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SAGRADA FAMÍLIA - CAPÍTULO 13

 


SAGRADA FAMÍLIA

“Capítulo 13”

 

Novela criada e escrita por

Wesley Franco

 

Personagens deste capítulo

EDUARDO

BÁRBARA

NATHALIA

MURILO

BEATRIZ

MELISSA

GUTO

ALEXANDRE

ANTÔNIO

CARUSO

 NOÊMIA

 

Esta é uma obra de ficção e sem compromisso com a realidade.

 

CENA 1. SALVADOR. BÁSILICA DE CONCEIÇÃO DA PRAIA. EXT. DIA.

CONTINUAÇÃO IMEDIATA DA CENA FINAL DO CAPÍTULO ANTERIOR.

Murilo vê Helena e fica encantado com a sua beleza, ele a observa de longe com um grande sorriso no rosto. Helena percebe os olhares de Murilo, fica tímida, mas sorrir de volta. Murilo resolve se aproximar de Helena e acompanhar a procissão junto com ela.

MURILO – Esta é qual imagem de nossa senhora?

HELENA – Conceição da praia, padroeira da Bahia.

MURILO – Muito linda, não conhecia. Sou devoto de Nossa Senhora do Carmo. (tira o escapulário de dentro da camisa e mostra)

HELENA – (sorrir) Lindo escapulário.

MURILO – (sorrir) Obrigado.

HELENA – Você não é daqui? Seu sotaque é diferente.

MURILO – Não. (sorrir) Eu sou do Rio de Janeiro, cheguei na Bahia hoje e aleatoriamente vim parar no meio de uma procissão, acho que me perdi completamente tentando achar meu hotel.

HELENA – (Rir) Sim. Onde você vai ficar hospedado?

MURILO – Hotel Fasano, na praça Castro Alves.

HELENA – Você está indo pro caminho oposto, este hotel fica na cidade alta e pra lá. (aponta o dedo para direção oposta)

MURILO – Eu certamente não vou conseguir chegar sozinho, vou precisar pegar um táxi.

HELENA – No meio da procissão? As ruas devem estar todas fechadas. (sorrir)

MURILO – O jeito vai ser esperar a procissão acabar. Posso te acompanhar?

HELENA – (sorrir) Fique à vontade.

CORTA PARA

CENA 2. CASTRO COSMÉTICOS. INT. SALA DA VICE-PRESIDÊNCIA. DIA.

Guto e Alexandre estão sentando em poltronas que a sala possui e conversam sobre as últimas decisões de Nathalia.

GUTO – Acontece um problema em uma das fábricas da Bahia e ela manda o Murilo para ir resolver, e ainda por cima me coloca para fazer o trabalho do Murilo enquanto ele está fora. É sempre assim! Tudo que é de maior importância e responsabilidade fica para o Murilo e o que sobra fica para mim.

ALEXANDRE – O Murilo além de ser pupilo da Nathalia, ele também é do Caruso, uma competição com ele é desleal.

GUTO – Mas eu sou tão competente quanto ele, tudo bem que eu tenho as minhas falhas, mas eu sou sobrinho do dono da empresa e o Murilo é filho do motorista.

ALEXANDRE – Breve você será filho do Presidente da empresa.  (sorrir)

GUTO – Há anos que eu ouço você falar isso pai, e hoje a presidente é a Nathalia.

ALEXANDRE – Por decisão do Jayme, ele ainda é o dono da empresa, mas não vai tardar para o Jayme morrer e nós seremos seus únicos herdeiros.

GUTO – Coisa mais mórbida depender da morte de alguém para termos uma ascensão.

ALEXANDRE – O Jayme é um velho sem serventia nenhuma. Ele tá caquético, imprestável, em cima de uma cama só dando trabalho e despesa. Tudo bem que o dinheiro é dele, mas poderia está sendo gasto em coisas mais úteis. Pra que continuar gastando dinheiro para manter um imprestável vivo? Viver mais pra que? Que morra logo de uma vez, já deu!

CORTA PARA

CENA 3. CASTRO COSMÉTICOS. INT. SALA DE EDUARDO. DIA.

Eduardo mexe no computador olhando as fotos de alguns modelos que foram selecionados por ele, até que Beatriz bate na porta e entra.

BEATRIZ – Oi meu amor. (vai até Edurdo, o beija e senta em seu colo) Como foi o jantar ontem?

EDUARDO – Foi bastante produtivo, estou muito ansioso com o lançamento dessa nova coleção, vai ser um tremendo sucesso.

BEATRIZ – (sorrir) Não tenho a menor dúvida disso, você e a Bárbara são ótimos no que fazem. Jantamos juntos hoje?

EDUARDO – Claro meu amor. (sorrir) Em casa mesmo ou vamos sair?

BEATRIZ – Eu pensei da gente jantar com sua mãe, assim a gente já organiza os últimos detalhes do noivado.

EDUARDO – É uma ótima idéia, a minha mãe vai adorar, ela não vê a hora desse casamento sair.

