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Caindo na Real - Episódio 02


CAINDO NA REAL - CAPÍTULO 02: POBREZA PEGA E A REVIRAVOLTA!

Sandro toca carinhosamente em um dos ombros de Faísca e vai em direção pro seu quarto e desliga meia parte da luz antes de sair da sala de estar. De repente, Pérola aparece com um vestido rosa curto que costumava vestir todas as noites antes de dormir, a filha de Faísca pegava uma garrafa de água gelada e um copo d'água e se refrescava, caminhava em direção a sala e sentava ao lado de Faísca que dava a impressão de está pensativo.

Pérola: O trabalho foi duro hoje, pai? ou foi bem prático como das últimas vezes?

Faísca: Pra mim não existe trabalho duro minha filha, tudo na vida é possível. Mas me responde uma coisa... o seu irmão Sandro, você acha que ele tem vergonha, algo contra minha pessoa.

Pérola: Eu sinceramente, ando desconfiandoo do Sandro, 
porém, eu nunca cheguei a esse ponto de querer conversar com você sobre essa coisa! 

Faísca (Narrando): Minha filha Pérola nunca foi de mentir pra mim ou algo do tipo, por isso considerava ela minha filha xodó, alias, todos os pais tem seus preferidos, embora eu gostasse todos, tivesse simpatia por todos eles, mas a questão é que Pérola era diferente, era uma filha que me dava um orgulho extremamente emocional, era gostoso está ao seu lado, era mil maravilhas ter uma filha com quem eu possa desabafar ou poder contar sempre que eu precisasse, Pérola e eu nunca brigamos, ou tivemos problemas um com o outro. Embora, até hoje ela queira saber informações da mãe que a abandonou... eu espero que ela não tenha informações sobre a mãe, não só ela, como todos, porque a mãe deles não só desprezava a mim por ser pobre, como todos eles terem puxado o meu sangue.
Pérola sorriu pra mim por uns instantes, eu toquei delicadamente em seu queixo e devolvi o sorriso agradável pra ela. 

Faísca: Você é a filha que todo pai sempre quis, você é desejável.

Faísca. Narrando: Ao terminar de dizer aquelas palavras, eu não sabia bem aonde eu queria chegar, além de está querendo agradar um filho, eu queria está agradando a todos, porque eu me considero um pai e uma mãe pra todos eles!

Pérola. Narrando: Eu fiquei claramente sem palavras depois do Faísca ter dito aquilo... a única coisa que eu podia fazer é agradecer, porque lá no fundo, eu mesmo sabia que o Faísca tinha mais simpatia por mim do que por todos, porque Faísca e eu nunca tivemos discussão alguma, nunca brigamos... e eu sempre fui grata de ter um paizão como ele! Eu também acho que Faísca é um pai que todo mundo gostaria de abraçar e conviver debaixo do mesmo teto.

CENA 02. UNIVERSIDADE. ENTRADA. DIA. 

Faísca. Narrando: Chegando a universidade do meu filhote, Sandro, eu caminhava em direção a sala dos professores onde todos estavam presentes, professores e os estudantes da universidade, a sala era mais grande do que eu imaginava e continha diversas cadeiras. Eu absolutamente estava com o meu uniforme de trabalhador onde eu fazia questão de ir assim mesmo pra não perder tempo.
Era a primeira vez na minha vida que eu ia em uma reunião do meu filho Sandro, eu até hoje nunca entendi o porque dele nunca ter dado libertada ou permissão de ir nas suas reuniões, não saberia realmente o motivo disso. 
Então, eu fiz questão de entrar na sala e me sentar em uma das cadeiras. Eu vi Sandro presente no local e dei uma pequena acenada pra ele com um sorriso entusiasmado no rosto, ele estava com um dos seus colegas ao lado, provavelmente. Ao me ver, ele parecia bastante surpreso ao me ver.

Sandro: Agora que o dia estava ficando firmeza, vem aparecer todos os problemas em hora errada! Eu não dei essa libertada dele vim comparecer na reunião. Preciso me acalmar, se não vou ter um sufoco seríssimo.

Fred: É seu pai, Sandro, como é que você tem coragem de falar um absurdo assim sobre a pessoa dele?

Sandro: Pelo amor de Deus, assim você quer me enlouquecer! A culpa não é minha, se o povo é problemático e não tem o mínimo respeito com os pobres, e eu jamais iria tolerar passar o resto do ano virando saco de pancadas de sarro.

