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Maré Alta - Capítulo 11

 





MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 11


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE

Continuação imediata do capítulo anterior. GREGÓRIO ainda está em choque diante de tudo que ele acabou de ouvir. CASSIANO continua em sua frente o olhando de um jeito sério e destemido. O choque no olhar de GREGÓRIO vai mudando para raiva e ódio. Ele está ficando fora de si. 


Gregório — (incrédulo) Que espécie de brincadeira é essa? Quem foi que te falou sobre isso? 

Cassiano — É sério que você ainda não está acreditando no que eu te contei, Gregório? Você está na frente do filho da mulher que você matou. Eu vou te colocar na cadeia. 

Gregório — Eu sabia desde o começo que a sua chegada em Porto da Areia era um sinal de mal agouro. E eu tava certo desde o princípio. Eu não sei do que está falando.

Cassiano — Não seja hipócrita, Gregório. Eu estava lá na cabana naquele dia que você mandou matar a minha mãe. Eu cresci com o desejo de te destruir. É uma pena que a Lívia não tenha entendido o meu lado na história.


GREGÓRIO fica mais furioso. CASSIANO está firme em seu propósito. Eles não eorfebrn que LÍVIA está ouvindo toda a conversa do segundo andar da mansão.


Gregório — Seu desgraçado…. Você não tinha nada que contar isso para a Lívia. O que você está querendo? Me jogar contra ela? 

Cassiano — Eu não preciso desses joguinhos sujos, Gregório. Eu deixo isso para você. No começo eu pensei que foi você mandou colocar fogo na associação. Mas agora eu vejo que nem você seria capaz disso. 

Gregório — O que você está querendo de mim? Que eu te peça perdão pelo o que eu fiz? Isso jamais vai acontecer, Cassiano. Esquece. 


CASSIANO continua firme do que ele está procurando. 


Cassiano — (firme) Eu não estou procurando perdão, Gregório. Eu amo muito a sua neta, mas eu não vou descansar enquanto eu não te ver atrás das grades. É o mínimo que você merece. 

Gregório — A sua presunção chega até ser engraçada, Cassiano. Eu nunca vou ser preso. E sabe porque? Eu mando e desmando nessa cidade. Eu sou a lei. 

Cassiano — Isso é o que nós vamos ver, Gregório. A bte wswwZzzmorte da minha mãe não vai fica impune.


CASSIANO está repleto de coragem. Ela olha e percebe LÍVIA o encarando. GREGÓRIO também olha para LÍVIA e depois lança um olhar cínico para o nosso protagonista. Em seguida CASSIANO vai embora sem dizer nada.

CORTA PARA/


CENA 02. CASA DE FÁTIMA. QUARTO DE LENITA. INTERIOR. TARDE 

LENITA vem entrando no quarto e o seu olhar demonstrando a imensa tristeza que ela está sentindo. Logo depois FÁTIMA também entra no quarto e percebe o jeito entristecido de sua amiga. Ela tenta consolar LENITA, mas isso não é possível. As lágrimas vão escorrendo pelos olhos dela sem controle. 


Lenita — (chorando) 25 anos…. Todos esses anos eu nunca esqueci do meu filho, Fátima. Todo esse tempo que eu passei naquela casa de repouso eu sempre quis ver o Cassiano. 

Fátima — É claro que sim, Lenita. Você não mereceu passar por tudo que você passou. O Gregório não tinha o direito de fazer isso.

Lenita — E tudo isso porque? Por causa daquele maldito segredo. Isso não é muito justo. 

Fátima — Eu nunca entendi essa história, Lenita. Que segredo é esse do Gregório que você tanto esconde? Porque você não me conta? 


LENITA se senta na cama. Ela está muito angustiada. 


Lenita — Eu queria tanto te contar, Fátima. Mas eu não quero te colocar em risco. Se o Gregório descobrir ele não vai pensar duas vezes em te tirar do caminho igual fez comigo. 

Fátima — Eu não estou me importando com isso agora, Lenita. O Cassiano continua querendo se vingar do Gregório. Deve ter acontecido alguma coisa bem séria para você ter sumido. Me conta o que é. 

Lenita — Tudo bem, Fátima. Mas eu espero que você não sinta raiva de mim. (P) O Gregório me manteve presa naquela casa de repouso porque eu descobrir que foi ele que matou a Berenice. Ela matou a própria filha. Ele fez isso para não perder o poder que sempre teve. 

