz por você.

Lívia — Ele é tão pequeninho, Vó. Eu não quero me separar do meu filho. Mas infelizmente eu vou enfrentar esse processo pela morte do Tom. Eu só quero proteger o meu filho.

Cassiano — Eu vou cuidar do nosso filho, Lívia. Eu tenho certeza que tudo vai se esclarecer. Todos verão que você é inocente.

Eleanor — O Cassiano está certo, minha neta. A gente não pode perder a fé. Eu tenho certeza que a sua mãe estaria orgulhosa da mulher que você se tornou, Lívia. 


As lágrimas escorrem pelos olhos de LÍVIA. Ela olha para o seu filho recém nascido e se enche de esperança.


Lívia  — Vocês estão certos. Eu não posso entregar os pontos desse jeito. Eu sou inocente e é isso que eu vou provar. 

Eleanor — É assim que se fala, minha neta. Nada me tira da cabeça que o seu avô está por trás da morte do Tom. Eu acho isso. 

Cassiano — Eu vou ter uma conversa definitiva com o Gregório. Tem muita coisa que eu quero falar para ele que está entalada na garganta. 


LÍVIA fica muito preocupada. Ela e CASSIANO se olham.


Lívia — (firme) Você não precisa fazer isso, Cassiano. Para mim o mais importante é saber que você acredita em mim.

Cassiano — Sim, eu preciso, Lívia. Eu preciso descobrir quem matou o Tom. Se o Gregório não matou o Tom ele deve saber quem foi. 


CASSIANO sai do leito hospitalar totalmente decidido. LÍVIA foca bastante pensativa. ELEANOE observa sua neta.

CORTA PARA/


CENA 04. VILA DOS PESCADORES. CASA DE SANDOVAL. SALA. INTERIOR. NOITE

Uma brisa de vento vai entrando pela janela da casa simples. AÇUCENA está sentada em cadeira de madeira e o seu pensamento está bem longe.  Nesse momento KÉSIA entra na casa de SANDOVAL. Ela corre na direção de AÇUCENA e a beija com muita paixão. Elas se olham. 


Késia — (recuperando o fôlego) Eu vim o mais rápido que eu pude, Açucena. Quando o Sandoval me ligou me dizendo que aconteceu algo com você eu vim correndo. 

Açucena — Eu pedi para o Sandoval não te contar nada, Késia. (P) O Enrico usou de violência comigo. Ele está muito transtornado. 

Késia — Bem que eu imaginei que isso fosse acontecer. Mas isso não pode ficar assim. 

Açucena — O que você está pensando em fazer, Késia? Eu estou te suplicando. Não faz nenhuma besteira. O Enrico é muito instável. 


AÇUCENA segura as mãos de KÉSIA.O silêncio predomina o local. A raiva pode ser vista nitidamente no olhar de KÉSIA. 


Késia — Você sabe que eu não posso fazer isso, Açucena. O que o Enrico fez com você é imperdoável. Ele precisa pagar por isso. 

Açucena — Você ainda não entendeu, Késia. Eu não estou preocupada com o Enrico. Eu estou preocupada com você. Somente com você.

Késia — É tão bom ouvir isso vindo de você, minha linda. Mas isso é algo que eu preciso fazer. O Enrico é um homem desprezível.


AÇUCENA fica em total silêncio. KÉSIA toca em seu rosto.


Açucena — (aflita) Me promete que você vai tomar cuidado, Késia. Eu sei muito bem do que o meu ex-marido é capaz de fazer quando ele se sente ameaçado ou contrariado.

Késia — É claro que eu prometo, Açucena. Eu não pretendo sumir da sua vida. Você ouviu? 


AÇUCENA esboça um sorriso. Ela e KÉSIA se beijam.

TRILHA SONORA: Ainda Nem - Vanessa da Matta. 

