Capítulo 20 (Semana Especial) –
Beatriz e Luciana sofrem um atentado.
- No capítulo anterior:
ALBERTO: Eu sabia que cedo ou tarde você iria querer mostrar essas
suas garrinhas e me passar a perna, por isso eu te segui.
CAROLINA: Me seguiu? Como assim me seguiu? (Carolina se desespera
com a possibilidade de Alberto ter encontrado Cadu primeiro).
ALBERTO: Já olhou seu WhatsApp hoje? Se eu fosse você, eu dava uma
olhada...
CAROLINA: (Estranha, mas logo em seguida desbloqueia o celular e
olha a conversa com Alberto, ele acabara de lhe enviar uma foto, trata-se da
noite em que ela assassinou Candelária) Mas o que significa isso?
ALBERTO: Você não é muito esperta? O que aconteceu? Eu explico,
essa daí é uma foto sua após matar aquela mulherzinha, a que esconde o seu
filho bastardo. Você fala tanto que eu fui abandonado numa lata de lixo e no
final, a única cadela que pariu e jogou o filho numa lata de lixo... Que coisa
feia, Carol... Será que seus seguidores iriam gostar disso?
CAROLINA: Seu desgraçado! (Grita)
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CLARISSA: Então quer dizer que o seu amigo começou a investigar o
passado do Beto?
BEATRIZ: Sim, tenho muita esperança de que em breve iremos
descobrir toda a verdade sobre o seu passado. Onde mora, quem é sua família e o
que aconteceu para ele parar na estrada no dia em que o atropelei.
CLARISSA: Bom, eu espero que ele realmente consiga alguma pista e
que vocês ajudem esse pobre homem a descobrir a sua verdadeira identidade. Bom,
agora tenho que voltar para a escola! (Diz ao deixar o dinheiro do pagamento
embaixo da taça de sorvete).
BEATRIZ: Eu te dou uma carona, estou de carro. No caminho
continuamos conversando e eu te conto tudo.
CLARISSA: Então vamos!
(Clarissa e Beatriz vão embora da sorveteria e cruzam com
uma cliente que está com o cardápio cobrindo completamente o seu rosto).
CAROLINA: (Carolina abaixa o cardápio que cobria seu rosto assim
que Beatriz e Clarissa cruzam a porta de saída do estabelecimento) Quer dizer
que a jornalista está bancando a detetive? Vamos ver até onde ela consegue ir
antes que eu a tire do meu caminho... Talvez ela suma, um acidente, um tiro...
Não disse como! (Carolina começa a rir).
–
Fique agora com o capítulo de hoje!
Cena 01 – Sorveteria [Interna/Tarde]
CAROLINA: (Retira de sua bolsa a carteira e deixa uma cédula de
dinheiro em cima da mesa para pagar a água que pediu na lanchonete) Bem, agora
vamos dar continuidade aos meus planos, afinal... Alguém aqui precisa vencer!
(Carolina deixa a sorveteria em seguida).
Cena 02 – Hospital Arlindo Dutra [Interna/Manhã]
(O dia anoitece e logo em seguida amanhece novamente. As
imagens da cidade de Correntes dão lugar a cidade de Recife, exatamente em frente
ao Hospital Arlindo Dutra, onde Guilherme acabara de entrar).
DANIEL: Di-di-disse... Formulá-lá-lários de doação? (Gagueja o
recepcionista do hospital).
GUILHERME: Exatamente! Como eu faço para conseguir? Preciso de um
levantamento dos doadores e os transplantados pelo menos do último semestre.
Como faço para conseguir?
DANIEL: Não con-con-con-consegue... São informaçõ-çõ-ções
sigilosas, sinto muito!
GUILHERME: Tem certeza? Eu seria extremamente grato se conseguisse
esse levantamento. (Guilherme joga charme para o recepcionista).
DANIEL: Lamen-men-to senhor!
GUILHERME: De qualquer forma, vou deixar o meu cartão... Caso mude
de ideia, eu disse que serei eternamente grato.
Cena 03 – Escola Municipal [Interna/Manhã]
(Clarissa se aproxima da entrada da escola quando é
abordada por um homem novo na cidade).
SÉRGIO: Bom dia, será que a senhorita poderia me dar uma
informação?
CLARISSA: Bom dia! Do que precisa?
SÉRGIO: Acabo de chegar na cidade, sou médico veterinário e estou
buscando esse endereço, sabe onde é e como faço para chegar lá? O sinal de
internet aqui é muito ruim, não consigo encontrar no GPS. (Diz mostrando o
endereço na tela do celular).
CLARISSA: Deixe-me ver! (Clarissa observa o endereço e logo percebe
que sabe de onde se trata). Ah, eu sei sim onde fica... É o Haras Barreto, o
dono é Tobias Barreto, fica praticamente no fim da cidade, vou te explicar...
Você faz o seguinte, dobra a direita, quando chegar no fim da rua... (Clarissa
começa a explicar).