FÁTIMA fica em estado de choque. LENITA chora mais. 


Fátima — (séria) Se isso for verdade o Cassiano está correndo muito perigo, Lenita. O Gregório é bem pior que eu imaginava. 

Lenita — Agora você está me entendendo, Fátima? Por isso eu não posso ainda me revelar para o meu filho. O Gregório pode tentar matar ele. E eu não iria aguentar isso. 


FÁTIMA está totalmente abismada. Ela fica sem reação. 

CORTA PARA/


CENA 03. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE 

A câmera vai acompanhando os passos de LÍVIA que vai descendo as escadas da mansão. Assim que ela chega na sala de estar ela fica na frente de GREGÓRIO que esboça um sorriso de falsidade. LÍVIA está bastante séria com tudo que ela ouviu. GREGÓRIO olha para ela friamente.


Gregório — (fingindo) Lívia…. Eu não sabia que você estaria aqui. Pelo visto você ouviu a minha conversa com aquele infeliz do Cassiano. Agora que você já sabe toda a verdade você pode ver que eu fui uma vítima dessa história. Eu não sou o seu inimigo.

Lívia — Você acha só porque eu não estou mais junto do Cassiano eu vou acreditar nas suas mentiras? Pode acreditar. Nada mudou. 

Gregório — Você não pode estar falando sério, Lívia. Você ouviu todas as atrocidades que ele me acusou. Você tem que ficar do meu lado.

Lívia — E sabe o que é o pior? Eu te defendi na frente do Cassiano. Mas eu não tenho tanta certeza assim se é tão inocente quanto você diz ser. Eu tenho as minhas dúvidas. 


O sorriso cínico de GREGÓRIO vai se desfazendo. 


Gregório — De quem você está duvidando, Lívia? Do homem que te criou como uma filha? Você nem conhece esse Cassiano direito. 

Lívia — Ele salvou a minha vida. Se não fosse pelo o Cassiano eu estaria morta agora. 

Gregório — E mesmo assim ele te decepcionou. (T) Você jogou fora um relacionamento de anos com o Tom que é um bom homem pri causa disso? Esse seuenrro vai custar caro. 


LÍVIA fica muito incomodada. GREGÓRIO a encara. 


Lívia — (séria) As vezes eu penso que você não quer o meu bem, Vô. O Tom foi o pior erro da minha vida. Ele me traiu com aquela dissimulada da Ana Rosa. E você ainda queria que eu me casasse com ele?

Gregório — Você é muito apegada aos detalhes, Lívia. O amor não é isso que vocês jovens pensam. E sim algo que é construído através de relações que nos interessam. 


LÍVIA fica enojada com o que ouve. Ela sai para o jaridm da mansão. A câmera fica mostrando o olhar frio de GREGÓRIO que não demonstra nenhum tipo de arrependimento.

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, ANOITECE.


CENA 04. PENSÃO DE JOSEFA. SALA. INTERIOR. NOITE 

CLOSE em JUCA que está em canto da sala totalmente de cabeça baixa. Logo depois MISAEL entra na pensão e ele percebe que o menino está completamente sozinho. Ela se ajoelha ao lado de JUCA. Em seguida JOSEFA e tra na sala e fica desesperada ao ver MISAEL em sua frente.


Josefa — (surpresa) Misael??? É você mesmo? O que você pensa que está fazendo aqui? 

Misael — Você achou mesmo que iria conseguir me manter afastado do meu filho, Josefa? Onde está a Roseli? Eu exijo que me fale agora. 

Juca — Você é o meu pai? Eu sonhei tanto com esse momento. E onde a minha mãe? 

Misael — Responde a pergunta do garoto, Josefa. Onde está a Roseli. Você vai ter coragem de mentir para uma criança? Diz anda logo. 


JOSEFA fica totalmente encurralada. MISAEL sorri. 


Josefa — É melhor você ir para o seu quarto, Juca. Eu vou conversar com esse senhor. Eu não quero que você fique ouvindo a conversa.


Mesmo a contragosto JUCA sai sala. JOSEFA olha para MISAEL com bastante raiva presente em seu olhar. 


Josefa — O que você quer aqui, Misael? Depois de todos esses anos você aparece para estragar a relação com o meu filho. Eu não vou deixar que você e a Roseli façam fa minha vida um verdadeiro inferno.

