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Maré Alta - Capítulo 13

  






MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 13


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. JARDIM. EXTERIOR. MANHà

Continuação imediata do capítulo anterior. LÍVIA continua em estado de choque ao descobrir o que SANDOVAL está phe dizendo. A nossa protagonista está totalmente incrédula. SANDOVAL segura nas mãos de sua filha e quando LÍVIA o olha ainda sem acreditar no que ela ouviu.


Lívia — (sem acreditar) Me diz que você está enganado. O meu avô não pode ter feito isso. Ele não seria tão covarde assim. Eu me recuso a acreditar que ele é um assassino. 

Sandoval — Foi por isso que eu me mantive afastado de você, minha filha. Tudo o que eu não queria era te jogar contra o Gregório.

Lívia — Mas porque o meu avô seria capaz de fazer uma coisa dessas? Eu não entendo.

Sandoval — Se te deixa melhor saber o seu avô nunca quis matar a sua mãe, Lívia. A intenção do Gregório sempre foi me matar. Mas a sua mãe se jogou na frente do tiro. Eu nunca vou ne perdoar por tudo que aconteceu. 


LÍVIA está totalmente sem chão. SANDOVAL fica em silêncio. 


Lívia — Porque ninguém nunca fez nada contra o meu avô? Ele merecia estar preso pelo o que ele fez. Eu queria a minha mãe comigo. 

Sandoval — Eu sei disso, Lívia. Mas você mais do que ninguém sabe que enfrentar o seu avô seria um atestado de suicídio. Foi por isso que eu me omiti. Eu te devo mil perdões, minhagfilha. O que eu fiz foi algo muito errado. 

Lívia — Você não teve culpa, Sandoval. Mas eu sei se ainda eu vou conseguir re chamar de pai. Isso ainda é muito novo para mim. 


SANDOVAL concorda. LÍVIA finalmente respira aliviada.


Sandoval — (concordando) Eu te entendo perfeitamente, Lívia. Eu vou saber esperar o momento certo para você me chamar de pai. 

Lívia — Eu quero ir embora dessa mansão. Esse lugar me traz a sensação que a minha vida inteira foi uma mentira. Me tira daqui. 


SANDOVAL estica suas mãos para LÍVIA. Eles vão saindo da mansão caminhando lado a lado. A câmera gira e mostra GREGÓRIO parado na porta da mansão e muito furioso.

CORTA PARA/


CENA 02. PORTO DA AREIA. RUA. EXTERIOR. MANHà

Em um ano mais fechado vemos que CASSIANO continua jogado do chão da rua e ele ainda está muito machucado. Algumas pessoas vão se aproximando dele. Logo depois quem também aparece é LENITA que fica em total desespero. Ela se aproxima de CASSIANO aos prantos. 


Lenita — (desesperada) Ele é meu filho… O.que foi que aconteceu com ele? Isso não pode estar acontecendo. Cassiano….. O que foi que fizeram com você? Isso não é muito justo. 


Os populares ficam se olhando sem dizer nada. LENITA toda suavemente o rosto de CASSIANO que está muito machucado. O nosso protagonista geme muito de dor 


Lenita — Eu vou cuidar de você z meu filho. Eu já estive muito longe. Está na hora de eu ser a mãe que eu nunca consegui ser para você. 


Os populares começam a ir embora. LENITA chora e as lágrimas vão escorrendo pelonseu rosto. Pouco tempo depois uma ambulância chega até o local e eles vão levando CASSIANO até o hospital. LENITA também vai com eles. 

CORTA PARA/


CENA 03. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SUÍTE DO CASAL. INTERIOR. MANHà

GREGÓRIO entra na suíte demonstrando estar bastante furioso. ELEANOR está parada no meio do quarto olhando bem séria agora o seu marido. GREGÓRIO vai perdendo todo o seu controle. Ele fica parada na frente de ELEANOR que o encara sem nenhum medo. Ela está decidida. 


Gregório — (furioso) Você entende a gravidade do que você fez, Eleanor? Eu disse que a Lívia nunca poderia saber a verdade sobre a paternidade dela. Você errou feio. 

Eleanor — Eu estou cansada de ver você acabando com a vida de todos à sua volta, Gregório. A Lívia precisava saber a verdade. Dê graças a Deus que eu não contei nada sobre a morte da mãe dela. Bem que eu queria. 

