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A Razão de Amar - Capitulo 15 (Reprise)

  

 A RAZÃO DE AMAR

 

Novela de João Marinho

 

Escrita por:

João Marinho

 

Personagens deste capítulo

Afonso Valadares                                                            Letícia Fernandes                                                                                                                                                                             

Branca Valadares                                                        Zilda                       

Bernardo Correia                                                        Raul Fernandes          

Celso Correia                                                             Vera Fernandes

Francisca                                                                     Horácio Duarte

Homem                                                                        Vilma Duarte                             

Olga Duarte

Jacinto

Jorge Correia

Madalena Correia

Marta Correia

Olímpio Vasconcelos

Otávio Correia

Parteira

Tereza Valadares

CENA 01/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE ESTAR/ INT./ MANHÃ

Continuação imediata da última cena do capítulo anterior. O Coronel Afonso fica intrigado com a pergunta feita pelo delegado.

AFONSO – O senhor, delegado, é meu amigo de longa data. Nunca imaginei que o senhor fosse agir dessa maneira comigo.

OLÍMPIO – O senhor, Coronel, era o principal inimigo dele e o que tinha mais motivos para mata-lo.

AFONSO – Eu tinha diversos motivos para querer mata-lo, mas não fui eu que matei. Até ontem esse caso era tratado como suicídio. Por que essa mudança repentina de suicídio para homicídio?

OLIMPIO – Por algumas questões não batem com a tese de suicídio. E estou falando isso com o senhor porque sou seu aliado. Nem podia está falando isso, porque está em fase de investigação.

AFONSO – Mas não fui eu que mandei matar e nem eu mesmo poderia ter matado. Na noite do crime eu nem sai daqui e Branca pode confirmar isso.

Branca aparece na sala.

BRANCA – Posso confirmar o quê, Afonso?

OLÍMPIO (Interrompe) – Que o Coronel Afonso estava em casa na noite da morte de Venâncio.

BRANCA – Sim, naquela noite chuvosa ele ficou aqui na fazenda o dia todo.

Desaparecer:

CENA 02/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE ESTAR/ INT./ NOITE (FLASHBACK)

A noite chuvosa. Branca aparece na sala de estar, no instante em que Afonso sobe ao quarto. Ela não hesita em questionar.

BRANCA – Já vai dormir, Afonso?

AFONSO – Vou descansar um pouco. 

BRANCA – Daqui a pouco eu subo. Eu vou ficar um pouco com Eduardo. Ele está na varanda olhando a lua, que está muito bonita.

Branca vai à varanda.

Desaparecer:

CENA 03/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE ESTAR/ INT./ MANHÃ

Branca termina de falar o que aconteceu naquela noite.

BRANCA – Foi isso que aconteceu naquela noite.

OLÍMIPIO – Só isso mesmo?

BRANCA – Só. Ninguém saiu para lugar algum.

OLÍMPIO – Diante disso, eu vou considerar o que os senhores disseram, mas não vou me contentar com isso.

Olímpio os cumprimenta e sai. Branca volta-se para Afonso e questiona.

BRANCA – Eu sei que você não ficou tanto tempo no quarto naquela. Quando eu entrei com Eduardo, que subiu para o quarto, e fui falar com Joana na cozinha, vi que você desceu e saiu. Afonso, você não tem nada a ver com a morte de Venâncio não, né?

AFONSO – Não se fala mais nesse assunto nesta casa.

Afonso sobe ao quarto.

Corta para:

CENA 04/ MANSÃO DA FAMILIA FERNANDES/ SALA DE ESTAR/ INT./ MANHÃ

Letícia entra com a empregada, Zilda, em casa. Estranha o silêncio na casa. Ela se senta no sofá, enquanto a empregada fica inquieta por não saber como falar a ela sobre a morte de Vera e da prisão do pai.

LETÍCIA – Meus pais ainda não chegaram de viagem, Zilda?

ZILDA (emocionada) – Não, e nem vão voltar. Nem sei como dizer isso, Meu Deus! Sua mãe faleceu, Letícia, e se pai está preso!

LETÍCIA – Não, você está brincando. Meus pais estão viajando.

ZILDA – Infelizmente, o que eu estou falando é a pura verdade. Você não merecia passar por tudo isso. Uma tragédia aconteceu nesta casa.

Letícia vai à janela e fica olhando, vendo os pássaros voando e relembrando tudo que aconteceu na sua vida.

Desaparecer:

CENA 05/ PALMEIRÃO DO BREJO/ RUAS DA CIDADE/ EXT./ TARDE (FLASHBACK)

Letícia andando de mãos dadas com os pais. Raul coloca a filha no braço e a beija.

RAUL – Ainda vou ser o melhor advogado do Brasil e vou te levar para conhecer o mundo todo, minha filha!

