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A Razão de Amar - Capitulo 13 (Reprise)

  

 Capítulo 13

A RAZÃO DE AMAR

 

Novela de João Marinho

 

Escrita por:

João Marinho

 

Personagens deste capítulo

Afonso Valadares                                                                 Vera Fernandes

Aurélio                                                                            Venâncio Correia                                                  

Branca Valadares                                                         Quitéria Valadares                         

Bernardo Correia                                                        Carcereiro

Celso Correia                                                              Otávio Correia

Francisca

Irineu Rodrigues

Joana

Jorge Correia

Madalena Correia

Marta Correia

Médico

Olímpio Vasconcelos

Raul Fernandes

 

 

CENA 01/ DELEGACIA/ SALA DO DELEGADO/ INT./ MANHÃ

Continuação imediata da última cena do capítulo anterior. Madalena entra na delegacia, no mesmo instante o delegado assina alguns papeis. No primeiro momento, ele fica surpreso.

MADALENA – Foi Celso que matou Venâncio!

OLÍMPIO (Surpreso) – O que a senhora está fazendo é uma denúncia muito grave. A senhora tem provas do que está dizendo.

MADALENA – Não, infelizmente não.

OLÍMPIO – Desculpe, mas eu não posso levar em consideração o que a senhora está dizendo.

MADALENA – Desde que esse irmão dele voltou que não tivemos mais paz. Os dois ficavam de cochicho o dia inteiro, ficavam trocando indiretas a todo momento.

OLÍMPIO – Nada do que a senhora está dizendo prova que Celso matou Venâncio.

MADALENA – Ele e a família dele ficaram com mais da metade da herança de Venâncio.

OLÍMPIO – Muitos crimes acontecem por questões de herança e outras questões familiares, mas a sua acusação é muito rasa. A lei diz que uma pessoa é inocente até que se prove o contrário.

MADALENA – Então, a minha vinda até aqui foi em vão.

OLÍMPIO – Eu irei averiguar sua acusação, apesar de que os autos e o que a pericias constatou que foi suicídio.

MADALENA – Pode deixar para lá isso que eu disse! Não quero dar prosseguimento. Sei que não vou ganhar nada mesmo.

Madalena sai decepcionada e chateada, por não poder provar que Celso é o assassino de Venâncio.

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CENA 02/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE JANTAR/ INT./ MANHÃ

Estão sentados à mesa Celso, Marta, Jorge e Berardo. Eles estão tomando café da manhã. Leite, café, manteiga, bolo e suco estão sobre a mesa.

JORGE – O que nós vamos fazer com a outra casa?

CELSO – Ainda não sei! Por enquanto nós vamos deixar fechada.

MARTA (interrompe) – Otávio ainda não desceu!

CELSO – Ele está de castigo!

MARTA – Mas por quê?

CELSO – Por que eu quero que ele esteja. É muito atrevido, intrometido. Os pais dele não puseram limites neles. Eu vou agir com ele, como os meus pais agiam comigo. Menino tem ser levado na rédea curta.

Marta e os filhos entreolham assustados. Celso se levanta da cadeira e sobe.

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CENA 03/ CASA DE JACINTO/ INT.EXT/ MANHÃ

A cena começa na SALA DA CASA.

As malas de Madalena e jacinto já estão postas na sala para que eles possam seguir viagem. Madalena sai do quarto e entra na sala. Ela sente uma tontura e cai no sofá.

MADALENA – Estou com pressentimento estranho. (Com as mãos na cabeça). Está acontecendo algo ruim com Otávio. Preciso ver eles. (Ela vai à porta).

JACINTO (Interrompe) – A senhorita vai aonde?

MADALENA – Está acontecendo algo com meu filho. Eu sinto que está!

JACINTO – Não temos mais tempo a perder. Já adiamos demais essa viagem. Otávio está no bem bom. A gente que está aqui sofrendo! O seu já está com a vida feita. Tem fazenda, várias outras propriedades do pai.

MADALENA – Você tem razão!

JACINTO – A gente é que não pode mais ficar nessa cidade. Somos humilhados diariamente. A sociedade não reconhece nossa união. Mas nós vamos nos casar. Só esperar a nossa vida estabilizar um pouco.

Eles se abraçam e se beijam. Em seguida, saem. A cena continua no EXTERIOR. O cavalo está posto a espera deles

MADALENA – A gente vai nesse cavalo?

JACINTO – Sim. Algum problema?

MADALENA – Não, mas como nós vamos levar tudo isso nesse bicho?

JACINTO – Deixe comigo!

Jacinto sobe no cavalo e acena para que Madalena entrega as malas a ele. Em seguida, ela sobe e eles partem em uma viagem longa.