CORTA PARA/


CENA 05. PORTO DA AREIA. PRAIA. EXTERIOR. NOITE

A câmera mostra do alto que FRANCHICO está sozinho na praia admirando a noite estrelada que faz na cidade. A câmera se aproxima e mostra que BABY se aproxima sorrateiramente de FRANCHICO que ao se virar demonstra estar aliviado ao ver BABY parada em sua frente. 


Franchico — (respirando fundo) Até que enfim você apareceu, Baby. Eu já estava pensando que o Rubinho tinha feito alguma coisa com você. Eu fiquei muito preocupado. 

Baby — Eu precisava tirar essa história a limpo, Franchico. Eu sei que você não gostou nada do que eu fiz. Mas eu preciso fazer isso. 

Franchico — O problema não é você, Baby. O problema sempre foi o Rubinho. Eu não confio nele. Ele é muito imprevisível. 

Baby — Eu sou obrigada a concordar com você, meu amor. Mas eu já disse tudo o que eu queira para o Rubinho. Agora acabou. 


FRANCHICO fica bastante apreensivo. BABY percebe. 


Franchico — Infelizmente eu acho que isso ainda não acabou, Baby. O Rubinho não vai desistir tão facilmente assim de você. Eu sinto isso. 

Baby — E do que isso importa, Franchico? Foi você que eu escolhi. Isso que importa.

Franchico — Depois que o Rubinho incendiou o meu barco eu não duvido de mais nada, Baby. 


BABY tenta acalmar FRANCHICO. Ele está muito aflito. 


Baby — (séria) Eu quero esquecer tudo isso, Franchico. Tudo o que eu quero é aproveitar esse sentimento que temos um pelo o outro. 

Franchico — Você está certa, Baby. A gente não pode mais ficar vivendo com medo do que o Rubinho possa nos fazer. Não é mesmo? 


BABY concorda com a cabeça. Ela e FRANCHICO se abraçam bem forte. Eles ficam olhando céu estrelado. 

CORTA PARA/


CENA 06. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE

O FOCO da cena está em CLARICE. Ela está tentando ler um livro, mas a todo momento os seus pensamentos vão em SANDOVAL. O som da campainha acaba tirando a sua concentração. Ela vai até a porta e a abre. Ela fica surpresa ao ver SANDOVAL em sua frente. Ele entra e a olha.


Clarice — (surpresa) Sandoval??? O que você veio fazer aqui? Eu achei que a gente já tinha dito tudo um para o outro? Por favor vá embora. Eu quero ficar sozinha. 

Sandoval — Não é assim que vamos resolver essa situação, Clarice. Eu sei que você está preocupada comigo. Mas eu preciso descobrir quem matou o Tom. 

Clarice — Eu só estou tentando te proteger, Sandoval. A pessoa que matou o Tom pode querer fazer alguma coisa contra você. 

Sandoval — E você acha que eu não sei disso, meu amor? Mas eu não posso deixar a minha filha presa logo agora que ela deu a luz. 


CLARICE fica ainda mais surpresa. Ela encara SANDOVAL. 


Clarice — Foi isso mesmo que eu ouvi? A Lívia deu a luz? Você não está enganado, Sandoval? 

Sandoval — Eu tenho certeza absoluta do que eu estou falando, meu amor. Uma hora dessas a Lívia já deve estar com o meu neto nos braços. Eu estou raoandyde felicidade. 

Clarice — O que a gente está esperando para ir até o hospital, Sandoval? Eu quero ver a minha amiga. Eu quero dar todo o meu apoio. 


SANDOVAL fica sensibilizado com as palavras de CLARICE. 


Sandoval — É isso mesmo que você quer, Clarice? Mesmo diante de tudo que está acontecendo você ainda quer participar desse momento tão especial na vida da minha filha? 

Clarice — (animada) É claro que eu tenho, meu amor. A gente não pode ficar aqui parado.


SANDOVAL e CLARICE saem do sobrado com pressa. 

