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O PREÇO A SE PAGAR - capítulo 18

 



Cena 01/Igreja/Int/Noite

Pedro e Jeferson. 


Pedro – O que você quer, Jeferson?

Jeferson – Vim te dar um aviso, Pedro: dá o fora dessa cidade, desaparece, ou você vai se Arrepender amargamente se continuar aqui. 

Pedro – Eu nasci aqui, Jeferson. Minha família mora aqui...

Jeferson – Ninguém sentiu sua falta, Pedro. Você estando aqui ou não, não fez diferença Pra ninguém. 

Pedro – O que você teme, Jeferson? Qual é seu medo?

Jeferson – Eu não tenho medo.Muito menos de você.

Pedro – Então? Não entendo sua razão pra vir me falar isso.

Jeferson – Sua presença faz o passado vir à tona. Um passado que está morto e enterrado. E eu não quero isso. 

Pedro – Não existe nada mais entre mim e a Rebeca. O tempo passou.Cada um seguiu Com sua vida. Eu me tornei padre.../

Jeferson – Mas continua sendo homem. Tem desejos, vontades, pensamentos, que podem Ser mais fortes do que ter se tornado padre. 

Pedro – Eu e a Rebeca não temos nada. Não pode existir nada entre eu e ela. Sou um Padre, Jeferson. O que existiu entre nós passou. Como aquela frase do pensador Heráclito: 

“nunca podemos entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, Não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou”. 

Eu e a Rebeca não Somos mais as mesmas pessoas. Tudo o que vivemos, ficou no passado. E cada um agora Está escrevendo uma nova página no livro de nossas vidas. 

Jeferson – Só espero que assim seja, Pedro. Pro seu bem. Pois a Rebeca é minha. E não Vou aceitar perde-la pra você e nem pra ninguém! 


Jeferson vai embora. Pedro fica pensativo. 


Pedro – Eu também espero, Jeferson!


Cena 02/Terreiro/Tenda/Int/Noite

Meirinho jogou os búzios pra Rebeca e está lendo o que eles querem dizer. Rebeca Ansiosa. 


Rebeca – Então, Meirinho. O que os búzios estão dizendo? 

Meirinho – Seu coração, seus pensamentos, estão muito confusos, Rebeca. 

Rebeca – O que eu devo fazer?

Meirinho – Existem dois homens na sua vida. Mas você está ligada a apenas um deles. Uma ligação eterna, inquebrável, mas cheias de percalços, de pedras e espinhos, que vai Colocar o que existe entre vocês a prova. 

Rebeca – É o Pedro, não é? 

Meirinho – Você sabe muito bem quem é esse homem. (t) Mas não se preocupe, filha. Iemanjá está com você, do seu lado. Ela vai te projetar e te guiar em seu destino! 


Fusão para: 


Cena 03/Praia/Ext/Noite 

Rebeca vem caminhando em direção ao mar. 


Música: Sexy Yemanjá – Victor e Léo.


Rebeca para e fica observando as ondas. Lua cheia no céu estrelado. Rebeca tira sua roupa, fica pelada. Respira fundo, olha pro céu e começa a entrar no mar. Rebeca se 

banha.

 Efeito: o mar fica iluminado. Tempo.


Cena 04/Casa Patrício/Quarto Jeferson/Int/Noite

Jeferson entra furioso. Bate à porta com força. Anda de um lado pro outro. 


Jeferson - Não vou perder a Rebeca. Ela é minha. A mulher que eu amo e com quem vou me casar! 


Jeferson vai até seu guarda-roupa, pega uma caixa velha e senta na cama. Abre e vemos uma garrucha meio enferrujada. Jeferson tira-a da caixa e fica segurando. 


Jeferson - Até que a morte nos separe... 


Cena 05/Igreja/Int/Noite

Pedro está ajoelhado rezando. Momento.


Pedro - Amém!


Cena 06/Casa Rufino/Sótão/Int/Noite

Rufino dá um tapa no rosto de Eva.


Eva - Pode me bater até sua mão cair, Rufino. Eu vi meu filho. Eu vi o Pedro, com esses olhos que já chorou tanta por estar longe do meu filho. E isso você não vai tirar de mim. Não vai! 

Rufino - Devia era te matar. Acabar com sua vida miserável! 

Eva - Você não faria isso comigo. Sabe por que? Por que você gosta de me ver sofrer. Sente prazer com meu sofrimento. 

Rufino - Você não sabe o que diz. 

Eva - E digo mais, você me ama, Rufino.

Rufino - (reage) Como é?

Eva - Você nunca me esqueceu como a mulher que tirou sua virgindade e por quem você 

se apaixonou, com quem teve um filho, com quem poderia ter formado uma família, se 

não fosse esse homem doente, que distorce a religião, pra enxergá-la do jeito que lhe convém. 

Rufino - (grita) Cala a boca sua herege. Para de falar besteira. Tenho é pena da sua alma. 