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CENA 04/ FAZENDA VALADARES/ VARANDA/ INT./ MANHÃ

Horácio e o Coronel Afonso estão conversando, sentados em cadeiras de balanço, enquanto Eduardo e Olga estão brincando no meio das plantações de algodão.

AFONSO – As nossas crianças cresceram rápido.

HORÁCIO – Eduardo e Olga vivem juntos, brincando. Acho que vai sair até casamento.

Eles riem. Vilma, Branca e Tereza saem na varanda.

TEREZA – Já estou imaginando quando o meu bebê nascer!

BRANCA – Criança dá um pouco de trabalho, mas é muito prazeroso ser mãe!

VILMA (P/ Horácio) – Vamos, meu amor!

HORÁCIO (P/Vilma) – Temos que ir mesmo. (P/Afonso). Só vim aqui para saber como você estava.

Vilma (P/Olga) – Vamos, minha filha!

Olga e Eduardo vem correndo. Eles se abraçam. Em seguida, Horácio se despede do coronel e de Branca. Ele, Vilma e Olga saem.

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CENA 05/ FAZENDA CORREIA/ QUARTO DE OTÁVIO/ INT./ MANHÃ

Otávio e Celso estão discutindo no quarto. Celso tira o cinto de sua calça para bater no sobrinho.

CELSO – As regras da casa mudaram agora. Seu pai morreu, sua mãe não está morando mais aqui. Quem dita as regras da casa sou eu. E hoje você só vai tomar café e almoçar quando limpar esse quarto imundo.

OTÁVIO (gritando) – Você está fazendo isso comigo por quê?

CELSO – Seu pai não colocou limites em você, mas eu vou colocar.

OTÁVIO (Gritando) – Foi você quem matou meu pai? Fala!

CELSO (Gritando) – Como você pode supor uma coisa dessa, moleque? (Mudando de assunto). Está decidido! Hoje você nem toma café, nem almoça e nem janta! (Com o cinto em suas mãos, que estão levantadas). Agora abaixa as calças!

OTÁVIO – O que é o senhor vai fazer?

CELSO (Gritando) – Abaixa as calças! Eu estou mandando!

Otávio abaixa as calças. Em seguida, Celso dá cinco tapas com o cinto no bumbum do sobrinho e mais cinco tapas fortes nas costas dele, que cai no choro em cima da cama.

OTÁVIO (Gritando) – Eu tenho ódio de você!

CELSO – Como já disse, você não vai tomar café, nem almoçar e nem jantar hoje. Você vai limpar esse quarto imundo.

OTÁVIO (gritando/chorando) – O quarto está limpo, você não está vendo?

Celso rasga dois travesseiros feitos de pena de pássaro, que se espalham por todo o quarto.

CELSO – Você quer mais sujeira?

Celso sai do quarto, enquanto Otávio continua a chorar na cama. Alguns minutos depois, Celso volta para o quarto com uma vassoura, pano de chão e produtos de limpeza. Traz também suco, geleia e alguns biscoitos e os derramam no chão.

CELSO – Agora o quarto está imundo do que jeito que você queria. Trouxe alguns produtos de limpeza. Amanhã eu quero tudo um brinco, senão você sabe. Sem refeição, até que esteja tudo limpo, entendeu?

OTÁVIO (Gritando) – Monstro!

Celso sorri, ironicamente e sai e tranca a porta do quarto.

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CENA 06/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE JANTAR/ INT./ MANHÃ

Marta e os filhos continuam tomando o café da manhã. Celso desce as escadas, colando o cinto em suas calças. Tenta se acalmar e continua tomando café.

MARTA – Porque você levou os sucos e as geleias lá para cima. Cadê os sucos e as geleias?

CELSO – Otávio precisava de uma lição. Ele não vai comer nada, enquanto o quarto não tiver um brinco. Ele precisa saber respeitar o tio. Agora, vamos tomar o café e deixa Otávio para lá.

Eles voltam a comer. Jorge vai para a varanda.

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CENA 07/ FAZENDA CORREIA/ QUARTO/ INT./ MANHÃ

Tocar a música “infeste”, de Nação Zumbi

Otávio pega a vassoura e começa a varrer a sujeira feita para o seu tio. Ele coloca as penas em uma sacola.

OTÁVIO – Pai, porque o senhor me deixastes? Era tudo tão bom quando você estava aqui! O meu tio me odeia!

Ele vai ao guarda roupa e pega seu álbum de fotografia. Ele folheia e se emociona ao lembrar dos momentos felizes que viveu junto aos pais. Celso no corredor grita.

CELSO (off/gritando) – Não se esqueça que eu quero esse quarto um brinco.

Otávio continua limpando o quarto e chorando.

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CENA 08/ DELEGACIA/ CELA/ INT./ TARDE

Raul se remexe na cama. Vira para um lado e para o outro.

