CAPÍTULO 03
novela criada e escrita por
AGATHA
Cena 1: /Escritório de Advocacia Huang Chen – Sala do Chefe: Roberto – Interior – Dia
André e Roberto continuam se encarando, enquanto André é segurado pela camisa. Ele empurra Roberto e se solta.
- André: Mais uma vez e eu não quero saber, saio daqui, já cansei de você e de suas piadas tolas à respeito desses casos, eu não pego mais nenhum.
- Roberto: Não quero ouvir, André, pega essa porcaria e sai da minha sala. Se vire, se enrole, dê um jeito.
Roberto pega os papéis e os joga na cara de André, que fica olhando Roberto com raiva. Do nada, eles se atracam e começam a brigar.
Cena 2: /Carro da Família Mattos – Avenida Principal – Cidade – Interior – Dia
Helena olha seu celular mexendo no Whatsapp algumas mensagens.
- Motorista: Senhora, para onde vamos? Estamos a cerca de 45 minutos na avenida e a senhora não disse uma palavra sequer.
- Helena: Ah, me desculpe, José. Vamos pra mansão de Gabriela Moura Ferraz, próxima rua a esquerda. Lá, dê o nome da mansão para onde vamos.
- José: Está bem, Senhora.
Helena volta a atenção para o celular e continua mexendo nele. O carro vira na rua e para numa cancela, logo na entrada de uma rua cheia de mansões num estilo de condomínio.
- Atendente: Bom dia, para onde vai?
- José: Bom dia, mansão da Família Moura Ferraz, carro da Senhora Helena Freitas de Muniz.
- Atendente: Só um minuto, aguarde...
Cena 2: /Carro da Família Mattos – Avenida Principal – Cidade – Interior – Dia
Helena olha seu celular mexendo no Whatsapp algumas mensagens.
- Motorista: Senhora, para onde vamos? Estamos a cerca de 45 minutos na avenida e a senhora não disse uma palavra sequer.
- Helena: Ah, me desculpe, José. Vamos pra mansão de Gabriela Moura Ferraz, próxima rua a esquerda. Lá, dê o nome da mansão para onde vamos.
- José: Está bem, Senhora.
Helena volta a atenção para o celular e continua mexendo nele. O carro vira na rua e para numa cancela, logo na entrada de uma rua cheia de mansões num estilo de condomínio.
- Atendente: Bom dia, para onde vai?
- José: Bom dia, mansão da Família Moura Ferraz, carro da Senhora Helena Freitas de Muniz.
- Atendente: Só um minuto, aguarde...
O motorista acena com a cabeça.
- Helena: Uma complicação só, era melhor eu ligar pra Gabriela, nunca vi tanta burocracia pra entrar num condomínio.
- Atendente: Pode entrar...
O carro dá partida e segue até a mansão. No caminho, mansões cada vez mais belas, umas que as outras.
- Helena: Uma complicação só, era melhor eu ligar pra Gabriela, nunca vi tanta burocracia pra entrar num condomínio.
- Atendente: Pode entrar...
O carro dá partida e segue até a mansão. No caminho, mansões cada vez mais belas, umas que as outras.
/Mansão de Gabriela – Entrada – Exterior – Dia
Helena desce do carro, caminha e toca a campainha. Segundos depois, Gabriela abre a porta e se depara com Helena, que sorri.
- Helena: Gabriela, minha flor, como vai?
- Gabriela: Helena, minha amiga...
Elas se abraçam, se “beijam” em cumprimento e entram. José, o motorista, fica parado com o carro esperando Helena do lado de fora.
- José: Não sei quem é pior, as cobras da selva ou essas daí. Passam um tempo sem se ver e agora é essa falsidade toda.
/Dentro da Mansão
- Gabriela: Eu vou bem e você?
- Helena: Estou nada bem, amiga, estou mal. Estressada, sem paciência, mais um dia pra acabar com meu rosto limpo.
- Helena: Estou nada bem, amiga, estou mal. Estressada, sem paciência, mais um dia pra acabar com meu rosto limpo.
- Gabriela: Nossa, amiga, o que houve?
- Helena: Problemas com meu filho, você sabe, complicado.
- Gabriela: Diz, o que aconteceu dessa vez?
- Helena: Bom, venho aqui falar um assunto sério, de interesse meu e aposto que também é de seu interesse... A Teresa está?
- Gabriela: Não, não, ela saiu agora pouco com a prima, Karoline, filha da Fernanda e algumas amigas. Mas porquê a pergunta?
- Gabriela: Não, não, ela saiu agora pouco com a prima, Karoline, filha da Fernanda e algumas amigas. Mas porquê a pergunta?
Elas se sentam no sofá da mansão.
