Type Here to Get Search Results !

Na Boca Do Povo - Capítulo 30

 

Capítulo 30

Cena 01 – Hospital Santa Veridiana [Interna/manhã]

(Enrico estranha a expressão no rosto da sua mãe após seu comentário).

 

ENRICO: Que foi mamma, que cara é essa?

FRANCESCA: Non é nada, bambino. Deve ser efeito da anestesia mesmo! (Tenta disfarçar).

ENRICO: Estranho, a senhora me olhou de um jeito esquisito. Eu diria que tem algo acontecendo, se não te conhecesse tão bem.

MÉDICO PLANTONISTA: Olha só, o dorminhoco acordou. Como se sente? (Diz após entrar no quarto acompanhado por Lola/Amara).

ENRICO: Eu me sinto bem, só que meio estranho. Não sinto dor, mas estou tentando me mexer e não sinto as minhas pernas. É efeito da anestesia? Minha mamma disse que eu fui operado. O que aconteceu?

(O médico olha para Francesca e Lola/Amara instantaneamente após a fala de Enrico).

ENRICO: Esse olhar de novo! O que está acontecendo? O que vocês estão me escondendo? (Começa a ficar agitado).

LOLA/AMARA: Calma, meu amor. Fique tranquilo, vai ficar tudo bem! (Diz enquanto tenta amenizar a situação).

MÉDICO PLANTONISTA: Eu acho melhor falarem a verdade, infelizmente ele terá de saber a verdade.

ENRICO: Verdade? Que verdade?

FRANCESCA: (Afasta-se da cama e de costas para Enrico, não contém seu choro).

ENRICO: O que foi que aconteceu? Porque a minha mamma está chorando?

LOLA/AMARA: (Olha para Enrico e permanece em silêncio).

ENRICO: Eu não vou mais andar, é isso? (Questiona com lágrimas nos olhos). Eu estou paralítico?

MÉDICO PLANTONISTA: Enrico, você chegou aqui com uma grave lesão nas suas vertebras, ainda é muito cedo para te dar um diagnostico irreversível, mas por hora, infelizmente o seu quadro é de paraplegia. Você não conseguirá mais movimentar as suas pernas! (Explica).

ENRICO: Eu estou inválido? (Fala consigo mesmo enquanto bate nas pernas no intuito de acordá-las). Não... Não, isso não é verdade! Mamma, diz pra ele que não é verdade, que eu vou andar, diz mamma, diz...

MÉDICO PLANTONISTA: Calma, Enrico... Você precisa ficar calmo agora, você acaba de passar por uma cirurgia delicada. Se você continuar agitado assim, vamos precisar te aplicar um calmante.

ENRICO: Eu tô aleijado, eu tô aleijado, mãe. Eu não vou mais andar, eu não vou mais andar. (Repete insistentemente).

LOLA/AMARA: (Chora) Calma meu amor, nós precisamos que você se acalme agora.

ENRICO: Não... Não! (Grita).

 

 

Cena 02 – Na Boca Do Povo, Redação [Interna/manhã]

Música da cena: Sampa – Caetano Veloso

(Imagens externas das principais avenidas e viadutos da cidade são apresentadas, os grandes edifícios também são mostrados. Em seguida, surge a fachada do prédio onde fica instalada a revista).

 

ÂNGELO: (Assina alguns documentos em sua sala quando alguém bate na porta) Pode entrar!

SUZANA: (Abre a porta, entra e a fecha rapidamente ao entrar) Eu posso falar com você?

ÂNGELO: Pode, claro. Senta! Aconteceu alguma coisa?

SUZANA: Aconteceu! Eu preciso te contar, mas não pode ser aqui, é perigoso. (Diz ao se sentar).

ÂNGELO: Como é perigoso? Suzana, aqui é o nosso ambiente de trabalho, quem poderia te fazer mal?

SUZANA: É justamente por isso, esse é o meu último dia na revista. Estou entregando o meu cargo, agora que já tem a Maria Rita como secretária, tenho certeza que ela vai dar conta, mas eu preciso desaparecer por um tempo.

ÂNGELO: Você está me assustando, Suzana. O que está acontecendo?

SUZANA: Algo muito grave, mas eu não quero falar aqui, as paredes tem ouvidos. Lembra daquele bar onde você me levou uma vez?