VERA (off) – Raul! Raul! Eu te traí, Raul! E faria tudo de novo, seu bobo! (Gargalha)

RAUL – Eu vou por um fim nesse meu sofrimento!

A cena continua no banheiro da cela.

Raul vai ao banheiro e encontra um espelho abandonado. Ele pega esse espelho e quebra. Os cacos caem no chão. Ele pega um desses cacos, o mais pontiagudo, e começa a cortar seus pulsos e seus braços. Os cortes são muito profundos. Ele aperta o braço para que saia mais sangue e tenta suportar a dor. Uma fraqueza começa a tomar conta dele, que cai no chão desmaiado.



CENA 09/ DELEGACIA/ CELA/ INT./ TARDE

Continuação imediata de da última cena do bloco anterior. Raul cai no chão do banheiro, desmaiado. Os braços cortados.

CENA 10/ DELEGACIA/ INT./ TARDE

A cena começa na SALA DO DELEGADO.

O delegado coloca alguns papeis. O policial escuta um barulho muito forte de uma pessoa caindo no chão. 

POLICIAL – O senhor escutou! Acho que alguém caiu.

OLIMPIO – Não escutei, mas vamos averiguar.

Eles vão até as celas, acompanhado pelo carcereiro. Observam todas as celas, até que não vê Raul. Eles abrem a cela de Raul e procuram eles por todo local.

POLICIAL – Raul!

OLIMPIO – Raul! (Vê uma pessoa caída no banheiro). Ele está caído no banheiro.

A cena continua no BANHEIRO. Eles entram e analisam se Raul está vivo, percebendo que ele ainda está com pulsação. Eles então carregam Raul, que ainda continua desacordado.

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CENA 11/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE ESTAR/ INT./ TARDE

Afonso e Irineu tomam café e conversam durante toda a tarde. Irineu está com alguns jornais em mãos.

IRINEU – Fiquei sabendo que estão querendo mudar o nome da Câmara para Casa de Venâncio Correia.

AFONSO – Casa de Venâncio Correia? Nunca! Enquanto eu estiver o poder desta cidade não vou nomear nada com o nome desse elemento. Irei vetar esse projeto de lei por completo. Está fora de cogitação uma coisa dessa.

IRINEU – Vou fazer uma pergunta que eu já fiz para o senhor. Não nada a ver com a morte de Venâncio não, né?

AFONSO (Gritando) – Eu já disse que não, porra! Você é meu aliado ou não?

IRINEU – Desculpa, não farei mais nenhuma pergunta. Só perguntei porque o senhor é o principal inimigo dele.

AFONSO – Sou o principal, mas não sou o único. Tinha muito amigo dele que era tão cruel quanto um inimigo. E não se fala mais nesse assunto.

Eles comem biscoitos, continuam tomando café e continuam conversando.

IRINEU – Mas voltando ao assunto que interessa, a produção de algodão está a todo vapor?

AFONSO – A produção de algodão na minha fazenda está a todo vapor. 

Eles conversam

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CENA 12/ FAZENDA CORREIA/ QUARTO DE OTÁVIO/ INT./ TARDE

Otávio continua lavando o quarto. Cansado, ele está suado e já não tem mais força para continuar fazendo a faxina. Ele vai abrir a porta para sair do quarto, mas percebe que está trancando. Ele então começa a gritar.

OTÁVIO (Gritando) – Socorro! Celso me trancou aqui no quarto. Eu não aguento mais isso. (Chorando). Eu tenho ódio de vocês!

Ele continua batendo na porta.

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CENA 13/ FAZENDA CORREIA/ INT./ TARDE

A cena começa no CORREDOR.

Marta e Celso vão passando pelo corredor e escutam os gritos de Otávio.

OTÁVIO (off/gritando) – Socorro! Eu estou com fome.

MARTA (P/Celso) – Você trancou Otávio no quarto?

CELSO (P/Marta) – Fiz o correto. Ele me desacatou!

MARTA – Eu não vou deixar que você faça isso com o menino. (Gritando). Abre essa porta, Celso Afrânio Alves Correia! Eu não estou brincando. Esse menino não comeu nada hoje.

CELSO (Obedecendo) – Está bem. Ele já teve o que mereceu! (Destranca a porta)

Otávio abre a porta e corre para abraçar Marta. Chorando, ele comove a tia, que não consegue segurar a indignação e parte para cima de Celso.

MARTA (Gritando) – Você não vai fazer mais nada com Otávio. Eu não vou deixar.

CELSO (Gritando) – Vou fazer sim! E se me desobedecer, eu tranco você junto. Ninguém há de me desobedecer. (P/Otávio). Para você hoje só tem alguns biscoitos de sal e um copo de água. Aproveite que hoje eu estou de bom humor! (P/Marta). E você não ouse me desacatar.