- Helena: Ufa, o assunto é sobre o André... Bom, como você sabe, como eu sei, vejo que ele está só e só quer saber de trabalho, fica o dia inteiro trancado naquele bendito escritório e só chega tarde em casa. Por isso, pensei em dar um jeito, acabar com isso e arrumar algo pra divertir, entreter o meu filho e fazer ele pensar direito na vida.
- Helena: Ufa, o assunto é sobre o André... Bom, como você sabe, como eu sei, vejo que ele está só e só quer saber de trabalho, fica o dia inteiro trancado naquele bendito escritório e só chega tarde em casa. Por isso, pensei em dar um jeito, acabar com isso e arrumar algo pra divertir, entreter o meu filho e fazer ele pensar direito na vida.
- Gabriela: Entendi, mas seja mais direta. Vá direto ao ponto, ao assunto que você quer chegar.
- Helena: Eu pensei em darmos um empurrãozinho entre ele e a Teresa... Fazer com que ele se interesse por alguma garota e fazer também com que a Teresa arrume um pretendente.
- Gabriela: Hum, uma coisa bem persistente e sagaz vindo da sua parte. (T) Adorei a ideia... Adorei mesmo, isso tem tudo que nós duas mais queremos, amiga.
- Gabriela: Hum, uma coisa bem persistente e sagaz vindo da sua parte. (T) Adorei a ideia... Adorei mesmo, isso tem tudo que nós duas mais queremos, amiga.
Elas sorriem.
- Gabriela: Eu falarei com ela. Afinal, não é todo dia que se consegue um pretendente feito o André e a chance de fisgar ele pela gola da camisa para si.
- Helena: Okay, amiga. (T) O plano vai ser assim, eu vou chamar o André pra ir ao clube.Vamos passar o dia lá, nos divertir e depois encontraremos vocês, conversaremos e a Teresa finge um afogamento pro André salvar ela... Depois vemos se algo acontece.
- Gabriela: Perfeito.
- Helena: Okay, amiga. (T) O plano vai ser assim, eu vou chamar o André pra ir ao clube.Vamos passar o dia lá, nos divertir e depois encontraremos vocês, conversaremos e a Teresa finge um afogamento pro André salvar ela... Depois vemos se algo acontece.
- Gabriela: Perfeito.
- Helena: É algo bem superficial, mas dá pra obter alguns resultados.
Elas continuam conversando.
Algumas Horas Depois
Elas continuam conversando.
Algumas Horas Depois
Cena 3: /Hospital da Cidade – Corredor – Interior - Dia
Açucena e Ilza sentadas, conversam e esperam a alta de Júlio e Eurico.
- Ilza: Tá demorando, eu quero logo ir pra casa. Não suporto hospitais.
- Açucena: Calma, mãe. É assim mesmo... Eu acho. Além do mais, eles tão se recuperando, foi algo muito recente, hoje de manhã.
- Ilza: 3 horas aqui dentro? Eu não aguento não, ave.
- Açucena: Mãe, chegamos aqui há pouco tempo... Eles não estão em perfeito estado, vai com calma.
Elas continuam conversando até que ouve-se um barulho. De repente, cinco bandidos entram no hospital, armados e encapuzados.
- Bandido 1: Ninguém se mexe, isso é um assalto!
As pessoas se apavoram e começam a correr. Um burburinho se forma e elas não sabem o que está acontecendo. Várias pessoas começam à passar correndo pelo corredor. Açucena para uma moça.
- Bandido 1: Ninguém se mexe, isso é um assalto!
As pessoas se apavoram e começam a correr. Um burburinho se forma e elas não sabem o que está acontecendo. Várias pessoas começam à passar correndo pelo corredor. Açucena para uma moça.
- Açucena: Bom dia, você sabe o que está acontecendo?
- Moça: É que entraram cinco bandidos aqui, eles estão armados e tão vindo pro lado de cá.
Ela sai correndo, deixando Açucena e Ilza sem saberem o que fazer e assustadas.
- Ilza: Filha e agora, o que a gente faz?
- Açucena: Ai meu Deus, mãe. Calma... Ou melhor, corre!
Elas saem correndo pelos corredores em direção ao quarto onde Júlio e Eurico se encontram. Os bandidos começam a atirar pra todo lado e à invadir os corredores.
- Ilza: Filha e agora, o que a gente faz?
- Açucena: Ai meu Deus, mãe. Calma... Ou melhor, corre!
Elas saem correndo pelos corredores em direção ao quarto onde Júlio e Eurico se encontram. Os bandidos começam a atirar pra todo lado e à invadir os corredores.
Cena 4: /Hospital da Cidade – Corredor – Interior – Dia
Açucena e Ilza saem correndo pelos corredores em busca do quarto onde estão Júlio e Eurico, em busca do número exato.
- Açucena: Aqui, mãe. Vem, entra!