ÂNGELO: Eu lembro sim, o A Paulistana, né?

SUZANA: Esse mesmo! Hoje à noite eu vou até lá te entregar alguns arquivos muito importantes que poderão mudar os rumos de muitas vidas e de lá eu preciso desaparecer, tenho certeza de que você saberá usar.

ÂNGELO: Suzana, você está muito esquisita. Eu estou realmente muito preocupado com você!

SUZANA: Hoje à noite sem falta, esteja lá. Agora eu vou arrumar as minhas coisas e nos vemos no bar. Com licença! (Suzana sai da sala e deixa Ângelo pensativo).

 

Cena 03 – Apartamento de Glória [Interna/Manhã]

Música da cena: A Boba Fui Eu – Ludmilla e Jão

(Após sair do banho, Fernanda vai até seu quarto para se trocar e por fim ir até a revista. Em seguida, veste a calcinha e o sutiã e ao se olhar no espelho começa a se analisar).

 

FERNANDA: (Se olha refletida no espelho, como se estivesse sentindo que seu corpo não era mais o mesmo. Apalpou os seios e os sentiu um pouco mais enrijecidos e doloridos. Em seguida, faz uma expressão de dúvidas, vai até o guarda-roupas e procura a roupa que irá vestir).

 

Cena 04 – Hospital Santa Veridiana [Interna/Manhã]

Música da cena: I Won’t – Colbie Caillat

(Imagens da Avenida Paulista são mostradas rapidamente, em seguida surge a área externa do Hospital Santa Veridiana. Ítalo surge andando apressadamente pelos corredores do hospital até a recepção).

 

ZECA: Filho? (Chama ao ver Ítalo no balcão da recepção).

ÍTALO: Painho, como ele está? Ele está fora de perigo?

ZECA: Ele já está na unidade de terapia intensiva, não pode receber visitas ainda. As únicas pessoas que conseguiram entrar no quarto em caráter de exceção foram a mãe dele e a Lola. O boletim médico infelizmente não é positivo!

ÍTALO: Como assim? Ele está muito machucado? Diz, painho.

ZECA: (Estranha o nível de preocupação de Ítalo, mas mesmo assim responde) Ele teve muitas lesões e os médicos não conseguiram reverter, ao que tudo indica ele irá ficar paralítico.

ÍTALO: Não meu Deus, isso não pode acontecer! (Começa a chorar desconsoladoramente).

ZECA: (Abraça o filho) Calma, filho! Eu sei que o Enrico é o nosso vizinho há muitos anos, mas porque você está tão abalado? É o que eu estou pensando?

ÍTALO: (Com a pergunta do pai, Ítalo chora ainda mais).

ZECA: (Compreende a reação de Ítalo como uma resposta positiva e abraça o filho ainda mais forte) O painho está aqui com você, vai ficar tudo bem, eu prometo.

 

Cena 05 – Bar do Jurandir [Interna/Tarde]

Música da cena: Sampa – Caetano Veloso

(Com a transição de cena, surgem imagens dos bairros do subúrbio de São Paulo. Podemos ver Evandro caminhando por uma rua movimentada, em seguida ele entra em um bar e senta em uma mesa já ocupada).

 

CARUSO: Demorou! (Diz enquanto toma um gole da cerveja que estava servida em sua mesa).

EVANDRO: Acontece que diferente de você, eu tenho um trabalho de verdade. Não fico explorando vagabunda pelas ruas.

CARUSO: Calma! Não está mais aqui quem falou. Do que é que você precisa? Pra ter se deslocado até aqui, deve ser coisa importante.

EVANDRO: E é, eu preciso encomendar um servicinho.

CARUSO: Algo como o último? Aquele que fingimos que íamos sequestrar a loirona gata?

EVANDRO: Não, muito melhor. Vim falar com você porque sei que o meu filho não tem estomago para algo dessa magnitude.

CARUSO: E que serviço seria esse? (Pergunta).

EVANDRO: (Entrega uma fotografia a Caruso) Essa intrometida, quem cruza o meu caminho, eu elimino.

CARUSO: (Olha para a fotografia, onde é revelado que se trata de Suzana) Bonita! Pena que vai morrer assim, tão jovem. Mas trabalho é trabalho, como você quer o trabalho?

