Capítulo 34
A RAZÃO DE AMAR
Novela de João Marinho
Escrita por:
João Marinho
Personagens deste capítulo
Otávio Duarte Atendente
Celso Correia Lola
Jorge Correia.
Madalena Correia.
Marta Correia
Olímpio Vasconcelos.
Radialista.
Letícia Fernandes
Cecília Valadares
José Jacinto – Carcará
Débora Valadares
CENA 01/ HOTEL CASSINO/ QUARTO 06/ INT./ MANHÃ
Continuação imediata da última cena do capítulo anterior. Jorge tenta digerir o que acabara de escutar.
JORGE – Como assim? Grávida?
LOLA – Se te resta dúvidas, estou com um exame de gravidez.
Lola pegou um exame de gravidez dentro do armário e mostra a Jorge, que não acredita ao vê-lo.
JORGE – Não pode ser!
LOLA (Cínica) – Parabéns, papai!
Jorge sai confuso e com aquele exame em mãos. Sozinha, no quarto, Lola comemora.
LOLA – Ah, Jorge, você não perde por esperar.
Ela abre um champanhe e comemorar que a primeira parte do plano deu certo.
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CENA 02/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ QUARTO DE OTÁVIO/ INT./ MANHÃ
Otávio e a mãe estão no quarto.
OTÁVIO – Eu não posso perder Cecília para aquele matuto.
VILMA – Eu não vou deixar isso acontecer. Eu e seu pai iremos conversar com o coronel Afonso. Tudo que envolve as nossas famílias, envolve jogo de interesse. A continuidade disso depende desse casamento, assim como dependia do casamento de Olga e Eduardo.
OTÁVIO – O coronel está encantado por aquele filho da puta.
VILMA – Ele não tem nada a agregar aquela família; você tem. E Afonso gosto muito de você.
Otávio se levanta e coloca um pouco de cachaça em um copo e bebe um pouco.
OTÁVIO – Só bastou ele sair da cadeia que Cecília já correu para os braços dele.
VILMA – Eu não vou deixar que nada atrapalhe seu relacionamento com Cecília. Nada vai atrapalhar.
Eles se abraçam.
OTÁVIO – Ah, mãe! Só você para me apoiar em um momento como esse. Nem mesmo a minha irmã está me apoiando. Ela preferiu ficar do lado daquele jeca. Nem Eduardo ela apoiou.
Eduardo entra no quarto.
EDUARDO (Interrompe) – Isso é verdade. Ontem, eu entrei na sala e eles estavam aos abraços. Esse rapaz está destruindo a harmonia de nossa família. (Mudando de assunto). Mas agora temos que ir para o hospital, muita coisa para resolver, documentos, licitações.
OTÁVIO (P/Eduardo) – Eu vou passar na igreja primeiro.
Otávio bebe mais um pouco de cachaça. Eles saem abraçados, enquanto Vilma arruma a cama do filho.
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CENA 03/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE ESTAR/ INT./ MANHÃ
Jorge entra na sala, enquanto Celso e Marta conversam vendo o álbum da família. Ele está muito revoltado.
JORGE (P/Celso) – Aquela rameira está gravida de mim.
CELSO (P/Jorge) – Falta de aviso não foi. Sempre achei que ela não era uma pessoa confiável.
JORGE – Mas isso não vai ficar assim!
MARTA (P/Jorge) – Você vai ter que assumir essa criança.
CELSO (P/Jorge) – Você tem três alternativas: pedir para ela fazer aborto, dar muito dinheiro para ela fugir ou assumir essa criança.
MARTA (P/Jorge) – Pense bem, meu filho!
Jorge sobe para o quarto, enquanto Celso e Marta se entreolham, apreensivos.
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CENA 04/ FAZENDA VALADARES/ ESCRITÓRIO/ INT./ MANHÃ
Afonso lê um jornal, no instante que Horácio e Vilma. Eles se sentam nas cadeiras. Afonso percebe que Vilma e Horácio estão muito apreensivos. A matriarca da família Duarte quebra o silêncio.