Misael — Seu filho? Você está fora da realidade mesmo Josefa. Você roubou o Juca e acha que ele é seu filho. Mas eu não quero ele. Eu nunca quis. Eu só quero a Roseli. 

Josefa  — Eu não eu onde ela está. Porque vocybai vai embora? Eu não te quero aqui.


MISAEL continua no mesmo lugar que se encontra.


Misael — (ameaçando) Em seu lugar eu não tentaria ne enfrentar, Josefa. Você tem muito a perder. Você vai dizer o que eu quero? 

Josefa — Eu diria se eu soubesse. Mas juro que eu não sei. Não faça nada com o Juca.


MISAEL não diz nada. Ele vai embora da pensão em total silêncio. JOSEFA cai de joelhos e fica muito desesperada. 

CORTA PARA/


CENA 05. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE

BABY vai entrando na sala de estar do sobrado e ela parece estar muito incomodada. A câmera mostra a tristeza em seus olhos. Quem aparece para te consolar é ROSELI que vê a tristeza da jovem e lança um olhar de ternura para BABY. A patricinha finalmente consegue respirar aliviada.


Roseli — O que foi que houve com você, menina? Eu sei que eu te conheço muito pouco, mas você pode sempre contar comigo. Acredite. 

Baby — (triste) Eu fui na c asa de um rapaz me desculpar pelo jeito que eu tratei ele, mas tudo que eu encontrei foram palavras difíceis de ouvir. Eu não merecia ouvir isso.

Roseli — Você gosta dele, não é mesmo? Eu consigo ver isso no seu olhar. Você pode até mentir para mim. Mas você sabe a verdade. 

Baby — Porque todo mundo está falando isso? Eu e aquele pescador somos de mundos totalmente diferentes. Isso nunca daria certo.


BABY e ROSELI se sentam no sofá. ROSELI toca suavemente aos mais de BABY como uma mãe faria. 


Roseli — Tudo bem, Baby. Eu não quero te irritar ainda mais. Mas no fundo você sabe que tido o que está dizendo não é verdade. 

Baby — Porque eu estou me sentindo assim? Eu nunca fui me olhar para alguém como ele. 

Roseli — É amor, Baby. Quando acontece não tem como explicar. O que devemos fazer é nós entregar de corpo e alma. Sem restrições. 


BABY fica negando o que ela está sentindo. Ela se levanta do sofá e parece estar bastante incomodada. ROSELI a olha.


Baby — (inconformada) Eu me recuso a acreditar isso, Roseli. Eu não posso estar com sentimentos por aquele troglodita. Isso não pode estar acontecendo comigo.

Roseli — Eu sei que isso deve ser novo para você, Baby. Mas no fundo você sabe o que está sentindo. Não negue esse sentimento. 


BABY fica totalmente pensativa. ROSELI a olha sorrindo. 

CORTA PARA/


CENA 06. VILA DOS PESCADORES. EXTERIOR. NOITE

Um carro vem chegando até a vila de pescadores. De dentro do carro sai GREGÓRIO que vai caminhando pelo local

 Logo depois quem vem na direção contrária é SANDOVAL que fica frente a frente com GREGÓRIO que o olha com muito desprezo. SANDOVAL demonstra impaciência. 


Sandoval — (sem paciência) O que quer aqui, Gregório? Você ainda tem coragem de aparecer aqui depois de tudo que fez?

Gregório — Eu não devo satisfações para você, Sandoval. Mas nunca insinue que eu seria capaz de matar a minha própria neta. Eu sou não um monstro que você está imaginando. 

Sandoval — E quem mais poderia querer destruir a associação? Eu acredito que você não quis matar a Lívia, mas nada muda o fato de que você odeia todos aqui da vila. 

Gregório — Nisso eu sou obrigado a concordar com você. Mas o que me traz aqui é outro assunto. (P) Você e esses imundos dessa vila vão ter sumir daqui o quanto antes. Eu jurei que iria acabar com esse lugar pérfido e agora eu vou cumprir a minha promessa.


SANDOVAL está sem acreditar na audácia de GREGÓRIO.


Sandoval — Quantas vezes eu vou ter que dizer que nós vão a lugar nenhum? Você não pode fazer a respeito, Gregório. É melhor você desistir. Nem todo o seu dinheiro vai fazer com que saíamos da vila. 