Elas entram no quarto, apavoradas e trancam a porta com um ferro, encostando algumas coisas dali. Júlio e Eurico se espantam.
- Júlio: O que houve? Que barulhos são esses? Pessoas passaram correndo por aqui..
- Açucena: É tiro, ladrões. Eu não sei o que eles vieram fazer aqui, mas coisa boa não é.
Os ladrões chegam nos corredores próximos e atiram, várias pessoas são atingidas e outras estão mortas. Um desespero total.
- Ilza: Minha filha, precisamos fazer alguma coisa, vamos para o banheiro do quarto. Lá temos proteção, aqui corremos risco.
- Açucena: Pai, Júlio, vocês aguentam se levantar? Temos que sair daqui, agora.
- Júlio: Acho que consigo... Não sei.
- Açucena: Mãe, ajuda o pai. Eu ajudo o Júlio, vamos, temos que ser rápidas.
Eles se levantam devagar, com ajuda delas e vão para o banheiro.
Os ladrões se aproximam do quarto e começam a chutar a porta fortemente, enquanto outros atiram.
- Ilza, rezando: Ai Meu Jesus, querido. Pai nosso que estais no céu...
Ilza começa a rezar em desespero.
- Açucena: Aqui, mãe. Vem, entra!
Elas entram no quarto, apavoradas e trancam a porta com um ferro, encostando algumas coisas dali. Júlio e Eurico se espantam.
- Júlio: O que houve? Que barulhos são esses? Pessoas passaram correndo por aqui..
- Açucena: É tiro, ladrões. Eu não sei o que eles vieram fazer aqui, mas coisa boa não é.
Os ladrões chegam nos corredores próximos e atiram, várias pessoas são atingidas e outras estão mortas. Um desespero total.
- Ilza: Minha filha, precisamos fazer alguma coisa, vamos para o banheiro do quarto. Lá temos proteção, aqui corremos risco.
- Açucena: Pai, Júlio, vocês aguentam se levantar? Temos que sair daqui, agora.
- Júlio: Acho que consigo... Não sei.
- Açucena: Mãe, ajuda o pai. Eu ajudo o Júlio, vamos, temos que ser rápidas.
Eles se levantam devagar, com ajuda delas e vão para o banheiro.
Os ladrões se aproximam do quarto e começam a chutar a porta fortemente, enquanto outros atiram.
- Ilza, rezando: Ai Meu Jesus, querido. Pai nosso que estais no céu...
Ilza começa a rezar em desespero.
- Ladrão 3: Droga, não consigo arrombar a porta. Deve estar fechada.
- Ladrão 2: Mete bala nessa porta. Faz buracos e tu consegue entrar, temos que encontrar a porcaria da sala do diretor.
Ele dispara a arma várias vezes com uma metralhadora e faz um buraco enorme. Começa a chutar e quebra alguns pedaços, pondo a mão por dentro, a porta é arrombada.
- Ladrão 2: Acho que não tem ninguém aqui nessa porcaria, tá vazia.
- Ladrão 3: Olha por todos os locais, tem duas portas, no banheiro...
Ele caminha, chuta a primeira porta e nada. Ele caminha e chuta a segunda porta. Júlio, Açucena, Ilza e Eurico se assustam e são encontrados.
- Júlio: Por favor, não faz nada com a gente...
Cena 5: /Casa da Família de Açucena - Fazenda Bona Alleanza – Sala – Interior – Dia
Viviane e Henrico assistem TV enquanto comem resto do almoço que estava sendo feito, sentados no sofá.
- Noticiário - Repórter: A INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) afirma que uma grande chuva torrencial se aproxima do interior do estado. Segundo informações, um temporal com raios e ventos de até sessenta quilômetros por hora podem ser registrados. O estado está em alerta. A chuva deve chegar nas próximas 4 horas.
- Henrico: Olha lá, chuva que só. Tomara que a Açucena morra afogada, pelo menos a boca se fecha. Tenho pena do papai e da mamãe.
- Viviane: Mas Henrico, você sempre foi tão "bondoso", o irmãozinho preferido.
- Henrico: Desde quando fui? Ah, meu Deus, né Viviane, isso foi no passado quando eu era menor. (T) Eu mudei, cansei de ser pobre. E aquela riqueza? Pra onde foi a riqueza que nós tínhamos? Eu nunca fui bom desde que cresci.
- Viviane: Surpreendida com a mudança, adoro novas personalidades... A riqueza se evaporou, o papai foi ajudar o dono da fazenda vizinha e acabou se dando mal.
- Henrico: Mas e essa chuva hein? Vamos preparar a casa, qualquer pingueira e ela se enchem. (T) Depois do escândalo de hoje da Açucena, não quero nem ver se ela chegar e ver isso aqui cheio de água.