VILMA – Viemos falar sobre Cecília e Otávio. O nome filho está muito mal com tudo isso que está acontecendo. Ele não consegue parar de pensar em Cecília.
AFONSO – Cada um sofre com as consequências de seus atos. Ele fez algo muito errado. Armou uma situação para incriminar um inocente, com o apoio de meu filho. Eu fui muito generoso em não mandar prendê-lo. Deveria fazer isso. (Bebe um pouco de cachaça). Eu deveria ter feito isso, mas por consideração a vocês eu não fiz.
HORÁCIO (Interrompe) – Eu não concordo com nada do que o meu filho fez. O que ele fez foi horrível, mas está arrependido.
AFONSO (Irônico) – Está tão arrependido que tentou matar a minha filha e o Carcará ontem.
Neste instante, Branca entra e cumprimenta Horácio e Vilma.
BRANCA (P/Horácio e Vilma) – Não sabia que vocês estavam aqui.
VILMA (P/Branca) – Estamos falando de Otávio e Cecília. (P/Afonso). Peço para o senhor pense. Prefere a sua filha casada com meu filho ou casada com aquele rapaz, que não tem nada a agregar a sua família.
HORÁCIO – Faço das falas de Vilma as minhas!
Horácio e Vilma se despendem de Branca e Afonso e saem. O coronel pensa no que Horácio e Vilma disseram.
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CENA 05/ MANSÃO DE FAUSTO/ SALA DE ESTAR/ INT./ MANHÃ
Álvaro e Débora conversam com Cecília.
CECÍLIA – Que bom, minha prima, que você está feliz. Eu estou juntando os cacos da minha vida. (Toma um pouco de café). Com Otávio, eu não quero mais viver. Ele é uma pessoa de temperamento muito forte, ele é muito ciumento. Eu não sei e não gosto de conviver com pessoas assim.
DÉBORA (P/Cecília) – Eu não tenho do que reclamar da minha vida agora. Estou vivendo um momento muito feliz.
Álvaro e Débora se beijam.
CECÍLIA (P/Débora) – Agora, você não pode reclamar que é moça-velha.
ÁLVARO (P/Débora) – É a primeira vez que eu namoro, sabia?
DÉBORA (P/Álvaro) – Não importa se é a primeira ou se é a vigésima vez. Neste momento, você é meu, só meu.
Eles se beijam novamente.
CECÍLIA (Interrompe) – Eu estou começando um novo romance. Com José Jacinto, o Carcará. Otávio não vai deixar barato, pelo que ele já fez. Mas eu não vou ceder.
DÉBORA (P/Cecília) – Nossa! Ele é muito ciumento.
Cecília se despede de Débora e Álvaro.
CECÍLIA – Tenho que ir agora. Eu vou me encontrar com Carcará.
Cecília abraça a prima, cumprimenta Álvaro e sai, em seguida.
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CENA 06/ IGREJA/ INT./ MANHÃ
Otávio entra na igreja, segurando a fotografia de seu pai. Ele senta na cadeira e reza um pouco.
OTÁVIO (Emocionado) – Como você faz falta aqui, pai! Eu nunca esqueci do senhor. Você era o meu alicerce e continua sendo. A minha força de viver é a vontade de recuperar tudo que eu perdi para tio Celso.
Neste instante, Lola entra e se aproxima dele.
LOLA (P/Otávio) – Está falando sozinho? Vi você estrando na igreja. Vim falar novidades do nosso plano.
OTÁVIO (Emocionado/ P/Lola) – Estou falando com meu falecido pai.
LOLA (P/Otávio) – Já consegui dá mais um passo. Acabei com o namoro de Jorge com aquela menina; agora, falei que estou grávida.
OTÁVIO (Calmo /P/Lola) – Agora, resista. Ele vai, com certeza, querer te pagar dinheiro para sair do país, abortar e pode até te matar. Mas arme uma coisa para o qual ele não tem saída a não ser se casar com ele. Do outro lado, eu faço a minha parte. Eu vou conseguir recuperar o que era do meu pai.
