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Além da mente - Episódio de estreia

 

EPISÓDIO 01

(1970)

( A cena começa com um temporal de chuva e um carro indo na estrada, quando um

raio se parte e atinge o veículo causando um capotamento em um barranco onde

duas pessoas ficam gravemente feridas).


CENA 1

( Casa de dona Lurdes, vizinha de Eloisa e Maicon Müller no quarto)

Dona Lourdes: ( Com o bebê Charlie no colo/ preocupada.

- Meu Deus que temporal forte, e Seus pais que não chegam Charles, estou muito

preocupada!

(Alguém bate na porta)

Vizinha: ( Chorando/ e descalça)

- Dona Lourdes, meu filho vinha pela estrada na carroça e avistou um carro caído em um

barranco e disse que era a Eloísa e seu Maicon.

Dona Lurdes: ( Apavorada/ na sala)

- E será que eles estão mortos?

Vizinha: ( Triste/ cabisbaixa/ chorando)

- Infelizmente sim!! Ai meu Deus que tristeza.

D. Lourdes: ( Chorando muito/ senta no sofá)

- E agora o que será dessa criança sem os pais? Meu Deus me ajuda.

( O temporal diminuí)...

1973 ( 3 anos Depois )

( Dona Lourdes morreu e Charles é levado pro Orfanato)

Freira: ( no quarto/ acordando as crianças)

- Vamos acordar crianças!

- Já é hora do lanche, vamos, vamos!!

( ela se aproxima da cama de Charles)

- E você pequeno Charles...

Meu Deus mais uma criança sem os pais no mundo.

( 1983 e os anos se passam)


10 anos Depois

CORTA P/ CENA 2

(Charles questiona a madre sobre os seus pais, que em seguida é ignorado e repreendido

pela madre)

Madre: ( Indo para o pátio avisar sobre o almoço/ gritando)

- Meninos vamos, o almoço está pronto.

- E você criatura? só fica triste pelos cantos, faz alguma coisa.

Charles: ( Chorando/ limpando os olhos)

- Eu quero meus pais

Madre: ( ignorante/ pega com força no braço )

- Você não quer ninguém moleque, para de chorar que isso me irrita.

Charles: ( sendo sincero e inteligente)

- Se a senhora não suporta choro de criança então porque é diretora de um orfanato

infantil?

( ela se irrita, e bate na boca de Charles)

Madre: ( brava/ chegando no refeitório/ resmungando)

- Moleque malcriado, só porque tem um destaque por ser mais inteligente que os outros

quer me dar lição de moral...

- Senta e come calado!

CORTA P/ CENA 3:

( A cena muda para uma rua, manhã de segunda com feira livre e muitas pessoas

transitando no local)

Jorge: ( morador de rua/ descalço, pedindo esmola)

- Moço me dar uma esmola, estou a dois dias sem comer ou se você tiver um trabalho em

troca de comida eu aceito.

Feirante: ( arrogante)

- Tem não, e vai embora antes que eu chame a polícia.

( Jorge sai triste)

CORTA P/ CENA 4

( A professora Cristina chega no orfanato para dar aula e percebe novamente o

semblante triste de Charles , que em segredo o menino revela pra ela muitas coisas

dita pela madre inclusive do porão embaixo do orfanato que é onde elas castiga as

crianças e deixam acorrentados sem comida por um dia)


Prof. Cristina: ( Manhã/ alegre/ entrando)

- Bom dia Freira, tudo bem?

Estou contente por dar aulas nesse orfanato.

Freira: ( olhar torto)

- Que bom, porque todas aquelas pestes estão na sala.

Prof. Cristina: ( olhar calmo/ suspeito)

- Nossa irmã , também não precisa falar assim deles, são só crianças.

CORTA P/ CENA 5

( passa as horas e Jorge chega na sapataria do Sr. Marcelo, onde encontra uma alma

caridosa que o recebe bem)

Sr. Marcelo: ( anunciando seus produtos)

- Vamos lá pessoal venha experimentar nossos sapatos, tem de todos os tamanhos, preço

tá baratinho, venham venham!!!