Sou um instrumento que Deus está usando, para tentar purifica-la. 

Eva - Não sei o que você pretende fazer comigo. Mas sei que você nunca vai me esquecer. Sempre estarei em suas lembranças, pensamentos, como a mãe do seu filho! 


Rufino encara Eva. Fica mexido com tudo o que ela lhe diz. Até que vai embora. 


Cena 07/Casa Rufino/Cozinha/Int/Noite

Narcisa chega a cozinha. Escuta barulho.


Narcisa - Quem tá aí? 


Meio receosa, Narcisa acende a luz. Para sua surpresa, Beatriz está sentada em frente a geladeira aberta, se lambuzando com o pudim. 

Narcisa - É você? (risos) Comendo pudim... 

Beatriz- Delicioso... 

Narcisa - Gosta de doce? 


Beatriz responde “sim” com a cabeça. Corta para Beatriz sentada na mesa, comendo uma 

compota, servida no prato por Narcisa. 


Narcisa - É assim que se tem que comer. Eu mesma quem fiz. Adoro fazer doces. 

Beatriz- A senhora é muito boa. Deus gosta de pessoas como a senhora.


Cena 08/Casa Rufino/Escritório/Int/Noite

Rufino entra transtornado. 


Rufino – Desgraçada! 


Rufino se serve de uma dose de uísque, que bebe de uma golada só e depois joga o copo Na parede. 







Cena 09/Casa Rufino/Cozinha/Int/Noite

Narcisa e Beatriz. 


Narcisa – Obrigada! Mas me diga uma coisa: como você se chama.


Corta para Rufino chegando na cozinha. Ele fica escutando a conversa. 


Beatriz- Anja Beatriz. 


Narcisa – (surpresa) Anja? Não entendi. É seu nome? 


Beatriz – Sou uma anja. Foi Deus quem me mandou aqui pra Terra com uma missão. 


Corta para Rufino. 


Rufino – (estranha) Anja? Missão? 


Cena 10/Casa Patrício/Quarto Jeferson/Int/Noite

Jeferson está na janela, observando a enorme lua cheia no chão. Ele se mostra enfeitiçado, 

Atraído pela lua de uma maneira intensa. Jeferson desperta do transe que entrou, ao escutarBatida na porta. 


Jeferson – Entra. 


Patrício entra. 


Patrício – Vim saber como você está, filho.


Patrício olha a caixa, onde Jeferson guarda sua garrucha, em cima da sua cama. Jeferson Percebe o olhar de Patrício e se preocupa. 


Patrício- Que caixa é essa? 


Jeferson, rapidamente, pega a caixa. 


Jeferson – Nada, pai. É coisa minha... (t) Já estava indo dormir. Só vou tomar um banho. Amanhã tudo volta ao normal. Temos que tocar nossa vida. 


Patrício – Sinto que nesse cidade, nada mais será como antes. 

Jeferson – Por que o senhor acha isso?

Patrício – Nada filho. Deixa pra lá...


Patrício beija o rosto de Jeferson.


Patrício – Dorme com Deus!


Patrício vai embora. Jeferson espera um pouco, até abrir a caixa e verificar se está tudo Certo com sua garrucha. 


Jeferson – Você ainda vai me ser muito útil! 


Cena 11/Casa Turíbio/Quarto Basileu/Int/Noite

Basileu está no seu notebook, conversando com Tina. 


Tina – Estou morrendo de saudade, meu amor. 

Basileu – Tá nada. Aposto que já me esqueceu... (risos) 

Tina – Nunca, seu bobo! Vou te amar pra sempre!

Basileu – Vou ficar aqui te esperando. Vem logo!


Cena 12/Casa Turíbio/Quarto casal/Int/Noite

Turíbio e Felipa estão deitados. Mas apenas Turíbio dorme. Felipa está acordada. Ela Levanta, olha pra Turíbio e saí do quarto. 


Cena 13/Casa Turíbio/Quarto Basileu/Int/Noite

Felipa passa pelo quarto. A porta está entreaberta. Basileu dorme, de bruços. Felipa fica Lhe observando, até que cria coragem e resolve se aproximar mais. Felipa fica perto de Basileu. Seus olhos percorrem todo o corpo do belo jovem. Momento. Quando Felipa Aproxima suas mãos pra tocá-lo, Basileu, sentindo a presença de alguém no seu quarto, Acorda de rompante, virando-se pra ela. 


Basileu – (assustado) Felipa? Que você tá fazendo aqui? 


Cena 14/Jandaia/Ruas/Ext/Noite

Rebeca vem dirigindo seu jipe. Pedro acaba de fechar a igreja e caminha em direção à sua Casa. O caminho dos dois se cruzam, no momento em que Pedro deixa seu terço cair no Chão. Rebeca freia bruscamente, quase em cima dele. Momento. Corta para:


FIM DO CAPÍTULO 18





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