- Noticiário - Repórter: A INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) afirma que uma grande chuva torrencial se aproxima do interior do estado. Segundo informações, um temporal com raios e ventos de até sessenta quilômetros por hora podem ser registrados. O estado está em alerta. A chuva deve chegar nas próximas 4 horas.
- Henrico: Olha lá, chuva que só. Tomara que a Açucena morra afogada, pelo menos a boca se fecha. Tenho pena do papai e da mamãe.
- Viviane: Mas Henrico, você sempre foi tão "bondoso", o irmãozinho preferido.
- Henrico: Desde quando fui? Ah, meu Deus, né Viviane, isso foi no passado quando eu era menor. (T) Eu mudei, cansei de ser pobre. E aquela riqueza? Pra onde foi a riqueza que nós tínhamos? Eu nunca fui bom desde que cresci.
- Viviane: Surpreendida com a mudança, adoro novas personalidades... A riqueza se evaporou, o papai foi ajudar o dono da fazenda vizinha e acabou se dando mal.
- Henrico: Mas e essa chuva hein? Vamos preparar a casa, qualquer pingueira e ela se enchem. (T) Depois do escândalo de hoje da Açucena, não quero nem ver se ela chegar e ver isso aqui cheio de água.
- Viviane: Ave, odeio ser pobre.
Eles se levantam e começam buscar baldes.
Cena 6: /Hospital da Cidade – Quarto 25 – Banheiro – Interior - Dia
- Ladrão 2: Vamo, vamo, passa logo ou eu atiro! Querem ser as próximas vítimas?
- Açucena: Não, eu imploro, nos deixe em paz. Queremos apenas sair daqui.
- Ladrão 3: Desde quando temos que ter pena de vocês? A gente mata e mata valendo, mete bala e agora anda!
- Júlio: Com muita calma, pessoal. Não se apavorem.
Todos saem andando do quarto com as mãos na cabeça, apavorados e andando devagar. Os ladrões conversam entre si.
- Ladrão 2: Eu vou matar o velho, esse embuste vai atrapalhar tudo. Gente velha tem que encurtar logo.
- Ladrão 3: Tá bom, depois a gente mata a velha, ela é outra... Depois fazemos a moça e o rapaz de reféns.
- Ladrão 2: Tá, tá valendo, vai lá.
Eles caminham com as armas apontadas para os quatro.
- Ladrão 3: Ei, senhor.
- Eurico: Diga, filho.
- Ladrão 3: Como é seu nome?
Eles se levantam e começam buscar baldes.
Cena 6: /Hospital da Cidade – Quarto 25 – Banheiro – Interior - Dia
- Ladrão 2: Vamo, vamo, passa logo ou eu atiro! Querem ser as próximas vítimas?
- Açucena: Não, eu imploro, nos deixe em paz. Queremos apenas sair daqui.
- Ladrão 3: Desde quando temos que ter pena de vocês? A gente mata e mata valendo, mete bala e agora anda!
- Júlio: Com muita calma, pessoal. Não se apavorem.
Todos saem andando do quarto com as mãos na cabeça, apavorados e andando devagar. Os ladrões conversam entre si.
- Ladrão 2: Eu vou matar o velho, esse embuste vai atrapalhar tudo. Gente velha tem que encurtar logo.
- Ladrão 3: Tá bom, depois a gente mata a velha, ela é outra... Depois fazemos a moça e o rapaz de reféns.
- Ladrão 2: Tá, tá valendo, vai lá.
Eles caminham com as armas apontadas para os quatro.
- Ladrão 3: Ei, senhor.
- Eurico: Diga, filho.
- Ladrão 3: Como é seu nome?
- Eurico: Me chamo Eurico, porquê?
- Ladrão 3: Seu Eurico, pode virar por favor...
- Açucena: Não, não, pai. É cilada deles.
- Eurico: Minha filha, ou eu viro ou eu morro. Eu prefiro virar
Eurico vira com dificuldade.
- Ladrão 3: Vamo te deixar sair, tiozinho. A gente viu que cê tá assim, então vai sair.
- Eurico: Ai, obrigado pelo menos por isso, estou com dor.
- Ladrão 3: Mas calma, dessa vez a saída é pro inferno! Vamo acabar com seu sofrimento, velho.
O ladrão atira de uma vez só, a bala sai, pega na barriga e Eurico cai de vez no chão.
- Açucena: NÃO, PAI.
O ladrão começa a atirar várias vezes em Eurico e o outro ladrão os segue.
- Júlio: Vamos, Açucena. Depois voltamos, infelizmente ele já era...
- Açucena: Não, não, pai. É cilada deles.
- Eurico: Minha filha, ou eu viro ou eu morro. Eu prefiro virar
Eurico vira com dificuldade.
- Ladrão 3: Vamo te deixar sair, tiozinho. A gente viu que cê tá assim, então vai sair.