Vera beija o marido na boca. Os três se abraçam e continuam andando pela rua. Letícia sorridente e feliz corre pela rua feliz, enquanto os pais se abraçam e dão um selinho.

Desaparecer:

CENA 06/ MANSÃO DA FAMÍLIA FERNANDES/ SALA DE ESTAR/ INT./ MANHÃ

Letícia continua olhando os pássaros voando. Lágrimas caem de seus olhos. Ela volta-se para Zilda, que a abraça.

ZILDA – Eu vou cuidar de você, agora, minha menina. Seu pai cometeu esse crime terrível, mas eu estou do seu lado.

LETÍCIA – Onde está o meu pai, Zilda? Quero ver ele?

ZILDA – Melhor não, minha menina! Ele está num lugar horrível.

Letícia continua chorando muito abraçada à empregada.

Corta para:

CENA 07/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ SALA DE ESTAR/ INT./ TARDE

Horácio chega do hospital, enquanto Vilma lê o jornal e Olga brinca com uma boneca no chão. O médico entra feliz.

HORÁCIO – Vamos nos planejar, que iremos para Recife em breve. Vou trabalhar num hospital na capital.

VILMA – Que maravilha, meu amor! 

HORÁCIO – O triste é que eu vou me despedir desta casa desta cidade. Nasci e me criei aqui. Sai só para medicina em recife. Se bem que eu já conheço tudo naquela cidade e vou amar.

VILMA – Já tem uma data prevista?

HORÁCIO – Daqui há dois meses.

Olga continua brincando com a boneca no chão. O médico faz um carinho nela e sobe.

CENA 08/ FAZENDA CORREIA/ INT.EXT. / MADRUGADA

Letreiro mostra: duas semanas depois.

A cens começa no INTERIOR do QUARTO DE OTÁVIO na FAZENDA CORREIA.

A madrugada é de chuva forte. Otávio lê um livro. Ele não consegue dormir há duas noites. Coloca o livro do lado da cama e pega o diário e escreve algumas coisas.

OTÁVIO (lê, enquanto escreve) – Eu não aguento viver nessa situação. Desde que o meu pai se foi e que a minha mãe saiu de casa, que eu não tenho mais paz. Apanho todo dia, estou sem comer direto há três semanas, algumas vezes o meu tio tira a roupa na minha frente e me obriga ter relações com ele. Eu não aguento mais essa situação.

Ele pega uma mala e coloca algumas roupas, o diário e algumas fotos de família. Ele pega um pano coloca na cabeça. Em seguida, fecha a mala e desce com ela. Anda devagar pela SALA DE ESTAR para não fazer barulho. Ele sai da fazenda.

CENA 09/ FAZENDA CORREIA/ QUARTO DE CELSO/ INT./ MADRUGADA

Celso, que está em um sono leve, escuta um barulho de porta se abrindo.

CELSO – Deve ter sido um dos meninos que deve ter se levantado.

Volta a dormir, abraça a Marta.

Corta para:

CENA 10/ PALMEIRÃO DO BREJO/ RUAS DA CIDADE/ MADRUGADA

Otávio anda pelas ruas da cidade. A chuva continua muito forte, acompanhada de relâmpagos e trovões. As ruas estavam desertas, pouca movimentação. Ela se senta no banco da praça para descansar.

OTÁVIO – Eu vou atrás da minha mãe!

Depois de alguns minutos descansando, ele segue a caminho da casa de sua mãe. Chega então lá e chama.

OTÁVIO (Gritando) – Mãe! Mainha! Madalena!

Ele chama várias vezes, até que um homem aparece na janela e diz.

HOMEM (Gritando) – Não tem nenhuma Madalena aqui, moleque! E para com essa algazarra na frente da minha casa. A sua já foi embora há muito tempo!

O homem fecha a janela. Otávio, decidido a não voltar mais para a fazenda, continua andando sem destino. Depois de tanto caminhar, ele para perto de uma casa e acaba cochilando um pouco. A chuva deu uma trégua.

Corta para:

CENA 11/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ INT.EXT. / MANHÃ

A cena começa no SALA DE JANTAR. Horácio, Vilma e Olga estão tomando café da manhã. O patriarca está atrasado para o trabalho. Ele se levanta rapidamente, pega sua maleta e sai. No EXTERIOR da mansão ele encontra Otávio dormindo no chão.

HORÁCIO (P/Otávio) – Menino, o que você está fazendo aqui?

Otávio acorda.

OTÁVIO – Eu não quero voltar para minha casa.

Abraça Horácio, que por um momento sente uma sensação estranha.