EVANDRO: Padrão de sempre, discreto e que não pareça queima de arquivo. Um acidente, um assalto talvez. Isso eu deixo em suas mãos, mas tem que ser rapidamente, antes que a vagabunda dê com a língua nos dentes e se possível revista as coisas dela, porque tenho quase certeza de que ela está aprontando alguma coisa.

CARUSO: E quanto é que você pretende me recompensar pelo trabalho? Porque você sabe, nem relógio trabalha de graça. Quem dirá o papai aqui!

EVANDRO: (Entrega um envelope fechado e volumoso para Caruso) Acho que isso aqui dá e sobra.

CARUSO: (Abre o envelope e percebe que a quantidade de dinheiro é significativa) Eu acho que isso já é um bom começo. Vou precisar das coordenadas, onde mora, quais os horários, essas paradas de agenda. Preciso saber cada detalhe da rotina da futura defunta!

 

Cena 06 – Mansão Martins de Andrade [Interna/Tarde]

(Tamara havia passado o dia inteiro trancada no quarto de hospede como se estivesse evitando encontrar com os moradores da mansão. Só resolveu mudar de ideia quando já havia passado do meio dia, só que ao abrir a porta do quarto e se preparar para descer, ela foi surpreendida).

 

LUIZA HELENA: Tamara, eu estava te esperando. Dormiu bem? (Pergunta ao flagrar Tamara prestes a descer a escada).

TAMARA: (Fica parada no alto da escada ao ouvir a voz de Luiza Helena).

LUIZA HELENA: Que foi, sente-se mal? (Questiona após Tamara não responder).

TAMARA: Eu não estava me sentindo muito bem. A viagem longa, a música. Acordei indisposta, com dor de cabeça e aí preferi não incomodar ninguém.

LUIZA HELENA: Entendi! Você quer um remédio, que a gente te leve até um hospital? Não é incomodo algum te ajudar.

TAMARA: Não precisa, Luiza Helena. Eu já estou bem melhor, obrigada!

LUIZA HELENA: Ah, que ótimo! Eu queria mesmo conversar com você, entender melhor algumas coisas. Como por exemplo, como foi que você conseguiu nos encontrar? São Paulo não é uma cidade pequena como Porto de Pedras.

TAMARA: (Olha para Luiza Helena e fica surpresa com os questionamentos) Eu... Eu....

 

 

Cena 07 – Mansão Martins de Andrade [Interna/Tarde]

(Encurralada, Tamara sente-se pressionada por Luiza Helena e fica sem saber o que responder).

 

LUIZA HELENA: Eu o que, menina? Porque você não tá dizendo coisa com coisa?

TAMARA: É que eu não entendi...

BETINHA: (Abre a porta da mansão bruscamente, chamando a atenção das duas e corre ao subir pela escada e encontra com as duas no topo do mezanino) Eu perdi a hora. Preciso trocar de roupa e ir visitar o Enrico.

LUIZA HELENA: Então você já soube? Eu estava esperando você voltar para te dar a notícia. Eu sinto muito pelo seu amigo!

BETINHA: O Enrico é um cara incrível, tenho certeza de que ele vai sair dessa, ele vai se recuperar. Agora eu preciso tirar essa roupa, tomar um banho e ir vê-lo, meu coração só vai se tranquilizar quando vê-lo com meus próprios olhos que ele está de fato fora de perigo.

LUIZA HELENA: Eu vou com você, faço questão de tirar o dia de folga e te acompanhar. Se ele é seu amigo, ele também é importante para mim.

BETINHA: (Sorri para Luiza Helena) Eu acho uma ótima ideia! Amiga, você me acompanha até o quarto? Eu quero te contar algumas coisas.

TAMARA: Claro, acompanho sim.

BETINHA: Então vamos! (Juntas, Betinha e Tamara caminham pelo corredor quando são interrompidas por Luiza Helena).

LUIZA HELENA: Depois terminamos a nossa conversa, Tamara! (Conclui).

 

Cena 08 – Na Boca Do Povo, Redação [Interna/Tarde]

Música da cena: Flores No Jardim - Llari

(A produção da revista é apresentada a todo vapor, enquanto isso, no banheiro feminino podemos ouvir o barulho do acionamento da caixa de descarga. Em seguida, Fernanda sai de uma das cabines e pousa um teste de gravidez em cima da bancada da pia do banheiro. Em seguida lava as mãos e volta a ler o rótulo do produto).