- Eurico: Ai, obrigado pelo menos por isso, estou com dor.
- Ladrão 3: Mas calma, dessa vez a saída é pro inferno! Vamo acabar com seu sofrimento, velho.
O ladrão atira de uma vez só, a bala sai, pega na barriga e Eurico cai de vez no chão.
- Açucena: NÃO, PAI.
O ladrão começa a atirar várias vezes em Eurico e o outro ladrão os segue.
- Júlio: Vamos, Açucena. Depois voltamos, infelizmente ele já era...
Ele puxa Açucena e sai arrastando ela, que se debate desesperada chorando enquanto Eurico está morto.
- Ladrão 2: Vão embora, andem se não quiserem levar o mesmo fim do velho.
Eles saem andando devagar.
- Ladrão 3: Pô, cê vacilou, qual era o plano?
- Ladrão 2: Não ia adiantar, levar à nada.
Cena 7: /Lado de Fora do Hospital – Exterior – Dia
A polícia chega com escudos e armas em mãos e sai entrando armada pelos corredores.
- Capitão: Atenção! Três grupos! Um pela esquerda, o outro pela direita e o último fica nas saídas do hospital.
Eles saem em direção aos corredores.
Cena 7: /Lado de Fora do Hospital – Exterior – Dia
A polícia chega com escudos e armas em mãos e sai entrando armada pelos corredores.
- Capitão: Atenção! Três grupos! Um pela esquerda, o outro pela direita e o último fica nas saídas do hospital.
Eles saem em direção aos corredores.
/Corredores Internos/
Açucena, Ilza e Júlio correm pelos corredores fugindo. Os ladrões atiram pra todo lado, mas dessa vez, longe deles. Açucena ainda está em choque, com a morte do pai, chorando. Ilza está chocada e sem palavras, apenas andando.
- Açucena: Pai, meu pai... Porquê?
Júlio arrasta ela até o lado de fora do hospital, onde eles saem e se encontram seguros. Todos impactados com o que acabara de acontecer. Ilza está com lágrimas nos olhos.
- Ilza: Calma, filha, ele está em um bom lugar... Calma... Seu pai foi um bom homem, Deus o tem em seus braços.
- Açucena: Calma, mãe? E agora? Estamos entregues ao desprezo. O Henrico e a Viviane são dois nojentos, eles vão acabar com nossa casa!
- Júlio: Eu estou aqui. Vou ajudá-las e fazer o possível. Lamento pela morte do Seu Eurico, era um bom homem e que tinha grandes caminhos.
Eles se abraçam, chorando.
/Lado de Dentro/
Os policiais correm atrás dos ladrões, que estão sem saída e não acharam a sala do diretor.
- Ladrão 1: Ah, porra, fudeu o plano. Fizemos merda nenhuma!
- Policial: RENDAM-SE! NO CHÃO, NO CHÃO, MELIANTES.
Os ladrões são rendidos por alguns policiais e imobilizados. O silêncio agora se faz presente.
Cena 8: /Escritório de Advocacia Huang Chen – Cidade – Interior – Dia
Tertuliano e alguns guardas apartam a briga, André está de um lado e Roberto de outro.
- André: VOCÊ ME PAGA, ROBERTO, SEU CAMBALACHEIRO. SEUS CAMBALACHOS VÃO VIR A TONA.
Tertuliano sai puxando André que está avançando em direção.
- Roberto: VOCÊ ESTÁ DEMITIDO, DEMITIDO ANDRÉ FREITAS DE MUNIZ. ESTÁ NO OLHO DA RUA, SEU IDIOTA.
André sai revoltado da sala de Roberto, arrastado e entra no elevador com Tertuliano.
- Tertuliano: Viu, André? EU DISSE QUE EU FALAVA. AGORA, VOCÊ ESTÁ DEMITIDO!
- André: PROBLEMA DO ROBERTO! FODA-SE ELE! EU NÃO QUERO MAIS SABER.
- Tertuliano: CALMA! OLHA AS PALAVRAS, VÔTE!
André bufa ainda revoltado, chutando a parte de dentro do elevador.
- André: Eu não creio... E agora? Esse idiota.
- Tertuliano: E agora, que sua mãe vai ficar louca! Você sabe como ela é.
- Policial: RENDAM-SE! NO CHÃO, NO CHÃO, MELIANTES.
Os ladrões são rendidos por alguns policiais e imobilizados. O silêncio agora se faz presente.
Cena 8: /Escritório de Advocacia Huang Chen – Cidade – Interior – Dia
Tertuliano e alguns guardas apartam a briga, André está de um lado e Roberto de outro.
- André: VOCÊ ME PAGA, ROBERTO, SEU CAMBALACHEIRO. SEUS CAMBALACHOS VÃO VIR A TONA.
Tertuliano sai puxando André que está avançando em direção.