Jorge: ( triste/ faminto)

- Bom dia moço, me dar uma esmola estou a dois dias sem comer, ou então posso trabalhar

em troca de comida.

Sr. Marcelo: ( triste em ver a situação/ manhã)

- Tenho sim, de onde você vem?

Jorge: ( cabisbaixo)

- Venho da rua, nunca roubei pra comer, sou honesto.

Sr.Marcelo: ( Contente)

- A gente se nota

Então meu caro homem eu lhe ofereço a comida em troca de você trabalhar todos os dias

aqui comigo, o que acha?

Jorge: ( chorando/ feliz)

- Oh meu Senhor aceito sim e muito obrigado por me dar essa oportunidade.

Sr. Marcelo: ( intrigado)

- Mais você não aparenta ser morador de rua, você fala tão bem

Jorge: ( flashback, ele se lembra da sua vida passada, e como o fizeram sofrer e como

mataram sua família ele abre os olhos)

- Sou sim meu Senhor

CORTA P/ CENA 6


( No orfanato terminando a aula Cristina percebe no olhar de Charles que ele quer

falar alguma coisa, após os demais alunos saírem ela chama Charles pra conversar)

Prof. Cristina: ( intrigada)

- Charles vem cá, percebi que você tá me tentando dizer algo, tá acontecendo alguma

coisa?

Charles: ( com medo/ e lágrimas nos olhos)

- Me tira daqui por favor, elas aqui maltratam muito a gente.

Prof. Cristina: ( suspeita/ triste)

- Mais meu bem você aqui tem tudo, tem colegas, tem cama quentinha,comida na mesa,

não pode ficar comigo e mesmo assim não sou casada.

Charles: ( triste)

- Mais professora, a norma como elas regem essa instituição é muito rigorosa, enquanto a

gente precisa de carinho elas nos ofendem com palavras maldosas. E na verdade elas não

são o que aparentam ser.

Prof. Cristina: ( pasma/pensando)

- Meu Deus, quanta inteligência pro tamanho dessa criança, mas será que ele tá falando a

verdade?

- Charles meu bem vamos fazer assim, pelo bem das outras crianças você me conta o que

acontecer de ruim aqui dentro tá, e esse será nosso segredo.

Charles: ( aliviado)

- Ok, professora!

( a madre ouvi a conversa dos dois e fica furiosa)

CORTA P/ CENA 7

( A cena muda para FUNJOA, onde abriga jovens e Adolescentes perdidos, e no

escritório tem uma reunião entres os Doutores de Psicologia para avaliar a situação

dos jovens, entre a sociedade e o crime, estando presente os membros da

assistência social, o delegado, e um agente do governo)


Dr. Robert: ( Debochado)

- Senhoras e Senhores, hoje como estamos comemorando mais uma de nossas

instituições quero aqui deixar meus agradecimentos a cada um que está presente, pois

juntos vamos ajudar milhares de jovens e Adolescentes a sair da vida do crime.

Zoraide: ( assistente social/ suspeita)

- Desculpe Dr. mais o real propósito aqui apresentado é ajudar esses jovens perdidos a

encontrar suas verdadeiras famílias, claro também a convencê-los a não praticar atos

ilegais.


Dr. Robert: ( irritado/ disfarçando sua raiva)

- Exato dona Zoraide, mais também o objetivo é arrecadar fundos e conseguir mais verbas

para um conforto melhor

Sara: ( outra assistente social/ desconfiada/ resmunga baixo)

- Zoraide, essa cúpula de doutores bancando os Psicólogos bonzinhos não tá me

agradando em nada, eles estão tramando alguma coisa

Zoraide: ( tensa/ nervosa)

- Pior que estão sim, esses jovens perdidos que do nada aparecem aos montes não é

comum.


CORTA P/ CENA 8

( na sapataria Marcelo arruma um quarto na pensão da Zuleide para hospedar Jorge

que daquele dia em diante seria seu funcionário)

Marcelo: ( alegre)

- Jorge tenho uma ideia ótima , que tal você ficar na pensão da Zuleide onde tem comida e

cama confortável, aí você só vem trabalhar comigo durante o dia, e aí o que me diz?

