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Teen Workout: Sentindo o Amor - Capítulo 34


CAPÍTULO 34


ATENÇÃO!

A trama apresenta apenas adolescentes cheios de espinhas, aparelho nos dentes, óculos, pele oleosa etc. Não siga o que é dito. É tudo ficção.


Uma novela de Crisley


Personagens deste capítulo (ordem de aparição):

Chris

Danilo

André

Jamile

Bruno

Caio

Sara

Maria

  

CENA 1: SALA B/ INT./ MANHÃ

(Continuação do capítulo anterior)

Chris e Danilo estão ali na sala, em pé. A porta está fechada.

 

CHRIS — Cê lembra que, quando cê entrou na sala de líderes, eu tava sentado ao lado do Caio?

DANILO — Quê que isso tem a ver com o que vai me contar?

CHRIS — Lembra ou não lembra?

DANILO — Claro que lembro. Aconteceu tem nem cinco horas. Tá, mas e daí?

CHRIS — A gente tava de mãos dadas.

DANILO — Quê? Por quê? Cês dois...//

CHRIS — Cês dois nada. Dan, o que quero dizer é que a gente se gosta.

DANILO — Pera. Você e o Caio se gostam?

CHRIS — É isso mesmo. Eu e o Caio tamo, como posso dizer, tamo junto.

 

Danilo arregala os olhos.

 

DANILO — Então cês dois tão mesmo de negocinho, ué!

CHRIS — Para com isso, babaca! A gente não tá de negocinho nada!

DANILO — Mas cê acabou de dizer que tão juntos.

CHRIS — Sim, mas não quer dizer que a gente tá de negocinho.

DANILO — Então cês não fizeram ainda?

CHRIS — Cala a boca, Dan! Ninguém fez nada não.

DANILO — Mas vão fazer, né, safadinho? (sentando-se) Pera aí que eu vou até sentar aqui.

CHRIS — (sentando-se) Mano, isso não importa. Importa que eu gosto dele e acabou.

DANILO — Quando cês vão sair de casalzinho? Quero saber.

CHRIS — Tá doido!? Que casalzinho o quê!

DANILO — Mas, Chris, uma hora ou outra, cês vão ter que revelar esse romance aí. Não acha?

CHRIS — (pensativo) É... Mas agora eu só quero ficar junto dele mesmo.

DANILO — Viu? Meu amigo ficou romântico. Que lindo!

CHRIS — Dan...

DANILO — Parei. Parei.

CHRIS — Tá. Mas e você e o André? Porque cê falou um monte de coisa, mas até agora nada, né?

DANILO — Cê levou metade do ano pra ficar com o Caio e ainda tá falando de mim?

CHRIS — É porque é difícil, pô! Ele tem namorada e a Maria não sai do meu pé.

DANILO — A Maria tem um século que quer ser sua namorada.

CHRIS — Mas não vai ser. Meu coração já tem dono.

DANILO — Ah!!! Que romântico, cara! Vou morrer!

CHRIS — Ok. Agora falta você. Chega lá no André e fala tudo o que sente.

DANILO — Tá. Mas eu vou falar o quê? “Oi, André, gosto de você”?

CHRIS — Ah, sei lá. Fala que viu ele e achou ele legal. Sei lá. Fala que começou a gostar dele.

DANILO — Vou falar que gosto dele desde quando começamos a estudar juntos.

CHRIS — Eu sabia! Ainda falei.

DANILO — Tá. Cê tava certo. Eu ainda tava em dúvida, mas agora não tenho mais. Eu tô certo do que eu quero. Eu quero ficar com ele.

CHRIS — Corre lá, então.

DANILO — (respira fundo) Vamos lá, então. (se levanta) Vou lá. Depois a gente joga mais uma partida lá no ginásio. Tem que treinar.

CHRIS — Anda logo.

DANILO — Tá, tá.

 

Danilo abre a porta e sai da sala. Chris sorri. Maria passa pela sala direto, mas não o vê. Ele para de sorrir ao vê-la.

 

Corta para:

 

CENA 2: BIBLIOTECA/ INT./ MANHÃ

André está sentado e estudando. Danilo chega ali e se senta, bem quieto.

 

ANDRÉ — Não sabia que iria vir e já tô estudando aqui enquanto não bate o sinal.

DANILO — Tô vendo.

ANDRÉ — Por que não estudou comigo ontem? Aconteceu alguma coisa? Se você tiver de saco cheio de mim, pode falar. Eu sei que sou um pouco chato.

DANILO — Não. É que eu tinha que tratar de uma coisa.

ANDRÉ — E já resolveu?

DANILO — Vou resolver. Vou ser direto.

ANDRÉ — Ixi. É coisa séria, então.

DANILO — É. Pior que é.

ANDRÉ — Se vai ser direto, então quer dizer que vai me contar?

DANILO — É isso mesmo.