Gregório — Você não ouse fazer uma coisa dessas, Eleanor. Eu juro por tudo que é mais sagrado que se o infeliz do Sandoval contar alguma coisa eu vou matar ele. 

Eleanor — Você não pode continuar controlando tudo e à todos, Gregório. Quem você acha que é? Você deveria estar na cadeia. 

GREGÓRIO fica cada vez mais incontrolável. 


Gregório — Até hoje você não entendeu que ninguém me desafia e fica por isso mesmo? Eu quero a Lívia aqui na mansão até de noite. Ou então vocês vão saber do que eu sou capaz. 

Eleanor — E você acha que a Lívia ainda quer ver um de nós dois? Esqueça isso, Gregório. 

Gregório — Eu não vou deixar o infeliz do Sandoval fazer o que ele quiser. Ele já tirou a minha filha de mim. Ele não vai tirar a minha neta. 


ELEANOR se enche de coragem. Ela dá um tapa na cara do vilão que fica sem reação. ELEANOR está bem séria.


Eleanor — Nunca ouse falar da minha filha de novo. Por sua culpa ela está morta. Eu te odeio. 

Gregório — (nervoso) O que você pensa que está fazendo, Eleanor? Você vai né pagar muito caro por esse tapa. Está me ouvindo?


ELEANOR não dá importância para o que GREGÁRIO está dizendo. Ela sai do quarto. O vilão fica muito descontrolado. 

CORTA PARA/


CENA 04. PENSÃO DE JOSEFA. SALA. INTERIOR. MANHà

O PREFEITO ANÍBAL está parado na sala da pensão. Logo depois MISAEL vai saindo de um dos quartos e os dois homens ficam parados frente a frente. MISAEL.se mostra ser cada vez mais violento. O PREFEITO ANÍBAL fica olhando para MISAEL de um jeito que o clima vai ficando tenso.


Prefeito Aníbal — (sério) Então finalmente a gente se encontrou, Misael. Você continua a mesma pessoa podre e desprezível que eu conheci há muitos anos atrás. Mas ameaçar o seu próprio filho é algo imperdoável. 

Misael — O que você quer aqui, Aníbal? Você acha que eu não sei que a Roseli está na sua casa? Você não vai tirar ela de mim. 

Prefeito Aníbal — Ela está sim e eu não vou deixar que você continue infernizando a vida da Roseli. Ela merece mais do que isso. 

Misael — E o que seria melhor para a Roseli? Você? Não né faça rir, Aníbal. Ela vai embora comigo dessa cidade infeliz. E você não vai fazer nada para poder impedir.


MISAEL está com muito ódio. O PREFEITO ANÍBAL continua firme no que ele quer. MISAEL segura ele pelo terno. 


Prefeito Aníbal — É melhor você me soltar, Misael. Eu sou o Prefeito dessa cidade. Não me custa nada te colocar na cadeia. Me solta. 

Misael — É melhor você ficar fora disso, Aníbal. A Roseli é minha mulher e nada vai mudar isso. E você não tem porque se intrometer. 

Prefeito Aníbal — Você foi avisado. Eu vou embora. 


MISAEL solta os braços do PREFEITO ANÍBAL. Os dois ficam se olhando em um momento de muito conflito..


Misael — (com raiva) Eu espero que você nunca mais cruze o meu caminho, Aníbal. Da próxima vez eu não serei tão cordial. 

Prefeito Aníbal — Eu já dei o meu recado, Misael. Deixe a Roseli em paz. É o seu último aviso. 


O PREFEITO ANÍBAL vai embora da pensão. A câmera foca no olhar de ódio de MISAEL que está fora de si 

CORTA PARA/


CENA 05. PORTO DA AREIA. PRAÇA . EXTERIOR. MANHà

BABY e FRANCHICO continuam se beijando. Sem que eles possam perceber CLARICE está sentada no banco da praça vendo a troca de carinho entre eles. BABY e FRANCHICO param de se beijar e eles ficam com vergonha com a presença de CLARICE ali. Ela sorri muito contente. 


Clarice — (aplaudindo) Até que enfim vocês conseguiram se acertar. Já estava ficando irritante essa relação de gato e rato de vocês. Estava na cara que vocês se gostam. 

Baby — Desde quando que você está aí, Clarice? Eu nem sei o que dizer. Você teve alguma coisa com isso? Eu aposto que sim. 

