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Entrelaçados- Capítulo 08




CAPÍTULO  08


Criada e Escrita por ANDIE ARAÚJO 


Diretor de Núcleo DENNIS CARVALHO 





CENA 01. FLAT DE OLAVO. INT. DIA.

Continuação da cena 10, Capítulo anterior. Já na reação de Olavo a um pedido de Stella. Stella ansiosa pela resposta.


OLAVO ressabiado: Isso pode ser muito perigoso para todos nós, Lora! Se cair em mãos erradas vai dar ruim.


STELLA: Eu sei, querido, mas é para nossa saúde financeira.


OLAVO: Vou ver uma quantia que não dê muit B.O. se formos pegos.


STELLA excitada: Vai dar tudo certo, Olavo. É só para afastar a empregadinha. Umas férias.


Close no sorriso diabólico de Stella.

Corte descontínuo. Apart. De Stella.


Clima misterioso entre elas. Stella entrega para Solange um envelope.


STELLA: É aquilo que te falei. Isto aqui vai deixar a empregadinha bem longe, umas férias.


Solange apalpa para tentar saber o que é o conteúdo.


SOLANGE: Isto é isso mesmo que estou pensando?


STELLA: Sim. (Risos)


SOLANGE: Você é fogo, hein!


STELLA: Eu não brinco em serviço, querida. Mas esconda isso até o momento certo, se não pode tudo ir por água abaixo.


SOLANGE: Tudo bem, chefinha. No momento certo, irei usar. É questão de tempo.


Solange guarda o envelope na bolsa e sai. Stella ali enigmática.

Corta para:


CENA 02. SALA DE ESTAR/CASA DE MARINHO. INT. DIA.


Marinho pensativo olhando o mar pela janela. Rosa vem com uma xícara de café e lhe entrega.


ROSA: Tá distante? O que foi? Descobriu algo?


MARINHO animado: Não, mas consegui uma ajuda.


ROSA curiosa: Ajuda?


MARINHO animado: É. Consegui alguém para me ajudar a descobrir mais sobre minha família.


ROSA: Essa pessoa é de confiança?


MARINHO: Claro! Com certeza. De extrema confiança. Ela vai me ajudar muito.


ROSA desconfiada: Hum. Tá bom.


Rosa sai. Marinho continua pensativo.

Corta para:


CENA 03. SALA DE ESTAR/CASA DE TÔNIA. INT. DIA.


Tônia e Zu adentram cheias de sacolas.


TÔNIA: O Alho pela hora da morte e ainda tem esse calor exaustivo. Pega um copo d'água, por favor, Zu.


Zu adentra para a cozinha com algumas sacolas. A CAM foca em Tônia se despindo de uma correntinha de Nossa Senhora de Fátima.


TÔNIA: Menina, esqueci de depositar uma doação para o Rio Grande do Sul.


ZU: Manda pix, Dona Tônia, é mais prático.


TÔNIA: Verdade, Zu. O Alho-poró está a 4 reais, um absurdo! Não sou avarenta, mas a vida tá custosa demais.


Zu entrega o copo de água e sai para a cozinha.

Corta para:


CENA 04. APART. DE MIGUEL. INT. DIA.


Jasmin e Marinho ali naquele local vazio. Ela entrega uma chave para o pescador.


JASMIN: Fiz essa chave para você! É aqui que vamos nos encontrar a partir de hoje. Vai ser maia seguro aqui.


MARINHO: Sim. Você vai me ajudar bastante, Jasmin. Fico muito grato com essa sua disposição em me ajudar. Não vai te prejudicar?


JASMIN: Que nada! Meu noivo comprou isso daqui e vamos fazer alguns pequenos reparos e até o casamento sair…


MARINHO: Eu, primeiramente, queria saber como a minha mãe e meus irmãos vieram parar aqui, no Rio.


JASMIN: Você terá essa informação o mais breve possível. Eu já sei como conseguir… através de minha mãe.


Jasmin olha determinada.

Corta para:





CENA 05. CATETE. EXT. DIA.

Ao som de “Mapa - Melim, Vitor Kley”. Manu vem pedalando em sua bicicleta, anda toda desengonçada, ela tenta ajustar os óculos, mas acaba esbarrando em um automóvel.


MANU (grita): Ah!


A jovem cai. O motorista do carro sai,é  Fonseca.


FONSECA ameaçador: Olha por onde anda quatro-olho. Arranhou meu carrinho! Da próxima vez tome mais cuidado, hein.


MANU: Foi mal. Foi sem querer.


Manu se levanta e pega a bicicleta e sai puxando. Ela monta na bicicleta de novo e sai pedalando pra casa.