CORTA PARA/

CENA 07. HOSPITAL. LEITO. INTERIOR. NOITE

A câmera mostra que LÍVIA está sentada na cama do leito hospitalar e o seu semblante é bastante sério. ELEANOR tenta acalmar LÍVIA, mas a nossa protagonista continua bastante aflita e angustiada. LÍVIA vai ficando ainda mais preocupada. Ela olha para o seu filho em seu colo. 


Eleanor — Eu posso imaginar o que deve estar passando por sua cabeça, minha neta. Eu sinceramente nem sei o que te dizer. 

Lívia — (séria) Eu nem sei o que fazer, Vó. Eu não matei o Tom. Eu sou inocente. 

Eleanor — Eu sei muito bem disso, Lívia. Eu te conheço melhor que qualquer um. Eu fico muito mal em te ver sofrendo desde jeito. 

Lívia — Eu não quero perder o meu filho, Vó. Não é justo o que está acontecendo comigo. Eu não fiz nada agora merecer isso.


As lágrimas escorrem pelos olhos de LÍVIA. ELEANOR segura as mãos de sua neta de uma forma carinhosa.


Eleanor — Você não fez nada para merecer isso, Lívia. Mas quem poderia ter matado o Tom? Esse mistério está ficando ainda mais tenso. 

Lívia — Eu estou sentindo que eu vou acabar indo para julgamento, Vó. E o pior de tudo é saber que a Ana quer ficar com o que é meu. Isso não está certo. 

Eleanor — Você não tem que se preocupar com isso agora, Lívia. O seu filho acabou de nascer. No final das contas isso que importa. 


LÍVIA fica bastante pensativa. Ela e ELEANOR se olham. 


Lívia — (apreensiva) Porque a pessoa que matou o Tom está fazendo isso comigo? Eu não consigo entender isso. Não é justo. 

Eleanor  — Eu vou te deixar um pouco sozinha, minha neta. Você tem muito o que pensar. 


ELEANOR saindo leito hospitalar deixando LÍVIA sozinha com seu filho recém nascido. A nossa protagonista está séria. 

CORTA PARA/


CENA 08. PORTO DA AREIA. RUA. EXTERIOR. NOITE

As ruas da cidade estão totalmente vazias. A câmera FOCA em CASSIANO que está andando pela rua com bastante pressa. Quem vem vindo em dia direção é o DELEGADO AUGUSTIN que fica parado na frente do nosso protagonista. CASSIANO o encara de um jeito bastante irritado. 


Cassiano — (irritado) O que você veio fazer aqui, Delegado? Eu já disse que a gente não vai ter essa relação de pai e filho que você tanto deseja. Isso não vai acontecer. 

Delegado Augustin — Eu nunca soube do seu nascimento, Cassiano. Eu soube que você era meu filho há muito pouco tempo.

Cassiano — Eu não tenho tempo para ficar pensando nisso agora, Augustin. Eu preciso descobrir quem matou o Tom. A Lívia é inocente. 

Delegado Augustin — Você pode até não acreditar em mim, Cassiano. Mas eu acredito na inocência da Lívia. Eu vou te ajudar a descobrir quem matou o Tom. 


CASSIANO fica surpreso com o que ele ouve do DELEGADO AUGUSTIN. O nosso protagonista fica olhando para seu pai. 


Cassiano — Se tem uma pessoa que deve saber quem está por trás da morte do Tom é o Gregório. Disso eu tenho certeza. 

Delegado Augustin — Porque você não tira essa história a limpo de uma vez por todas, Cassiano? O Gregório está preso na delegacia. Você quer ver ele? 

Cassiano — Eu não posso acreditar no que eu estou ouvindo. É claro que eu quero ver ele. Tem tantas coisas que eu preciso dizer para o Gregório. Ele vai ter que me ouvir. 

CASSIANO está com um brilho diferente em seus olhos.


Delegado Augustin — (preocupado) Eu só quero pedir que você tome cuidado, meu filho. O Gregório é um homem muito perigoso. 

Cassiano — Com isso você não precisa se preocupar. Eu não pretendo deixar o Gregório me infernizar. Eu quero descobrir a verdade. 