Eles se beijam. Em seguida, saem de mãos dada.
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CENA 07/ HOSPITAL AFONSO VALADARES/ ESCRITÓRIO/ INT./ MANHÃ
Alguns minutos depois.
Otávio entra. Eduardo está lendo alguns documentos e tomando café. O filho de Horácio quebra o silêncio.
OTÁVIO – Há dias que eu não consigo pregar os olhos. Eu só penso em Cecília.
EDUARDO – O nosso plano de querer acabar com o Carcará deu totalmente errado.
OTÁVIO – Aproximou Cecília e Carcará, ao invés de afastar.
EDUARDO – Eu estou preocupado com tudo isso. Estou achando que ele está tentando seduzir a minha mulher.
OTÁVIO – Não vou negar que eu também já percebi.
EDUARDO – Um ponto positivo, é que ele não quis voltar a trabalhar na fazenda.
OTÁVIO – Pelo menos isso.
Eles continuam conversando.
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CENA 08/ PENSÃO DO ELIAS/ QUARTO DE CARCARÁ/ INT./ TARDE
Cecília e Carcará se beijam e se abraçam.
CECÍLIA – Sonhei com você essa noite!
CARCARÁ – No dia que você quase se afogou, eu sonhei com um afogamento. Talvez, seja que o nosso destino está interligado.
CECÍLIA – Vamos viver muitos momentos juntos ainda.
Eles se abraçam e se beijam novamente e continuam conversando.
CARCARÁ – Nós poderíamos sair hoje à noite. Aceita sair comigo hoje à noite?
CECÍLIA – Claro! É a primeira vez que você me chama para sair.
CARCARÁ – Para tudo se tem uma primeira vez. E você é muito bonita, muito boa e vou te fazer feliz.
Eles se abraçam. Em seguida, Cecília sai.
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CENA 09/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE ESTAR/ INT./ NOITE
No instante em Afonso sai do escritório, Cecília entra.
AFONSO – Filha, eu quero falar com você.
CECÍLIA – Pode, pai. Eu estou com um pouco de pressa, mas pode falar.
AFONSO – O Carcará é só seu amigo, não é?
CECÍLIA (Respira fundo) – Não, pai, eu estou namorando ele.
AFONSO – Fique sabendo desde agora, que eu sou totalmente contra esse namoro. Ele é uma pessoa boa, mas não tem riquezas, a família dele com certeza não deve ter sobrenome, brasão.
CECÍLIA – Eu não me importo com convenções sociais. Eu sei que o senhor só quer o meu bem, mas peça ao primeiro pensar nos seus ganhos com Eduardo e Olga.
AFONSO – O Eduardo sempre amou a Olga, assim como o Otávio sempre a amou.
CECÍLIA – Ele pode sentir paixão, mas aquilo que ele sente por mim não é amor, é uma obsessão.
AFONSO – Ele fez isso no calor do momento.
CECÍLIA – Eu achei que o senhor estivesse mais do meu lado. Defender aquele rapaz que quase me matou e ainda forjou um roubo para incriminar o Carcará.
AFONSO – Eu não estou defendendo ele, mas falando uma coisa que é realidade. Ele, independente do que tenha feito, é a pessoa ideal para dá continuidade dos negócios da família, tanto dele como nossa.
Neste instante, Eduardo e Otávio entram. Cecília, percebendo a presença do ex-namorado, o ignora e repreende.
CECÍLIA – Eu vou embora porque a energia desta casa está muito pesada.
No instante em que ela sai, Otávio a pega pelo braço.
OTÁVIO (P/Cecília) – Você vai ficar me ignorando.
CECÍLIA – Você não merece a minha atenção.
Ela se solta do braço dele, que fica em silêncio. Em seguida, ela sai.
Corta para:
AFONSO (P/Eduardo) – Cadê Olga?
EDUARDO – Olga ficou no hospital. Hoje é dia de plantão.
Eles continuam conversando e vão para a sala de jantar.
