CAPÍTULO 10
uma produção Web Mundi
novela criada e escrita por
FELIPE ROCHA
CENA 01: MANSÃO MEDEIROS - QUARTO DOS IRMÃOS - INTERIOR - DIA
A vilã Cristina passa um creme no corpo. Enquanto isso, Ralf chega e diz:
RALF — Quê que significa essa palhaçada hein? É um baile que vai acontecer aqui! Eu não fiquei sabendo.
CRISTINA — Da minha vida, cuido eu Ralf. Desembucha logo o que você quer dizer, imprestável.
RALF — Ah, agora, eu sou o imprestável né? Eu vim dizer que o serviço já tá confirmado! Vai ser hoje a noite às 20h. Temos que dar uma desculpa para ele sair daqui, os planos dele era dormir aqui. Mas eu já sei o que vou fazer. A coisa que o Duende mais gosta é um clube de moto né?
CRISTINA — Claro, sem dúvida. Ele é fanático por isso.
RALF — Então, eu tenho aqui, nos meus bolsos, um convite para o clube de moto que ocorrerá esta noite, às 20h.
Ralf pega o convite do bolso e entrega a Cristina, que analisa e constata:
CRISTINA — Ralf, onde você conseguiu isso?
CORTA RÁPIDO PARA:
CENA 02: MANSÃO MEDEIROS - QUARTO DE DUENDE - INTERIOR - DIA
Duende arruma a cama em seu quarto. Ralf bate na porta e ele abre-a. Duende, surpreso, questiona:
DUENDE — Ralf, o que faz aqui? Algum problema?
RALF — Nenhum problema Duende! Aqui está uma resolução para tornar os seus dias mais felizes.
Ralf entrega o convite para Duende, que fica empolgado, e se apaixona.
DUENDE — Clube de Moto? Seu Ralf? Isso aqui é uma maravilha, sem sombra de dúvidas! Eu nunca fui a um como esse, pelo o que está escrito aqui. Onde você conseguiu?
RALF — Não interessa Duende... Olha, preste bem atenção, você quer ir muito para esse clube de moto não é mesmo?
DUENDE — Sim, claro, você acabou de realizar meu sonho. Grato. Mas pena que não posso ir, tenho que ficar aqui a noite.
RALF — Olha diga ao papai que hoje ocorreu um imprevisto e você precisa socorrer alguém, invente qualquer história.
DUENDE — E porque eu trairia a confiança do seu pai, hein? Mentira tem perna curta, viu?
RALF — Duende, seu bobo, essa é a sua única oportunidade! Só vai ter gente famosa lá, é o clube de moto mais importante da cidade!
DUENDE — Ah, não sei, não posso fazer isso. O Sr. Pablo tem tanta confiança em mim.
RALF — Duende, me dê o convite, já que você não quer ir, eu vou.
DUENDE — Não espera aí. Eu faço isso. Só porque é o primeiro que vou e estou muito empolgado.
RALF — E, então tá bom, fechado?
DUENDE — Fechado!
Ralf sai do quarto de Duende e ele vibra com o convite nas mãos.
CORTA RÁPIDO PARA:
TRANSIÇÃO DIA-NOITE
CENA 03: MANSÃO FERRARI - INTERIOR - NOITE - SALA
Lucas chega em casa e Regina e Vitória, comemoram.
Todos comemoram.
TODOS — Lucaasss!!
LUCAS — Que saudade de vocês!
Lucas coloca as malas por dentro.
Serena, em pânico, fica lá fora.
LUCAS — Ô gente! Que saudade de vocês!
Lucas dá um abraço em Camila e Regina.
REGINA — Ah, meu filho, ainda bem que você chegou! Eu estava ansiosa.
LUCAS — Eu tenho uma coisa a dizer a vocês, eu trouxe uma surpresa!
Lucas faz um sinal para Serena lá fora para que ela entre:
Serena, com medo, entra na mansão com roupas simples. Regina e Vitória perplexas. Lucas apresenta Serena.
Serena, com medo, entra na mansão com roupas simples. Regina e Vitória perplexas. Lucas apresenta Serena.
LUCAS — Essa é a mulher que eu conheci durante a viagem! A mais bela e bonita!
Neste momento, Camila chega e diz:
CAMILA — A mais bela e bonita? Você nunca fez uma declaração dessas para mim? Aliás, ela não é tão bonitinha. Veja, que roupas simples, pobrezinha! Diferente de mim, que sou de alta sociedade! Você me trocou por essa "zinha" aí, é?