- Roberto: VOCÊ ESTÁ DEMITIDO, DEMITIDO ANDRÉ FREITAS DE MUNIZ. ESTÁ NO OLHO DA RUA, SEU IDIOTA.
André sai revoltado da sala de Roberto, arrastado e entra no elevador com Tertuliano.
- Tertuliano: Viu, André? EU DISSE QUE EU FALAVA. AGORA, VOCÊ ESTÁ DEMITIDO!
- André: PROBLEMA DO ROBERTO! FODA-SE ELE! EU NÃO QUERO MAIS SABER.
- Tertuliano: CALMA! OLHA AS PALAVRAS, VÔTE!
André bufa ainda revoltado, chutando a parte de dentro do elevador.
- André: Eu não creio... E agora? Esse idiota.
- Tertuliano: E agora, que sua mãe vai ficar louca! Você sabe como ela é.
- André: Pouco me importa, quero que ele se vire, mas eu quero é meu dinheiro. Dei quase milhões nesse caso idiota pra nada.
Cena 9: /Hospital da Cidade – Lado de Fora – Exterior – Dia
Alguns policiais que estão nas saídas vêem Júlio, Açucena e Ilza e vão até eles, que estão ainda impactados. Ilza chora, inconsolável.
- Policial 1: Está tudo bem com vocês? Algum machucado além da situação de lá de dentro?
Cena 9: /Hospital da Cidade – Lado de Fora – Exterior – Dia
Alguns policiais que estão nas saídas vêem Júlio, Açucena e Ilza e vão até eles, que estão ainda impactados. Ilza chora, inconsolável.
- Policial 1: Está tudo bem com vocês? Algum machucado além da situação de lá de dentro?
- Açucena: Meu pai está morto, mataram meu pai.
- Júlio: Foram os bandidos, seu policial. Entraram no quarto onde estávamos, nos cercaram e fizeram nos refém. Infelizmente mataram o pai dela e o corpo está lá dentro, uma cilada pra se livrar de alguns.
- Policial 2: Não se preocupem, vamos entrar lá e tirar o corpo dele. Vocês vão vir junto para reconhecer, meus pêsames desde já.
Açucena se abraça a Ilza e Júlio as conforta. O policial conduz eles até uns bancos e lá são atendidos.
- Júlio: Foram os bandidos, seu policial. Entraram no quarto onde estávamos, nos cercaram e fizeram nos refém. Infelizmente mataram o pai dela e o corpo está lá dentro, uma cilada pra se livrar de alguns.
- Policial 2: Não se preocupem, vamos entrar lá e tirar o corpo dele. Vocês vão vir junto para reconhecer, meus pêsames desde já.
Açucena se abraça a Ilza e Júlio as conforta. O policial conduz eles até uns bancos e lá são atendidos.
O clima se fecha, nuvens escuras surgem, o céu fica cinza e o vento fica forte. As árvores balançam e em gotas evoluindo, começa a chover forte.
Em cortes, a casa da família de Açucena é mostrada.
Viviane e Henrico ajeitam a casa contra a chuva, com baldes, afastando móveis e alguns panos. Um trabalho só enquanto na TV passa notícia da chuva.
Os moradores da vila onde moram, começam a se prevenir, organizando-se para o pior uma vez que o estado está em alerta.
Cena 10: /Lado de Fora do Hospital – Cidade – Exterior – Dia
Começa a chover forte e Júlio, Açucena e Ilza depois de atendidos e amparados agora mais aliviados, são levados pra dentro da viatura da polícia.
- Ilza, olhando pela janela: Nossa, que temporal, do nada o clima virou. O dia estava ensolarado.
- Policial: Os noticiários estão a todo vapor divulgando que um grande temporal vai cair, logo hoje em meio à tudo isso, enfim.
- Açucena: Desde quando essa notícia tá rolando? De manhã, nada estava.
- Policial: Moça, faz poucas horas acho que umas uma/duas horas, pelo visto a coisa tá feia.
- Júlio: Espero que nada de ruim ocorra, isso é algo péssimo ainda mais num dia como hoje.
- Ilza: Se Deus quiser... Se Deus quiser.
O carro segue para o IML.
Os moradores da vila onde moram, começam a se prevenir, organizando-se para o pior uma vez que o estado está em alerta.
Cena 10: /Lado de Fora do Hospital – Cidade – Exterior – Dia
Começa a chover forte e Júlio, Açucena e Ilza depois de atendidos e amparados agora mais aliviados, são levados pra dentro da viatura da polícia.
- Ilza, olhando pela janela: Nossa, que temporal, do nada o clima virou. O dia estava ensolarado.
- Policial: Os noticiários estão a todo vapor divulgando que um grande temporal vai cair, logo hoje em meio à tudo isso, enfim.