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CENA 10/ HOSPITAL AFONSO VALADARES/ ESCRITÓRIO/ INT./ NOITE
Olga entra na sala de Otávio e Eduardo para ver se eles ainda estavam lá. A sala estava toda desarrumada e o rádio ligado. Ela desliga ele e começa a arrumar os papéis.
OLGA – Não sei como o Otávio e o Eduardo trabalham desse jeito. Está uma bagunça desse jeito.
Ele arruma alguns papéis e os coloca em cima do birô. Ela abre uma gaveta e vê um documento suspeito. Tocar a música “
OLGA (Intrigada) – Contrato de compra de uma propriedade.
Focar na expressão de surpresa dela.
CENA 11/ HOSPITAL AFONSO VALADARES/ ESCRITÓRIO/ INT./ NOITE
Continuação da última cena do bloco anterior. Ela fica intrigada com aquele documento que vê. Neste instante, Horácio entra.
HORÁCIO – Vamos, minha filha.
Olga, intrigada com aquele documento, concorda com o pai.
OLGA – Estava arrumando as coisas de Otávio. Já estou indo pai.
Ele coloca os documentos na gaveta. Em seguida, ela e o pai saem.
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CENA 12/ HOTEL CASSINO/ RESTAURANTE/ INT./ NOITE
Cecília e Otávio entram no restaurante e sentam numa mesa. O garçom vem ao encontro deles e apresenta o cardápio.
CECÍLIA (P/Garçom) – Eu vou querer um champanhe e estrogonofe.
CARCARÁ (P/Garçom) – Eu vou querer carne de sol com cuscuz e um copo de cachaça.
O garçom anota o pedido e volta para o balcão. Cecília e Carcará se beijam. Ele tira um anel do bolso.
CARCARÁ – Aceita namorar comigo?
CECÍLIA – Sim, claro que sim!
CARCARÁ – Eu perguntei só de praxe. Sabia que você ia aceitar.
Eles se beijam e conversam enquanto esperam os pedidos chegarem.
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CENA 13/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ QUARTO DE OLGA/ INT./ NOITE
Eduardo está lendo um pouco, no instante em que Olga entra no quarto.
OLGA – Queria falar com você porque eu encontrei algo, mas suas coisas lá no hospital.
EDUARDO – Não sei do que você está falando.
OLGA – Tinha um documento na sua mesa com um contrato de compra de uma casa.
EDUARDO – Eu não sei que documentos são esses.
OLGA – Vou fingir que acredito! O meu pai vai ficar sabendo mais dias menos dias isso, viu?
EDUARDO – Eu vou dormir. Você está com paranoia vendo coisa que não existe. Vou fazer uma viagem semana que vem.
Eduardo se vira e dorme, enquanto Olga continua intrigada e pensativa.
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CENA 14/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ INT./ MANHÃ
Letreiro: uma semana depois.
Eduardo se despede de Otávio e Olga.
EDUARDO (P/Olga) – Até logo, meu amor! Vou passar dois dias.
Ele abraça e beija a esposa e abraça o amigo. Eduardo sai, em seguida.
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CENA 15/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE ESTAR/ INT./ MANHÃ
Alguns minutos depois.
No instante que Olga está entrando, Carcará entra também. Eles riem um para o outro e seus olhos brilham um para o out. Olga está um pouco preocupada também. Cecília percebe a preocupação da amiga.
CECÍLIA (P/Olga) – O que foi que aconteceu? Você está tão preocupada!
OLGA (P/Cecília) – Estou preocupada com o seu irmão. Acho que ele está envolvido com algo ilegal. Encontrei um contrato de compra de um imóvel com dinheiro do hospital nas coisas dele.
CECÍLIA – Deve ser impressão sua. O meu irmão nunca fez esse tipo de coisa.
OLGA – Eu fiquei preocupada porque ele foi cúmplice de Otávio na armação contra Carcará.
CECÍLIA – Ele já fez esse tipo de coisa, mas roubar hospital ele não seria capaz de fazer isso.