SÉRGIO: (Começa a observar Clarissa falar e nota como ela é
bonita, distraindo-se).
Cena 04 – Apartamento de Dinho [Interna/Manhã]
(Dinho sai do quarto só de cueca e com o cabelo
desarrumado após acordar com alguém tocando a campainha de seu apartamento
insistentemente).
DINHO: Mas que droga! Quem será uma hora dessas e porque toca
desse jeito? Já vai! (Grita).
(Dinho atravessa a sala e abre a porta).
DINHO: Você? O que faz aqui?
Cena 05 – Apartamento de Dinho [Interna/Manhã]
(Dinho continua parado na porta surpreso com a visita).
CAROLINA: Vai ficar aí parado e não vai me convidar para entrar?
DINHO: (Dá passagem para Carolina, que entra em seguida) A que
devo a honra de uma presença tão ilustre no meu humilde cafofo?
CAROLINA: Sem cerimônias, mexi meus pauzinhos e descobri onde você
se esconde. Sei perfeitamente que você ajudou o meu querido cunhado a dar um
chá de sumiço no meu marido e diga-se de passagem, um serviço muito mal
executado.
DINHO: O que você quer? O Alberto sabe que você está aqui?
CAROLINA: Não, ele não sabe. Eu vim te fazer um acordo na
realidade, uma proposta irrecusável.
DINHO: Uma proposta? E o que eu ganho com isso?
CAROLINA: Podemos começar com o dobro do que o meu cunhadinho te
ofereceu...
DINHO: Interessante! Não quer se sentar?
CAROLINA: (Senta-se no sofá com nojo).
DINHO: Estou esperando, que proposta é essa?
CAROLINA: Algo muito simples, nada que você não tenha feito antes.
Preciso me livrar de uma pessoa, quero que você mate alguém. Eu vou te contar
um pouco mais sobre a pessoa... (Carolina então começa a falar sobre seus
planos para Dinho que ouve tudo atentamente).
Cena 06 – Flat de Guilherme [Interna/Tarde]
Música da cena: A Gente Samba – Gabriel Nandes
(Imagens de Recife são apresentadas conforme o dia
amanhece e anoitece rapidamente).
DIAS DEPOIS...
GUILHERME: (Fala ao interfone com o porteiro do prédio) Sim, pode
mandar subir...
(Poucos instantes depois, alguém bate na porta do flat de
Guilherme).
GUILHERME: Confesso que me surpreendi quando o porteiro anunciou a
sua chegada.
DANIEL: Eu esto-to-tou arriscando o meu-me-meu emprego vindo
até-té aqui... (Diz Daniel ao entrar).
GUILHERME: Então suponho que...
DANIEL: Que eu te-te-tenho uma coisa pra-pra-pra você! (Retira
uma pasta de sua bolsa).
GUILHERME: Os arquivos que eu pedi?
DANIEL: Você di-di-disse que fica-ri-ria grato se eu te-te
ajudasse! (Entrega a pasta).
GUILHERME: (Pega a pasta e se aproxima de Daniel) Bom, sabia que eu
tenho tara em gagos timidos como você? (Guilherme empurra Daniel no sofá, sobe
em cima dele e o beija em seguida).
Cena 07 – Casa de Carina [Interna/Tarde]
Música: Yesterday – Monique Kessous
(Luciana está sentada no sofá da sala enquanto encara o
telefone).
LUCIANA: (Após alguns minutos, ela resolve tentar e pega o
telefone, em seguida disca um número) Será que vão me atender? (Pensa).
(Do outro lado da linha, Luiza se apressa para atender o
telefone que fica numa mesa ao lado da janela de sua casa).
LUIZA: Alô? Alô?
LUCIANA: (Permanece calada).
LUIZA: Vai responder ou tá dificil? Não tenho o dia todo.
LUCIANA: (Desliga o telefone sem dizer uma palavra) Luiza, a minha
irmã... (Conclui).
LUIZA: Bando de desocupado! (Coloca o telefone no gancho e volta
para a cozinha).
Cena 08 – Cabaré de Dona Cissa [Interna/Noite]
Música: Amor de Que – Pabllo Vittar
(Serena dança no pole-dance enquanto é observada por
Israel).
ISRAEL: Vim aqui só para ver você... Vamos para o seu quarto,
vamos?
SERENA: (Pendurada de cabeça para baixo no pole-dance responde)
Claro meu anjo, espera só acabar essa dança que já vamos... Daquele jeitinho
que tu gosta!
(Do outro lado do cabaré, Cissa está sentada numa mesa
com os pensamentos distante).
DONA CISSA: (Pensa) Era ela, eu tenho certeza que era ela...
Flashback:
DONA CISSA: Que foi, Cacau? Não vai falar comigo?
CAROLINA: A senhora deve está me confundindo, eu não conheço
ninguém chamada Cacau.
DONA CISSA: Como não? Você acha que eu não iria te reconhecer,
menina? Claro, você está mais elegante, bem vestida, cabelo mais claro e de
longe se nota que estpa montada na grana, mas eu tenho certeza... É você, Cacau
do Pandeiro!