Desaparecer:

CENA 12/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ QUARTO DE HORÁCIO/ INT./ NOITE (FLASHBACK)

Pedro entra no quarto e encontra um objeto em cima da cama. Ele pega inocentemente o objeto, que é uma pistola, que acaba disparando contra ele, que cai no chão, já sem vida.

Horácio e Vilma entram no quarto correndo e encontra o filho caído no chão envolto numa poça de sangue.

HORÁCIO (chorando) – Filho!

Desaparecer:

CENA 13/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ EXT. / MANHÃ

Horácio, abraçado a Otávio, se emociona.

HORÁCIO – Filho!

Focar na expressão de emoção de Horácio.



CENA 14/ MANSÃO DA FAMILIA DUARTE/ EXT.INT. / MANHÃ

Continuação imediata da última cena do bloco anterior. Otávio não consegue entender a reação de Horácio, que também não consegue explicar o que sentiu.

OTÁVIO – Eu não sou seu filho.

HORÁCIO – Eu não sei o que foi que eu senti, mas uma sensação estranha eu senti quando vi você.

OTÁVIO – Eu estou perdido. Não tenho pai, nem mãe. Estou com fome e frio. Tomei muita chuva. E estou com muito medo.

HORÁCIO – Eu ainda não sei seu nome.

OTÁVIO – Meu nome é Otávio.

HORÁCIO – O meu é Horácio e eu vou te levar para dentro de dentro de casa.

Horácio entra com Otávio, que segurava a sua mala e o pano que o cobria. A cena continua na SALA DE ESTAR. Vilma volta da sala de jantar e vê que Horácio está com um menino na sala de estar.

HORÁCIO (P/Vilma) – Encontrei esse menino perdido aqui na frente de casa. Ele está com muito medo, fome e frio. Eu não entendi direito, mas ele não tem pai, nem mãe.

Vilma olha a expressão sofrida do menino, com olheiras nos olhos. Ela vê que tem feridas nos braços.

VILMA – Mas esse menino está muito maltratado, sofrido. Precisa de um banho para não ter um resfriado.

Horácio sai para o trabalho, enquanto Vilma pega uma toalha e entrega a Otávio e o leva ao banheiro.

Corta para:

CENA 15/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE JANTAR/ INT./ MANHÃ

O Coronel Afonso entra na sala de estar e percebe que Branca acabara de chegar de algum lugar.

AFONSO – A senhora foi aonde?

BRANCA – Fui ao médico. Não estava me sentindo bem. E tenho uma notícia maravilhosa para te dá. Eu estou grávida! Nós vamos ser pais de novo.

Afonso não consegue segurar a emoção de saber que vai ser pai novamente.

Corta para:

CENA 16/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ SALA DE ESTAR

Otávio sai vestindo uma das roupas que estava na sua mala. Vilma o espera no sofá.

VILMA – Pronto, agora está bonito, cheiroso, limpo.

Otávio abre um sorriso no rosto.

OTÁVIO – Como eu queria uma mãe como a senhora. Atenciosa, compreensiva.

Vilma escuta o que Otávio acabara de dizer e pensa. Inserir o Flashback da cena 03 do capítulo 12:

A cartomante, após embaralhar as cartas, os coloca na mesa. Pede para que Vilma escolha uma.

CARTOMANTE – A carta está me mostrando que a sua vida mudará de rumo. Muitos acontecimentos bons. Estou vendo um filho. Mas que estranho! Não estou vendo uma gravidez.

VILMA – Noticia maravilhosa.

Fim do insert.

Vilma então repete o que a cartomante disse naquele dia.

VILMA (Pensativa) – Estou vendo um filho, mas não estou vendo uma gravidez. (Chegando a conclusão). É isso! (P/Otávio). Você é o menino que a cartomante disse que ia aparecer na minha vida.

Vilma abraça Otávio, que não entendeu muito o que acabara de dizer. Mas abraça forte a sua nova mãe.

VILMA – Ainda não sei seu nome.

OTÁVIO – Otávio.

VILMA – Não sei o que aconteceu com sua família verdadeira, mas a partir de hoje você vai ser batizado com o sobrenome de nossa família. Se chamará Otávio Duarte.

OTÁVIO – Gostei do sobrenome. Duarte.

Olga aparece na sala sorridente com o irmão que acabara de ganhar. Otávio vê Olga e se encanta com ela. Eles se abraçam.

CENA 17/ FAZENDA CORREIA/ QUARTO DE OTÁVIO/ INT./ MANHÃ

Celso entra no quarto e percebe que Otávio não está no quarto.

CELSO (Gritando) – Otavio! Otávio!

Ele procura Otávio por todo o quarto, mas não acha.

Corta para:



CENA 18/ FAZENDA CORREIA/ INT./ MANHÃ

A cena começa no QUARTO DE OTÁVIO. Celso não acha Otávio no quarto.