CARCARÁ (Interrompe) – Eu acho que ele seria capaz.
OLGA – Eu não vou ficar tanto tempo aqui porque estou com um pouco de dor de cabeça. Já faz dias que eu venho pensando nisso. Eu não quero que ele me decepcione mais uma vez.
Cecília abraça a amiga. Em seguida, Carcará também consola.
Eles continuam conversando mais um pouco.
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CENA 16/ HOSPITAL AFONSO VALADARES/ ESCRITÓRIO/ INT./ MANHÃ
Otávio lê um jornal. Em seguida, ele escreve uma carta.
OTÁVIO – “Bom dia, eu sou o presidente da empresa CottonPlus e queria investir na sua fazenda para aumentar a produção de algodão para a fabricação de tecidos para a indústria da moda. Muitos estilistas estão investindo em algodão para a fabricação de suas roupas e é um material de grande utilidade”.
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CENA 17/ HOTEL CASSINO/ QUARTO 16/ INT./ NOITE
Olga entra no quarto, estranha um pouco por nunca ter estado naquele local. A única coisa que carrega consigo é um bilhete que está em suas mãos. Ela observa todo o quarto e abre um sorriso, quando vê um buquê de rosas em cima da cama e o pega. Sente o aroma das flores. Um bilhete cai no chão. A filha de Horácio pega então o pequeno papel.
OLGA (Lendo) – “Flores para o meu amor, que é a flor que alegra o meu jardim” (Pega o outro bilhete, que o levou até ali, e lê). “Te espero no Hotel Cassino, quarto 16, às 7 horas da noite”.
Ela se senta em uma cadeira a espera da pessoa. O telefone do quarto toca, ela se levanta e atende.
OLGA – Alô?
Ela escuta no telefone a música “Jura”, de Sinhô. Ele se emociona com a música, por ser a sua preferida.
OLGA – Estou a sua espera, meu amor!
A ligação se encerra, mas ninguém fala. O que saíra do telefone foi somente a música. Olga se senta novamente. Ela acompanha os minutos se passarem no relógio. A ansiedade a cada segundo que se passa aumenta ainda mais. Ela olha mais uma vez para o bilhete em suas mãos, mas o relógio já marca 7 horas e 50 minutos da noite. Ela, inquieta, vai à varanda olhar a lua cheia que iluminava a cidade naquela noite. A porta do quarto se abre. Olga se vira sorridente, mas se assusta com a pessoa que vê. A câmera está no ponto de vista da pessoa que acabara no quarto.
OLGA (Surpresa) – Não era você que eu estava esperando! (Estranhando). Foi você que planejou tudo isso? Essas flores, esses bilhetes?
A câmera vai se aproxima a medida que a pessoa se aproxima dela.
OLGA (Assustada) – O que é que você vai fazer? Não encosta a mão em mim.
Uma mão aparece no campo visível da tela e esbofeteia Olga, que do impacto, cai no chão. A pessoa avança em cima dela. Outra mão aparece no campo de visão da câmera. As mão vão de encontro ao pescoço de Olga e começa aperta-lo.
OLGA (Gritando) – Não, pelo amor de Deus! Eu juro.... que eu não...vou falar nada! Não...faz...isso!
Ele tenta se defender segurando nós braços da pessoa. Mas a cada segundo que se passa as mãos perdem as forças. Os músculos relaxam e se soltam da mão da pessoa. Ela não dá mais sinal de vida.
Ainda como a câmera no campo de visão do assassino. Ele rasga um pouco o vestido. Põe ela nos braços. Ele olha a altura da varada. Ainda no campo de visão do assassino, mostrar o corpo de Olga em seus braços. A partir deste o ponto a sequência é em slow montion. O corpo é solto da varanda. A sequência mostra o corpo caindo lentamente, até que se choca com o chão da calçada do hotel. Com o impacto, o olho se abre e o corpo é envolvido em uma poça de sangue.
Congelamento preto e branco emoldurado como um retrato.
Obrigado pelo seu comentário!