Franchico — Foi você que falou com o meu pai que eu gosto da Baby não foi? Admite logo, Clarice.

Clarice — É claro que fui eu. Já que vocês não tomavam nenhuma atitude então eu fui forçada a forçar algo a respeito disso..


BABY e FRANCHICO ficam sem ter o que dizer. CLARICE se levanta do banco da praça e fica na frente deles. 


Clarice — Vocês estão ke olhando como se eu tivesse feito algo muito errado. Vocês deveriam me agradecer por isso sempre. 

Baby — Você sempre esteve certa, Clarice. Eu estava tentando negar o óbvio. O que eu estou sentindo é mais forte do que tudo. 

Franchico — Eu digo a mesma coisa. Eu tentei lutar contra esse sentimento. Mas foi em vão. 



BABY sorri. CLARICE toca suavemente no ombro dela. 


Baby — (preocupada) Eu só fico preocupada com o Rubinho. Ele pode querer fazer alguma coisa contra o Franchico. Ele está insistente. 

Clarice — Vocês não precisam ficar se preocupando com isso agora. O Rubinho não vai ser louco de fazer alguma coisa contra você, Baby. 


BABY está pensativa. FRANCHICO a abraça bem forte. CLARICE segura as mãos de BABY e elas se olham.

CORTA PARA/


CENA 06. VILA DOS PESCADORES . RUA. EXTERIOR. DIA

O carro de TOM.vai passando pelas ruas precárias de Porto da Areia. Do lado de fora caminhando na rua está ENRICO que parede estar bastante despreocupado. Logo em seguida TOM.sai do carro e deixa ENRICO muito surpreendido. O vilão encara ENRICO de um jeito bem ardiloso. 


Tom — (ardiloso) Era você mesmo que eu estava procurando, Enrico. Eu tenho uma proposta para te fazer. E você vai se dar muito bem.

Enrico — Eu não quero saber, Tom. Você já me colocou em uma situação muito delicada. Eu não quero mais que venha de você. 

Tom — Você acha que vai conseguir me enfrentar, Enrico? Você não passa de um traidor. Você traiu todos os moradores dessa vila em troca de dinheiro. Seu hipócrita.

Enrico — Eu não quero saber de absolutamente nada. Nenhum dinheiro do mundo vai fazer com que você me convença de qualquer coisa. É melhor você ir embora seu infeliz. 


TOM fica muito furioso. ENRICO continua encarando ele. Logo depos TOM começa a sorri vem sarcasticamente. 


Tom — Você acha mesmo que eu sou burro, Enrico? Eu sei que foi você que colocou fogo na associação. Você vai fazer o que eu quero. Você está em minhas mãos.

Enrico — Você está blefando, Tom. Você não tem provas disso. Eu não fiz nada disso. 

Tom — Você deveria saber que não pode confiar na Ana Rosa. Aquela mulher é uma cobra que vai fazer de tudo para se salvar. Ela.nao vai pensar duas vezes em te jogar no fogo. 


ENRICO fica totalmente sem saída. TOM está satisfeito. 


Enrio — Você venceu, Tom. O que você está querendo que eu faça, Tom? Fala logo. 

Tom — Eu queromque você coloque uma.bomba no barco do Sandoval. Eu quero ver aquele desgraçado totalmente destruído e arruinado. É isso que você vai fazer. 


TOM fala isso como se fosse normal. ENRICO sorri.

CORTA PARA/


CENA 07.  VILA DOS PESCADORES. CASA DE SANDOVAL. SALA. INTERIOR. DIA

LÍVIA e SANDOVAL entram na casa e eles ficam em total silêncio. LÍVIA vê a foto de BERENICE e ela pega se sentindo muito emocionada. SANDOVAL fica olhando isso com um brilho no olhar. A nossa protagonista fica ainda mais emotiva. Ela começa a chorar copiosamente. 


Lívia — (chorando) A minha mãe era tão bonita. Eu não consigo acreditar no que o meu avô foi capaz de fazer. Ele é um ser desprezível. 

Sandoval — Você está ficando cada vez mais parecida com a sua mãe, Lívia. Ela teria muito orgulho da mulher que você se tornou.

Lívia — O meu avô não tinha o direito de tirar a minha mãe do nosso convívio. Que espécie de monstro que faz uma coisa dessa? 

