Type Here to Get Search Results !

Marcadores

OURO BLINDADO - CAPÍTULO 7 (REPRISE)

  


(Edição: Cap 7 original sem cortes)

Cena 1/ Hospital/ Quarto de Paulo/ Dia.

Paulo morto na cama do hospital, junto a Carlos que está chorando muito…


Carlos: (Sacode Paulo, soluçando de tanto chorar) Acorda meu irmão, acorda pelo amor de Deus!


Júnior e Fernanda entram no quarto, se deparam com a cena e se chocam.


Júnior: Não, não, não! (Começa a chorar)


Ele corre até o pai, Carlos se afasta, indo pro canto. Fernanda desaba no choro… 


Fernanda: PAAAAI. (Vai até ele)


Os dois irmãos choram ao lado do pai morto… Fernanda acaricia o rosto dele. Júnior desmoronado. Carlos observa emocionado.


Fernanda: Não pai, isso não pode tá acontecendo… Fala comigo, pelo amor de Deus!


Júnior: (grita) Naaaaaaaãooooo!


Um médico entra no quarto apressado.


Fernanda: (implora) Faz alguma coisa Doutor, por favor! Meu pai não pode morrer agora!


O médico vai examinar Paulo, tira o estetoscópio do pescoço e põe no peito dele. O médico se vira para eles desanimado.


Médico: Infelizmente…


Fernanda e Júnior se abraçam chorando muito…

Margareth entra no quarto e se depara com a cena. Ela apenas fecha os olhos e faz o sinal da cruz.


Cena 2/ Ouro Blindado/ Dia.

Tamara entra na loja, Elaine por ali.


Tamara: Bom dia Elaine.


Elaine: Bom dia Tamara.


Tamara: (deixa a bolsa numa cadeira) Cadê o Carlos? E me prepara um capuccino?


Elaine vai até a máquina de café expresso ao lado, insere uma cápsula e pega uma xícara.


Elaine: (preparando) Ah Tamara, parece que aconteceu uma tragédia, eu não ouvi direito…


Tamara: (assustada) O quê? Aconteceu alguma coisa com o Carlos?


Elaine: Não, foi com o irmão dele, o Paulo. Ele tá muito doente no hospital…


Tamara: Nossa não sabia dessa… Também, mais de 8 anos sem ver, nem ter notícias deles! 


Elaine entrega a xícara de capuccino e Tamara toma.


Tamara: Ai, mas agora eu fiquei preocupada… 


Tensão rápida. Close.


Cena 3/ Hospital/ Corredor/ Dia.

Carlos chorando encostado na parede, do outro lado Fernanda e Júnior abraçados numa profunda tristeza… Margareth, com lágrimas nos olhos, vai até eles com dois copos d' água.


Margareth: Tomem pra vocês ficarem calmos!


Fernanda pega o copo, Júnior não.


Margareth: Não quer água Júnior?


Júnior: (limpa as lágrima e fica firme) Você contribuiu pra isso acontecer!


Fernanda: Não é hora de brigar!


Em câmera lenta, Júnior mete o braço e derruba o copo da mão de Margareth.


Margareth: (assustada) Quê isso?


Júnior: Se tem uma coisa que eu não gosto é injustiça!


Ele deixa a frase no ar, se vira e sai corredor a fora. 


Música: Outro Dia - Lourena, Mazin, Azzy, Black.



Fernanda e Margareth se olham, tensas.


Cena 4/ Ruas da Zona Sul/ Dia.

Música continua.

Duda anda pela rua, de óculos escuros, arrumada e plena. Logo ela entra num centro comercial.


Cena 5/ Centro Comercial/ Térreo/ 2° andar/ Dia.

Música continua.

Duda andando por ali, sobe as escadas rolantes, anda por ali, até que para em frente a um Sex Shop e resolve entrar.


Cena 6/ Sex Shop/ Dia.

Música continua.

Ambiente clean. Érika arruma algumas lingeries na arara, Duda entra e tira os óculos e se apoia no balcão.