ANDRÉ — Então fala.

DANILO — É que é coisa do... do coração.

ANDRÉ — (assustado) Cê tá com alguma coisa aí? É aquele negócio, compasso?

DANILO — Não! Eu tô falando de sentimento.

ANDRÉ — Ah tá. Que susto, Danilo. Sentimento? Quer dizer, de amor.

DANILO — É. É porque eu gosto de uma pessoa.

ANDRÉ — (um pouco chateado) Ah. Então você gosta de alguém...

DANILO — É. Eu não sei se essa pessoa também gosta de mim. Eu espero que sim. Espero mesmo que essa pessoa goste de mim.

ANDRÉ — Eu tenho certeza que essa tal pessoa vai sim gostar de você.

DANILO — Você conhece essa pessoa.

ANDRÉ — É? E... quem é?

DANILO — Então... Essa pessoa... (t) Essa pessoa é...//

 

Jamile chega ali e abraça Danilo por trás.

 

JAMILE — Ei, meu lindo! (algumas pessoas olham para ela) Tá, tá. Já entendi. (senta-se) Como cê tá, meu Danzinho?

DANILO — Por que cê tá falando assim?

JAMILE — Porque sim. E aí, como tá?

DANILO — Não vai perguntar pro André também como ele tá?

JAMILE — Não precisa. Eu só preciso saber se você tá bem. Porque se você tiver bem, eu também tô bem. É assim que um casal faz.

DANILO — Mas que casal? A gente não é casal.

JAMILE — Ainda não. Mas vai ser.

DANILO — Então, Jamile, eu tava falando aqui com o André...//

JAMILE — Não tem importância. Mas era só isso mesmo. Eu só queria ver se você tava bem. Um menino gato desses. Olha, tô caidinha. Se me quiser, tô facinha.

DANILO — (olha para André e vê que ele está estudando) André, faz alguma coisa.

ANDRÉ — Tô estudando.

JAMILE — Ele é um menino exemplar, mas eu só penso em você, Dan. Por que a gente não fica junto logo?

DANILO — Talvez porque a gente não tem nada!

JAMILE — Ainda não. Mas quem sabe, né?

DANILO — Quem sabe nada! Olha, Jamile, eu vou jogar um futebol com o Chris agora. (para André) Até depois. E a gente tem que conversar.

 

Danilo corre dali.

 

JAMILE — Danilo! Danilo! (olha André estudando) André, o que cês vão conversar?

ANDRÉ — Não sei.

JAMILE — Como não? Ele disse que cês vão conversar depois.

ANDRÉ — Tô sabendo de nada.

JAMILE — (para si mesmo) Será que ele queria fugir do amor por mim?

ANDRÉ — O quê?

JAMILE — Nada. Nada não. (t) Bom, tô indo.

ANDRÉ — Tá. Tchau.

JAMILE — Tchau. (levanta-se) É, eu tô indo. E eu não vou atrás do Danilo. (esbarra na mesa) É... Tchau!

 

Jamile sai dali. André ri, mas logo em seguida fica cabisbaixo.

 

ANDRÉ — (para si mesmo) Então o Danilo gosta de alguém. Poxa...

 

Corta para:

 

CENA 3: SALA DE LÍDERES/ INT./ MANHÃ

Chris entra na sala e olha para todos os lados. Ele se senta.

 

CHRIS — Jurava que o Caio tava aqui. Vou esperar ele, né.

 

Bruno entra ali. Chris se levanta.

 

BRUNO — Ei. Será que eu posso entrar?

CHRIS — Não. Só líder pode.

BRUNO — Sério?

CHRIS — Não. Claro que pode. Já entrou mesmo.

BRUNO — Ah tá.

CHRIS — Fala aí. Aconteceu alguma coisa?

BRUNO — Não. Eu vi você entrando e vim atrás. É que eu queria falar com você. Faz tanto tempo, né?

CHRIS — É. A gente se afastou um pouco mesmo.

BRUNO — Eu não devia ter dito que gostava de você.

CHRIS — Relaxa. Eu tô de boa com isso.

BRUNO — Sério? Que bom! Pensei que você tava me odiando até hoje.

CHRIS — Mas eu nunca te odiei. Cê que me odiava quando eu virei líder da nossa sala.

BRUNO — É. Mas durou pouco.

 

Caio entra na sala e vê os dois conversando. Ele corre para Chris e o abraça. Bruno tira o sorriso do rosto. Chris afasta Caio.

 

CHRIS — Que isso, Caio?

CAIO — Não sei. Só quis te abraçar. Do que vocês tavam falando?

BRUNO — De nada. Eu já tava indo.

CHRIS — Não precisa sair, Bruno.

BRUNO — É melhor. Tá quase dando a hora já. Te vejo lá na sala.

CHRIS — Ok.

 

Bruno sai dali.

 

CHRIS — Que merda foi essa, Caio?

