Type Here to Get Search Results !

Marcadores

Mutantes: O início da Crise - Episódio 02



Web Série Criada e Escrita por:

Alexandre Henrique


Episódio 02


Robinson foi acordado.

 

Robinson: Hum... Quê...?

?????: Robinson, acorde!

 

Era Karine.

 

Robinson: O que houve...? Que horas são...?

Karine: Quase três da manhã... É que eu estava dormindo perto da janela, e... Eu vi alguma coisa lá fora...

 

Robinson se sentou.

 

Robinson: Como assim "alguma coisa"?

Karine: Eu acho que é um bicho... Talvez é aquilo que ouvimos no mato...

 

Robinson a acompanhou até a janela. Os outros foram acordando um por um.

 

Michel: Ei vocês dois... O que houve?

Natália: Por que estão olhando pela janela...?

Lucas: Tem alguém lá fora?

 

Aos poucos, todas as crianças já estavam na janela. O chefe acordou.

 

Sandro: Ei, crianças... Aconteceu alguma coisa?

 

Ele também se levantou e foi até a janela.

 

Natália: Eu não vejo nada...

Karine: Mas eu vi alguma coisa... Parecia que tinha um par de olhos brilhantes, e...

 

De repente, todos levaram um grande susto. Uma cabeça de um animal que parecia um lobo gigante surgiu na janela. Estava rosnando e encarava os escoteiros com fúria no olhar.

 

Robinson: A... Ah!!

 

Robinson caiu para trás. Todos se afastaram da janela.

 

Sandro: Rápido, temos que bloquear as entradas da casa!!

 

Rapidamente, seguindo o treinamento, os escoteiros pegaram pedaços de madeira espalhados pela casa e bloquearam as portas. As janelas pareciam fortes, então não havia muito problema.

 

O lobo continuou na janela por cerca de um minuto. Até que pareceu ter desistido, e foi embora.

 

Karine: O... O que era aquilo...?

Michel: Eu acho que vi aquele lobo antes... Quando estávamos na estrada...

 

Lucas pensou.

 

Lucas: Mas daquele tamanho... Com aqueles olhos... Não parecia um lobo comum...

 

Natália estava com as mãos na cabeça.

 

Natália: E o que você sugere? Que aquilo era um lobisomem?!

Lucas: Bem, lobisomens não existem...

Natália: Então explica aquilo!

 

Karine começou a chorar. Robinson se aproximou dela.

 

Robinson: Ei... Karine...

Karine: Eu... Eu... Eu nunca acreditei em monstros, mas... Aquilo não era um ser desse mundo... Eu estou muito preocupada...

 

Robinson tentou acalmá-la. O chefe não sabia muito bem o que falar, mas sendo o adulto do grupo, teve que tomar alguma atitude.

 

Sandro: Pessoal, vamos esperar um pouco... Se aquele bicho desaparecer, nós corremos até a van e vamos embora daqui, pode ser?

 

Todos concordaram. Era de fato o melhor a se fazer naquela situação.

 

Michel: Espera... Não tem telefone aqui, né?

Sandro: Não, não tem linha. Estamos numa fazenda histórica abandonada, lembram?

 

Robinson foi até a janela novamente.

 

Robinson: Eu não vejo nada lá fora...

Sandro: Mas ainda é cedo. Vamos esperar uns cinco ou dez minutos.

 

Os escoteiros voltaram para seus colchonetes.

 

Lucas: Ai!! Eu sentei em alguma coisa...

 

Lucas pegou algo debaixo de seu colchonete.

 

Lucas: Robinson... Esse canivete é seu, não é?

Robinson: Ué, como ele foi parar aí?

Lucas: Isso é você quem tem que responder.

 

Lucas jogou o canivete fechado em direção à Robinson, que o pegou no chão.

 

Robinson: Sei lá, acho que eu devo ter deixado cair.

Karine: Depois sou eu quem perco as coisas...

Robinson: Bom... Se você está se sentindo bem para fazer brincadeiras, eu já me sinto feliz.

 

O chefe foi até a janela novamente.

 

Sandro: Pessoal, acho melhor mudarmos o plano... Eu não quero colocar vocês em risco saindo no escuro. Vamos esperar amanhecer...

Michel: Mas... Será que ele não vai nos atacar à noite?

Lucas: Durante a tarde alguns de nós percebemos que ele estava por perto, mas ele não nos atacou... Talvez de manhã ele esteja descansando...

Sandro: Acredito que ele não vai nos atacar. Não vai conseguir passar pelas portas, e parece que ele não pode quebrar as janelas.

 

Vendo que não tinha outra alternativa, o grupo concordou com a ideia.

 

Natália: Bem... Isso é o que eu chamo de uma terrível noite...

Lucas: Você está melhor, Karine?

Natália: Sim, obrigada...

 

Todos deitaram novamente nos colchonetes. Cerca de uma hora depois, conseguiram finalmente dormir.

 

---

 

Robinson acordou.

 

Ele se levantou lentamente e tirou o canivete de seu bolso.

 

Andando com passos lentos, ele foi até a porta.

 

Retirou as tábuas de madeira, e a abriu.

 

Saindo da casa, ele caminhou até a van e empunhou seu canivete.

 

Com força, ele cravou a lâmina no pneu dianteiro da van.

 

Ele fez isso em todos os quatro pneus.

 

Depois, ainda com passos lentos, voltou para dentro da casa e fechou a porta.

 

Colocou as tábuas novamente.

 

Em seguida, guardou o canivete em seu bolso e se deitou em seu colchonete.

 

Com um sorriso no rosto, voltou a dormir.


Continua no próximo episódio...


Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.