Sandro. Narrando: Eu não tinha nada contra a pessoa que era meu pai, mas odiava a forma como ele fazia as coisas e me tratava como se eu fosse um mongolóide, como me chamar de amor e tudo mais, era insuportável e irritante pra mim! O pior de tudo, nem é ele, e sim a forma como ele se vestia 24h com aquele uniforme brega e cafona cinza de trabalhador que ele usava... o pior de tudo é que todos estavam olhando pra ele e tirando boas gargalhadas sem ele perceber! Imagine se eles soubessem que esse cão chupando manga é meu pai? Mas o pior de tudo mesmo, é que eu teria vários problemas ao mesmo tempo, porque o pai falsificado chegava no local, o pai falsificado que eu havia pagado uma excelente grana que eu havia gastado da minha mesada.

O pai falsificado se chamava André e ele aparecia no local. E sentava ao lado de Sandro. Em meados minutos, a reunião já teria começado há um tempo, quando chegou a minha vez... o nervosismo só aumentava, até que o professor chamava pelo meu nome e meu pai falsificado André levantava a mão. Quando naquele momento, Faísca ficava desentendido e interrompia tudo.

Faísca: Está havendo um mal entendido, querida direção! O pai do Sandro, sou real, absolutamente!

Naquele instante, um ar surpreso e um clima esquentava no local, todos davam uma pequena olhada pra Sandro que permanecia nervoso por uns instantes. Sandro decide tomar a palavra.

Sandro: Eu não sei quem é esse sujeito, não tenho a menor ideia ou noção de quem ele seja!

André: O velhote quer roubar o Sandro de mim! 

De repente, lágrimas começaram a escorrer pelos olhos de Faísca que era bem sensível. Faísca olha pra Sandro enfurecido e com ódio no peito.

Faísca: Como você tem a capacidade de dizer tamanho absurdo sobre o pai que te criou, lhe deu todo o amor e carinho? Eu posso não ter sido o pai que você tanto queria, mas tentei fazer meu papel e dá meu melhor possível.
De repente, Faísca se sente totalmente envergonhado diante aquela situação e sai do local. A reunião decide continuar.  

MAIS TARDE, no fim da reunião quando todos os estudantes e professores, pais, já tinham ido embora, estava só Sandro e Fred presentes.

Fred encara Sandro em meados instantes.

Fred: Você passou de todos os limites! Pô, cara, isso foi ilegal da sua parte! É seu pai, véi. Você se comportou da pior forma possível.

Sandro: Dos meus problemas, cuido eu! Permanecer calado, é melhor.

Fred: Você perdeu a confiança e o carinho de quem mais gostava de você no mundo!

Sandro: Eu não preciso dos seus comentários repulgnantes, me deixa, seu imbecil!

Sandro. Narrando: Depois daquele dia... Fred ficou alguns dias sem falar comigo, vou confessar que embora Fred seja meu melhor amigo, nunca concordava com minhas atitudes sobre o que eu fazia com meu pai. Véio, eu errei naquilo, eu sei, mas eu fiz isso, por mim, pra salvar minha pele, eu não queria virar sarro o ano inteiro na universidade! Eu confesso, que eu causei algumas dúvidas e más impressões sobre a turma naquele escândalo que aconteceu. 

CENA 03. MORADA DE FAÍSCA. SALA DE ESTAR. DIA.

A cena mostra Faísca chegando em casa em crise de choro. Cláudia fica desentendida sem entender nada. Pérola e Miguel correm até a sala ouvindo Faísca entristecer.

Cláudia: Que que aconteceu, pai? 

Pérola: Vá buscar um copo d'água, Cláudia, enquanto eu tento acalma-ló. 

Cláudia corre o mais rápido que consegue até cozinha, Miguel se senta ao lado de Faísca. Pérola se ajoelha e tenta enxugar as lágrimas de Faísca com um lenço. Cláudia chega com o copo d'água e dá nas mãos de Faísca que bebe seguidamente, Faísca dá uma boa respirada e olha pra cada um dos seus filhos.

Miguel: Que que aconteceu, véi? 

Faísca: O irmão de vocês, o Sandro, me envergonhou diante da universidade toda dizendo que eu não era o verdadeiro pai dele, ele escondeu sua origem, escondeu quem ele era realmente durante esse tempo! Ele provavelmente pagou uma grana fiada a um pai falso ator pra ir a reunião e lá, eu descobrir quem era realmente o filho a qual eu dei todo o carinho possível.

Cláudia. Narrando: Eu confesso que eu nunca imaginei em toda minha vida que o Sandro tomaria uma atitude precipitada disso a ponto de querer envergonhar e esconder sua verdadeira origem!

Cláudia: Vai ficar, tudo bem, eu prometo! -- FALOU CLÁUDIA LENTAMENTE. 

CENA 04. RUA. LANCHONETE. NOITE.