Sandoval — Eu passei muitos anos odiando o seu avô por causa disso. Mas eu não quero mais ficar remoendo essa história. Tudo o que eu quero é recuperar o tempo perdido. 


LÍVIA respira fundo. Ela esboça um sorriso para SANDOVAL.


Lívia — Eu só quero que a minha vida possa volrar ao normal. Mas eu acho que isso nunca vai acontecer. Eu não vou descansar enquanto eu não ver o meu avô preso. 

Sandoval — Eu acho melhor você esquecer essa história, Lívia. Eu sei que você quer fazer justiça pela morte da sua mãe. Mas enfrentar o seu avô é algo sem futuro. 

Lívia — Então eu devo deixar a morte da minha mãe para lá? Eu não posso fazer isso, Sandoval. O meu avô precisa pagar. 


SANDOVAL sente orgulho de tudo o que ele ouve de LÍVIA. 


Sandoval — Eu estou muito orgulhoso em ouvir você falando assim, minha filha. Mas o que você está pensando em fazer? Pode me dizer? 

Lívia — (séria) Eu ainda não sei. Mas eu quero fazer justiça. E além disso eu sei que foi ele que mandou colocar fogo na associação.


SANDOVAL não diz absolutamente nada. A câmera foca no olhar decidido de LÍVIA. Ela acaricia a foto de sua mãe. 

CORTA PARA/

CENA 08.  VILA DOS PESCADORES. RUA. EXTERIOR. DIA

A câmera mostra que ANA ROSA fica escondida atrás de uma árvore vendo o encontro de TOM e ENRICO. A vilã percebe que eles apertam as mãos e ela fica bastante intrigada. Logo depois TOM entra em seu carro e vai embora. ENRICO percebe a presença de ANA ROSA, mas mesma assim ele vai embora. A vilã está bastante enigmática. 


Ana Rosa — (ardilosa) Então quer dizer que vocês estão armando alguma coisa? Eu vou descobrir o que é. E eu vou me dar bem. 


ANA ROSA sai de trás da árvore e ela parece bem confiante.


Ana Rosa — A hora de eu me vingar daquela sonsa da Lívia chegou. Eu vou ter a vida dela. É o que eu mereço. E eu vou usar o Tom para isso. 


ANA ROSA sorri maliciosamente. 

CORTA PARA/


CENA 09. CASA DE ZÉ BATALHA E ONDINA. QUARTO. INTERIOR. DIA 

ONDINA está terminando de arrumar o quarto. Logo depois a porta do quarto vai se abrindo e ZÉ BATALHA entra no quarto. Ele olha seriamente para sua esposa. ONDINA abaixa a cabeça em sinal de vergonha. ZÉ BATALHA percebe logo que alguma coisa está muito errada. 


Zé Batalha — (sério) Eu só vou te perguntar uma vez, Ondina. Onde é que você foi ontem a noite? 

Ondina — Você já sabe a responde para essa pergunta, Zé. Eu fui ver a nossa filha. Ela estava na rua sem ter para onde ir. Eu convenci a Josefa deixar ela na pensão. 

Zé Batalha — Você fez o que, Ondina? Quando etque você vai entender que a Ana Rosa não tem solução? A Josefa não podia ter aceitado. 

Ondina — Eu não entendo a sua reação, Zé. Eu sei de todos os erros da Ana Rosa, mas eu não posso esquecer dela tão facilmente. 


ZÉ BATALHA fica aborrecido. ONDINA fica em silêncio. 


Zé Batalha — A nossa filha se tornou uma mulher fria, mesquinha e que odeia tudo o que nós somos. Quando é que você vai aceitar a verdade? Ela é uma péssima pessoa.

Ondina — Você tem certeza que quer continuar com esse comportamento, Zé? Eu nunca vou desistir dos meus filhos. Jamais.

Zé Batalha — Se é assim que você que assim que seja, Ondina. Mas a Ana Rosa não vai voltar para a nossa casa. Ela não vai pisar aqui. 


ONDINA se mantém ek silêncio. Ela olha para seu marido.


Ondina — (firme) Faça como você quiser, Zé. Mas eu nunca vou desistir da minha filha. E eu acho que você deveria fazer o mesmo. 


ZÉ BATALHA sai do quarto em total silêncio. ONDINA se senta na cama se sentindo totalmente pressionada. 