Gregório — Isso é o que nós vamos ver, Sandoval. Não esqueça que eu mando nessa cidade. Eu sempre consigo o que eu quero. 

Sandoval — Esse é o seu problema, Gregório. Você acha que com o seu dinheiro você pode fazer o que quiser. Por sua culpa eu fiquei longe da minha filha por muito anos. Mas eu cansei de ficar longe dela. Eu vou dizer toda a verdade para a Lívia. Ela merece saber como a mãe dela morreu.


O ódio de GREGÓRIO vai aumentando. SANDOVAL demonstra não estar com medo. Ele confronta o vilão. 


Gregório — (frio) Quem você pensa que é? Eu não vou admitir que você conte nada para a Lívia. Isos não vai acontecer, Sandoval. Eu deveria ter ter matado quando tive chance. 

Sandoval — Eu posso fazer o que eu quiser, Gregório. Você não vai ter como me impedir. Eu vou falar a verdade para a minha filha. 


GREGÓRIO fica possesso de tanta raiva. Ele entra em seu carro e vai embora. SANDOVAL está bastante decidido.

CORTA PARA/


CENA 07. CASA DE TOM. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE

A câmera mostra que ANA ROSA está perto do armário de bebidas e ela está tomando um copo de whisky atrás do outro. Nesse momento TOM entra em sua casa e ele percebe que a vilã está fora de si e com muita raiva em seu olhar.TOM chega perto de ANA ROSA e fica a infernizando. 


Tom — (ardiloso) O que foi que aconteceu com você, Ana Rosa? Deixa eu ver se eu adivinho. Aquele infeliz do Cassiano te deu um fora de novo não é mesmo?

Ana Rosa — O que você tem haver com isso, Tom? Isso não é dda sua conta. O Cassiano acha que pode ficar me humilhando. Mas ele vai  caro pelo o que fez comigo. 

Tom — Você nunca vai era melhor que a Lívia. Você é uma mulher apenas para diversão, Ana Rosa. Você não é alguém de classe. 

Ama Rosa — Como você tem coragem de dizer isso na minha cara, Tom? Você não é muito melhor do que eu não. Eu ainda vou conseguir tudo o que eu quero. Eu vou destruir a Lívia.


ANA ROSA fica muito descontrolada. TOM sorri bem cinco. 


Tom — E o que você está querendo fazer dessa vez, Ana Rosa? O seu último plano não deu certo. Você está querendo arruinar tudo o que conquistei até esse momento. 

Ana Rosa — Você é igual ao Cassiano. São dois idiotas que acham que podem me desprezar. 

Tom — Eu não vou deixar que você estrague os meus planos de me casar com a Lívia. Ela ainda vai comer na palma da minha mão.


ANA ROSA vai perdendo todo o seu controle. Ela tenta avançar em TOM, mas o vilão a empurra com força.


Ana Rosa — (fora de si) O que você acha que está fazendo, Tom? Você ainda precisa de mim. 

Tom — Desde quando eu precisei de você, Ana Rosa? Agora tudo o que eu preciso é me casar com a Lívia e depois eu posso me livrar dela. E você não vai impedir. Agora eu quero que você saia da minha casa.


TOM pega ANA ROSA pelo braço com muita brutalidade. Ele joga ela na rua o que deixa a vilã muito frustrada.

CORTA PARA/


CENA 08. PORTO DA AREIA. CAIS. EXTERIOR. NOITE

Em plano geral vemos que CASSIANO está andando sozinho pelos cais do porto. Ele olha para o céu estrelado que faz na cidade. O local está totalmente escuro que é só iluminado pelo brilho do farol que vem de longe. Logo depois CASSIANO sente alguém tocar suavemente em seu ombro. Ele se vira e fica surpreso ao ver LÍVIA em sua frente. 


Cassiano — (surpreso) Lívia…. Eu precisava tanto te ver. Mas eu não sabia se você iria querer me encontrar. Eu preciso me explicar com você.

Lívia — E você acha que o que você me disse me disse no hospital tem explicação, Cassiano? Eu me apaixonei por você, mas acho que nem esse sentimento é capaz de fazer você esquecer a sua vingança. Eu sinto muito, mas a gente nunca iria dar certo.