CAIO — Do que tá falando?

CHRIS — Por que me abraçou assim na frente do Bruno?

CAIO — Por nada. Ah! A gente tem que falar sobre as meninas.

CHRIS — Maria e Sara, né?

CAIO — Acertou.

CHRIS — Eu vou ter que dizer pra Maria que gosto de outra pessoa.

CAIO — E eu vou terminar com a Sara. Não quero trair ela.

CHRIS — Tá certo. Quando terminar com ela, a gente fica junto o tempo todo.

CAIO — (sorrindo) É isso que cê quer, meu amor?

CHRIS — Pode parar com isso, Caio.

CAIO — Queria te dar um beijo agora. Mas vamos fazer o que a gente acabou de falar. Vamos falar com as meninas. Vou mandar mensagem pra Sara pra encontrar lá na minha casa.

CHRIS — E eu vou falar com a Maria naquela pracinha. Não vou levar ela pra minha casa. E nem você tinha que levar a Sara pra sua.

CAIO — Tá com ciúme? Fica não.

CHRIS — Caio...

CAIO — Ok. Ok.

 

Corte descontínuo para:

 

CENA 4: CASA DE CAIO/ QUARTO/ INT./ TARDE

Entardece. O Sol avança. Caio está sentado na cama. Ouve batidas à porta. Ele a abre e Sara o abraça.

 

CAIO — Vamos sentar.

SARA — Ok. É alguma coisa séria?

CAIO — É.

 

Eles se sentam na cama.

 

SARA — Parece sério mesmo.

CAIO — Cê sabe que a gente se afastou um pouco, né.

SARA — Um pouco não, né. Muito. E demais ainda. Fala.

CAIO — É isso. A gente se afastou e...

SARA — Cê me chamou aqui pra falar que a gente se afastou? Cê tá querendo um tempo, é isso, né? Pra começar a conversa assim, só pode ser isso.

CAIO — Não é só um tempo que eu quero.

SARA — Caio...

CAIO — Sara, eu tô querendo terminar tem um tempinho, mas eu não sabia como.

SARA — (levantando-se) Pera, pera, pera. Cê quer terminar comigo só porque a gente se afastou? Mas isso pode ser resolvido de tantas outras formas.

CAIO — Sim, mas, no nosso caso, não tem como.

SARA — (sentando-se novamente) É. Acho que eu já sabia.

CAIO — Já sabia?

SARA — É.

CAIO — Como?

SARA — Cê tava sempre aéreo quando tava comigo, o que já era raro. Foi como você mesmo disse, a gente se afastou muito. Eu percebi, Caio, que o nosso caso esfriou. Acho que já tava na hora mesmo de terminar.

CAIO — Cê tá falando sério?

SARA — Esperava o quê? Um surto ou algo do tipo?

CAIO — Não, eu só...//

SARA — Não se preocupa. Eu vou ficar bem e você também. A gente pode continuar se falando, continuar sendo amigos. A gente já era amigo antes mesmo de ser namorados. Então por mim tudo bem.

CAIO — Bom, se é assim... Amigos, né?

SARA — Amigos.

 

Os dois se levantam e se abraçam.

 

CAIO — Brigado. Brigado mesmo.

SARA — Eu que agradeço por esse tempo juntos. Mas não quer dizer que eu vá me afastar mais ainda.

 

Corta para:

 

CENA 5: PRACINHA/ INT./ TARDE

Maria está sentada em um banco. Chris chega e ela logo se levanta. Eles se sentam.

 

MARIA — Ei, Chris.

CHRIS — Ei.

MARIA — Que ei mais borocochô. Que foi? Aconteceu alguma coisa?

CHRIS — Maria, eu não quero que cê fique chateada, mas...

MARIA — Que foi? Você fez alguma coisa?

CHRIS — Não. Ou sei lá. É que cê sempre gostou de mim, mas eu...

MARIA — É. Eu sempre gostei de você. Mas a gente nunca namorou.

CHRIS — E nem vai. Me desculpa.

MARIA — (triste) O que é isso, Chris? Por que você tá falando isso?

CHRIS — Eu não quero mais te iludir, Maria. Eu quero que você pare com essas coisas de achar que a gente vai ser um casal porque a gente não vai. E eu não quero te ver mal, eu quero te ver bem. É só que... não dá.

MARIA — (quase chorando) Por que não disse antes que eu incomodava?

CHRIS — Eu não quis ser chato. A gente pode ser amigo ainda.

MARIA — Eu acho melhor a gente não ser por enquanto.

CHRIS — Me desculpa, Maria.

MARIA — Tudo bem.

 

Chris se levanta, olha para Maria e fica triste. Ele sai andando devagar e começa a chorar. Maria fica ali sozinha. Ela também chora muito. Cortes alternados com Chris caminhando e Maria sentada. Ambos chorando.

 

FIM DO CAPÍTULO



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