BEATRIZ – Ela não é a única. (sorrir)

EDUARDO – Eu também me incluo nesse grupo. (sorrir e beija Beatriz)

CORTA PARA

CENA 4. MANSÃO DE CARUSO. EXT. ENTRADA DA MANSÃO. DIA.

Caruso sai da mansão e encontra Antônio parado encostado na frente do carro.

ANTÔNIO – Bom dia seu Caruso.

CARUSO – Bom dia Antônio. Você desapareceu ontem, a Naná ficou preocupada e eu também. Aconteceu alguma coisa?

ANTÔNIO – Não seu Caruso, eu só sair para espairecer um pouco a mente, mas esqueci de avisar a Naná.

CARUSO – Se tiver acontecendo alguma coisa, você pode conversar comigo, você sabe não é? Nós somos amigos, você é meu compadre.

ANTÔNIO – Eu sei seu Caruso, mas não aconteceu nada não, pode ficar tranquilo. (abre a porta traseira do carro)

CARUSO – Estou de olho em você. (entra no carro)

CORTA PARA

CENA 5. SALVADOR.HOTEL FASANO. EXT. ENTRADA. DIA.

Murilo e Helena chegam ao Hotel onde Murilo irá se hospedar. Eles param na entrada do Hotel e conversam.

HELENA – Isso foi a coisa mais aleatória que já fiz na minha vida, passei a procissão inteira do lado de um cara que eu nem conheço e ainda trouxe ele para um hotel.

MURILO – (sorrir) Também foi bastante aleatório para mim, chegar numa cidade que eu nunca vim antes e participar de uma procissão do lado de uma mulher que nunca vi na vida, mas quero que saiba que eu só participei por sua casa. Eu gostei de você logo que te vi.

HELENA – Sabe que eu também gostei de você? Gostei muito da maneira que a gente se conheceu, no meio de uma procissão. (rir) Mas provavelmente essa vai ser a última vez que a gente vai se ver.

MURILO – Última vez por quê? Eu quero te ver novamente.

HELENA – Você é um rapaz bonito, veio lá do Rio de Janeiro, com certeza deve ser de boa família e deve ter uma namorada. Vai querer o que comigo? A gente não tem futuro juntos.

MURILO – Você não acha que é um pouco demais achar que sabe o que eu quero? Quem saber o que eu quero sou eu, você não pode falar por mim! Mas mesmo assim, obrigado por ter me trazido aqui. (caminha em direção a entrada do hotel).

HELENA – Espera!

Murilo para e olha de volta para Helena.

HELENA – Você disse que é a primeira vez que você vem a Salvador, e eu conheço bem a cidade. Não quer ir comigo conhecer a cidade? Posso te apresentar.

MURILO – (sorrir) Claro que eu quero, posso deixar a mochila aqui pelo menos?

HELENA – Claro que pode, se quiser trocar de roupa também e colocar alguma coisa mais fresca. Te espero aqui embaixo.

MURILO – Já volto.

CORTA PARA

CENA 6. APARTAMENTO DE MELISSA. INT. BANHEIRO. DIA.

Melissa está relaxando de olhos tampados em sua banheira repleta de espuma enquanto ouve a música “simplesmente mulher” que toca no seu celular que está apoiado ao lado da banheira. Noêmia, sua empregada bate na porta e entra no banheiro.

NOÊMIA- (grita) Dona Melissa! Dona Melissa!

Melissa retira os tampões dos olhos e dar pause na música que toca no celular.

MELISSA – O que foi?

NOÊMIA – A dona Bárbara está te esperando lá fora, ela quer falar com a senhora.

MELISSA – Justo na hora do meu banho! Diga a ela que eu já vou.

CORTE IMEDIATO PARA

CENA 7. APARTAMENTO DE MELISSA. INT. SALA. DIA.

Melissa entra na sala enrolada em um roupão rosa e encontra Bárbara sentada na sala.

MELISSA – Duas visitas com tão pouco espaço de tempo, o que está acontecendo minha filha?

BÁRBARA – O Murilo mamãe, ele viajou para Salvador a trabalho e não teve nem a coragem de me avisar. Ele nem foi capaz de ligar para avisar que chegou.

MELISSA – Eu tinha dito a você que esse namoro de vocês não ia sair de onde está, mas pelo visto vai sair sim, e vão terminar os dois solteiros.

BÁRBARA – Não fala isso nem brincando mamãe, eu sou completamente apaixonada pelo Murilo.

MELISSA – Não é recíproco minha filha, você não enxerga isso?

BÁRBARA – É só uma fase, o Murilo vai me pedir em casamento e nós vamos ficar juntos.

MELISSA – Você realmente quer se casar com o Murilo?

BÁRBARA – É o que eu mais quero!

MELISSA – Então use o velho truque da barriga, assim que ele voltar diga ao Murilo que está grávida, isso forçará o Murilo a se casar com você, isso se ele realmente for esse homem certinho que todos desenham.