 

FERNANDA: (Lê o rótulo e aguarda um pouco, conforme as instruções da embalagem. Logo após, ela respira fundo pega o teste e fecha os olhos. Depois de alguns segundos, ela enfim abre os olhos e descobre o resultado) Grávida! Eu estou grávida.

 

Cena 09 – Hospital Santa Veridiana [Interna/Tarde]

(Mais calmo por conta do calmante que lhe foi aplicado, Enrico permanecia em silêncio na unidade de terapia intensiva quando sua mãe retornou ao quarto).

 

FRANCESCA: (Entra no quarto com trajes especiais para a UTI e se aproxima de Enrico) A mamma voltou! Sua nona e sua zia ligaram para saber como você estavam, acredita que elas queriam viajar da Itália até aqui? Queriam vir te visitar, mas io já as tranquilizei. Por falar em visita, seus amigos estão lá fora querendo te ver, amanhã você vai ser transferido para o quarto, o médico me disse. Aí você vai poder rever todos eles, bambino.

ENRICO: Eu não quero ver ninguém! (Responde).

FRANCESCA: Io sei, bambino. Na UTI, você não pode receber visitas, só amanhã quando for transferido para o leito.

ENRICO: A senhora que não entendeu o que eu disse, mamma. Eu não quero ver ninguém, não quero que ninguém me veja assim. Proíba terminantemente as visitas, fui claro?

FRANCESCA: (Olha para o filho sem graça) Está bem, bambino. Como quiser!

ENRICO: Ótimo, agora eu quero ficar sozinho. A senhora pode ir para casa...

FRANCESCA: Como ir embora? Io non vou sair de perto de você. Nem por um decreto! Vou ficar lá fora, mas do hospital io non vou sair. Capisce?

ENRICO: (Reclina-se na cama e vira o rosto, sem dar muita atenção a mãe).

FRANCESCA: Qualquer coisa, io estarei lá fora. Se precisar, pode mandar chamar a sua mamma! (Sai do quarto, deixando Enrico sozinho).

 

Cena 10 – Mansão Martins de Andrade [Interna/Noite]

(Sozinhas na biblioteca, Luiza Helena e Eva conversam sobre a mudança de planos sobre a revelação da paternidade de Betinha).

 

LUIZA HELENA: Eu estou sem saber o que fazer agora! (Baixa a cabeça e a encosta na mesa).

EVA: Meu Deus, parece que o destino está brincando conosco! E agora, o que você pretende fazer?

LUIZA HELENA: Eu não faço a menor ideia. Estava decidida a contar hoje, mas agora essa situação do Enrico, o Durant está com a cabeça fervendo, pois ele é muito apegado aos vizinhos da Mooca, como eu vou despejar essa verdade em cima dele? Ele também é gente, como eu vou jogar simplesmente o peso da verdade? Não sei se ele vai aguentar esse peso.

EVA: Ele precisa saber e quanto mais tempo você deixa esse segredo oculto, mais perigoso se torna o risco dele explodir. A Betinha precisa saber por vocês dois, tenho medo que ela descubra antes disso.

LUIZA HELENA: Deus me livre, bate na madeira. A Betinha só vai ouvir a verdade da minha boca, de ninguém mais. Esse momento está próximo, eu sinto isso no meu coração. Meu único medo é da minha filha me rejeitar, isso eu jamais iria suportar.

EVA: Tenha fé em Deus, minha querida. Ele sabe de todas as coisas, sabe do seu sofrimento e não permitirá que a sua filha te rejeite.

LUIZA HELENA: Deus te ouça, Evinha. Deus te ouça!

EVA: Em breve veremos essa família reunida e feliz.

(Do lado de fora da biblioteca, Tamara ouve tudo completamente estarrecida com a descoberta).

TAMARA: Então quer dizer que a Luiza Helena não é irmã da Betinha e sim a mãe dela! (Repete sussurrando).

 

Cena 11 – Na Boca Do Povo, Redação [Interna/Noite]

Música da cena: Fogo – Karin Hils

(A tarde se vai e com o anoitecer, o fluxo de carros nas ruas aumentam. Na revista, Ângelo se prepara para encerrar o expediente e encontrar com Suzana quando é surpreendido).