Lucas, questiona, a visita de Camila:
LUCAS — Camila, mas já está tudo terminado, o que você está fazendo aqui?
CORTA RÁPIDO PARA:
CENA 04: MANSÃO MEDEIROS - QUARTO DE CRISTINA - INTERIOR - NOITE
Cristina, de camisola, se prepara para dormir. Ralf fala ao telefone e após terminar, desliga. Ele avisa a irmã:
RALF — Já está tudo pronto Cris, acabei de confirmar com o Fininho e eles estão escondidos em um lugar perto daqui.
Cristina comemora.
CRISTINA — Ah, que ótimo. Ralf, o dinheiro vivo, nos espera. Quero ver ele jorrar em nossas mãos.
Cristina abre uma garrafa de champanhe, pega duas taças e dá uma para Ralf.
CRISTINA — Um brinde ao nosso sucesso.
Os irmãos e brindam e tomam champanhe. Eles dão gargalhadas malignas.
CORTA RÁPIDO PARA:
CENA 05: MANSÃO MEDEIROS - QUARTO PABLO - INTERIOR - NOITE
Pablo, deitado na cama, assiste TV. Duende bate na porta do patrão e ele ordena:
PABLO — (ordena) Entre.
Duende entra com uma pasta na mão e avisa o patrão.
DUENDE — Seu Pablo desculpa incomodar é porque eu queria perguntar se hoje eu posso dormir na casa da minha mãe. Ó, se o senhor não deixar, tá tudo tranquilo, não tem problema nenhum.
PABLO — Pode ir sim Duende. Se tiver festa lá, traga um pedaço de bolo para mim.
CORTA PARA:
CENA 06: MANSÃO MEDEIROS - EXTERIOR - NOITE
Tranquilo e sem olhar para os lados se avista alguém, Duende sai da mansão Medeiros, com as malas na mão, seguindo em frente. Sem que o rapaz perceba, Fininho e seus capangas vão atrás do homem. Com rosto tapado e seus capangas também, Fininho segura um facão de Ralf. Eles conseguem alcançar Duende, enforcam-no. Logo em seguida, o rapaz pede socorro.
DUENDE — Socorro! Socorro!
Duende não consegue falar mais nenhuma palavra e Fininho ameaça.
FININHO — Fica quietinha aí princesinha... Espere e você vai para um lugar melhor que esse (ameaça o marginal).
Fininho tira um facão do bolso e Duende se assusta, sendo enforcado pelos demais. Neste momento, a rua não está movimentada.
Os marginais conduzem Duende até um carro e fecham o porta-malas e o automóvel parte para bem longe. Eles vibram o sucesso do plano.
CENA 07: MANSÃO FERRARI - INTERIOR - NOITE - SALA
Lucas e Camila discutem.
CAMILA — Mal terminou comigo e já foi partir para essa "zinha" aí...
LUCAS — O tempo passa e a gente descobre novas paixões, e desta vez, correspondidas.
CAMILA — Correspondidas? (dá uma gargalhada maligna) Essa menina pobre, de condições insalubres, deve estar aproveitando de você!
SERENA — A senhora tá me ofendendo.
CAMILA — Que senhora minha filha? Senhora é sua avó... Não me admito que me chamem assim.
Serena e Camila discutem e Lucas ampara a briga:
LUCAS — Chega! Camila por favor, vá embora daqui imediatamente. Você causou um grande conflito. De agora em diante, as portas da mansão estarão fechadas para você! E não volte nunca mais.
CAMILA — Enquanto você não me der um filho, eu não vou parar quieta. Faço de tudo para ficar com você, meu amor! Nem que seja a última coisa que eu faça.
Camila vai embora e despede de Serena.
CAMILA — Ah, e uma coisa, sua pobre. Cuida bem do meu marido tá?
Serena, começa a chorar e derrama lágrimas.
SERENA — Já estou cansada de ser humilhada, no primeiro dia que venho aqui. Por isso que é ruim ficar na casa de gente rica, as pessoas desfazem de você.
Serena corre para o banheiro da mansão, sem saber onde é, chora pelos cantos.
Lucas tenta ir atrás dela.
LUCAS — Serena, volta aqui meu amor! Vamos conversar!
De um canto, ouve se um ruído:
SERENA — Não quero!
Lucas, nervoso, questiona a Regina e Vitória.