Duda: Olá!


Érika termina de arrumar e vai atendê-la.


Érika: Bom dia! Espera… Eu te conheço…


Duda: Também acho que eu tô me lembrando de você… Da balada né?


Érika: É sim! (T) A sua namorada é muito ciumenta né?


Duda: Um pouquinho…


Érika: Mas errada ela não tá! Você é muito linda… Sabia?


Duda fica sem graça e passa a mão nos cabelos. Close em Érika.

Música acaba.


Cena 7/ Cemitério/ Dia.

Foco nos coveiros abrindo uma cova. Dois homens carregam o caixão, seguidos por Júnior, Fernanda, Margareth, Carlos, Tamara, Paola, Rafaela, Cris, Carlota, Eduardo, e outras pessoas.


Carlos: (p/ Tamara) Ele morreu nos meus braços, Tamara… (chorando)


Tamara: Fica calmo meu amor! Pelo menos vocês se entenderam…


Ela o abraça. Corta p/: O caixão é colocado dentro do buraco… Júnior e Fernanda são os que mais choram… Close.


-Abertura-




Cena 8/ Centro Comercial/ Dia.

Duda caminha até a saída com uma cara de quem fez algo que não devia… Close nela.


Flashback on:


No estoque do sex shop: Duda e Érika se beijam e se agarram com muito desejo e tesão.


Flashback off.


Duda: (p/si) É melhor fingir que isso nunca aconteceu!


E ela torna a andar até a porta que dá a rua.


Cena 9/ Cemitério/ Saída/ Dia.

A maioria das pessoas indo embora. Paola vai até Fernanda e a abraça.


Paola: (abraçando-a) Ai Fernanda eu sinto muito pelo que aconteceu! 


Fernanda: (tristinha) Obrigada Paola!


Elas se soltam.


Paola: Se você precisar de alguma coisa, se quiser dormir lá em casa, pode me falar. Nós somos primas, temos a mesma idade… 


Fernanda: Tá bom!


Paola: Pode falar, você não precisa ter vergonha!


Rafaela observava a irmã, com expressão irônica… Corta p/: Cris termina de abraçar Júnior.


Cris: O que você precisar, me fala, tá primos? Apesar da gente não ter tido muito contato, você pode contar comigo. Eu vou ser sua amiga!


Júnior: Brigado Cris. Eu acho que eu vou precisar mesmo!


Cris: E cadê a sua irmã Dolly?


Júnior: Aquilo ali não é mais minha irmã! É uma monstra! Não vejo ela há 6 meses, não sei como ela tá, como tá vivendo… Nem sei se ela sabe se o papai faleceu… 


Cena 9/ Rua/ Loja de Avaliação e Compra de Jóias/ Dia.

Dolly, cínica, sai do comércio, agora sem a peruca. Ela atravessa a rua, anda até um beco escondido e lá, tira um bolo de notas de cem do bolso.


Dolly: Rica!


Depois de dizer isso, ela tem uma alta crise de risos…


Cena 10/ Cemitério/ Saída/ Dia.

Paola saía do cemitério quando Rafaela a toca.


Paola: Que foi Rafaela?


Rafaela: Você é falsa hein… Nunca gostou da Fernanda e agora tá aí, toda toda…


Paola: Cala a boca! Eu tô sendo solidária! Não sou igual a você que só pensa naquela Duda e em si própria! Parece que a palavra "humildade" não existe no seu vocabulário né?!


Rafaela: Ai não te interessa!


Paola: Bem, (olha no relógio) tô atrasada! 


Rafaela: E eu com a menor vontade de fazer barraco!


Rafaela sai batendo o cabelo na cara de Paola, caminha até seu carro e dá Partida. Cris vai até Paola.


Cris: O que aconteceu miga?


Paola: Minha irmã, insuportável! Me tira do sério!


Cris: Vocês não se dão bem hein?


Paola: Pois é! 


