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Uma Estrela Caiu do Céu - Capítulo 15


CAPÍTULO 15


uma produção Web Mundi


novela criada e escrita por 

FELIPE ROCHA 


CENA 01/ MANSÃO FERRARI MARÇONI / SALA / INTERIOR / DIA
O trio de vilãs conversam na Mansão Marçoni: Regina, Camila e Valentina.
REGINA — Peraí... Eu não estou entendendo o seu plano. Você quer que eu faça um jantar? Com o intuito de que?
CAMILA — De fazer a Serena passar vergonha.
VALENTINA — Mas como?
CAMILA — Serviremos lagosta ou camarão e faremos ela comer. Quero só ver se ela vai saber.
VALENTINA — Ah entendi! Mas o que tem de bom nisso?
CAMILA — Veremos! Aguardem. A Serena sofrerá muito nas nossas mãos. 
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 05 / MANSÃO DE APOLO / INTERIOR / DIA
A empregada, passa pano na mansão de Apolo, sozinha. Escuta uma música dramática. E dança sozinha, alegre, cantando. A campainha toca.
EMPREGADA HAITI — Ô meu deus do céu, quem que será que tá tocando aqui uma hora dessas? Que isso gente? Se seu Apolo tivesse aqui iria xingar pra caramba, mas não iria ser pouco não. 
Haiti abre a porta e se assusta ao se deparar com o delegado. 
Se me prender, eu prefiro morrer! Por favor, tenha piedade. 
Haiti chora e entende a situação de forma contrária. O delegado ordena:
DELEGADO —  Onde está seu patrão:
EMPREGA HAITI — Ele só foi fazer uma pequena viagem, mas jajá ele volta delegado, é vapt vupt, o senhor fica tranquilo, ó. Tu quer que eu esquento uma comidinha enquanto espera?
DELEGADO — Muito Obrigado, mas não momento não posso. Então por favor, diga ao seu patrão que ele está intimado a comparecer à delegacia.
CORTA RÁPIDO PARA

CENA 3 / BARRACÃO TIGRE / SALA / INTERIOR / DIA
No barracão de Tigre, Cristina e Ralf chegam ao local. Tigre os surpreende.
TIGRE — O que vocês querem agora, hein? 
CRISTINA — Negociar um novo serviço, Tigre. Aqui, o pagamento adiantado.
Cristina tira o dinheiro da bolsa e entrega a Tigre.
RALF — Nosso pai, viajará manhã.
CRISTINA — Então, o seu dever é provocar um acidente fatal, terrível! 
RALF  — Isso mesmo! Hoje à noite, vá até a mansão, e corte os freios do carro!
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 04/ RESTAURANTE / MESA 29 / INTERIOR / NOITE
Na mesa 29, está Lucas, sozinho, esperando ansiosamente pela chegada de Serena.
LUCAS — Ai meu deus do céu! Será que a Serena aceita esse convite? Ou será que ela não vem?
Lucas, nervoso. Em seguida, depois de algum tempo, esperando, Serena chega. O serviçal a conduz até a mesa.
Lucas, ao avistar Serena, se encanta. Os dois dão um sorriso um para o outro.

UCAS — Meu amor, mas você está deslumbrante! Uma princesa só!

SERENA — Agradecida pelos elogios. Esse vestido, eu comprei. A Evelyn que me deu.

LUCAS — Percebi que você mudou um pouco o visual. Mudou para melhor. E você está meio diferente, não arrastou a cadeira, carregou-a.
SERENA — A Evelyn me deu algumas aulas de etiqueta, eu aprendi algumas palavras, peguei rápido!
LUCAS — Ah, então tá explicado!
Serena, olha em volta do restaurante e vê muitas pessoas, numa reunião de trabalho e algumas, conversando entre família.
SERENA — Esse restaurante é tranquilo, né? Calmo! Gostei.
LUCAS — Eu vinha sempre aqui, em reunião de trabalho.
SERENA — Mas e aí conseguiu outro emprego?
LUCAS — Por enquanto, estou descansando. Até procurar outro. 
SERENA — Entendi.
Nesse momento, o garçom chega, com o cardápio.
GARÇOM JUVENAL — Boa noite! Tudo bem com vocês? Desejam alguma coisa? Vou entregar os cardápios para vocês, depois, é só me chamar ok?
SERENA — Agradecida.
LUCAS — Obrigado.
Garçom Juvenal deixa os cardápios e vai embora.
LUCAS — Vamos ver o que tem de bom.
Lucas abre o cardápio.
LUCAS — Olha, tem uma porção de fritas, carne e bebida. E depois, o jantar acompanhado de: arroz, vinagrete, farofa. Está bom para você?
SERENA — Não entendi nada que você falou. 
LUCAS — Então, eu vou pedir isso para nós. Você vai gostar.
Lucas, chama o garçom, fazendo gestos. Juvenal vai até a mesa e recolhe o cardápio.
LUCAS — Eu vou querer duas porções e uma de fritas, e uma bebida, por favor.
JUVENAL — Ok.
Juvenal termina de anotar os pedidos e vai embora.
CORTA PARA: Serena e Lucas na mesa, já jantam juntos.
SERENA — Nossa essa comida tá gostosa! Nunca comi algo tão bom assim na minha vida. Ô meu deus.
LUCAS — Eu sabia que você iria gostar meu amor. Esse restaurante tem uma das melhores comidas da cidade, se você analisar mais, aqui é mais frequentado por pessoas de alta sociedade.
SERENA — Ara! Hei de ficar envergonhado nessas chiqueza. 
LUCAS — Não se preocupe meu amor! Eu estou com você, ninguém irá te desprezar aqui não, fique tranquila. 
SERENA — Peraí... Eu vou ao banheiro, tá?
LUCAS — Vai lá.
Serena, pega a bolsa, e vai ao banheiro. Em seguida, Lucas pensa:
LUCAS 
— (pensa) Essa é uma boa oportunidade para colocar o plano em ação!
A carne que Serena come, não foi ainda digerida. Então, Lucas, pega um anel e enfia dentro dela.
LUCAS — (pensa) Pronto! Concluído o serviço.
Nesse momento, Serena chega e deixa a bolsa.
SERENA — Agora eu vou experimentar essa carne.
LUCAS — Está deliciosa.
Serena, pega o garfo e olha a carne. Aos poucos, pega o pedaço, quando percebe uma coisa dura em sua boca, que é imprópria de se mastigar.
SERENA — Ara! Ô minha nossa senhora! Será que eu engoli alguma coisa podre, é? Algum osso, tá duro!
LUCAS — O que foi Serena? O que achou aí? Tenta tirar.
Serena tenta tirar o objeto da boca, no meio de tanta comida e quando percebe, é um anel.
SERENA — Um anel? Mas o que significa isso?
LUCAS ajoelha-se no chão e diz:
LUCAS — Este é o seu anel de noivado.... Serena, aceita, ser minha noiva?
Serena, comemora e diz.
SERENA — Eu hei de irradiar de felicidade! É claro que eu aceito, já tá aceitado.
Os demais clientes do restaurante, que observam a cena, aplaudem. Lucas e Serena se beijam, simbolizando o amor forte existente entre eles.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 5 FLAT MÁFIA / NOITE
Apolo abre a porta da máfia. Mariana, amarrada. Apolo a empurra e ela intervém. 
APOLO — Vai entrar simNa sua nova casa! Anda, vai.
Mariana, com uma armoldaça na boca.
Há várias mulheres. Algumas acorrentadas. Mariana, se impressiona ao ver lá, e dá um grito. 