- Açucena: Desde quando essa notícia tá rolando? De manhã, nada estava.
- Policial: Moça, faz poucas horas acho que umas uma/duas horas, pelo visto a coisa tá feia.
- Júlio: Espero que nada de ruim ocorra, isso é algo péssimo ainda mais num dia como hoje.
- Ilza: Se Deus quiser... Se Deus quiser.
O carro segue para o IML.
Alguns Minutos Depois
/IML - Sala de Espera – Interior – Início da Tarde
- Ilza: Já não aguento esperar mais, eu quero ver meu Eurico e poder ficar em paz... Me despedir dele.
Ilza chora fracamente sobre o ombro de Açucena.
- Açucena: Calma, mãe, eu também estou triste. Mas não podemos fazer nada no momento, só resta esperar.
Elas se abraçam, se confortando e um funcionário sai de uma sala.
- Funcionário: Senhora Ilza Villar, venha comigo.
- Açucena: Eu vou junto, sou filha dela. Ela não está em boas condições.
O funcionário concorda com a cabeça e elas vão juntas até uma sala reconhecer o corpo de Eurico.
- Funcionário: Me diga se é ele, certo?
- Funcionário: Me diga se é ele, certo?
Ela acena e ele abre o plástico na parte do rosto. Ilza olha pra o corpo de Eurico e algumas lágrimas caem. Ela se aproxima.
- Ilza: É... É... ELE... EURICO.
Ela se joga sobre o plástico que cobre Eurico agora em desespero e chorando muito.
- Açucena: Pai.
Elas choram muito.
- Ilza: É... É... ELE... EURICO.
Ela se joga sobre o plástico que cobre Eurico agora em desespero e chorando muito.
- Açucena: Pai.
Elas choram muito.
Corta para:
Cena 11: /Casa de Júlio – Cidade – Exterior – Dia
Um táxi para, a porta se abre e Júlio desce com a ajuda de Açucena. Eles caminham até a porta da casa.
- Açucena: Tchau, Júlio. Melhoras, qualquer coisa me liga e me diz algo.
- Júlio: Tá bom, minha lindinha, meus pêsames e deixa o que te propus pra depois. Foi por impulso mesmo.
- Açucena: Obrigada e eu vou pensar. Só como você disse, eu preciso de um tempo. (T) Ainda mais agora com isso tudo que aconteceu.
- Júlio: Me dá um abraço aqui, saiba que vai ficar tudo bem uma hora.
Eles se abraçam, Júlio a aperta em consolo.
- Açucena: Bom, vou indo. Vai que a chuva aumente e eu quero estar em casa quando isso acontecer.
- Júlio: É, tchau...
Eles se soltam, ela se depende, entra no carro e segue pra casa.
Cena 12: /Casa da Família de Açucena – Fazenda Bona Alleanza – Sala – Interior – Dia
A casa está cheia de baldes espalhados pelos cômodos enquanto a TV ligada, dá notícias sobre a chuva na cidade.
- Repórter: Segundo informações, um bairro no centro está totalmente inundado, as populações ribeirinhas que moram perto ao local perderam tudo...
Viviane está na cozinha, ajeitando os móveis, quando o telhado começa a jorrar água devagar e formar uma torrente.
- Viviane, gritando: HENRICO, CORRE! ME AJUDA. TÁ ENTRANDO ÁGUA PELAS TELHAS DA COZINHA.
- Henrico: PERA...
Henrico chega na cozinha correndo com uns baldes na mão.
- Henrico: Ai que droga! Essa casa está caindo aos pedaços, só fazendo reforma pra ficar boa.
O carro onde estão Açucena e Ilza, buzina e chama a atenção de Viviane e Henrico, na frente da casa.
- Henrico: Olha, um carro
- Viviane: Meu filho, se você quiser ir lá e ser solidário com quem quer seja, vá embora. Eu tô aqui preocupada é com a cozinha, viu.
Henrico corre até sala e vê o carro.
- Henrico: Vou lá, é a mãe e a Açucena.
Ele corre até o carro com pressa e ajuda Açucena e Ilza a descerem, caminham de guarda chuva até a casa.
- Henrico: Mãe, cadê o pai? Ele está bem? Não veio junto.
Henrico corre até sala e vê o carro.
- Henrico: Vou lá, é a mãe e a Açucena.
Ele corre até o carro com pressa e ajuda Açucena e Ilza a descerem, caminham de guarda chuva até a casa.
- Henrico: Mãe, cadê o pai? Ele está bem? Não veio junto.
Eles caminham mais e chegam até a casa.
- Ilza: Cadê sua irmã? É notícia de nossa importância, preciso falar com vocês.
- Henrico: Pera... /gritando: VIVIANE, COLOCA UM BALDE AÍ E VEM AQUI!
- Viviane: QUE É HENRICO, É URGENTE?