Cassiano — Eu só quero que você tente me entender, Lívia. Como você acha que eu senti quando a minha mãe morreu na minha frente? 

Lívia — E você acha que eu não sei como você se sente, Cassiano? A minha mãe morreu quando eu era muito nova e eu nem sei quem é o meu pai. Eu sei como se sente.


CASSIANO fica em silêncio. LÍVIA está com os olhos marejados. CASSIANO não sabe o que dizer.


Cassiano — Eu não sabia disso, Lívia. Eu jamais poderia imaginar que isso tivesse acontecido com você. Mas eu não posso esquecer o que o seu avô me fez. Eu não consigo. 

Lívia — Eu vim aqui para ver se a gente poderia se entender, Cassiano. Mas eu estou vendo que isso não será possível. É lamentável. 

Cassiano — Eu nunca planejei me apaixonado pela neta do homem que eu mais odeio. Mas você é diferente, Lívia. Eu quero ficar com você. Mas eu não posso desistir de fazer justiça com a morte da minha mãe.


LÍVIA enxuga as lágrimas em seu rosto. Ela está seria.


Lívia — (séria) O que você quer não é justiça, Cassiano. É vingança. Eu não aceito isso. Você está querendo destruir a vida do meu avô. Ele tem muitos defeitos. Mas ele não é um assassino. Me recuso a acreditar. 

Cassiano — Eu sinto muito que você pense desse jeito, Lívia. O que eu sinto por você eu nunca senti por ninguém. Mas eu vou até o fim com para fazer justiça pela minha mãe. 


As lágrimas continuam a escorrer pelos olhos marejados de LÍVIA. CASSIANO tenta se aproximar de nossa protagonista, mas ela se nega. LÍVIA vai embora do cais deixando CASSIANO totalmente sozinho. 

CORTA PARA/


CENA 09. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. ENTRADA. EXTERIOR. NOITE 

ROSELI está parada na entrada do sobrado totalmente perdida em seus pensamentos. Ela está pensando em seu filho. Sem que ROSELI pudesse perceber MISAEL vai se aproximando dela e tapa a sua boca deixando ela totalmente apavorada. O olhar de ROSELI mostra todo o seu medo. 


Misael — (sussurrando) Sentiu minha saudade, Roseli? Eu te falei que eu iria conseguir te achar em qualquer lugar do mundo. Não disse? Eu achei o nosso filho. E vocês dois vão vir comigo para longe desse cidade.


MISAEL vai tira do as mãos da boca de ROSELI. Ela vai ficando cada vez mais desesperada. MISAEL a encara. 


Roseli — O que você ainda quer comigo, Misael? Eu pensei que nunca mais iria te ver na minha vida. Porque não me deixa em paz? 

Misael — Quer paz? Vá para a igreja. Você é minha mulher até eu dizer o contrário. (T) Mas tem algo que você pode fazer por mim. Se eu não me engano quem mora nesse sobrado é o prefeito. Você vai pegar uma boa aisnfis em dinheiro e a gente vai embora. 

Roseli — Você não pode estar falando sério, Misael. Eu não posso fazer isso. O Aníbal me recebeu tão bem. Ele não merece isso. 


MISAEL fica muito furioso. Ele parece estar fora de si. 


Misael — Agora finalmente eu estou entendendo o motivo da sua recusa. Então quer dizer que você veio pedir ajuda para o maldito do seu ex-namorado? Você é uma infeliz, Roseli. 

Roseli — Você não me deixou outra escolha, Misael. Eu sofri demais com você. Eu não quero mais isso. Para mim acabou. 

Misael — Acabou? Você vai ser minha até quando eu quiser. Ou quer que o seu filho pague caro por sua teimosia? Você escolhe. 


ROSELI está com muito medo. MISAEL a ameaça.


Roseli — (suplicando) Você não pode fazer isso, Misael. O Juca também é seu filho. Você não pode ser tão ruim a esse ponto. 

Misael — E você acha que eu me importo com isso? Você tem dois para fazer o que eu mandei ou então eu farei algo que você vai se arrepender. Pode acreditar em mim.


MISAEL vai embora sorrindo. ROSELI fica sem reação.

lCORTA PARA/


CENA 10. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE 

CLOSE em CLARICE que está sentada no sofá da sala de estar da mansão. A câmera vai mostrando ELEANOR descendo as escadas da mansão. Ela.vai na direção de CLARICE que ainda não está entendendo o que está acontecendo. ELEANOR se senta ao seu lado. 