CORTA PARA/


CENA 10. PORTO DA AREIA . CASA DE REPOUSO. QUARTO. INTERIOR. DIA

Um ENFERMEIRO está terminando de tirar as coisas que LENITA esqueceu na casa de repouso. Logo depois GREGÓRIO entra no quarto e ele fica tormente furiroso ao perceber mais que rapidamente que LENITA sumiu da casa de repouso. O vilão demonstra toda a sua raiva. 


Gregório — (furioso) Eu posso saber o que está acontecendo aqui? Onde está a Lenita? 

Enfermeiro — Ela fugiu, seu Gregório. A última vez que alguém a viu ela estava no jardim da casa de repouso. Depois disso ela sumiu. 

Gregório — Como assim ela fugiu? A fortuna que eu estou pagando para você não serve de nada? É muita incompetência mesmo.

Enfermeiro — Eu não tive culpa, seu Gregório. A Lenita não tinha como fugir daqui. Esse história não está muito bem contada.


GREGÓRIO fica muito nervoso. Ele está descontrolado. 


Gregório — Eu sei exatamente onde ela deve ter ido. E eu vou acabar com essa história antes que ela tenha proporções ainda piores. 

Enfermeiro — Eu espero que você tenha trago o meu dinheiro, seu Gregório. Eu não me arrisquei a toa. Eu quero aquilo que me prometeu.

Gregório — Você é muito abusado para um enfermeiro. Eu não vou te dar absolutamente nada. Se contente com isso. 


GREGÓRIO demonstra muito desprezo pelo enfermeiro. 


Gregório — Eu não tenho mais nada para fazer nesse lugar. Eu mesmo vou encontrar a Lenita. E ela vai se arrepender de ter fugido.


GREGÓRIO vai indo para fora da casa de repouso.

CORTA PARA/

CENA 11. PENSÃO DE JOSEFA. SALA. INTERIOR. DIA

MISAEL continua parado na sala da pensão. Ligo depois quem aparece é JOSEFA que vai sorrindo de uma forma bem cínica. Ela vai sorrindo enquanto MISAEL vai ficando cada vez mais irritado. JOSEFA fica na frente de MISAEL e ele vai perdendo totalmente o controle. 


Josefa — (sorrindo) Olha só para você, Misael. Está ficando cada vez mais enganado por todos. 

Misael — Você quer me provocar, Josefa? Naos e esqueça que eu sei que a adoção que você fez do Juca foi feito de modo ilegal. 

Josefa — Não coloque o Juca no meio de história, Misael. Eu daria tudo para você e a Roseli sumirem dessa cidade. Sem o Juca claro. 

Misael — Você acha mesmo que a Roseli vai embora sem o nosso filho. Nada do que você faça vai fazer ela mudar de idéia. 


JOSEFA fica preocupada. Agora é a vez de MISAEL sorrir. 


Josefa — Eu não vou deixar a Roseli tirar o Juca de mim. Isso não vai acontecer de jeito nenhum. Ela não vai conseguir. 

Misael — Eu tenho uma proposta para te fazer. (P) Eu te ajudo a ficar com o Juca se você me ajudar fazer da Roseli um verdadeiro inferno. 

Josefa — Isso vai ser um prazer. Eu vou adorar. 

JOSEFA fica bastante contente. Ela e MISAEL se olham. 


Misael — (manipulador) Então está combinado. Você vai ter que me ajudar me aproximar da Roseli. Eu prometo que vai ficar com o Juca. 

Josefa — Eu acho bom bom você cumprir a parte do seu combinado. Vai ser melhor assim. 


MISAEL concorda com a cabeça. Ele e JOSEFA se cumprimentam em um plano bem sórdido.

CORTA PARA/


CENA 12. HOSPITAL . LEITO. INTERIOR. DIA

CASSIANO continua deitado na cama do leito hospitalar. Ao seu lado está LENITA que está cada vez mais aflita e angustiada. Em seguida podemos ver FÁTIMA entrar no leito hospitalar e o seu semblante é de muita tristeza. FÁTIMA toca as mãos de CASSIANO. LENITA vai chorando. 


Fátima — Eu sinto muito, Lenita. Eu vim mais rápido que eu consegui. O que foi que aconteceu? 