CASSIANO vai embora sumindo no meio da escuridão. A câmera mostra o olhar sério do DELEGADO AUGUSTIN. 

CORTA PARA/


CENA 09. VILA DOS PESCADORES. CASA DE ENRICO. SALA. INTERIOR. NOITE

ENRICO está sentado tomando algum tipo de bebida alcoólica de uma forma bastante desenfreada. Logo em seguida KÉSIA entra na casa e ela.fica parada na frente de ENRICO que fica olhando para ela com muito ódio. ENRICO se levanta demonstrando estar muito embriagado. 


Enrico — (embriagado) O que você está fazendo aqui, sapata? Já não basta ter seduzido a Açucena e ter tirado ela de mim? O que você ainda quer comigo? Diga de uma vez.

Késia — Eu já soube o que você fez, seu desgraçado. Se não fosse pelo Sandoval eu nem sei o que teria acontecido com a Açucena. Você é um ser muito desprezível. 

Enrico — E você acha certo o que você está fazendo? Você está destruindo minha vida. 

Késia — Eu estou destruindo a sua vida? Você passou anos agredindo a Açucena. Ela merece alguém que a ame de verdade.


ENRICO fica bastante desequilibrado. KÉSIA o encara séria. 


Enrico — Eu deveria acabar com você agora mesmo. Você não passa de uma sapata que não vai conseguir acabar comigo. Não vai. 

Késia — Eu vou só te dar um aviso, Enrico. Não se aproxime novamente da Açucena. Você não vai gostar do que pode acontecer. 

Enrico — Você está me ameaçando, sapata? Eu acho melhor você ir embora da minha casa. 


KÉSIA continua enfrentando ENRICO com muita coragem. 


Késia — (séria) Não se preocupe com isso, Enrico. Você não vai precisar pedir isso de novo. Eu nunca mais quero te ver na minha frente. 

Enrico — Você não vai tirar a Açucena de mim, sapata. Ela ainda vai voltar para mim de joelhos. Isso é algo que eu não abro mão. 

KÉSIA vai embora da casa bastante nervosa. ENRICO que ainda está embriagado fica com muito ódio no olhar.

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, AMANHECE.


CENA 10. HOSPITAL. LEITO. INTERIOR. MANHÃ

A câmera mostra que LÍVIA está dormindo com o seu filho em seus braços. Ao lado podemos ver que ELEANOR está sentada em uma poltrona olhando para a nossa protagonista com ternura. A porta do leito hospitalar se abre e o DELEGADO AUGUSTIN entra e isso acaba fazendo com que LÍVIA acorde. Ela fica bastante angustiada. 


Lívia — (angustiada) Delegado Augustin…. Não me diga que você veio até aqui para me levar novamente para a Delegacia. É isso? 

Delegado Augustin — Eu sinto muito, Lívia. Eu sei que o momento não é o melhor, mas eu não tenho mais escolha. Eu tenho que te levar de volta para a Delegacia. Chegou a hora.

Eleanor — Você não pode fazer isso, Delegado. A minha neta acabou de dar à luz. Por favor. 

Lívia — Está tudo bem, Vó. Eu sei que no fundo o Delegado Augustin não está querendo fazer isso de verdade. Eu sei que sou inocente. 


O DELEGADO AUGUSTIN olha para LÍVIA e ELEANOR de um jeito bastante sério. A nossa protagonista respira fundo.


Delegado Augustin — Eu nunca acreditei que você tivesse matado o Tom, Lívia. Mas as provas contra você são irrefutáveis. Sinto muito. 

Lívia — Está tudo bem, Delegado Augustin. Eu sei que você não tem nenhuma culpa. (P) Vó… Promete que você vai cuidar bem do meu filho. Até eu voltar totalmente livre. 

Eleanor — É claro que eu prometo, Lívia. Com isso você não precisa se preocupar, minha neta. 


Os olhos de LÍVIA ficam marejados. Ela beija o seu filho. 


