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A Razão de Amar - Capitulo 27 (Reprise)

  

   Capítulo 27


Novela de João Marinho 

Escrita por:

João Marinho 


Personagens deste capítulo 

Afonso Valadares                                   Cecília Valadares                                                                                                          

Branca Valadares                     Otávio Duarte                                                                                  Atendente                

Celso Correia                                          Lola

Jorge Correia.                                         

Madalena Correia.                                                             

Marta Correia                                          

Olímpio Vasconcelos.                            

Radialista.                                                

Letícia Fernandes

CENA 01/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE ESTAR/ INT./ NOITE 

Continuação imediata da última cena do capítulo anterior. Afonso, Branca e Otávio estavam à espera de notícias de Cecília na sala de estar. O ex-delegado Olímpio, Horácio e Vilma também esperam por notícias dela. Esperando por uma ligação de um dos policiais que fazem a patrulha no rio mocoroca, veem a porta da fazenda se abrir. Cecília e Carcará entram. 

CECÍLIA – Estou bem!

Afonso que estava sentado na sua cadeira de balanço, bebendo um pouco de uísque, fica, ao mesmo tempo feliz e emocionado com a chegada. Ele se levanta ainda incrédulo, mas vai até a filha e lhe dá um abraço. 

AFONSO (Emocionado) – Filha, é você mesmo? Por um momento achei que tinha acontecido algo pior com você. Que Deus me perdoe pelo que eu falei agora. Ninguém merece passar por isso que eu estou passando agora. (Leva as suas mãos ao rosto da filha). Um peso acabou de sair das minhas costas. 

CECÍLIA – Eu estou bem. (Apontando para Carcará). Esse rapaz aqui me salvou. Foi um anjo que apareceu para me salvar. 

Afonso e Carcará dão um aperto de mão. Em seguida, eles se abraçam. 

AFONSO (Emocionado) – Não sei nem como agradecer pelo que você fez. Aceitaria um jantar aqui em minha casa como forma de agradecimento?

CARCARÁ – Ficaria muito grato, mas não posso aceitar. 

CECÍLIA (P/Carcará) – Por que não? Você me salvou de um afogamento. Merece ser recompensado. 

AFONSO – Faço questão dá um jantar aqui em minha casa. Você salvou a minha filha. Se você não estivesse lá no momento, quem sabe o que teria acontecido? Hoje não, mas vamos marcar um jantar sim.

CARCARÁ (Feliz) – Fico muito agradecido!

Branca se aproxima e dá um abraço na filha. Ela não consegue segurara a emoção está reencontrando a filha. 

BRANCA (P/Cecília) – Eu rezei tanto para que você fosse encontrada com vida. 

CECÍLIA (P/Afonso e Branca) – Eu ainda tenho muito o que viver com vocês. 

Otávio se aproxima de Carcará e eles dão um aperto de mão. 

OTÁVIO (Emocionado) – Muito obrigado por ter salvado minha namorada. 

CARCARÁ – Eu fiz o que o meu coração pediu. (Mudando de assunto). Já cumpri minha missão. (P/Afonso). A sua filha está entregue, Coronel. Agora, tenho que ir. (Ele e Cecília). Que você fique bem, Cecília. 

Otávio fica desconfortável ao ver Cecília e Carcará abraçados. 

OTÁVIO (interrompe o abraço de Cecília e Carcará) – O rapaz precisa ir, meu amor!

Carcará acena com um “Tchau” e sai. Neste instante, Olímpio se levanta. 

OLIMPIO (P/Afonso) – Preciso informar aos policiais e toda a patrulha de resgate de que Cecília foi encontrada. 

Olímpio sai, em seguida. 

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CENA 02/ PALMEIRÃO DO BREJO/ EXT./ NOITE

Os policiais, alguns patrulheiros e alguns pescadores continuam à procura de Cecília. Eles procuram vestígios de roupas ou algum objeto da filha do Coronel. As áreas são de difícil acesso. A escuridão da noite está dificultando o trabalho deles. 