Mariana, num canto do quarto das mulheres, chora, recordando-se dos momentos com sua família. Em seguida, Ingrid se aproxima dela e questiona:
INGRID — Quem é você? Nova? Como foi parar aqui?
MARIANA — Sou Mariana. Fui parar aqui por causa do Apolo, ele foi meu namorado
Ingrid se assusta, surpresa.
INGRID — Como assim? Meu deus, você teve coragem de namorar com esse marginal?
MARIANA — Agora eu enxerguei a realidade toda nessa história... Eu sou muito burra. Minha mãe tentava me avisar com palavras, olhares e agora... Minha vida acabou, ele me trouxe para cá, não sei o que ele pretende fazer comigo.
INGRID — Meu deus!
MARIANA — E vocês? O que estão fazendo aqui?
Ingrid, suspira.
INGRID — Somos mulheres que trabalham numa balada. Servimos de escrava. Ganhamos grana de forma desagradável. Não quero nem te falar, se não você vai ficar assustada. Estamos presas aqui desde o ano passado! Por sequestro. E a policia nunca descobriu.
Mariana, ao ver a verdade nas palavras de Ingrid, chora!
INGRID — Mas em breve a gente planeja fugir, de um jeito ou de outro!
Após isso, Mariana conclui:
MARIANA — Eu nunca sairei daqui. Se a dívida, é entre mim e o Apolo, eu prefiro morrer do que isso.
Apolo desliga o telefone e logo chama:
APOLO — Mariana, venha cá!

Em seguida, Mariana vai até a sala, enxuga as lágrimas e diz:

MARIANA — Quê que você quer?
APOLO — Amanhã temos um cliente novo, ele vai estar a espera de você. Por isso, vamos comprar novas roupas e te mudar, você tá muito feia!
Ele dá uma gargalhada maligna. Mariana chora desesperadamente.

AMANHECE...
CENA 08/ MANSÃO FERRARI MARÇONI / INTERIOR / DIA

Lucas, feliz, comemora o noivado com Regina.
LUCAS — Ontem eu dei um anel de noivado para a Serena e ela aceitou!
Regina, surpresa, questiona:
REGINA — Aceitou?
LUCAS — É! Eu ainda hei de casar com ela e ninguém irá me impedir.
Nesse momento, Camila chega e estraga toda a conversa, faz escândalo.
CAMILA — Mas peraí!! Como assim, você vai casar com ela? Vai me trair, eu estou grávida de você Lucas! Grávida de você. 
Lucas, surpreso, derrama uma lágrima.
LUCAS — Grávida? Que história é essa?
Regina olha em Lucas a tristeza e sente um pouco de dó, pensando em uma possibilidade de parar com as vilanias. Camila e Lucas se olham com ódio.


CNA 18MANSÃO FERRARI MARÇONI / SALA DE JANTAR / INTERIOR / NOITE
Camila chega a sala de Jantar.
LUCAS — Demorou tanto Camila! O que houve?
CAMILA — Estava passando mal no banheiro, mas já estou bem. E aí, temos sobremesa para o jantar?
REGINA — Claro. Vou pegar. Gostaram do camarão?
Ivete/Rafael (fraude;disfarce) opina sobre o questionamento feito pela personagem antecedida:
IVETE — Camarão foi receita antiga da minha vó, tá entendendo? Muito gostoso. Os que minha avó fazia era ruim, duro. O seu é mais gostoso. Quê que você taca na receita?
CAMILA — Ivete, tenha modos, não se usa a palavra "taca", quantas vezes eu já te disse!
IVETE — Desculpa, dona rica.
REGINA — Olha aqui, tratamos as diferentes classes sociais de forma igualitária, não se preocupe com isso... E depois eu passo a receita para sua avó... Agora vou servir a sobremesa.
Regina serve a sobremesa para todos que estão na mesa.
SERENA — Ara! Isso aqui tá muito bom, nunca comi tanto na minha vida!
LUCAS — Pois, aproveite meu amor!
Depois de algum tempo... Camila e Ivete se levantam da mesa.
CAMILA — Bom, eu já vou indo. Vamos, Ivete.
A peruca de Ivete/Rafael está um pouco solta. Elas se despedem dos presentes naquele ambiente. Ivete se aproxima de Serena e ela diz:
SERENA — Gostei muito de você, Ivete. É gente boa! Vai com deus querida.
Serena abraça Ivete. Ela passa a mão nas suas costas e logo, quando vai pegar no seu cabelo, arranca a peruca.
Todos ficam perplexos, ao ver um homem que se transforma no corpo de Ivete. Era uma fraude, Ivete não é Ivete, nada mais, nada menos que Rafael. Serena, perplexa, desesperada.
LUCAS E SERENA — Rafael?
Rafael, desesperado. Camila, com ódio.