Eleanor — Eu fico feliz que você tenha vindo tão rapidamente, Clarice. O que eu tenho para falar com você não pode mais esperar.

Clarice — (confusa) Eu confesso que eu fiquei surpresa com a sua ligação, dona Eleanor. Mas o que a senhora deseja comigo? 

Elanor — Você sempre foi a melhor amiga da minha neta, Clarice. Mas eu sei que você sempre foi apaixonada pelo Sandoval. Eu quero te ajudar a conquistar ele. O que você acha?

Clarice — A senhora não pode estar falando sério, dona Eleanor. Porque a senhora está fazendo isso? Qual a sua intenção?


ELEANOR fica mais séria. Ela tem uma certeza no olhar.


Eleanor — O que eu vou te contar ninguém vai poder saber, Clarice. Nem mesmo a Lívia. (P) Há muitos anos atrás o Sandoval e a minha filha Berenice tiveram uma história muito bonita. O Sandoval é o verdadeiro pai da Lívia. 

Clarice — Eu nem sei o que dizer, dona Eleanor. Mas porque a senhora está me contando isso? Eu não estou conseguindo entender.

Eleanor — O Sandoval nunca aceitou a morte da minha filha, Clarice. Ele nunca conseguiu seguir em frente. E você pode ajudar ele. 


CLARICE fica sem jeito. ELEANOR toca em sua mão.


Clarice — (sem jeito) Eu nem sei o que dizer, dona Eleanor. É verdade que eu amo o Sandoval. Mas ele nunca demonstrou que sente o mesmo por mim. É melhor eu desistir. 

Eleanor — Bem pense em fazer isso, Clarice. Eu vou te ajudar a conquistar o Sandoval. Você pode confiar em mim. Você vai conseguir. 


CLARICE fica sem terno que dizer. ELENOR sorri.

CORTA PARA/


CENA 11. CASA DE ZÉ BATALHA E ONDINA. QUARTO DE FRANCHICO. INTERIOR. NOITE 

FRANCHICO está em seu quarto e ele não consegue parar de pensar em BABY. A porta do quarto vai se abrindo e ZÉ BATALHA se senta na cama ao lado de seu filho. A presença de seu pia faz com FRANCHICO seja trazido para a realidade. ZÉ BATALHA toca no ombro de seu filho.


Zé Batalha — Agora a gente vai ter uma conversa, Franchico. (P) Que atitude foi aquela que você teve com a Baby? Eu não gostei nada do seu jeito de agir. Eu e o Prefeito Aníbal somos amigos há muitos anos. Eu espero que isso nunca mais se repita. 

Franchico — (sério) Eu não fiz nada demais, pai. Eu apenas tratei aquela patricinha da mesma forma que ela me tratou. Simples assim. 

Zé Batalha — Não me interessa, Franchico. Não foi essa educação que eu dei para você. Até parece que aquela garota mexeu com você. 

Franchico — Do que o senhor está falando, pai? Eu jamais iria me interessar por ela. Nunca! 


ZÉ BATALHA se levanta da cama. FRANCHICO tenta fingir. 


Zé Batalha — Você acha mesmo que eu não te conheço, meu filho? Dá para perceber um brilho diferente no seu olhar. Se você está gostando mesmo da Baby você sabe que vai precisar pedir desculpas para ela. 

Franchico — E porque eu preciso fazer isso, pai? Aquela garota tem o poder de me irritar. Parece que ela sente prazer em me provocar. Nós somos de mundos diferentes. 

Zé Batalha — Eu não sabia que você era preconceituoso, meu filho. Vocês realmente são de mundos diferentes. Mas é justamente isso que dá um tempero todo especial.


FRANCHICO fica bastante pensativo. A câmera mostra que ZÉ BATALHA olha para seu filho com ternura. 


Franchico — (pensativo) Eu sinceramente não sei o que pensar, pai. Ao mesmo tempo que a Baby me encanta ela também me irrita. Eu não sei explicar esse sentimento. 

Zé Batalha — Eu não posso dizer o que você deve fazer, Franchico. Você já é adulto. Mas eu só digo uma coisa. Não deixa escapar essa chance. Você ainda pode se arrepender. 