CELSO – Onde esse moleque está?

Ele sai do quarto e desce as escadas nervoso. A cena continua na SALA DE ESTAR. Ele vai até Marta.

CELSO (P/Marta) – Otávio não está no quarto. Eu vou atrás dele.

Marta impede que ele saia.

MARTA – Deixa esse menino seguir o destino dele. Para ele ficar aqui na fazenda sofrendo, é melhor não ir atrás. Ele foi encontrar a mãe dele.

Celso escuta a esposa e não vai atrás de Otávio. Senta-se no sofá e leva as mãos à cabeça.

Corta para:

CENA 19/ SERTÃO DE PERNANBUCO/ CASA DE FRANCISCA/ COZINHA/ INT./ MANHÃ

Francisca coa o café, enquanto Madalena come uma tapioca.

MADALENA (P/Francisca) – Estava com desejo de comer tapioca!

No mesmo instante, Jacinto entra trazendo dois baldes de água.

FRANCISCA (P/Madalena) – Já sabe o nome que vai dar a criança?

MADALENA (P/Francisca) – Se for menino, vai ser chamar Jacinto Filho; se for menina, vai se chamar Maria Madalena.

FRANCISCA – A minha mãe se chamava Maria.

JACINTO (Interrompe) – Essa criança vai ser homem, um homem macho que nem eu.

Francisca coloca o café na mesa e os três tomam o café da manhã.

CENA 20/ RECIFE/ MANSÃO DA FAMÍLIA/ EXT./ TARDE

Letreiro mostra: Recife – PE

Letreiro mostra: dois meses depois.

Horácio e sua família chegam a Recife. Eles entram no hotel. Olga e Otávio de mãos dadas entram sorridentes!

HORÁCIO (P/Olga e Otávio) – Meus filhos, esta é a nossa nova casa. Podem rolar e brincar pela sala. Alguns objetos ainda faltam chegar. Nós estamos começando uma nova vida. Estou grande passo para dar continuidade a minha bem-sucedida carreira e dá um grande futuro a vocês.

OLGA (P/Horácio) – Eu quero ser médica, papai!

HORÁCIO (P/Olga) – Seja o que você quiser, minha filha!

OTÁVIO (P/Horácio) – Eu ainda não sei o que eu vou ser, meu pai.

HORÁCIO (P/Otávio) – Você ainda tem muito tempo, meu filho. Você se acostumou rápido, hein? (Ri).

Os três caem na gargalhada. Vilma se aproxima deles.

VILMA (rindo) – Posso saber qual foi a piada para vocês estarem rindo? (P/Olga e Otávio). Crianças, venham me ajudar a organizar algumas coisas no quarto.

Os dois vão ajudar a mãe.

Corta para:

CENA 21/ DELEGACIA/ SALA DO DELEGADO/ INT./ MANHÃ

Letreiro mostra: Palmeirão do Brejo – PE.

O delegado folheia alguns papeis sobre o Caso Vera Fernandes. Ele lê e reflete sobre o caso.

OLÍMPIO – Que caso violento! Vera foi morta com cinquenta e dois golpes de faca. O julgamento de Raul será daqui há cinco meses. Que crime horroroso e triste!

Corta para:

CENA 22/ SERTÃO DE PERNANBUCO/ CASA DE FRANCISCA/ SALA/ INT./ TARDE

Letreiro mostra: Sertão de Pernambuco.

Madalena está na janela, pensativa. Ela observa Francisca estendendo as roupas no varal.

MADALENA (P/Jacinto) – Faz dois meses que eu não vejo meu filho Otávio. Ele deve estar muito feliz.

JACINTO – Eu ainda acho que nós devíamos ter trazido ele.

MADALENA – Eu conheço meu filho. Ele não ia se acostumar. Ele nem sabe que vai ter um irmão, ou irmã.

Madalena passa a mão na barriga e senta que ela já está crescendo. Abre um sorriso no rosto.

Corta para:

CENA 23/ MANSÃO DE FAUSTO/ QUARTO/ INT./ TARDE

Letreiro mostra: Cinco meses depois.

Letreiro mostra: Palmeirão do Brejo.

Tereza entra em trabalho de parto. Em cima da cama, ela grita, ao fazer força. A parteira diz.

PARTEIRA – Faz mais força, que já está saindo a criança!

TEREZA (Gritando) – Jesus, que dor! (Suando). Estou suando mais que pano de cuscuz! Meus Deus, Aí (ofegante).

Um choro de bebê reverbera pelo quarto.

PARTEIRA (Segurando a criança) – É uma menina!

Focar na expressão de alegria de Tereza.

Congelamento preto e branco, emoldurado num retrato.


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