CAROLINA: A senhora é louca, vou sair daqui! (Carolina entra no
carro e arranca bruscamente).
Fim do flashback.
DONA CISSA: O que será que aquela ingrata estava fazendo aqui depois
de tantos anos? Será que veio atrás dele? Não acredito que seja capaz, depois
de tanto tempo... Será?
Cena 09 – Casa de Luiza [Interna/Noite]
(Beatriz recebe uma ligação de Guilherme enquanto escrevia
seu livro no notebook).
BEATRIZ: Para você está me ligando uma hora dessas, eu imagino que
tenha notícias quentes!
GUILHERME: Quentes não, quentíssimas e que irão te interessar muito,
mas eu preciso que veja pessoalmente, é algo muito importante...
BEATRIZ: Pessoalmente? O que pode ser de tão grave que você não
quer me contar agora?
GUILHERME: É algo que está ligado a sua vida.
BEATRIZ: (Estranha o comentário de Guilherme).
Cena 09 – Haras Ferraz [Interna/Noite]
(Tobias toma café enquanto observa sua propriedade da
janela e novamente, volta a notar Clarissa saindo do estábulo na calada da
noite sorrateiramente).
TOBIAS: É ela, não estou ficando louco. O que será que essa doida
está aprontando na minha fazenda uma hora dessas? Aí tem e eu vou descobrir o
que é! (Conclui).
Cena 10 – Casa de
Luiza [Interna/Manhã]
Música da cena: Anjo – Roupa Nova
(O dia amanhece, logo após acordar, Beto procura por
Beatriz em seu quarto, mas não a encontra).
BETO: Bom dia!
LUIZA: Bom dia! Quer tomar café? Fiz um bolo de macaxeira que
combina muito com um cafezinho...
BETO: Não estou com fome! Onde está a Beatriz? Fui até o quarto
dela e não a encontrei...
LUIZA: Ela saiu cedinho, o dia nem tinha amanhecido direito.
BETO: Saiu? Mas o carro dela está lá fora, eu vi pela janela.
LUIZA: Ela disse que esqueceu de abastecer e como estava muito
cedo, os postos aqui só abrem lá pelas oito da manhã, aí já viu, foi de
ônibus...
Cena 11 – Casa de Luiza [Interna/Manhã]
Música da cena: A Gente Nunca Conversou (Ei, Moça!) -
Lagum
(Beatriz está parada numa calçada enquanto manuseia o seu
celular, ela está pedindo um carro no aplicativo de transporte).
BEATRIZ: Aí está ele! (Diz ao perceber que o carro que chamou no
aplicativo acabara de chegar).
ORLANDO: Não vá Beatriz, vamos voltar para casa... Não entre nesse
carro! (Fala com a esposa, mas é em vão, ela não consegue escutá-lo).
(Beatriz entra no carro abrindo a porta traseira de um
lado, enquanto uma mulher estranha abre a porta traseira do outro lado).
LUCIANA: Desculpe! Esse carro fui eu quem chamei...
BEATRIZ: Acredito que a senhora deva ter se enganado, fui eu quem
chamei.
LUCIANA: Não, não... Eu conferi bem no aplicativo, aqui diz um
carro preto, de placa DHY – 4578. E o seu?
BEATRIZ: Exatamente! Eu também conferi, quer ver só? A placa que
diz aqui é... DHY – 4875. (Beatriz percebe que se confundiu). Que droga, eu vi
tão rápido que confundi os números... Vou descer!
LUCIANA: Bom, podemos compartilhar a corrida. Para onde você está
indo?
BEATRIZ: Boa viagem e você?
LUCIANA: Pina! Pertinho, facilita para você?
BEATRIZ: Bastante!
MOTORISTA: Podemos iniciar a corrida, Dona Luciana?
LUCIANA: Podemos sim!
(O motorista segue pela rua, enquanto Beatriz e Luciana conversam
sentadas no banco de trás do carro).
BEATRIZ: Seu nome é Luciana?
LUCIANA: É sim, nome comum. Não acha?
BEATRIZ: Ah, é... Tanto que é o mesmo nome que a minha mãe.
LUCIANA: (Surpreende-se com a coincidência) Ah, é? E você, como se
chama?
BEATRIZ: Bem, eu me chamo... (Beatriz não conclui, pois é interrompida por Luciana).
LUCIANA: Cuidado! (Grita)
ORLANDO: (Surge no carro ao lado de Beatriz e uma forte luz branca percorre todo o carro).
(Quando o carro está prestes a atravessar um cruzamento,
é acertado em cheio por outro veículo em alta velocidade. O carro de aplicativo
onde estão Luciana e Beatriz capota algumas vezes).
A câmera foca em Beatriz e Luciana
inconscientes, a cena congela e o capítulo encerra com o a tela azul da cor do
céu.
Trilha Sonora Oficial, clique aqui.
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