Cena 11/ Rio de Janeiro/ Zona Sul/ Noite.

Anoitece na cidade…


Cena 12/ Mansão Delval/ Quarto do Casal/ Noite.

Carlos deitado na cama, tristonho. Tamara abre a porta e entra com uma bandeja com aperitivos, suco, café.


Tamara: Você não comeu nada o dia inteiro, pode ficar fraco…


Carlos: Eu passei por uma situação traumatizante hoje… Meu irmão… 


Ela deixa a bandeja na cama e dá um abraço no marido.


Tamara: Ele tava sofrendo muito com essa doença amor… Ele descansou, foi isso!


Carlos: Melhor pensar assim!


Tamara: Agora come as coisinhas que eu trouxe…


Carlos se ajeita na cama e começa a comer.


Cena 13/ Delegacia/ Sala do Delegado/ Noite.

Delegado lendo alguns papéis, um policial bate na porta e entra na sala.


Policial: Tem uma moça que quer falar com o senhor!


Delegado: Manda entrar!


Instantes, Lia entra.


Delegado: Pois não!


Lia: Eu quero fazer uma denúncia!


Delegado: Pode se sentar. É sobre o quê?


Lia: Eu caí nas mãos de uma cafetina chamada Carol! Ela me trouxe lá do nordeste, dizendo que ia me ajudar com a minha transição de gênero, que eu ia arrumar um emprego na lanchonete da amiga dela… 


Delegado: E agora ela obriga você a se prostituir, a pagar valores exorbitantes por diárias… essas coisas?


Lia: Exatamente! Como você sabe?


Delegado: É o modus operandi dessas cafetinas! Elas sempre agem como se fossem as fadas madrinhas, quando na verdade… Só querem seu dinheiro!


Lia: Eu não aguento mais essa Carol, Doutor… Pelo amor de Deus faz alguma coisa! Eu imploro!


Delegado: Vou fazer agora!


Ele tira o aparelho de comunicação do bolso e aperta o botão.


Delegado: Câmbio, operação fada madrinha.


Lia fica agradecida.


Cena 14/ Rio de Janeiro/ Avenida/ Noite.

A viatura da polícia percorre uma avenida com a sirene ligada. Muita ação.


Cena 15/ Rua em frente o prédio de Berenice/ Noite.

Carol atrás de uma árvore, observa o prédio de Berenice.


Carol: E essa Berenice que não sai desse AP hein… Eu preciso descobrir onde ela conseguiu a grana e porquê…


Foco em Carol.


Cena 16/ Clínica Dra. Amanda/ Sala/ Noite.

Amanda e a mesma paciente de ontem. Elas sentadas em poltronas.


Amanda: Então Alice, você pode ficar calma, tranquila. Eu sou uma profissional, tudo aqui é limpo e de última geração!


Paciente: Tô confiando em você Doutora!


Amanda: Pode confiar! Vamos lá pra sala do procedimento então?


Paciente: Vamos!


Então elas saem em direção à sala do procedimento…


Cena 17/ Clínica Dra. Amanda/ Sala do Procedimento/ Noite.

A Paciente com vestimentas hospitalares se deita na cama. Há 3 assistentes por ali. Amanda entra na sala já preparada.


Amanda: Eloiza, a seringa por favor!


Eloiza: Tá bom!


Eloiza pega a seringa numa caixa e entrega para Amanda, que suga um líquido de uma ampola. Ela dá batidinhas na seringa para tirar as bolhas de ar.


Amanda: Alice, você vai tomar a anestesia. Procura ficar o mais calma que você puder!


Ela balança a cabeça positivamente. Uma ajudante pega a seringa de Amanda e injeta na veia da Paciente… A Paciente vai fechando os olhos com cada vez mais sono… Enquanto isso, Amanda vai se preparando.


Cena 18/ Rua/ Noite.

Lia chega até uma rua onde estão Mya, Solange e Dandara.


Lia: Amigas, eu denunciei a megera!


Elas reagem surpresas e felizes.