Lívia — (chorando) Meu filho…. Eu nunca quis me afastar de você. Mas infelizmente eu não tenho outra escolha. A sua bisavó vai cuidar de você. Eu sempre vou te amar, Bernardo. 

Delegado Augustin — Eu posso imaginar a dor que você está sentindo, Lívia. Eu fiquei assim quando eu descobri que o Cassiano é meu filho. Eu não estou bem te tirando do convívio do meu neto. Eu sinto muito. 


O DELEGADO AUGUSTIN algema LÍVIA que vai se sentindo cada vez mais injustiçada. Ela e ELEANOR se olham mais uma vez. O DELEGADO AUGUSTIN a leva embora presa.

CORTA PARA/


CENA 11. CASA DE RUBINHO. QUARTO. INTERIOR. MANHÃ

CLOSE em RUBINHO que ainda está dormindo. Nesse momento uma mulher muito elegante e bem vestida entra no quarto e vai abrindo as cortinas das janelas. Ela é BRENDA (Isabel Teixeira) que acorda o seu filho com alguns tapas. RUBINHO acorda e fica surpreso ao ver sua mãe. 


Rubinho — (surpreso/ se levantando) O que é que está acontecendo aqui? O que você está fazendo aqui, mãe? Você não estava viajando pela Europa? O que foi que houve? 

Brenda — E você ainda tem a coragem de me fazer essa pergunta, Rubinho? Eu já soube de tudo o que está acontecendo. Você não tem vergonha não? Você é uma decepção.

Rubinho — Deixa eu adivinhar?! A Baby já foi fazer fofoca para você, não é mesmo? Você não pode acreditar em nada que ela diga. 

Brenda — Quando é que você vai virar um homem, Rubinho? A Baby não me disse absolutamente nada. Foi o Aníbal que me disse. Você é mesmo um canalha. 


RUBINHO fica em pé na frente de BRENDA. Ela dá um tapa no rosto de seu filho que fica morrendo de raiva.


Rubinho — Porque você fez isso? Eu não admito que ninguém bate em mim. Nem mesmo você.

Brenda — Em primeiro lugar você cale a boca, seu filho desnaturado. Você colocou fogo no barco de um rapaz que tinha só esse meio para ganhar a vida. Você não tem vergonha? 

Rubinho — Você não pode estar falando sério, mãe. Aquele pescador imundo iludiu a Baby. Eu só voltei para essa cidade asquerosa por causa dela. Ele não vai tirar a Baby de mim. 


BRENDA fica cada vez mais decepcionada.


Brenda — (séria) Essa não foi a criação que eu te dei, Rubinho. Você vai esquecer essa sua obsessão pela Baby. Está ouvindo? 

Rubinho — E se eu não fizer o que você quer, mãe? O que vai querer fazer? Aposto que nada.

Brenda — Não me provoca, Rubinho. O meu erro foi ter feito todas as suas vontades. Mas isso agora acabou. Você não vai ter mais todas as regalias que você sempre teve. Entendeu? A sua mordomia acabou. 


RUBINHO fica estarrecido com o que ele ouve de sua mãe. BRENDA se mantém firme diante do que ela se propôs. 

CORTA PARA/


CENA 12. PORTO DA AREIA. PRAÇA. EXTERIOR. MANHÃ

A câmera mostra que ROSELI, JOSEFA e o pequeno JUCA estão caminhando tranquilamente pela praça sem nenhum tipo de preocupação. O semblante de ROSELI demonstra a felicidade que finalmente ela está tendo. JOSEFA olha para JUCA com um sorriso leve e verdadeiro em seu rosto.


Roseli — (respirando aliviada) Nem aparece que esse inferno finalmente teve fim. Agora eu posso ser completa junto com o meu filho. 

Josefa — Você merece, Roseli. Eu me arrependo amargamente de ter te feito sofrer. Não foi justo tudo o que você passou. Sinto muito. 

Roseli — É como eu já te disse, Josefa. Isso agora é passado. Precisamos esquecer tudo isso. 