POLICIAL 1 – Amanhã a gente continua. Não tem mais condições de continuarmos procurando. 

Os outros policiais, patrulheiros e pescadores acenam com a cabeça, concordando com o que o policial que está chefiando a operação disse. Eles voltam para terra firme. Eles seguem uma trilha pela mata até que, na entrada da cidade, veem um carro estacionando. Olímpio sai. 

OLÍMPIO (Ofegante) – Não precisa mais da operação. A filha do Coronel foi encontrada. 

Todos ficam contentes e sorridentes com a notícia. 

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CENA 03/ HOTEL CASSINO/ QUARTO 6/ INT./ NOITE 

Lola abre a porta do quarto.  Jorge entra. Em seguidas se abraçam e se beijam. 

JORGE (Feliz) – Estava morrendo de saudades de você, meu amor. 

LOLA (Feliz) – Mandei preparar alguns drinks para nós dois. Vou colocar até uma música para essa noite. 

Lola vai até a vitrola e coloca um disco. Começa então a tocar a música “Besame Mucho”. Eles começam a dançar. 

JORGE (Dançando) – Eu vou me candidatar a prefeito desta cidade. Mas você será minha prioridade, meu amor. Eu vou levar o meu pai na conversa até ele aceitar nosso casamento. 

LOLA – Espero que você não esteja me iludindo. Eu já cansei de ser humilhada na vida. Não quero ser humilhada mais uma vez. 

JORGE – A minha primeira tentativa não deu muito certo e você viu. Mas eu não vou desistir. Só vou esperar um pouco para tentar esfriar a minha situação de atrito com meu pai. Já estamos nos entendendo melhor, mas ainda acho ele ainda está resistindo em dialogar comigo. 

LOLA – Ainda vou ser a primeira-dama desta cidade. 

JORGE – Agora, eu vou ter que ir. Só vim te dá um beijo e matar a saudade. Eu vou ter que resolver algumas coisas.

Eles se beijam. Jorge sai em seguida. 

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CENA 04/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ SALA DE ESTAR/ INT./ NOITE 

Horácio, Vilma e Otávio entram em casa. Horácio, cansado, sobe para o quarto. Vila senta-se no sofá com um pouco de dor de cabeça, por causa do estresse do dia. Otávio colocar seu blazer no sofá e respira fundo. 

OTÁVIO – Hoje é uma para se esquecer, mas ainda bem que terminou tudo bem. 

VILMA – Estou com um pouco de dor. Nem invente mais de fazer um passeio de barco. Quase que vocês me matam do coração. Já perdi um filho e não suportaria perder outro. 

O telefone toca no instante em que Vilma e o filho estão conversando. Otávio, como estava mais perto dele, atendeu. 

OTÁVIO – Alô? 

LOLA (off) – Sou eu, meu querido. Lola. 

OTÁVIO (Desconversando para que a mãe não perceba) – Rafael? Olá, meu querido. Como você está? Nos encontraremos agora naquele mesmo local. 

LOLA (Estranhando/off) – Rafael? Você não pode falar agora?

OTÁVIO – A gente conversa mais tarde, meu amigo!

Otávio desliga o telefone. Vilma questiona. 

VILMA – Quem era?

OTÁVIO – Era um amigo meu. Está querendo tratar de negócios comigo. (Mudando de assunto). Eu vou subir para tomar banho. Vou precisar sair. 

Otávio sobe as escadas, enquanto Vilma continua sentada no sofá, pensativa. 

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CENA 05/ HOTEL CASSINO/ RESTAURANTE/ INT./ NOITE 

Algumas horas depois. 

Lola está sentada à mesa. Otávio entra e se senta à mesa. Enraivado, ele está muito nervoso. Ele interrompe o silêncio. 

OTÁVIO (Enraivado/Sério) – Você está se mostrando muito mais perigosa do que eu imaginava. 

LOLA (Preocupada) – Eu não estou conseguindo avançar no nosso plano. Celso não quer me aceitar como namorada do filho dele. 