Dandara: (surpresa) Você o quê?


Lia: Eu denunciei a Carol! Dessa vez ela vai pra cadeia!


Mya: Lia você é maravilhosa!


Lia: Tem uma coisa…


Solange: O quê?


Lia: Por que vocês não denunciaram ela antes?


Mya: Porque ela nos incriminou! Ela forjou várias coisas pra gente se ferrar.  Se uma de nós três a denunciasse, a gente também ia junto pra cadeia. E como não deu tempo dela fazer nada contra você…


Lia: Eu seria a pessoa certa pra botar ela no xilindró…


Solange: Exatamente!


Lia: Então, nosso pesadelo acabou!


Cena 19/ Casa de Margareth/ Sala/ Noite.

Júnior, Fernanda e Margareth na sala. Júnior em pé.


Júnior: E o nosso começou! (T) Eu nunca pensei que o papai fosse nos deixar!


Margareth: Mas todo mundo morre um dia Júnior!


Júnior: Cala a sua boca!


Margareth se levanta.


Margareth: (grita/irritada) Por que você tá sendo tão grosso comigo?


Júnior: Porque você tem culpa no cartório! Você e o Carlos colaboraram pra morte do papai!


Margareth: Eu não tenho nada a ver com a morte do seu pai! Ele tava doente, DOENTE! Deixa de ser idiota! Que merda!


Fernanda resolve intervir.


Fernanda: CHEGA GENTE!


Cena 20/ Casa de Margareth/ Lado de fora/ Noite.

Dolly estava com o ouvido perto da janela e ouviu tudo.


Dolly: (chocada) Meu pai morreu? Chocada! Também, quem mandou ser um bundão?!


Ela sai andando e rindo cinicamente. E quando vai atravessar a rua sem olhar… Um carro a atropela de leve a derrubando no asfalto.


Motorista: (da janela do carro) Não olha por onde anda não, sua burra?


Dolly: (se levantando) Vai se ferrar!


O carro segue em frente.


Dolly: Ai… Me sujei toda!


Dolly segue andando, mas mancando.


Cena 21/ Casa de Margareth/ Sala/ Noite.

Os mesmos da cena 19:


Fernanda: Vocês precisam respeitar a memória do papai! Ele não ia gostar de ver vocês brigando, ainda mais por causa dele! 


Júnior e Margareth ficam calados.


Fernanda: Júnior, agora não é hora de acertar contas. É hora de se entender, se desculpar, se perdoar! Papai era uma pessoa tão boa…


Margareth: Você tem toda razão minha filha… (t) Eu vou me deitar, hoje foi um dia cheio!


Margareth segue pra seu quarto. Fernanda e Júnior se olham, sem falar nada…


Cena 22/ Avenida/ Noite. 

O carro da polícia percorre a avenida a todo vapor com a sirene ligada.


Cena 23/ Rua/ Frente do prédio de Berenice/ Noite.

Instrumental:

Carol continua atrás da árvore.


Carol: (impaciente) Sai logo daí Berenice! Que ódio!


De repente a viatura da polícia chega e freia bem em frente a Carol. Ela fica iluminada pelos faróis do carro.


Carol: (assustadíssima) Quê isso?


Muita ação: Os policiais descem do veículo com armas em punho e vão na direção ela.


Cena 24/ Kitnet de Berenice/ Sala/ Noite.

Berenice observava toda a ação da janela. Ela olha melhor e tem uma surpresa.


Berenice: Espera… É a Carol!


Cena 25/ Rua/ Frente do prédio de Berenice/ Noite.

Carol mega assustada, cercada de policiais, sem ter pra onde correr.


Policial: (a enquadrando) Você tá presa por exploração de comércio sexual alheio!


Suspense. Close em Carol…

(Instrumental termina aqui)

FOCO EM CAROL/

A IMAGEM CONGELA COM UM FILTRO DOURADO.

Encerramento com a música: Sexy Bitch - David Guetta ft. Akon.







Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.