Jorge: ( feliz/ sorridente)

- Mais eu não mereço tanta bondade comigo Sr Marcelo

Marcelo: ( contente)

- Jorge senta aqui e quero lhe contar uma coisa. Minha mãe sempre me fazia essa pergunta

( o que você tem além da mente, pensamento bons ou ruins?) e eu não entendia, até que

uma vez ela me contou a história do meu pai um grande Psicólogo na época, que não se

sabe o porquê o mataram e mancharam a memória dele. Ela dizia: Por isso eu te digo

guarde sempre essa pergunta no seu coração na hora de uma decisão, essas pessoas que

fizeram mal a seu pai tinham pensamentos ruins. E então até hoje eu sigo o bem que tem

em mim.

Jorge:( surpreso)

- Que história triste, mas como se chamava seu pai?

Marcelo: ( emocionado)

- Era o Dr. Oswaldo Silveira

Jorge: ( tenso/ pensando)

- Meu Deus então é ele que o mataram a chicotadas.

Não pode ser

CORTA P/ CENA 9

( A cena muda pro orfanato, e a madre não aguenta a raiva e tranca Charles no porão

e o deixa sem comer)


- Madre: ( furiosa)

- Então você fica falando de como a gente trata todos vocês,seus mal agradecidos.

- Por causa dessa sua boquinha grande você vai ficar de castigo no porão das almas por

um dia.

Charles: ( gritando/ chorando)

- Por favor madre não faça isso, prometo não desobedecê-la mais!!

Madre: ( brava/ rindo )

- Vai sim, e por sua causa todos vocês vão ficar sem aulas por duas semanas.

CORTA P/ CENA 10

( A cena muda, mostra os lugares bonitos da cidade e para na reunião da FUNJOA,

onde os doutores conseguem patrocínio do representante do governo para

associação )

Dra. Cristiane: ( exibida/ sorrindo)

- Quero agradecer o representante do governo pelo patrocínio aos nossos jovens, e as

assistências sociais pela presença e os demais doutores. Juntos faremos um futuro melhor.

Obrigada.

Zoraide: ( desconfiada)

- Sara, depois quero que você avalie os jovens recém chegados.

Sara: ( Pasma)

- Mas eles nunca deixam eles ficarem a sós com a gente, sempre tem um guarda ou dois

monitorando.

Zoraide: ( esperta)

- Irei fazer um relatório ao delegado pedindo o apoio dele para poder trazer alguns jovens

até nosso escritório.

Sara: ( Com medo)

- Mais Zoraide isso é perigoso, não sabemos o que eles tramam.

Zoraide: ( firme nas palavras)

- É um risco que vou correr, se eu tiver que morrer fazendo o bem a esses jovens então

morrerei.

Sara: ( Orgulhosa)

- Por isso que admiro sua coragem.

CORTA P/ CENA 11

( A cena muda, mostra a metade do porão e para onde Charles está acorrentado.)

Charles: ( assustado/ com fome/ noite)


- Meu Deus sei que só tenho 13 anos mais não deixa eu morrer aqui, essas pessoas são

muito maldosas e somos apenas crianças.

- Espera aí! ela falou porão das almas, isso é estranho, mas eu acho que esse porão leva

algum lugar.

- Algum dia eu me formar eu quero ser um psicólogo e poder ajudar pessoas a não ter

esses pensamentos horríveis e conseguir construir um legado.

- ( rindo só) Só espero que eu não fique louco aqui nesse porão

CORTA P/ CENA 12

( Na pensão Jorge começa a refletir sobre seu passado e sobre o pai de Marcelo)

Jorge: ( Lembrando/ calmo)

- Meu Deus, Dr. Oswaldo Silveira por que não me lembro de muita coisa dele, só apenas

que ele morreu a chicotada e mais nada, sinto que fui próximo a ele mais depois que cai do

barranco fugindo daquela corja eu não me lembro de muita coisa.

( a cena fixa no rosto e uma linha do tempo absorve a imagem)



         

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