LUCAS — Qual a ideia de vocês, hein? Eu já deixei bem claro que a Camila não podia aparecer aqui! Olha o que ela causou!
REGINA — Meu filho, seu estivesse sabendo que você iria trazer exatamente essa moça para cá, eu não faria isso! Desculpe.
VITÓRIA — É Lucas, você vai ver... Eu vou conversar com a Camila.
LUCAS — Tá bom!
CENA 08: PENITENCIÁRIA - PÁTIO - SAÍDA - INTERIOR - NOITE
Wanda continua a tentar sair da Penitenciária, que desta vez os guardas se aumentam. Durante a madrugada, ela ouve um ruído de uma caçamba de reciclável passar dentro da penitenciária. O funcionário desce e ela logo parte para cima dele, e dá inúmeras surras, agride-o. A vilã pega os uniformes dele e sai do pátio, conseguindo fugir.
CORTA RÁPIDO PARA:
CENA 09: MANSÃO FERRARI - QUARTO DE LUCAS - INTERIOR - NOITE
Lucas vai até o quarto onde Serena arruma as roupas.
LUCAS — Você está bem?
SERENA — Não! Olha a minha cara. Eu não merecia passar por essa humilhação, é desagradável.
LUCAS — Mas a culpa não é minha Serena, eu nem sabia que ela estava aqui.
SERENA — Lucas, eu tenho uma coisa a te dizer... A sua ex-namorada ainda gosta de você. Sendo assim, a gente não pode mais ficar juntos!!
CENA 10: FRENTE DA FAZENDA DEL VALE - DIA
A caminhonete chega até a Fazenda Del Vale com Duende amarrado, no carro. Os marginais abrem o porta-malas e tiram um baú, do qual Duende está dentro e não consegue falar, pois está com uma armoldaça na boca, amarrado. Na fazenda, há um rio... Eles carregam o baú até o rio e o atiram nele. Duende logo morrera afogado...
CORTA RÁPIDO PARA:
CENA 11: GALPÃO 406 - INTERIOR - DIA
Apolo de óculos escuros chega trazendo uma enorme mala de dinheiro e diz:
APOLO — Aqui está chefia! A encomenda que você pediu.
Apolo chega empurrando uma criança..
Apolo chega empurrando uma criança..
CHEFE MARIONE — Deixe a bastardinha aí!! Preciso mais de um favor seu, venha cá.
(Câmera sem revelar o rosto de Marione).
Apolo se dirige até a chefe.
Neste momento, Wanda chega disfarçada com roupas de lixo e Apolo se surpreende:
APOLO — O que você está fazendo com essas roupas? Agora virou gari, é?
WANDA — É um disfarce para fugir da penitenciária! Ah o caminho foi longo! Estou cansada. Obrigado chefia por ter me ajudado. Mas como conseguiu aquela chave?
CHEFE MARIONE — Meus segredos são guardados a sete chaves... Eles não se contam, não se revelam. Tenho truques especiais! Agora vamos parar de conversa fiada e continuar com o nosso trabalho!
CENA 12: MANSÃO MEDEIROS - SALA - INTERIOR - DIA
Pablo, em prantos. Ralf e Cristina fingem chorar. O fazendeiro loga avisara o falecimento de Duende.
FAZENDEIRO — Sinto muito em comunicar seu Pablo, sei que o Duende era muito seu amigo. Pelo que vejo, a notícia da morte dele causou um forte impacto em você!! PABLO — O Duende foi o melhor mordomo que eu já tive!!
Cristina, finge:
CRISTINA — Tão jovem, tão bonito!
RALF — É um assunto indiscutível acontecer essas coisas com um rapaz tão bom!!
PABLO — Mas o que aconteceu, realmente? Me diga, meu jovem!
FAZENDEIRO — Bem, eu estava ordenhando as vacas, quando ouvi um barulho vindo do mar. Assustado corri para ver e vi uma caminhonete saindo. Havia um caixote. Aí pedi meu ajudante para ir de barco e pegá-lo. Abri o caixote e vi o cadáver do meu irmão, amarrado lá. Infelizmente, ele já estava morto, amarrado, com armodaça na boca.
PABLO — Fazendeiro, e você não pegou a placa da caminhonete?
FAZENDEIRO — Olha, pegar eu não peguei não. Mas acho que sei os números de cabeça!
PABLO — Olha, eu te aconselho a dar esse número para a polícia! Temos que montar uma investigação e chegamos no culpado!
CONTINUA...
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