Os três descem.

CENA 14/ HOSPITAL/ QUARTO DE RAUL/ INT. NOITE

Ao lado de Raul, dois policiais fazem escolta, enquanto o advogado está dormindo, sob efeito dos medicamentos. Ele se mexe um pouco e fala algumas palavras.

RAUL – Vera, onde você está? Vera! (Ele abre os olhos e vê Vera e Venâncio nos dois policiais). O que vocês estão fazendo aqui?

POLICIAL – Estou aqui para garantir que você não vai fugir.

Raul percebe que não é Vera e Venâncio que estão no quarto, mas dois policiais.

RAUL – Desculpa! A minha mente está muito longe!

O médico entra no quarto e os policiais perguntam como ele está.

MEDICO (P/Raul) – Os cortes foram profundos, mas não corre risco de vida

RAUL – Obrigado, doutor! Eu tentei pôr um fim na minha vida, mas não deu muito certo.

Ele, os policiais e o médico continuam conversando.

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CENA 15/ DELEGACIA/ SALA DO DELEGADO/ INT./ TARDE

O perito entra na delegacia com alguns documentos e entrega para o delegado, que agradece.

PERITO – Faltou entregar esses documentos. É o teste balístico e o confronto da bala encontrada no corpo de Venâncio com a arma que foi encontrada no local.

OLIMPIO – Perfeito! Eu até já tinha esquecido desse detalhe.

O perito sai. O delegado abre os envelopes e vê o resultado da perícia.

OLIMPIO – A bala encontrada no corpo de Venâncio é diferente da bala encontrada na pistola de Venâncio. Então, a arma de onde saiu o tiro que matou Venâncio e de um calibre diferente da arma dele. Então, não foi um suicídio, mas um assassinato. Como pode ter pólvora na mão de Venâncio, se não foi ele que atirou. Vou tentar descobrir isso!

Corta para:

CENA 16/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE JANTAR/ INT./ NOITE

Celso, Marta, Bernardo e Jorge estão jantando carne de borde, cuscuz e macaxeira. A janta é interrompida pela chegada do delegado, que entra.

OLIMPIO – Desculpa pelo incomodo, mas eu não poderia deixar de passar aqui. Novidades sobre o Caso Venâncio Correia. Os novos documentos enviados pela perícia constataram que a arma que disparou contra Venâncio não é do mesmo calibre da arma que foi encontrada na cena do crime. Resultado que não bate com a tese de suicídio. O que mais crer agora que se trata de um assassinato.

CELSO (Surpreso) – Um assassinato? 

OLIMPIO – Recebi uma denúncia hoje, mas não vou dizer quem foi para preservar a testemunha. Mas essa pessoa que foi você que matou Venâncio. Isso é verdade?

CELSO – Não, claro que não fui eu. Não teria coragem de fazer uma coisa. E se foi um assassinato, como você está dizendo, que o criminoso seja encontrado imediatamente. (Gritando). Eu exijo!

O delegado cumprimenta todos e sai.

CENA 17/ SERTÃO DE PERNANBUCO/ EXT.INT. / MANHÃ

A cena começa no EXTERIOR.

Tocar “Minha Vida é andar por esse país”, de Luiz Gonzaga; enquanto é mostrado paisagens do sertão. O solo seco, as plantações secas, os cactos, a senhora carregando um balde de água na cabeça, animais andando na terra seca, o sol muito forte. Madalena e Jacinto chegam a casa de Francisca. Jacinto desce do cavalo, coloca as malas no chão e bate na porta da simples casa de barro.

JACINTO – Mainha! Mainha!

Madalena desce do cavalo e amarra ele em cercadinho próximo a casa.

A música termina aqui.

Francisca abre a porta.

FRANCISCA (Surpreso) – Filho, que surpresa!

JACINTO – Eu disse que ia voltar para casa, Mainha!

Madalena se aproxima.

FRANCISCA – Quem é? É a sua esposa?

JACINTO – Ainda não, mas vai ser!

MADALENA (P/Francisca) – Prazer, Dona...

FRANCISCA (P/Madalena) – Francisca!

A cena continua no INTERIOR da casa. Madalena vai à janela e fica olhando a paisagem.

MADALENA – Como é lindo aqui!

Continua a admirar o céu azul e os animais passando pela terra seca.

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CENA 18/ CAMARA DOS VEREADORES/ EXT./ MANHÃ

Tocar a música “Carcará”

Afonso e Celso vem de lados opostos. O irmão de Venâncio estica o braço para cumprimentar Afonso. 

CELSO – Quanto tempo, coronel!

Focar na expressão de raiva de Afonso.

Congelamento preto e branco, emoldurado num retrato.



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