LUCAS — Mas como assim gente, eu não estou entendendo nada, é inacreditável. Nós não tivemos relação sexual nenhuma. Como você aparece com essa fantasia agora de ter um filho?

CAMILA — Tivemos sim. Não lembra na semana passada? E, é pura verdade. 
LUCAS — (agressivo) É impossível isso! E eu exijo um exame de DNA! Já!
CAMILA — Se você não acredita em mim, comprovamos o resultado pelo exame de DNA. Certo?
LUCAS — Sim.
CENA 09 HOTEL RIO DE JANEIRO / QUARTO 522 / INTERIOR / DIA

Ariovaldo, mexe em seu celular, no hotel. Em seguida, alguém bate na porta e ele atende.
ARIOVALDO — Silvério! Entre!
SILVÉRIO — Com licença seu Ariovaldo.
Nada mais, nada menos que Silvério, que faz parte da máfia. O que justifica a presença dele no quarto do homem.
SILVÉRIO — Eu vim aqui para te revelar que estamos prestes de descobrir a verdade. 
ARIOVALDO — Mas que ideia fascinante sua, hein? Infiltrar-se na máfia! Você é muito inteligente mesmo, admiro sua capacidade. Eu não vejo a hora de se vingar daquela Wanda.
SILVÉRIO — É, vai esperando doutor, em breve, você reencontrará suas gêmeas, Camila e Serena.
ARIOVALDO — É o que eu mais quero na minha vida!

CENA 10/ APARTAMENTO DE EVELYN / SALA / INTERIOR / DIA

Serena mostra o anel de noivado para Evelyn e as duas comemoram.
SERENA — O Lucas me deu ontem no restaurante.
EVELYN — Ai amigaa! Sério? Estou muito feliz por você.
EVELYN — Tô sentindo cheiro de casamento no ar.... 
SERENA — Calma, Evelyn, você está muito precipitada!
EVELYN — Ah, e eu tenho outra novidade para te contar: consegui um emprego de professora numa escola, perto das redondezas deste bairro.
Serena e Evelyn comemoram.
SERENA — Estou muito feliz por você. Quando começa?
EVELYN — Hoje à noite! Ah, era meu sonho, se tornar professora de Língua Portuguesa. Agora, só falta uma coisa: eu conhecer um boy, que me dê dinheiro, casa, tudo... E que seja rico!
SERENA — Não seja gananciosa Evelyn, você já tem o suficiente.
O celular de Serena toca, avisando uma mensagem. Ela pega ele e lê.
EVELYN — Quem é que está chamando aí?
SERENA — O Lucas.... Mas meu deus, outro jantar? Para comemorar o noivado. A mãe dele que vai fazer.
EVELYN — Nossa, ele não sabe fazer outra coisa, a não ser um jantar... Já que é a mãe dele, que vai fazer, não sei não... Esse jantar pode ter uma pegadinha, e a gente tem que revisar as aulas de etiqueta para você não passar vergonha! Mostrar para aquela Camila, que você sabe, humilhar ela.
SERENA — Ah, Evelyn, treina comigo novamente!
EVELYN — Claro!
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA  11 MANSÃO FERRARI MARÇONI / COZINHA / INTERIOR / DIA
Na mansão, Camila pega um copo d'água e toma. Lucas, escondido no canto da parede, observa-a. Em seguida, ela pega o celular e faz uma ligação misteriosa.
CAMILA — Alô... É, hoje preciso que você venha aqui... É, isso, humilhar ela. Tu irá assistir de camarote, meu querido, isso eu te garanto.
Lucas, sem entender a conversa.
Em seguida, Camila deixa o copo lá na cozinha,  e sai do ambiente. Lucas, consegue pegar o copo e constata:
LUCAS 
— Ah! Finalmente consegui, agora vamos ver se essa cobra tá falando a verdade. Coletei a saliva da vadia. Vou para o laboratório.... Ah, mas tenho que coletar o meu também.
Lucas coleta a sua saliva.
CORTA PARA: Lucas, cobre o copo com guardanapo, e leva-o.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 12
 / DELEGACIA DE POLÍCIA / INTERIOR / DIA
Elisinha, Moacir e Natália na delegacia de polícia. O delegado e Silvério dão notícias.
DELEGADO — Quero apresentar a vocês, Silvério. Ele é da polícia, e está infiltrado na máfia para pegá-la, há um mês. Silvério, eles são os pais da Mariana.
SILVÉRIO — Prazer... Então, a Mariana não tem corrido perigo não, está tudo bem. 
ELISINHA — Ah, graças a deus, eu rezei muito para isso! Me diga, onde minha filha está, meu rapaz, eu te pago qualquer coisa, te dou algo em troca. Mas por favor, diga de uma vez por todas.
SILVÉRIO — Dona Elisinha, não é assim que funciona não. Temos um esquema para capturar a máfia.
ELISINHA — Mas minha filha corre perigo nas mãos daquele marginal, eu já falei com o senhor delegado.
DELEGADO — Neste momento, nós vamos ter que direcionar os olhos na máfia! Mas não acontece rápido assim não. Eu te garanto que o Silvério conseguirá desmascará-los.
ELISINHA — Ai meu deus do céu.
Moacir e Natália consolam Elisinha.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 13/ MANSÃO MEDEIROS / SALA / INTERIOR / DIA
Pablo, com as malas feitas, avisa a família.
PABLO — Bom, eu quero avisar todos vocês, que vou viajar agora para buscar investimentos para a nossa empresa, alguma instituição que esteja interessada em comercializar, distribuir produtos para a nossa propriedade. Volto em duas semanas. Sentirei saudades de vocês.
CRISTINA — Nós também sentiremos saudades.
RALF — Eu digo o mesmo, papai.
PABLO — Ah, meus filhos me dão um abraço.
Pablo se emociona e abraça Ralf e Cristina.

CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 14 ESTRADA EM DIREÇÃO À SÃO PAULO / INTERIOR / NOITE
Pablo, feliz, dirige no carro. A estrada está escura, não se enxerga nada. Aninha, chora muito. Pablo desvia o olhar e diz para ela:
PABLO — Ah, minha filha não chore! Olha fica calma, que logo logo a gente já está chegando.
Não se vê nada na estrada, nenhum carro. Aninha continua a chorar e libera fezes nas roupas. O mal odor se aproxima do volante e Pablo reclama:
PABLO — Ah minha filha, tinha que fazer isso logo na hora que o papai estava dirigindo? 
Pablo mexe nas roupas de Aninha e segura o volante com a mão esquerda. Em seguida, quando ele volta a olhar para a frente um carro vem em sua direção. Pablo tenta frear, mas não consegue. Os dois carros se chocam. Desce um sangue da cabeça de Pablo, e Aninha chora.
CORTA RÁPIDO PARA:


CENA 15/ BALADA / INTERIOR / NOITE
Na balada, todos animados, dançam ao som de muita música, comandada pelo DJ. Quando Mariana chega ao lugar, fica impressiona com a saliência das mulheres nos homens. Apolo, a conduz até o fundo da boate. Em seguida, aparece Getúlio que cumprimenta Apolo.
GETÚLIO — Apolo, meu amigo. Eu estava te esperando. Trouxe a garota que eu pedi?
APOLO — Claro. Você acha que eu iria vacilar, mano? 
GETÚLIO — Então, me dá ela aí. E as demais fica com os outros homens. Ok?
Apolo empurra Mariana até Getúlio, que fica quieta no mesmo lugar e pisa no pé dele.
MARIANA — Eu não vou.
Apolo bate nas costas de Mariana.
APOLO — Vai sim, ou sua família irá morrer! Vai, agora!
Mariana vai até Getúlio. Getúlio a leva até uma sala de prostituição, no fundo da balada.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 16/ MANSÃO FERRARI MARÇONI / INTERIOR / NOITE
Neste momento, Camila chega com Rafael/Marione.
CAMILA — Cheguei! Só faltava eu para esse jantar maravilhoso. Não podia perder! Trouxe minha amiga, Ivete. Tem problema?
REGINA — Claro que não, é uma honra recebê-la aqui.
Rafael, disfarçado de outra mulher, com trajes diferentes aos de Marione. Camila cumprimenta todos que estão na mesa e Rafael/Ivete faz o mesmo.
CAMILA — E aí? O que temos para hoje, Regina?
REGINA — Hoje, eu fiz uma comida especial: Camarão!
SERENA — (pensa) Ai meu deus do céu, tô lascada.
REGINA — Quer Serena?
SERENA — Sim.
REGINA — Camarão é minha especialidade, acho que essa é a primeira vez que vocês comem.
LUCAS — O camarão da minha mãe é melhor do que de restaurante! Uma delícia. Você vai gostar, Serena.
VALENTINA — Concordo.
REGINA — Vou servir vocês.
Regina, serve camarão a todos que estão na mesa. Camila desvia seus olhares maldosos ao prato de Serena.
REGINA — Podem começar a comer!
Todos começam a comer. Serena começa a se lembrar das aulas de etiqueta de Evelyn e começa a cortar o macarrão de forma correta. Todos olham o prato de Serena. Camila, com olhares maldosos, fica com raiva ao ser derrotada.
CAMILA — Onde aprendeu a comer camarão, Serena? Fez tudo de modo correto!
SERENA — A Evelyn me ensinou, minha amiga, com quem eu divido o apartamento! Hum... E tá gostoso, viu Dona Regina?
REGINA —  Obrigada, querida!
CAMILA — Vocês, me deem licença eu vou no banheiro, estou passando mal.
Camila vai até o corredor da mansão. O banheiro está ao lado do quarto de Lucas. O quarto, com a porta aberta. Camila avista os pertences de Serena e pensa uma maldade. Ela entra no quarto de Lucas e fecha a porta.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA17 / MANSÃO FERRARI MARÇONI / QUARTO DE LUCAS / INTERIOR / NOITE
Camila, nervosa, surta.
CAMILA — Ai, meu deus! Eu não acredito que fui derrotada por aquela Serena! Era para ter errado, ao cortar o camarão. Droga!
Camila logo, avista a mala de Serena.
CAMILA — Ela vai se ver comigo, agora mesmo, por ter roubado meu namorado e conseguido cortar aquela maldita carne.
Camila, nervosa, agressiva, começa a bagunçar o quarto de Lucas. Em seguida, ela joga a mala de Serena no chão, abre-a e encontra seus pertences: foto de suas famílias, roupas, lembranças, objetos.
CAMILA — Ah, mais é isso que eu vou fazer! Serena precisa ficar sem essas coisas, vou dar um jeito de livrá-las dela. (dá uma gargalhada) Ah, eu sabia! Ela não iria dar bem nessa.
Camila olha para uma lareira no seu lado e pensa uma maldade.
Em seguida, ela vê uma foto de Serena com sua família e comenta:
CAMILA 
— Ah, quem diria? A Serena com sua família! Essa foto também vai ser jogada na lareira, para ela nunca lembrar mais desses índios desgraçados!
Camila, nervosa, queima as lembranças de Serena.
E dá uma gargalhada maligna.