Juca — Eu não quero mais ver aquele homem.de novo. Ele não pode ser o meu pai. Eu prefiro ter duas mães do que ter um pai igual ele. 


ROSELI e JOSEFA se olham apreensivas. 

Roseli — Eu prometo que o Misael nunca mais vai encostar um só dedo em você, meu filho. Você não tem mais nada com que se preocupar. Nós vamos cuidar de você.

Juca — Vocês prometem mesmo? É sério? 

Josefa — É claro que sim, meu filho. Nunca mais o Misael vai se aproximar de você. Essa é uma promessa que a gente vai cumprir.


JUCA esboça um sorriso. ROSELI e JOSEFA abraçam ele bem forte. Nesse momento a câmera se aproxima de MISAEL que está bastante longe deles.


Misael — (frio) Aproveitem enquanto vocês podem. Eu vou acabar com essa alegria. Eu juro. 


O olhar de MISAEL mostra toda a raiva que ele está sentindo. Ele vai embora sem ROSELI, JUCA ou JOSEFA perceberem. 

CORTA PARA/


CENA 13. DELEGACIA. CELA. INTERIOR. MANHÃ

GREGÓRIO está deitado em uma cama precária que tem dentro da cela e o seu semblante é de quem está achando tudo isso um absurdo. Nesse momento CASSIANO vem entrando na frente da cela e o nosso protagonista entrega para GREGÓRIO uma bandeja com o café da manhã. O vilão pega a bandeja e joga com raiva no chão. 

Gregório — (furioso) O que você veio fazer aqui, seu desgraçado? Veio tripudiar ej cima da minha desgraça? Eu garanto que isso é temporário. 

Cassiano — Você está no lugar que você merece, Gregório. Mas não foi por isso que eu vim aqui. Eu sei que você deve saber quem está por trás da morte do Tom. Não é verdade?

Gregório — Mesmo que eu soubesse eu jamais irá te contar, Cassiano. Eu não vou te ajudar a livrar a Lívia da cadeia. Não vou mesmo. 

Cassiano — Qual é o seu problema, Gregório? A sua neta acabou de dar a luz e você não se preocupa nem um pouco com ela? 


GREGÓRIO e CASSIANO ficam frente a frente. O vilão demonstra todo o ódio que sente por CASSIANO.


Gregório — A Lívia escolheu o próprio destino dela. Eu não vou te ajudar em absolutamente nada, seu infeliz. É tão difícil entender isso? 

Cassiano — Qual é o seu problema, Gregório? Ela é sua neta. Você não pode ficar que o ódio que você sente por mim deixe influenciar na vida da Lívia. Ela é inocente. 

Gregório — Isso é você quem está dizendo, Cassiano. Enquanto você luta para provar a inocência da Lívia eu vou sair daqui o mais rápido possível. Pode ter certeza disso. 


CASSIANO fica totalmente nervoso. GREGÓRIO sorri. 


Cassiano — (firme) Disso eu não teria tanta certeza, Gregório. Os seus crimes são tantos que você nunca vai sair dessa cena. Acredite.

Gregório — Eu vou sair dessa cela custe o que custar, seu maldito. Eu vou fazer o que for preciso para te destruir. Isso é uma promessa.


CASSIANO vai embora enquanto GREGÓRIO o olha com muito ódio. O vilão demonstra estar descontrolado.

CORTA PARA/


CENA 14. CASA DE ANA ROSA. SALA DE ESTAR. EXTERIOR. MANHÃ

Essa é a antiga casa de TOM. ANA ROSA vai anda pela casa e ela parece estar bastante furiosa. A vilã pega um porta retrato de TOM e joga na parede. O ódio dela está cada vez mais estampado em seu rosto. O olhar de ANA ROSA é de quem está se deixando vencer pelo ódio e pela inveja.


Ana Rosa — (furiosa) Isso não pode estar acontecendo comigo. Aquela maldita da Lívia não vai tirar a minha única chance de ser feliz. Não vai. 