Lenita — (desesperada) Era isso que eu estava tentando evitar, Fátima. Foi um erro o meu filho ter se aproximado da beta do Gregório. O que mais tem que acontecer para você entender que eles não podem ficar juntos? 

Fátima — Você não pode jogar a culpa dessa tragédia em cima da Lívia. Isos não é justo, Lenita. Isso deve ter uma explicação. 

Lenita — É claro que tem uma explicação, Fátima. O Gregório mandou dar uma surra no meu filho. E isso não vai ficar barato. Não vai. 


LENITA está muito nervosa. FÁTIMA tenta acalmar ela. 


Fátima — Eu pensava da mesma forma que você, Lenita. Mas eu percebi que não adianta nada tenta separar o Cassiano da Lívia. Eles nasceram um para o outro. É um fato. 

Lenita — Não adianta, Fátima. Você não vai conseguir me convencer disso. Eu quero essa Lívia longe do meu filho. E acabou. 

Fátima — Como você é teimosa, Lenita. Você não consegue perceber que essa sua atitude só vai te afastar ainda mais do seu filho? 


LENITA está irredutível. FÁTIMA não sabe mais o que fazer. 


Lenita  — (emocionada) Meu filho…. Eu fiquei muito tempo longe de você. Mas eu vou te proteger com unhas e dentes. Eu prometo.

Fátima — Quando você pretende contar a verdade para o Cassiano, Lenita? Você já imaginei quando ele descobrir que você está viva? 


LENITA não diz nada. Ela apenas olha para CASSIANO. 

CORTA PARA/


CENA 13. VILA DOS PESCADORES. CASA DE SANDOVAL. SALA. INTERIOR. DIA

LÍVIA e SANDOVAL finalmente se acertam. A nossa protagonista continua segurando a foto de sua mãe e ela ainda está bastante emocionada. Nesse momento um pescador entra na casa e ele parece estar bastante tenso. LÍVIA e SANDOVAL olham para ele apreensivos. 


Sandoval — (intrigado) Meu amigo…. O que foi que aconteceu com você? Parece tão aflito. 

Lívia — O Sandoval está certo. Eu estou sentindo que você está querendo nos contar alguma coisa. Seja o que for você pode falar. 

Pescador — Está correndo uma notícia na cidade que o Cassiano foi espancado por cinco homens no centro da cidade. Eu achei que vocês iriam querer saber. Agora eu preciso ir. 

Lívia — Isso não pode estar acontecendo. Eu não consigo ter um dia de paz. Agora o Cassiano ser espancado? Isos só pode ser coisa do meu avô. Eu preciso ir ver ele, Sandoval. 

LÍVIA fica muito desesperada. O Pescador vai embora com pressa. LÍVIA tenta sair da casa, mas SANDOVAL a impede. 


Sandoval — Eu posso saber o que você está pensando em fazer, Lívia? Nada do que a gente faça de cabeça quente dá certo. Eu sei que você quer verbo Cassiano. Mas você precisa ficar tranquila. É o melhor a se fazer.

Lívia — E como eu faço isso, Sandoval? O homem que eu amo está em hospital todo machucado. Eu não posso ficar aqui parada. 

Sandoval — A Fátima deve estar com ele agora. Mas eu sei que você vai querer ver ele mesmo assim. Em seu lugar eu faria a mesma coisa. 


LÍVIA e SANDOVAL se olham com bastante carinho. 


Lívia — (séria) Você sabe que eu não vou ficar aqui enquanto o Cassiano está precisando de mim. Eu vou ver ele custe o que custar. 

Sandoval — Eu não vou tentar te impedir, Lívia. Faz o que o seu coração está mandando. Se você ama o Cassiano vai ver ele. Você está certa. 


LÍVIA sorri timidamente. Ela dá um abraço em SANDOVAL.

CORTA PARA/


CENA 14. CASA DE TOM. QUARTO. INTERIOR. DIA

CLOSE em TOM que está trocando o seu paletó. Sem que ele possa perceber ANA ROSA entra no quarto e tampa os olhos do vilão que vai ficando impaciente. Logo depois ANA RODA fica só de calcinha e sutiã o que deixa TOM totalmente nervoso. Ele segura ANA ROSA pelo braço com força.


Tom — (nervoso) O que você pensa que está fazendo Ana Rosa? Você não cansa de se humilhar não? Eu quero você fora daqui.