SANDRO, NARRANDO: Depois do que havia acontecido naquele mesmo dia, eu decidir não voltar tão cedo pra casa pelo simples fato de saber que meu pai estaria totalmente desmoronado. Eu caminhei pelos lugares em ar fresco e fiquei até tarde numa lanchonete que era extremamente pública pra assistir, eu confesso que eu sou um noveleiro fanático que adora assistir novelas com diversas temáticas.
Então estava ali eu, assistindo um capítulo da novela "Verão 90", na companhia de uma moça gata que estava do meu lado, ela provavelmente desconfiou que eu era um daqueles cara que me amarrava em dramaturgia, por isso pediu meu número de telefone.
Mais tarde, antes de voltar pra casa, eu decidir me trocar de roupa num beco vazio onde quase ninguém frequentava, provavelmente. Eu vestir uma camisa azul simples velha que eu particulamente detestava, e continuei com a minha calça preta que era uma das únicas peças de roupa que eram luxuosas. Eu estava com meu tenis nike preto que havia sido um presente do meu pai há poucos meses. O presente não foi um dos melhores, mas quebrou o galho pra quem não recebe nada de aniversário.

CENA 05. MORADA DE FAÍSCA. SALA DE ESTAR. NOITE.

Sandro, narrando: Já estava bem tarde, o céu estava cinza e escuro, aparentava que iria chover, então decidir correr o mais rápido possível até em casa, eu conseguia dá uma boa corrida porque sempre me exercitava muito bem, embora eu tivesse chegado bem suando em casa.
Eu já estava na porta de casa, decidir abrir e entrar lentamente, quando liguei a luz e vi que meu pai apareceu em instantes de surpresa com os olhos sensivelmente triste, provavelmente ele ficou ali por horas me esperando chegar. Ele foi se aproximando um pouco perto de mim, mas ficou ainda distante e não parava de olhar pra mim com aquele mesmo olhar que não mudava.

Faísca: A gente precisa conversar, moleque. A gente precisa resolver o que aconteceu por hoje.

Sandro Narrando: Eu fiquei calado por alguns minutos, porque eu sabia que ele iria de qualquer forma me repreender.

Faísca: O que você fez com o seu pai não tem sequer nome. Você foi completamente injusto comigo! Você foi um filho ingrato comigo, eu paguei seus estudos, eu paguei sua academia. Você conseguiu o que você queria não é mesmo? Deixar seu pai arruinado, com o coração partido em ver seu próprio filho desonrando o próprio pai de sangue.

Sandro: Eu posso ter errado, mas pelo menos eu não pago esse vexame que nem você de ir aos lugares com aquele uniforme breguissímo que você gosta tanto de usar.

Faísca: Eu não nasci pra esse negócio de se vestir! E você deveria me agradecer, sabe por que? Porque eu sou uma mãe e ao mesmo tempo um pai pra você, eu trabalho, mas ao mesmo tempo eu lavo suas roupas, eu lavo suas cuecas, eu de vez em quando ainda dou banho até mesmo em você!

Sandro: Você lava roupa, continua trabalhando, porque quer. Ninguém te obriga! 

Faísca: Não, meu camarada, eu trabalho não é porque eu quero, é porque eu preciso, eu preciso pra ajudar nossa família, se não fosse esse trabalho, a gente estaria passando fome debaixo dessa casa desmoronando, caindo aos pedaços, vocês estariam sem estudar e aprendendo! Dê ao menos valor pra isso, porque pro seu pai você já demostrou não ter nenhum tipo de valor.

Sandro: Tá, pai, pelo amor de Deus! Você tá certo, você tá certo em querer que nós estude pra conseguimos arranjar um bom emprego, trabalho pra conseguir ajuda-ló.

Faísca foi se aproximando de Sandro com um semblante na face do rosto.

Faísca: Pois agora que você tocou no assunto, passou uma coisa pela minha cabeça... você começar a trabalhar - Falou Faísca lentamente.

Sandro: Eu começar a trabalhar? que bela piada, hein! Estudar já é uma opção adequada pra mim.

Faísca: Você vai trabalhar pra você aprender a dar valor pro dinheiro que você vai conseguir com o seu suor, com o seu esforço.

Sandro: Eu não vou trabalhar, não vou - FALOU SANDRO LENTAMENTE ENFURECIDO - nem que eu tenha que cair morto, mas eu não vou! Eu prefiro ser enterrado vivo hoje num caixão, do que vestir esse uniforme cafona e brega que você tanto usa!

FAÍSCA dá uma bofetada em Sandro que segura as lágrimas.

SANDRO: Não devia ter feito isso! 

FAÍSCA: Olha o seu estado, olha como você mudou! Ficou diferente, você realmente mostrou pra mim mesmo, que eu nunca mais posso contar com você pra nada! Agora saia da minha casa antes que eu te der uma surra, moleque.