ZÉ BATALHA sai do quarto. FRANCHICO fica bastante dividido entre o sentimento e a raiva que sente por BABY. 

CORTA PARA/


CENA 12. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. JARDIM. EXTERIOR. NOITE

Em um plano aberto a câmera mostra que LÍVIA vem andando pelo jardim da mansão. A câmera vai se aproximando e mostra as lágrimas escorrendo por seus olhos. Quem vem vindo em sua direção é EULÁLIA que sente muita pena da situação que LÍVIA se encontra.


Eulália — Minha menina…. Como você está se sentindo? Eu já estou sabendo do que aconteceu. Tem algo que eu possa fazer? 

Lívia — (triste) Infelizmente não, Dinda. Eu pensei que eu finalmente tinha encontrado a felicidade. Mas eu estava enganada. O Cassiano prefere se vingar do meu avô do que qualquer outra coisa.

Eulália — Do que você está falando, Lívia? Como assim se vingar do seu avô? Eu não estou conseguindo entender nada que você disse. 

Lívia — O Cassiano é filho de uma empregada que trabalhou muito tempo aqui na mansão. Talvez você se lembra dela, Dinda. Ela se chamava Lenita. Agora o Cassiano quer a todo custo acabar com a vida do meu avô.


EULÁLIA fica abismada. LÍVIA não percebe nada diferente. 


Eulália — Eu acho melhor você ficar afastada desse homem, Lívia. Vai ser melhor para todo mundo se ele não te procurar mais. 

Lívia — Que história é essa, Eulália? Agora até você está me dizendo isso. (P) Eu sinto que você está me escondendo alguma coisa. 

Eulália — É impressão sua, Lívia. Eu apenas espti tentando te proteger. Da mesma forma que a sua mãe iria querer fazer. É só isso.


LÍVIA fica desconfiada. EULÁLIA fica muito nervosa. 


Lívia — (firme) Isso está muito estranho, Eulália. Eu sinto que alguma coisa está acontecendo. Se você não quer me contar eu vou descobrir sozinha.

LÍVIA vai caminhando na direção da mansão. EULÁLIA fica parada sem reação enquanto ela fica olhando para LÍVIA.

CORTA PARA/


CENA 13. PORTO DA AREIA. RUA. EXTERIOR. NOITE

ANA ROSA vem caminhando pelas ruas da cidade que estão totalmente vazias. O som das ondas do mar podem ser ouvidas de longe. A câmera vai girando e mostra ONDINA indo na direção de sua filha. Ela para na frente de ANA ROSA que mesmo assim continua sendo muito prepotente. 


Ondina — Minha filha… Finalmente eu te encontrei. Eu estava ficando muito preocupada com você. Onde você está ficando? Me diz a verdade. Eu sou forte para ouvir. 

Ana Rosa — (fingindo) Eu não tenho para onde ir. Eu estava na casa de uma pessoa e essa pessoa me jogou no meio da rua. Agora eu não sei para onde eu estou indo. 

Ondina — Se eu pudesse eu te levaria para casa, Ana Rosa. Mas você sabe como o seu pai é. Ele não aceitou o que você fez com a Lívia. Até agora eu não entendo tudo isso. 

Ana Rosa — Isso é tudo mentira, mãe. A Lívia está querendo me prejudicar. Acredita em mim. 


ANA ROSA estica as mãos. OBDINA segura as mãos dela. 


Ondina — Eu acredito em você, minha filha. Mas eu sei exatamente onde você poderá ficar. A pensão da Josefa. Eu sei que ela vai aceitar. 

Ana Rosa — A pensão? Eu não acho isso uma boa idéia. Aquele lugar para alguém como eu. 

Ondina — Isso não é hora de dar um chilique, Ana Rosa. Essa é a única solução que eu encontrei. Você não tem outra escolha. 


ANA ROSA fica furiosa. ONDINA percebe o jeito de sua filha. 


Ana Rosa — (ardilosa) Tudo bem eu aceito. Mas eu não vou ficar muito tempo naquele lugar. 

Ondina — Como você quiser, minha filha. Agora vamos. Você não pode continuar aqui sozinha. Eu prometo que vou te proteger. 


ANA ROSA e ONDINA vão caminhando sozinhas pela rua. 