CENA7/ MANSÃO MEDEIROS / EXTERIOR / NOITE

Não há ninguém na rua. Os bandidos chegam em uma caminhonete e param o carro. Em seguida, eles com a boca vendada, e os olhos de fora, descem do carro. As luzes da mansão estão apagas... Tigre faz sinal para os comparsas e abre o portão com a chave que tem. Em seguida, eles entram... Tigre, na sua mão, ferramentas de carro, procura o automóvel de Pablo... Em contrapartida, ele vai até ele e inicia o serviço. Enquanto isso, outros comparsas ficam vigiando se há alguém no jardim ou alguém se aproximando da mansão.


CAPÍTULO 16


uma produção Web Mundi


novela criada e escrita por 

FELIPE ROCHA 


CENA 01 / MANSÃO FERRARI MARÇONI / SALA DE JANTAR / INTERIOR / NOITE
Camila chega a sala de Jantar.
LUCAS — Demorou tanto Camila! O que houve?
CAMILA — Estava passando mal no banheiro, mas já estou bem. E aí, temos sobremesa para o jantar?
REGINA — Claro. Vou pegar. Gostaram do camarão?
Ivete/Rafael (fraude;disfarce) opina sobre o questionamento feito pela personagem antecedida:
IVETE — Camarão foi receita antiga da minha vó, tá entendendo? Muito gostoso. Os que minha avó fazia era ruim, duro. O seu é mais gostoso. Quê que você taca na receita?
CAMILA — Ivete, tenha modos, não se usa a palavra "taca", quantas vezes eu já te disse!
IVETE — Desculpa, dona rica.
REGINA — Olha aqui, tratamos as diferentes classes sociais de forma igualitária, não se preocupe com isso... E depois eu passo a receita para sua avó... Agora vou servir a sobremesa.
Regina serve a sobremesa para todos que estão na mesa.
SERENA — Ara! Isso aqui tá muito bom, nunca comi tanto na minha vida!
LUCAS — Pois, aproveite meu amor!
Depois de algum tempo... Camila e Ivete se levantam da mesa.
CAMILA — Bom, eu já vou indo. Vamos, Ivete.
A peruca de Ivete/Rafael está um pouco solta. Elas se despedem dos presentes naquele ambiente. Ivete se aproxima de Serena e ela diz:
SERENA — Gostei muito de você, Ivete. É gente boa! Vai com deus querida.
Serena abraça Ivete. Ela passa a mão nas suas costas e logo, quando vai pegar no seu cabelo, arranca a peruca.
Todos ficam perplexos, ao ver um homem que se transforma no corpo de Ivete. Era uma fraude, Ivete não é Ivete, nada mais, nada menos que Rafael. Serena, perplexa, desesperada.
LUCAS E SERENA — Rafael?
Rafael, desesperado. Camila, com ódio.
Todos, chocados ao ver Rafael, disfarçado de mulher.
SERENA — Meu deus do céu... É tão difícil de entender.. Eu jurava que você estava morto, que fosse levado pelas correntezas do rio... Acho que estou vendo coisas, o camarão me fez mal. 
LUCAS — Mas eu não acredito que esse filho da mãe está vivo ainda.
REGINA —  Que horror!
VALENTINA —  Como ousa disfarçar de mulher? Isso é falta de respeito!
REGINA — Eu achando que você era uma menina. Com certeza, deve ser transexual esse aí... Camila, como ousa colocar alguém na nossa casa assim?
CAMILA — Eu também não sabia... Foi uma surpresa para mim. Ivete, você me magoou. Achei que você era uma amiga. E depois te vejo transformar em um homem!
RAFAEL —  Calma, gente. Eu posso explicar.
SERENA — Você nos deve uma explicação, principalmente para mim. Depois de tudo que você fez com a gente está com essa cara de pau?
RAFAEL — Serena, eu consegui me salvar com uma comunidade indígena que estava vivendo às margens daquele rio. E assim, eu vim para a cidade.
SERENA — Mas como?
RAFAEL — Fui pedindo informações.
SERENA — Mas como conheceu a Camila?
CAMILA — Foi num restaurante.
SERENA — Sei... E porque se disfarçar de mulher?
RAFAEL — Estou trabalhando para uma companhia de teatro... Acabei, que esqueci de tirar o disfarce. Queria mostrar minha arte para vocês. E eu assumo que sou a Marione também!
LUCAS — Eu ainda não estou convencido disso não. 
RAFAEL — Meu querido, acredite como quiser, eu não te devo explicações. Agora, licença, que eu já vou embora. 
Rafael vai embora.
Camila, com ódio.
LUCAS — Isso é pegadinha! Agora nossa vida acabou.
SERENA — Ainda não, Lucas. Ainda não.
VALENTINA — Meu deus, eu não consigo acreditar.
A vilã Camila finge a situação.
CAMILA — Principalmente, eu que fui enganada esse tempo todo.
CORTA RÁPIDO PARA:


CENA 02 / MANSÃO MEDEIROS / SALA / INTERIOR / NOITE
Na mansão medeiros, Cristina, Ralf e Magnólia em seus afazeres. O telefone toca. Cristina atende.
CRISTINA — Alô... Sim, é daqui, sim... 
Cristina ao ouvir a notícia trágica que acabara de impactar, finge a reação.
CRISTINA — Como é que é?
CORTA RÁPIDO PARA:


CENA 03 / CASA DE CAMILA / INTERIOR / NOITE
Camila e Rafael, nervosos chegam em casa.
RAFAEL — Droga! Tive que assumir que eu era a Marione, acabou meu disfarce.
CAMILA — (agressivo) Eu estou com vontade de te jogar da escada. Você estragou tudo! Agora, acabou. Como vamos seguir os passos da Serena?
RAFAEL — Encontraremos uma solução. E não foi culpa minha, foi a Serena, aquela mulherzinha infernal! Eu ainda hei de me vingar dela. Talvez seria melhor você jogá-la da escada, matar ela de uma vez do que fazer isso comigo.
CAMILA — Sabia que acabou de me dar uma ideia?
Camila e Rafael dão gargalhadas.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 04 / HOSPITAL DOUTOR ALBERT EINSTEIN / INTERIOR / NOITE
Cristina, Ralf e Magnólia chegam desesperados no hospital. O doutor Cássio os recepciona.
DOUTOR CÁSSIO — Vocês devem ser a família de Pablo Medeiros né?
CRISTINA — Sim, doutor.
RALF — Como está o papai?
MAGNÓLIA — Ele bateu as botas?
DOUTOR CÁSSIO — Vocês não imaginam o quanto é difícil declarar isso para vocês. Olha, o corpo do Pablo, chegou a algumas horas aqui no hospital... Ele perdeu muito sangue... E infelizmente, não aguentou. Pablo Medeiros está morto, faleceu.
Os três, perplexos, ao receber a notícia
MAGNÓLIA, CRISTINA E RALF —  Faleceu?
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 05 / CEMITÉRIO BOA ESPERANÇA / INTERIOR / DIA
Os serviçais vem carregando o caixão lacrado com Pablo dentro. Todos vão atrás.. Quando chegam ao túmulo, retiram a terra e enterram o caixão.. Eles jogam flores. Em seguida, o padre reza no corpo de Pablo, e as pessoas, desoladas, choram.
O enterro termina. 
CORTA RÁPIDO PARA:


CENA 06 / MANSÃO FERRARI MARÇONI / SALA / INTERIOR / DIA
Sentada no sofá, Serena lê um livro, sozinha.
Em seguida, Lucas chega com um papel na mão, comemorando e diz:
LUCAS — Meu amor, meu amor... Cheguei. E com uma bomba na mão.
SERENA — Ara! Quê que foi agora, meu deus do céu?
LUCAS — É, hoje, que a gente desmascara a Camila. Não te contei da gravidez, ontem? Após o jantar.
SERENA — Você falou, mas eu entendi que não foi culpa sua. Estou desconfiando disso.
LUCAS — Aqui, neste papel, está a prova do crime... Camila não espera um filho meu, o resultado deu negativo!
Lucas e Serena comemoram.
SERENA — Ah, mas me dê esse papel aí, vou dar um troco nessa miserável!
CORTA RÁPIDO PARA:

                                   

CENA 07/ CASA DE CAMILA / SALA / INTERIOR  / DIA
Camila, indignada, ao receber a surra de Serena, questiona.
CAMILA — Mas o que foi isso menina? Quê que eu fiz para você?
SERENA — Me deixe entrar, ou eu acabo com você.
CAMILA — Fique a vontade, sua índia pelada.
Serena entra na casa de Camila com um papel na mão e vai até a escada. Camila sobe.
CAMILA — Que conversa é essa hein? Eu acabo com você... (ri) Isso só pode ser brincadeira, você não está tendo consciência do que está fazendo, mesmo. É uma louca.
SERENA — Louca é você... E muito Obrigada pelo elogio de me chamar de índia pelada... 
CAMILA — Peraí... Você vem aqui até a minha casa para me encher o saco?
SERENA — Você merece o troco, vadia! Vim me vingar de você, por mim você merece inúmeros tapas na cara.
Camila observa um papel na mão de Serena e questiona:
CAMILA — Que papel é esse?
SERENA — É a prova do crime. A sua gravidez, o exame de DNA! Deu negativo, pode conferir aí.
Serena entrega o papel para Camila que fica indignada.
CAMILA — O quê? Isso não é possível!!
SERENA — Você é uma psicopata, ainda consegue fingir a mentira!
CAMILA — Não me chame de psicopata, atrevida! Toma essa para você!
Camila dá um tapa na cara de Serena e ela revida. As duas saem no tapa. Serena empurra Camila no chão e a enforca.
SERENA — Desista, queridinha. Você nunca vai conseguir atrapalhar o namoro meu e do Lucas, se depender de mim...
Camila, quase sem voz, faz força para falar:
CAMILA — Pega leve... Ai não estou conseguindo conversar direito.
SERENA — Sua vagabunda, miserável... Você pensava que eu não tinha capacidade né? Hahaha!
Serena dá uma gargalhada.
SERENA — Se eu te quisesse podia te jogar da escada, agora mesmo! E te matar. Sabia?
Camila tenta falar:
CAMILA — Por, por... Favor.. Me solta, eu vou mo... morre... r.
SERENA — Porquê eu iria te soltar hein? Agora acabou! Você não presta!
Serena continua e enforcar Camila e tira o seu sapato.
SERENA — Tá vendo esse sapato aqui? Foi o Lucas que me deu! Chique né? Demais! Hahaha!
Serena, pega o sapato, e dá oito surras de sapatada no rosto de Camila. Ela ainda faz questão de contar.
SERENA — Um... Dois, três... Quatro, cinco... Seis, sete... Oito! Pronto!
Camila, já com o rosto sujo de sangue...
SERENA — E , agora, vai tentar me desafiar, é? E fica o recado: se você encostar um dedo na nossa vida, verá se comigo. Eu te mato!
Serena solta Camila.
SERENA —  E pode dar birra com esse resultado do exame de DNA
Serena  vai embora e bate a porta. Camila, machucada, agressiva.
CORTA RÁPIDO PARA:


CENA 08 / MANSÃO MEDEIROS / SALA / INTERIOR / DIA
Abertura do Testamento de Pablo Medeiros. Advogado, Ralf, Magnólia e Cristina presentes na sala.
ADVOGADO — Bom, vou abrir agora o testamento de Pablo Medeiros.... Sabemos que ele tem  a fábrica, a empresa dele... E pelo que está escrito aqui: deixo toda a minha herança para dedicar-se aos estudos de Aninha. Ela só receberá quando estiver na maioridade. O resto, deixo 1/2 para meus filhos Ralf e Cristina.
CORTA PARA:

CENA 09 / MANSÃO MEDEIROS / QUARTO DOS IRMÃOS / INTERIOR / DIA
Cristina e Ralf, agressivos, por não terem recebido uma parte da herança.
CRISTINA — (agressiva) Droga! Mas que merda! Papai jogou tudo na mão daquela infeliz. Ah, que ódio!
Cristina, agressiva, joga um vaso de flores no chão e chuta-o.
RALF — Calma minha irmã, desse jeito você vai enlouquecer.
CRISTINA — E isso é caso de enlouquecer mesmo. Que velho babaca, mal agradecido! Fizemos tudo para ele e não deixou bosta nenhuma. 
RALF — Eu só sei que devemos tomar uma atitude muita arriscada para a herança jorrar em nossas mãos. E eu sei muito bem.Podemos sequestrar a Aninha e levá-la bem longe daqui! Assim, jogamos aquela bebê maldita de um penhasco!
Cristina e Ralf dão gargalhadas malignas.
CORTA RÁPIDO PARA:


CENA 10 / MANSÃO MEDEIROS / PORÃO / INTERIOR / DIA
Magnólia entra no porão da Mansão Medeiros. Estreia de cenário. O local se encontra em um estado pouco agradável, com diversos tipos de artrópodes escondidos e uma poeira só!  Uma bagunça, várias caixas tampadas. Mág, ao abrir a porta do porão, tosse.
MAGNÓLIA — Nossa! Isso aqui tá parecendo um chiqueiro. Que coisa! O Pablo não servia nem para governar uma casa direito. Deve ter anos que tem isso aqui, parado.... Vamos ver se encontro algum tipo de dinheiro, aqui. Quem sabe o Pablo escondeu metade da grana dele aqui?
Magnólia, tosse com a poeira, e tentar abrir as caixas lacradas. Em seguida, quando ela vai abrir, enxerga um vulto.
MAGNÓLIA — Meu deus, ai será que fui parar na terra dos espíritos? Ai por favor! Não me condene, meu deus! Não fiz nada. Será que eu estou ficando doida, ou vi um vulto na minha frente?
O vulto passa de novo.
MAGNÓLIA — Pelo visto, esse negócio gostou de mim, tá querendo me pegar. Ah, vou continuar. Deve ser coisa da minha imaginação.
Quando Mág consegue abrir a caixa lacrada, um homem de máscaras e roupa preta aparece na sua frente. Mág, dá um grito, assustada com aquela cena.
MAGNÓLIA — Ah, quem é você? Por favor, não me condene espírito de Pablo! Por favor, eu te deixo em paz, só não me leve! Eu estou muito nova para morrer.
A pessoa tira a máscara. Meu deus... Será que os mortos voltam? Poderíamos, em hipótese alguma, pensar nessa possibilidade? Aquela cena acabara de despertar um terror em Mág, assustada ainda mais. À sua frente, nada mais, nada menos que o empregado Duende, que acabara de morrer!
MAGNÓLIA — Duende? Mas você tá voltando aqui para me condenar, é? Quê que eu fiz para você? Nós não tínhamos ligação nenhuma! Olha, se você quiser o Pablo, ele já morreu. Vá visitar o túmulo dele.
Duende tira sarro da cara de Mág e ri de toda a situação.
DUENDE — Você pensou mesmo que eu estava morto?
MAGNÓLIA — Mas e o velório, enterro, tudo? Ah não diga que.... Ah você forjou tudo né seu esperto? Em homenagem a mim! Aprendeu comigo, bom trabalho rapaz!
Mág comemora.
DUENDE — Sim, sim Dona Magnólia. Aquilo que você ouviu falar não passou tudo de uma farsa. Eu desapareci no rio e fui resgatado por um pescador. O corpo de outro morto foi colocado naquela caixa, semelhante a minha imagem. Eu sabia que o meu irmão iria pensar que era eu! Mas, na verdade, fiz tudo isso, pois o seu Pablo correria perigo a qualquer momento, então fiquei escondido aqui no porão, observando o comportamento de todos! 
MAGNÓLIA — Mas do que você está falando, rapaz?
DUENDE — Ralf e Cristina... Já notou alguma coisa, Mág? Eles sempre estão atentos a herança do seu Pablo.
MAGNÓLIA — É, bem que eu vi isso sim! Notei hoje. Mas eles não seriam capaz disso, meus filhos são uns anjos do céu! Devem ter uma certo ciúme, igual eu.
DUENDE — Eu tenho certeza de que não é ciúme.
MAGNÓLIA — Sem provas você não pode afirmar nada. Comprove para mim!
DUENDE Pois ouça essa gravação de áudio.
Duende coloca a gravação de áudio para Magnólia ouvir, com Cristina dizendo que matará Aninha (olhar na CENA 02) para pegar toda herança.
Magnólia, indignada, com a gravação de voz que acabara de ouvir.
MAGNÓLIA — Meu deus! É impossível.
DUENDE — A sua enteada corre perigo Mág. Precisamos acabar com isso! 
MAGNÓLIA — Meu rapaz, porque não disse isso logo? A gente precisa desmascará-los e logo!
DUENDE — Espera! Hoje, quando eles saírem, vamos atrás deles! E levamos a polícia. O patrimônio é de Aninha.
MAGNÓLIA — Verdade! Excelente. 
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 11 / FLAT DA MÁFIA / SALA / INTERIOR / DIA
Apolo, chega em casa, agressivo com Mariana, que chora bastante.
APOLO — Onde você está com a cabeça hein? Quer ser castigada novamente? Minha vontade era de te matar, te jogar da escada agora! Onde já se viu deixar um cliente esperando?
MARIANA — Eu faço o que eu quero e você não precisa me notificar isso, eu já sei. 
Apolo agarra Mariana.
APOLO — Mas aqui é calada e sem alterar a voz para mim! Entendido?
MARIANA — Eu tenho nojo de você. Para quê isso tudo hein? Para quê essa máfia? Devia fazer coisa melhor, como cuidar da sua empresa!
APOLO — Não te interessa! O assunto agora é sobre você... O seu comportamento não tem sido bem avaliado. Então, comunico que a qualquer hora, sofrerá as consequências que precisa! Agora vá para o seu quarto trocar a roupa que logo outro cliente chega!... (agressivo) Vai, idiota! Some da minha frente.
Apolo empurra Mariana, que vai até o quarto.
APOLO — Se essa menina não se comportar bem, eu juro que mato ela! E aquela família dela vai junto!
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 12 / EMPRESA DE INÊS / DIREÇÃO / INTERIOR / DIA
Gustavo bate na porta da sala da patroa. Inês, assina calmamente os documentos, sem ler.
GUSTAVO — Dona Inês, tem uma pessoa aqui que necessita falar com você! E é importante!
INÊS — Mande entrar, por favor. 
Em seguida, a vilã Wanda, de salto alto, entra com uma papelada na mão.
WANDA — Olá! Você deve ser a Inês né?
INÊS — Sim, senhora. Quem seria você? Não me lembro, desculpe a minha memória está ruim.
WANDA — Não, de forma alguma. Você não me conhece. Eu sou a prima de um dos seus funcionários aqui, especialmente esse.
Wanda entrega a foto de Lucas para Inês, que se emociona, ao lembrar dele. Inês finge que não o conhece.
INÊS — Não, esse aqui é um desconhecido.
WANDA — Tem certeza? Eu já sei de toda história. Ele foi demitido né?
INÊS 
— Senhora, eu não me lembro de ele ter apresentado um certo parentesco com você! As únicas pessoas que eu conheço da família dele são: a mãe, a irmã e o irmão. 
WANDA — Ah, então resolveu admitir não é mesmo? Pois saiba que eu sou uma prima muito distante. Só queria saber se ele está aqui, posso vê-lo?
INÊS — Querida, ele foi demitido. Apresentou um comportamento que não foi bem avaliado pela direção da empresa! E, é só isso? Quanta curiosidade, hein?
WANDA — A senhora me desculpe tá? É porque quero vê-lo. Estou com saudades.
INÊS — Deseja mais alguma coisa?
WANDA — Ah, e eu soube que ele tem essa menina aqui também.
Wanda entrega a revista para Inês de Serena e Lucas fotografados na capa.
WANDA — Ouvi dizer que essa menina aí é a namorada dele... Eles foram fotografados em um restaurante.. Agora, eu só preciso do endereço dele.
Inês a encarar a vilã.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 13 / FRENTE DA EMPRESA DE INÊS / INTERIOR / DIA
Wanda, de óculos escuros, sai com uma papelada na mão. Silvério para a picape preta em frente à empresa e Wanda se aproxima dela. Ela entra no carro e comemora.
WANDA — Bingo! O nosso plano deu certo. Já consegui o endereço daquela menina, agora só falta de outra gêmea.
Silvério, pensativo e dirige o carro.
CORTA RÁPIDO PARA:


CENA 14 / MANSÃO MEDEIROS / SALA / INTERIOR / NOITE
Luzes apagadas na mansão, não se vê ninguém na sala. Ralf e Cristina, sem fazer barulho, descem as escadas, cuidadosamente. Cristina segura Aninha no colo, que chora muito. Cristina, nervosa, repreende-a.
CRISTINA — Pare de chorar, infeliz! A gente já chega! Cala a boca.  
Cristina e Ralf descem as escadas e abrem a porta da mansão e saem.
Em seguida, Duende e Mág, vão atrás deles, sem que eles percebam.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 15 / MANSÃO MEDEIROS / SALA / EXTERIOR / NOITE
Cristina e Ralf partem no carro. Em outro carro, atrás dos vilões, Duende se prepara para dirigir, com Mág no banco de trás. Duende afirma:
DUENDE — É dona Magnólia, estamos prestes a desmascarar esses vilões. 
MAGNÓLIA — Ai meu deus! Só espero que sejamos bem sucedidos em nossas ações.
DUENDE — Pode ter certeza disso.
Duende e Magnólia vão atrás dos vilões.
CORTA RÁPIDO PARA:

 CONTINUA...

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