Ana Rosa — Que foi , Tom? Vai me dizer que você não gostou da surpresa que eu preparei para você. Eu sei que você que gostou. Você não precisa ficar negando o óbvio, Tom.

Tom — Eu sei exatamente o que você está querendo, Ana Rosa. Você quer uma vida de luxo e riqueza. Isso você não terá de mim. 

Ana Rosa — Você não pode continuar me ignorando, Tom. Mas você não vai me passar para trás. Eu sei que você e o Enrico estão armando alguma coisa. E eu vou descobrir o que é. 

.

TOM solta os braços de ANA ROSA. A vilã sorri cinicamente. 


Tom — Eu posso saber do que você está rindo, Ana Rosa? Você parece que não sabe as consequências do que está fazendo. A sua ganância é tanta que acaba te cegando. 

Ana Rosa — Eu não sei do que você está falando, Tom. É melhor você não me ameaçar. Eu estou te avisando. Você vai ou não me ajudar a acabar com a reputação da Lívia?

Tom — Como você é uma ufuifa, Ana Rosa. Ei sei que foi você que mandou o Enrico colocar fogo na associação de moradores. Você fez isso para se livrar da Lívia. 


ANA RODA vai perdendo o seu sorriso. TOM a encara sério. 


Ana Rosa — Você não pode falar nada para ninguém sobre isso, Tom. Eu não posso ir para a cadeia por causa da sonsa da Lívia. 

Tom — (frio) Então não cruze novamente o meu caminho, Ana Rosa. Da próxima vez eu não ter pena que acabar com você.


TOM pega ANA ROSA pelos braços e a joga na cama com brutalidade. O vilão vai embora deixando ANA ROSA totalmente nervosa. A vilã vai ficando muito frustrada. 

CORTA PARA/


CENA 15. HOSPITAL. LEITO. INTERIOR. DIA

A câmera mostra que LENITA continua em pé ao lado da cama em que CASSIANO está deitado. Nesse momento podemos ver LÍVIA entrar no leito hospitalar. Assim que vê ela entrar LENITA fica bastante nervosa. A nossa protagonista não entende a reação dela. 


Lenita — (séria) Eu sabia que você iria acabar aparecendo. Você deve ser a Lívia. Eu não quero ser grosseria, mas eu quero você aqui. Olha o estado que o Cassiano está. 

Lívia — Eu não te conheço e mesmo assim você está me tratando desse jeito. Quem você pensa que é para me proibir de ver o Cassiano? Eu não estou entendendo isso. 

Lenita — Isso não é da sua conta. Eu quero que você se afaste do Cassiano. Entendeu? 

Lívia — Qual é o seu interesse no Cassiano? Você tem idade para ser mãe dele. Eu não vou me afastar do Cassiano nesse momento. Você não vai me impedir. 


LÍVIA enfrenta LENITA sem medo. Nesse momento a nossa protagonista percebe uma leve semelhança entre LENITA e CASSIANO. LÍVIA entende o que está acontecendo. 


Lenita — Eu posso saber porque vó te está me encarando? Eu quero que. O que você vá embora agora mesmo. Está me ouvindo? 

Lívia — Eu sei quem você é. Você é a mãe do Cassiano. É por isso que você está tão preocupada com o estado dele. Todos pensam que você estava morta. Isso não é justo com o Cassiano. Você foi cruel. 

Lenita — Eu fui cruel? Você não sabe do que está falando, menina. Eu passei 25 anos presa em uma casa de repouso. E adivinha quem foi que me colocou naquele inferno? 


LÍVIA fica sem reação. LENITA a confronta. Nenhuma delas percebe que CASSIANO vai abrindo os olhos aos poucos. 


Lívia — (incrédula) Do que é que você está falando? Que o avô fez isso? Porque ele faria Isso com você? Não faz o menor sentido. Eu quero uma explicação. 

Lenita — Eu não te devo explicação de nada. Eu vou falar pela última vez. Fica longe do meu filho. Eu não vou falar de novo com você. 


LENITA está decidido. Mesmo com muita dificuldade CASSIANO se senta na cama. LÍVIA fica muito surpresa. Ao se virar, LENITA fica frente a frente com CASSIANO. Os olhos de CASSIANO mostram toda a sua surpresa. 


A imagem congela no olhar sério de CASSIANO. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.





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