SANDRO: Pois é isso que eu vou fazer agora mesmo...
PREFIRO morar debaixo de uma ponte infeliz do que voltar a por os olhos em você!

FAÍSCA: Ótimo! Faça um bom aproveito, comece se mudando hoje mesmo.

CENA 06. 

A cena mostra Faísca no quarto chorando pelo filho,
pensando, relembrando em tudo o que ele havia lhe dito. Passou pela cabeça de Faísca naquele momento que apesar de tudo o que Sandro havia lhe dito, ele ainda o amava e de repente começou a rezar por ele! Não só por Sandro, como por ele mesmo e por toda sua família!

CENA 07.

Quando perco a fé, fico sem controle
E me sinto mal, sem esperança
E ao meu redor, a inveja vai
Fazendo as pessoas se odiarem mais🎶🎶🎶

Sandro, narrando: Eu caminhei pelas ruas em plena noite procurando um lugar onde eu ficaria ao menos durante aquela noite, quando de repente, vi com os meus olhos uma casa simples  onde havia aquela mesma mulher que havia pedido o meu número. Com força e generosidade, eu fui até ela, por incrível que pareça conseguir contar a ela friamente tudo o que havia acontecido comigo, e ela me deixou ficar no lugar.
O nome da moça se chamava Patrícia e ela provavelmente morava sozinha, a casa por fora era simples, mas por dentro era bem espaçosa e um pouco grande. Eu caminhei até o sofá e sentei tentando me aconchegar.
Ela começou a me olhar e percebi o quanto ela era bonita, tinha olhos castanhos, cabelos pretos longos, provavelmente ela havia passado uma chapinha. Ela também estava usando uma blusa preta com estampa bonita e uma calça preta jeans azul, ela também aparentava costumar está sempre de salto alto 14.

CENA 08. MORADA DE FAÍSCA. DIA. SALA DE ESTAR.

Faísca, narrando: Meus filhos estavam tomando café.

Pérola esquentando o pão na frigideira. Cláudia e Miguel tendo uma conversa na mesa, enquanto saboriavam o pão.
Cláudia: Não vejo a hora de me tornar uma cozinheira profissional.
Miguel: Pra isso você vai precisar ter excelente estudo, além de fazer uma faculdade.
CLÁUDIA: Eu sei que estou no caminho certo, indo na direção correta.
MIGUEL: E espero que realmente esteja indo! Torço por você, você sabe disso.
CLÁUDIA: Claro que eu realmente sei haha!

PÉROLA coloca o pão esquentado numa panela e coloca na mesa.
PÉROLA: Será que cês podem me passar a garrafa de café?
MIGUEL: Claro! 
CLÁUDIA: E o Sandro, não vem tomar café conosco?
MIGUEL: Eu pensei, eu ia dizer a mesma coisa.
PÉROLA: Faísca?

FAÍSCA olha pro seus filhos bem surpresos.
FAÍSCA: O irmão de vocês... foi embora! - DISSE LENTAMENTE.
CLÁUDIA: Embora? aconteceu alguma coisa? vocês discutiram, brigaram?
PÉROLA: O assunto é sério HEIN.
MIGUEL: E mais sério do que nunca. 

FAÍSCA: O irmão de vocês me envergonhou, disse absurdos no meu nariz. Então eu decidir manda-ló embora contra a minha própria vontade!

O SILÊNCIO TOMA CONTA DE TUDO AQUILO POR ALGUNS MINUTOS.

CLÁUDIA: Tá na hora de conferir os números da loteria.
MIGUEL: Eu trouxe o jornal na banca da esquina! ANDA, vamo pra sala e conferir logo esse negócio! 
PÉROLA: Tomará que hoje dê alguma coisa!

FAÍSCA pega o bilhete premiado e começa a marcar os números que haviam saído. Quando de repente, ele percebe que havia feito a pontuação máxima que era 20 pontos, ele confere o valor do prêmio e percebe que é 2.000.000.000 bilhões de reais. Faísca de repente começa a se emocionar. PÉROLA, CLÁUDIA E MIGUEL FICAM SURPRESOS AO VÊ OS 20 PONTOS NO BILHETE PREMIADO.

PÉROLA: É um milagre.
MIGUEL: Bota milagre nisso! - DISSE MIGUEL COMEMORANDO.
CLÁUDIA: Meu Deus... é muito dinheiro! 
MIGUEL: Agora você pode imitar aquele meme da Carolina Ferraz da novela Beleza Pura: EUU SOUUU RICAAA.

Faísca olha novamente pro bilhete premiado e levanta pra cima.
FAÍSCA: Agora mesmo vou ir buscar nosso prêmio e vamos começar uma nova VIDA, um novo caminho!

GANCHO 

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