BÁRBARA – Fingir gravidez? Isso é tão passado.

MELISSA – Tenho certeza que a sua madrasta usou esse golpe com seu pai, e funcionou muito bem. Mas você é quem sabe, eu aposto que assim que ele voltar dessa viagem ele acaba com o namoro de vocês.

CORTA PARA

CENA 8. SALVADOR. CENTRO HISTÓRICO. EXT. DIA.

SONOPLASTIA: Palavras ao vento – Cássia Eller

Murilo e Helena caminham pelo centro histórico de Salvador, passam pela Catedral Basílica de Salvador, pela primeira universidade de medicina do Brasil, chegam até o terreiro de Jesus e assistem um grupo de capoeira se apresentando. Caminham até a Igreja de São Francisco, e entram, Murilo fica impressionado com a beleza da igreja que é tem sua arquitetura interna toda feita em ouro. Saindo da igreja eles vão até o pelourinho e andam pelas ruas do pelourinho, eles avistam um pequeno grupo do Olodum se apresentando e dançam juntos ao som do Olodum. Durante a dança, Murilo segura Helena no braço e a beija pela primeira vez, o beijo é retribuído por Helena.

Caminhando pela orla da Barra, eles avistam uma banca de baiana de acarajé e vão até ela.

HELENA – (para baiana) Vamos querer um acarajé e um abará, com salada, vatapá e camarão.

HELENA – (para Murilo) Você come pimenta.

MURILO – Sim, mas pouco.

HELENA – (para baiana) E um pouquinho de pimenta, por favor.

A baiana serve o abará e o acarajé e entrega para Helena e Murilo, eles caminham até as proximidades do farol da barra, sentam-se juntos na grama e comem enquanto acompanham o sol se pondo.

CORTA PARA

CENA 9. RIO DE JANEIRO. EXT. NOITE/DIA.

SONOPLASTIA: Palavras ao vento – Cássia Eller

Tomada de vários pontos da cidade do Rio de Janeiro durante a noite, amanhecendo e movimentações durante o dia. A última tomada deve ser da parte externa da Castro Cosméticos.

LEGENDA: DIAS DEPOIS

SONOPLASTIA: OFF

CORTA PARA

CENA 10. CASTRO COSMÉTICOS. INT. SALA DA PRESIDÊNCIA. DIA.

Helena entra na sala carregando sua bolsa e Beatriz vem logo em seguida carregando uma pasta. Helena coloca a bolsa sobre a mesa e se senta em sua cadeira.

HELENA – Alguma notícia do Murilo?

BEATRIZ – Ele ligou ontem á tarde, já foi tudo resolvido na Bahia e ele volta hoje à noite.

HELENA – Ainda bem que deu tudo certo por lá e ele ainda vai conseguir chegar a tempo do lançamento da nova coleção de fragrâncias.

BEATRIZ – Sim, tudo saiu como planejado.

HELENA – Alguma novidade?

BEATRIZ – Uma grande novidade, e eu acho que de todas que eu tenho para te falar essa é q que você mais vai gostar.

HELENA – (sorrir) Eu adoro ouvir boas novidades, o que aconteceu?

BEATRIZ – A Time quer fazer uma reportagem sobre você, contando a sua história de como chegou na presidência da Castro Cosméticos e se tornou a empresária do ano, e eu contei a eles sobre a sua filha que foi sequestrada e eles toparam publicar essa história também junto com uma foto da Maitê. Eu sei que essa foto já foi muito divulgada, mas os tempos hoje são outros, com o avanço da internet e com a Time sendo uma revista de alcance mundial, acredito que pode ajudar na sua busca.

HELENA – É maravilhoso! (sorrir) Só de eu ter a oportunidade de falar sobre a minha filha já é uma chance de que alguém que saiba algo sobre ela em qualquer lugar do mundo possa me ajudar a encontrá-la.

BEATRIZ – Sim, vai ser uma grande chance para que isso aconteça.

HELENA – Obrigada por ter lembrado desse ponto tão delicado da minha vida, isso foi de uma sensibilidade sem tamanho. (Sorrir)

CORTA PARA

CENA 11. SALVADOR. HOTEL FASANO. INT. QUARTO. DIA.

Helena e Murilo estão deitados abraçados na cama.

HELENA – Eu não queria que você fosse embora, esses dias ao seu lado foram tão maravilhosos.

MURILO – Eu preciso ir, mas eu volto, eu prometo que vou voltar e vai ser para te buscar.

HELENA – Você promete que volta e não vai me abandonar?

MURILO – Eu prometo. (sorrir)

HELENA – Se você não voltar, eu vou atrás de você no Rio de Janeiro. Olha que eu não tô brincando. (rir)

MURILO – Isso só iria facilitar ainda mais, porque ai eu não precisaria voltar aqui para te buscar. (rir e beija Helena)

CONGELAMENTO EM MURILO BEIJANDO HELENA.


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