Corte descontínuo. Manu pedalando um pouco mais pra frente. Manu vai atravessar a rua pedalando e acaba sendo atingida por um carro. Pedro, ali conversando com uns colegas vê a cena.


PEDRO assustado: Que isso?


Ele se aproxima, desesperado.


PEDRO: Cuidado, ninguém mexe nela!


Pedro se agacha para ver se Manu está consciente.


PEDRO: Tá bem?


Manu tenta balbuciar algumas palavras. o motorista tenta arrancar com o carro.


PEDRO: Ei, ei. Vai fugir, não.  (Se enche, desafia) Se for fugir, vai ter que passar por cima de mim!


Ele encara o motorista do carro. Tensão.

Corta para:


CENA 06. FLORICULTURA. INT. DIA.

Narciso atrás do balcão, à espera de algum cliente.  Ele fica se olhando no espelho, ajeita o cabelo, vê se a roupa está caindo bem no corpo.


NARCISO resmunga: Trabalhar? Olha Baixinho: Um cara lindo, gostoso como eu ter que ficar aqui, atendendo clientes?


BAIXINHO: Vai que é pra chamar mais freguesas! Pensa desse jeito!


NARCISO faz muxoxo e volta para o espelho.


NARCISO: Esse bíceps precisa dá uma aumentada. Olha isso?


Narciso faz muque no espelho. Jasmin se aproxima deles.


JASMIN: Oi gente!


NARCISO: Que bom que chegou! Vou sair daqui.


JASMIN: Pode continuar aí, bonitão! (P/ Baixinho): Sabe da minha mãe, Baixinho?


BAIXINHO: Lá no estoque.


Corte descontínuo. Estoque da Loja. Gardênia fazendo uma arrumação. Jasmin a observa e Gardênia percebe.


GARDÊNIA: Tá aí, filha?


JASMIN: É. A senhora nem imagina a surpresa do Miguel, mãe! Ele comprou um apartamento para nós dois!


GARDÊNIA: Esse menino é de ouro, filha! Ele conseguiu um lar pra vocês. Agora só falta marcar a data do casório.


JASMIN: Calma, Dona Gardênia… Mãe, queria saber uma coisa.


GARDÊNIA: Fala!


JASMIN: Como conheceu a Do Carmo e os filhos dela? Ela é  de São Paulo, né?


GARDÊNIA: É uma longa conversa…


O áudio vai ficando off.

Corta para:


CENA 07. CATETE. EXT. DIA.

Continuação da cena 05. Tensão entre Pedro e o motorista do carro.


PEDRO determinado: Crie coragem e saía desse carro!


Pedro se mostra corajoso. O motorista do carro desce do  automóvel e é vaiado pelos transeuntes que passam por ali.


MOTORISTA: Desculpe pelo ocorrido. Será que dá para levar ela no carro?


Manu está ali gemendo de dor. Pedro e o motorista auxiliam ela até o carro.

Corta para:


CENA  08. FACHADA/SALA DE ESTAR/CASA DE TÔNIA. EXT. INT. DIA.


Fachada da Casa de Tônia. Solange se aproxima da varanda, sorrateira.


SOLANGE: Dona Tônia! Dona Tônia! (Batidas de palmas)... Ninguém em casa?


Clima de tensão. A mulher gira a maçaneta da porta, que se abre. Ela sorri. Solange olha se nenhum vizinho está observando e adentra a casa. Barulho abafado de chuveiro ligado.


Corte descontínuo. Banheiro. Tônia cantarolando um fado português, animada.


Volta em Solange, esta retira a chave da porta do molho de chaves e leva consigo. Ela sai da casa sem levantar suspeitas, desfilando pelas ruas do Bairro.

Corta para:


CENA 09. Clipe de cenas em OFF.


Ao som de “Caminhos Cruzados - Ana Solari”.

Chaveiro fazendo cópia de chave para Solange; Leonardo mandando pix para Helena; Marinho e Gilson trabalhando em alto-mar; Jasmin conversando com Gardênia sobre Do Carmo.

Corta para:


CENA 10. FACHADA/SALA DE ESTAR/CASA DE TÔNIA. EXT. INT. DIA.


Solange andando pela calçada da residência de Tônia.  Ela sorrindo com a chave copiada da casa de Tônia. Ela observa a chave, que brilha com os raios de sol refletindo nela.


SOLANGE: O passaporte para o dinheiro da anta portuguesa! (Risos)


Ela chega em frente a casa e entra com todo o cuidado na residência. Ela consegue colocar a chave original no molho de chaves. Ela percebe Tônia vindo  do quarto. Solange fica gélida, aflita.


A cena congela, um esfumaçado azul, como se fosse uma neblina.

FIM DO CAPÍTULO


 




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