ANA ROSA vai perdendo cada vez mais o controle. Nesse momento alguém toca a campainha. ANA ROSA abre ela fica surpresa ao ver ONDINA parada em sua frente. 


Ana Rosa — O que você está fazendo aqui, mãe? Eu pensei que depois da nossa última conversa você não iria querer me ver de novo. 

Ondina — Você ainda é minha filha, Ana Rosa. Nada do que possa acontecer vai mudar isso. Mas eu preciso saber de uma coisa. Foi você que matou o Tom? Pode me contar. 

Ana Rosa — Eu não acredito no que eu estou ouvindo. A minha própria mãe acha que eu sou uma assassina. Isso não pode ser verdade.


ONDINA se aproxima de ANA ROSA. A vilã está nervosa. 


Ondina — Eu te conheço melhor que você mesma, minha filha. Eu sinto que você está me escondendo alguma coisa. Me fale agora. 

Ana Rosa — Você quer mesmo saber a verdade, mãe? Lembra do incêndio da associação de moradores? Fui eu que mandei colocar fogo. Eu queria e ainda quero matar a Lívia. 

Ondina — Que espécie de monstro você é, Ana Rosa? Eu não estou te reconhecendo mais. 


ANA ROSA está decidida do que quer. ONDINA a encara. 


Ana Rosa — (ardilosa) Eu sempre consigo o que eu quero, mãe. A Lívia não merece o amor do Cassiano. Ela sim é uma assassina. 

Ondina — Onde foi que eu errei com você, minha filha? Eu não acredito que você se tornou essa mulher tão fria e mesquinha assim. 


ANA ROSA olha com frieza para sua própria mãe. ONDINA vai embora se sentindo totalmente em choque. 

CORTA PARA/


CENA 15. DELEGACIA. ENTRADA. EXTERIOR. MANHÃ

O DELEGADO

 AUGUSTIN vem trazendo LÍVIA até a entrada da delegacia. Nesse momento a câmera mostra que CASSIANO vem saindo da delegacia e ele fica estarrecido ao ver o DELEGADO AUGUSTIN trazendo LÍVIA presa. CASSIANO se aproxima de LÍVIA e segura a sua mão. 


Cassiano — (indignado) Eu posso saber o que está acontecendo aqui? Porque você está fazendo isso, Augustin? Pode me dizer? 

Delegado Augusin — Eu não tenho escolha, meu filho. O julgamento da Lívia já foi marcado. É questão de tempo para isso terminar. 

Lívia — Está tudo bem, meu amor. Eu quero que você ajude a minha avó a cuidar do nosso filho. Eu dei o nome de Bernardo para ele. 

Cassiano — Eu nunca vou desistir de você, Lívia. Eu ainda vou descobrir quem matou o Tom. 


CASSIANO e LÍVIA se beijam. O DELEGADO AUGUSTIN os olha com um semblante bastante preocupado. 


Delegado Augustin — Se eu fosse você eu deixaria esse trabalho para a polícia, Cassiano. Você pode estar correndo um perigo desnecessário. Escuta o que estou dizendo. 

Lívia — O Augustin está certo, meu amor. E afinal de contas a gente não sabe quem foi que matou o Tom. Me escute, por favor. 

Cassiano — Você sabe que eu não posso fazer isso, Lívia. Agora que eu comecei vou até o fim. 


LÍVIA fica totalmente sem palavras. Ela e CASSIANO se olham em um silêncio ensurdecedor. O clima é tenso. 


Lívia — (séria) Aconteça o que acontecer eu quero que você nunca esqueça que eu te amo, Cassiano. Você é o homem da minha vida. Você é o meu melhor presente.

Cassiano — Eu prometo que eu vou limpar o seu nome, Lívia. Eu não vou desistir. Eu juro. 


CASSIANO e LÍVIA voltam a se beijar. Logo depois o DELEGADO AUGUSTIN a lembra para dentro da delegacia. A câmera mostra o olhar sério de CASSIANO.


A imagem congela no olhar distante de CASSIANO. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.















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