- Açucena, gritando: É SIM, VEM CÁ.
Viviane põe um balde e chega na sala correndo.
- Ilza: Então... Vou ser direta já que aqui a situação tá complicada. (T) Estávamos no hospital e chegaram cinco bandidos armados, ocorreu um assalto. Durante, houve uma troca de tiros e uns ladrões chegaram em nosso quarto, assim como nos outros e rend...
Ilza desaba no choro aos poucos lembrando de Eurico.
- Açucena: E renderam a nós., nos arrastaram pelos corredores, eram violentos. (T) Numa armação deles, atiraram no papai, que caiu já sem vida...
Viviane fica sem reação e começa a chorar baixo, Henrico se mantém forte e com cara de duro. Açucena, Ilza e Viviane agora choram bastante.
De repente, um raio cai e faz um estrondo enorme que chama a atenção agora de metade dos moradores do local.
- Açucena: AI MEU DEUS, O QUE FOI ISSO? MISERICÓRDIA.
Os moradores começam uma agitação na vila, eles ficam sem saber o que é e saem de casa aos poucos por conta da chuva e se deparam com a chegada de um morador correndo.
- Henrico: Mas o que é isso? Esse povo já tá na agonia, credo.
- Viviane: Vou lá ver, fiquem aqui.
A vila ao redor da casa está em uma agitação só, Viviane corre com um guarda chuva na mão e chega em uma moradora.
- Viviane: Moça, o que houve? Por quê essa agitação toda?
- Moça: O RAIO QUE CAIU AQUI PERTO E FEZ AQUELE BARULHO TODO CAUSOU UM ESTRAGO, A BARRAGEM ROMPEU E VAI INUNDAR TUDO! O SEU ARNALDO TAVA INDO PRA LÁ E VIU.
- Viviane: Ai minha santinha... Obrigada pela notícia.
Ela chega correndo em casa, agora desesperada.
- Açucena: O que houve, Viviane?
- Viviane: A BARRAGEM DAQUI, ELA ROMPEU E VAI INUNDAR TUDO. O seu Arnaldo viu e veio correndo avisar.
- Ilza: Cadê sua irmã? É notícia de nossa importância, preciso falar com vocês.
- Henrico: Pera... /gritando: VIVIANE, COLOCA UM BALDE AÍ E VEM AQUI!
- Viviane: QUE É HENRICO, É URGENTE?
- Açucena, gritando: É SIM, VEM CÁ.
Viviane põe um balde e chega na sala correndo.
- Ilza: Então... Vou ser direta já que aqui a situação tá complicada. (T) Estávamos no hospital e chegaram cinco bandidos armados, ocorreu um assalto. Durante, houve uma troca de tiros e uns ladrões chegaram em nosso quarto, assim como nos outros e rend...
Ilza desaba no choro aos poucos lembrando de Eurico.
- Açucena: E renderam a nós., nos arrastaram pelos corredores, eram violentos. (T) Numa armação deles, atiraram no papai, que caiu já sem vida...
Viviane fica sem reação e começa a chorar baixo, Henrico se mantém forte e com cara de duro. Açucena, Ilza e Viviane agora choram bastante.
De repente, um raio cai e faz um estrondo enorme que chama a atenção agora de metade dos moradores do local.
- Açucena: AI MEU DEUS, O QUE FOI ISSO? MISERICÓRDIA.
Os moradores começam uma agitação na vila, eles ficam sem saber o que é e saem de casa aos poucos por conta da chuva e se deparam com a chegada de um morador correndo.
- Henrico: Mas o que é isso? Esse povo já tá na agonia, credo.
- Viviane: Vou lá ver, fiquem aqui.
A vila ao redor da casa está em uma agitação só, Viviane corre com um guarda chuva na mão e chega em uma moradora.
- Viviane: Moça, o que houve? Por quê essa agitação toda?
- Moça: O RAIO QUE CAIU AQUI PERTO E FEZ AQUELE BARULHO TODO CAUSOU UM ESTRAGO, A BARRAGEM ROMPEU E VAI INUNDAR TUDO! O SEU ARNALDO TAVA INDO PRA LÁ E VIU.
- Viviane: Ai minha santinha... Obrigada pela notícia.
Ela chega correndo em casa, agora desesperada.
- Açucena: O que houve, Viviane?
- Viviane: A BARRAGEM DAQUI, ELA ROMPEU E VAI INUNDAR TUDO. O seu Arnaldo viu e veio correndo avisar.
Eles se olham apavorados.
Foco nos rostos desesperados e sem reação, o áudio foca no barulho da chuva caindo, formando poças e as gotas pingando.
Um tom verde sobe e um instrumental de fim de capítulo aumenta, na cena mostrando a cidade debaixo da chuva.
Obrigado pelo seu comentário!