OTÁVIO – Estou pensando em algo para avançar o nosso plano. (Mudando de assunto). Mas eu não quero você indo no meu trabalho, nem ligando para minha casa. Senão, o nosso plano vai tudo por água abaixo. 

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CENA 06/ HOTEL CASSINO/ RESTAURANTE/ INT./ NOITE 

O garçom se aproxima da mesa com uma garrafa de champanhe, coloca na mesa e coloca o champanhe nas taças e sai.

LOLA (P/Otávio) – Fui eu que pedi. 

OTÁVIO (Bebendo champanhe) – Eu preciso pôr em pratica o meu plano mais rápido possível. 

LOLA – Ainda não entendo muito o que eu tenho a ver com o seu plano. 

OTÁVIO – Você vai entender logo, logo. 

O garçom se aproxima da mesa com dois pratos e algumas comidas, colocando-os sobre a mesa. Otávio e Lola continuam conversando. 

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CENA 07/ FAZENDA VALADARES/ QUARTO DE CECÍLIA/ INT./ NOITE 

Cecília está pensativa e escrevendo em seu diário. No mesmo instante, Branca entra. Cecília vira para ela. 

BRANCA – Está bem, minha filha?

CECÍLIA – Eu tive uma experiência muito estranha hoje. Eu tive a sensação de que tivesse morrido. Algo muito estranho!

BRANCA (Arrepiada) – Nossa, minha filha!

CECÍLIA (Emocionada) – Eu estava num local muito branco e bonito. Encontrei vovô Joaquim e vovó Quitéria. Eles me disseram que a minha hora não tinha chegado e que eu precisava voltar para a terra. Não tinha cumprido minha missão ainda. 

BRANCA – Nossa, minha filha! Eu nunca ouvi falar nada disso antes. 

CECÍLIA – É como se eu tivesse morrido por alguns instantes. Quando votei a ficar consciente, me deparei com aquele rapaz que entrou comigo e com o amigo. Foi algo muito estranho. 

BRANCA – Aquele rapaz foi um anjo. 

CECÍLIA – José Jacinto é o nome dele, mas chamam ele de Carcará. Mora numa pensão simples.

BRANCA – Desejo tudo de bom para ele. (Mudando de assunto). Boa noite, minha filha. 

Branca sai, enquanto Cecília continua pensativa. 

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CENA 08/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE JANTAR/ INT./ MANHà

Afonso, Branca e Cecília sentam-se à mesa. O coronel quebra o silêncio. 

AFONSO (P/Cecília) – Estava falando esses dias que a casa está ficando vazia. 

BRANCA (Interrompe) – A nossa filha está se recuperando ainda do susto. Ontem eu estava conversando com ela, que me disse algo bem assustador. 

CECÍLIA (P/Afonso) – Eles estavam em um local muito bonito e branco. Vestiam branco e me disseram que a minha hora não tinha chegado. 

AFONSO (Estranhando) – Como se você tivesse morrido? 

CECÍLIA – Sim. Essa foi a sensação. 

AFONSO – A mente humana é um mistério. Teu sogro pode explicar isso. 

Eles continuam conversando e tomando café. 

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CENA 09/ CAIXA ECONÔMICA/ INT./ MANHà

Otávio, com um papel em mão e um envelope, entra no banco e vai ao atendente. 

OTÁVIO (P/Atendente) – Eu quero depositar esse dinheiro nessa conta que está anotada nesse papel. 

O atendente pega o envelope com dinheiro e faz o processo pedido por Otávio. Confirma com a cabeça que enviou o dinheiro. 

Focar na expressão de felicidade de Otávio. 

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CENA 10/ PALMEIRÃO DO BREJO/ EXT./ MANHà

Jorge anda rapidamente no sentido da câmara dos vereadores. Ele acaba esbarrando em uma moça. 

JORGE – Perdão. 

LETÍCIA – Fui eu que estava andando distraída. 

Eles se entreolham e sentem uma energia boa e diferente pairando sobre eles. 

Congelamento preto e branco emoldurado como um retrato.

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