 

FERNANDA: Tem um tempinho? (Pergunta parada na porta).

ÂNGELO: Eu estava de saída, mas como é você, mesmo se não tivesse tempo eu arrumaria. Algum problema?

FERNANDA: Na verdade não é bem um problema, pelo menos não pra mim, pode ser para outra pessoa.

ÂNGELO: Já vi que hoje é o dia do mistério e das falas confusas. O que você está querendo me dizer?

FERNANDA: Ontem quando você me deixou em casa, você falou que eu podia me abrir com você sobre qualquer coisa e como não tenho muitos amigos, eu gostaria de me abrir com você.

ÂNGELO: Claro, você pode falar sobre tudo comigo. O que aconteceu?

FERNANDA: Eu tô grávida! Eu vou ter um filho do Rafael.

ÂNGELO: (Em surpresa com a revelação, Ângelo se senta na cadeira).

 

Cena 12 – Casa de Suzana [Externa/Noite]

(Do lado de fora da casa, Suzana encontrou com o taxista que havia chamado para leva-la ao encontro com Ângelo. Em seguida ela fechou o portão de casa e o trancou enquanto o taxista acomodava sua bagagem no porta-malas do veículo, isso sem perceber que estava sendo observada de longe. Logo após, o táxi seguiu seu percurso pela cidade).

 

SUZANA: (Encosta a cabeça no vidro da janela com o olhar de tristeza, onde permanece em silêncio).

TAXISTA: (Dirige o veículo e se aproxima do Túnel Presidente Jânio Quadros) A senhora tem preferência por alguma rádio?

SUZANA: Não, pode colocar o que o senhor preferir. Não me importo muito com isso!

TAXISTA: (Abaixa a cabeça e sintoniza a rádio sem perceber que uma moto está prestes a ultrapassar seu veículo dentro do túnel, que pelo tardar da hora, está menos movimentado. Ao erguer a cabeça novamente, freia bruscamente pois a moto está parada há poucos metros do veículo).

SUZANA: Moço, o que foi isso? (Pergunta tentando se recompor até ser jogada para frente com a parada repentina do veículo).

TAXISTA: (Estranha a presença dos motoqueiros parados logo a frente) Não sei, essa moto está parada ali na frente, se eu não freio, batemos nela.

SUZANA: Moço, vamos embora que isso não está me cheirando a coisa boa. Pode ser assalto! (Assusta-se).

TAXISTA: Acho que não! Se fosse, eles já teriam vindo para cima de nós. Vou ver se eles precisam de ajuda.

SUZANA: Moço, não faz isso. Pelo amor de Deus, não desce do carro! (Diz aflita).

TAXISTA: Eu já volto, não demoro! (Diz ao descer do carro).

(Com a melhor da intenções, o taxista resolveu se aproximar para entender o que havia acontecido e tentar ajudar de alguma forma).

TAXISTA: Oi, tá precisando de ajuda? (Disse ao se aproximar e notar que o motoqueiro estava abaixado como se estivesse consertando algo).

CARUSO: (Vira-se rapidamente e atira no taxista).

SUZANA: Um tiro! Meu Deus, eu disse que era assalto... (Diz ao ver o motorista cair no meio do túnel). Eu preciso sair daqui agora! (Pega a bolsa e desce do carro rapidamente).

CARUSO: Perdeu, perdeu! Passa a bolsa, vagabunda! (Diz com a arma apontada para Suzana).

SUZANA: (Vira-se para Caruso e fica frente a frente com o bandido) Moço, leva a bolsa, leva tudo o que quiser, mas não faz nada comigo por favor. (Diz ao entregar a bolsa).

CARUSO: (Pega a bolsa, abre e dá uma rápida olhada no que tem dentro) Sinto muito, moça, mas o seu pedido não será atendido! (Atira em Suzana a queima roupa no peito).

SUZANA: (Arregala os olhos, dá dois passos para trás e percebe que foi atingida ao olhar para baixo e ver sua blusa encharcada de sangue. Em seguida, cai no chão inconsciente).


A imagem foca em Suzana caída no chão. A cena congela e vira uma capa de revista.

 



TRILHA SONORA OFICIAL, clique aqui.

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.