CORTA PARA/


CENA 14. GRUPO “PESCADOS MARÍTIMOS”. SALA DE GREGÓRIO. INTERIOR. NOITE 

A câmera mostra que GREGÓRIO e TOM estão reunidos na empresa totalmente sozinhos. A luz do ambiente está em um tom bastante soturno. GREGÓRIO está bastante sério enquanto o olha de um jeito ardiloso. GREGÓRIO joga uma foto de SANDOVAL na mesa. TOM fica intrigado.


Gregório — (sério) Eu espero que você tenha entendido o que eu estou querendo, Tom. O Sandoval nos trouxe problema demais. Para nós conseguirmos os 50 milhões de dólares teremos que tirar o Sandoval do caminho. 

Tom — E o que você tem em mente, Gregório? Por mim eu matava o Sandoval agora mesmo. Ele conseguiu me tirar do sério. 

Gregório — Mas isso em que ser feito de um jeito que a responsabilidade disso não recaia sobre mim. E isso você vai ter que fazer. 

Tom — Eu sei exatamente o que eu vou fazer, Gregório. Vou implantar uma bomba no barco do Sandoval. E quando ela explodir em alto mar ninguém vai dizer que fomos nós. E assim teremos o controle da vila. 


GREGÓRIO sorri bem malicioso. TOM está decidido.


Gregório — Antes disso eu quero que você arranje uma procuração para tirar aqueles ribeirinhos da vila. Eu vou acabar com essa farra de uma vez por todas. 

Tom — Isso vai ser muito fácil, Gregório. Mas nós também precisamos dar um jeito no Cassiano. Ele não pode ficar por aí. 

Gregório — Eu sei disso, Tom. Mas com o Cassiano eu me resolvo. Primeiro vamos nos livrar do Sandoval. Ele é mais emergencial. 


TOM balança a cabeça concordando. GREGÓRIO se levanta e ele vai caminhando até a janela. TOM o encara bem frio. 


Tom — (pensando) Aproveita enquanto é tempo, Gregório. Eu vou ficar com a sua fortuna. 


TOM demonstra todo o seu ódio através do seu olhar. GREGÓRIO não percebe a intenção de TOM. 

CORTA PARA/


CENA 15. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE

LÍVIA vai entrando na sala de estar da mansão. Ela fica surpresa ao ver que ELEANOR e CLARICE estão sentadas no sofá sala e elas estavam à sua espera. LÍVIA se aproxima delas bastante desconfiada. ELEANOR se levanta do sofá e fica olhando para sua neta. O clímax da cena chegou. 


Eleanor — (séria) Finalmente você chegou, Lívia. É melhor você se sentar. Nós precisamos ter uma conversa muito séria. A Clarice para me ajudar a ter essa conversa com você.

Lívia — Que mistério todo é esse que vocês estão fazendo? Primeiro foi a Eulália e agora são vocês. Porque eu sinto que isso não é bom? 

Clarice — Você precisa ficar calma, minha amiga. Você tem razão quando diz que estamos escondendo algo de você. Mad está na hora de você saber toda a verdade. 

Eleanor — Eu cometi um erro, Lívia. Dirá t emjotos anos eu escondi de você que o seu pai está vivo. E ele mora em Porto da Areia. 


LÍVIA fica em estado de choque. ELEANOR tenta se aproximar de sua neta, mas ela se recusa. CLARICE tenta confortar LÍVIA, mas ela não consegue ter uma reação.


Eleanor — Eu sei que eu não deveria ter escondido isso de você. Mas estava na hora de você saber a verdade.

Clarice — E isso ainda não é tudo, Lívia. A sua avó me contou quem é o seu verdadeiro pai. Eu só espero que você se mantenha calma. 

Tom — Eu não acredito que isso esteja acontecendo comigo. A minha vida inteira foi uma mentira. Isso não é justo comigo. 


ELEANOR respira fundo. LÍVIA está muito abalada. 


Lívia — (indignada) Você não podia ter feito isso comigo, Vó. Eu tinha o direito de saber a verdade. Porque o meu pai nunca me procurou? Eu sempre precisei de um pai.

Eleanor — Ele sempre quis te criar, Lívia. Mas eu o convenci de deixar que eu e o seu avô a criássemos. (P) Nunca divide disso. O Sandoval é o seu verdadeiro pai, Lívia. 


LÍVIA fica sem saber como reagir diante da revelação de sua avó. Ela fica totalmente surpresa. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.






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