Type Here to Get Search Results !

Maré Alta - Capítulo 16

  





MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 16


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. MANHà

Continuação imediata do capítulo anterior. GREGÓRIO demonstra todo o ódio que ele está sentindo. LÍVIA não mostra ter medo da atitude de seu avô. Quem presencia essa conversa é ELEANOR que está entrando na sala de estar nesse exato momento. CLOSE em GREGÓRIO.


Gregório — (furioso) Como você tem coragem de falar assim comigo, Lívia? Eu sou o seu avô. (P) Você deveria estar ao meu lado. Agora me diz que quer me colocar na cadeia. 

Lívia — E o que você esperava que eu fizesse? Você matou uma pessoa inocente. Você precisa pagar por esse seu crime. 

Gregório — Eu espero que você não esteja falando sério, Lívia. Não né obrigue a usar toda a influência que eu tenho contra você. 

Lívia — Faça o que você quiser, Gregório. Mas eu vou até o fim dessa história. Eu não parar enquanto a memória da minha mãe seja respeitada. Você é um assassino. 


GREGÓRIO levanta a mão para bater em LÍVIA. Nesse momento ELEANOR fica na frente de LÍVIA a defendendo. 


Eleanor — Você bem pense em fazer isso, Gregório. Eu não vou admitir que você fa isso com a minha neta. Eu vou defender ela de tudo. 

Gregório — Está satisfeita, Eleanor? Isso é tudo culpa sua. Mas eu não vou deixar isso barato. 

Lívia — Já chega!!! Porque você não confessa o seu crime de uma vez? Vai ser melhor para todo mundo se isso acontecer. 


GREGÓRIO abaixa a mão. Ele confronta LÍVIA. 


Gregório — (nervoso) Nem tudo é tão fácil como você imagina, Lívia. Eu não vou perder tudo o que eu tenho somente você está querendo. 

Lívia — Esse é o seu problema, Vô. Você só se importa com dinheiro. Mas se continuar assim o dinheiro vai acabar sendo a sua ruína. 


GREGÓRIO vai saindo da mansão sem dizer absolutamente nada. LÍVIA começa a chorar. ELEANOR a abraça. 

CORTA PARA/


CENA 02. ALTO MAR. EXTERIOR. MANHÃ

SANDOVAL continua à deriva em alto mar. Para onde quer que SANDOVAL olhe ele só consegue ver o mar. Ao longe podendo ver que o barco vem se aproximando de onde SANDOVAL está. No primeiro momento SANDOVAL pensa que ele pode estar vendo uma miragem. Mas só que depois de ouvir a buzina do barco ele tem certeza que é verdade. 


Sandoval — (esperançoso) Será que isso é possível? Eu devo estar imaginando coisas. Só pode.


O barco pesqueiro vai se aproximando ainda mais de SANDOVAL. Agora ele percebe que não está vendo uma miragem. Alguém do barco pesqueiro joga uma corda. 


Sandoval — Meu Deus…. Muito obrigado. Eu pensei que iria acabar morrendo sozinho nesse mar. 


SANDOVAL segura a corda muito bem forte. Ele é levantado até o barco pesqueiro. A câmera vai seguindo SANDOVAL que ainda está bastante impactado com o que houve.

CORTA PARA/


CENA 03. PORTO AREIA. BECO. EXTERIOR. MANHÃ

Um carro escuro vai entrando dentro de um beco pouco movimentado. TOM desce do carro e ele vai caminhando na direção de um homem que parece estar à sua espera. O vilão vai tirando uma boa quantia em dinheiro de seu paletó e entregando para o homem que sorri satisfeito.


Tom — (ardiloso) Eu tenho um serviço para você fazer. Mas eu não quero saber de falhas. 

Capanga — E quando foi que eu falhei, patrão? Pode dizer o que você está querendo que eu vou fazer do mesmo jeito que eu sempre fiz.

Tom — Tem uma mulher que eu quero que você dê um susto nela e a leve até aquela casa abandonada na saída da cidade. Mas tudo tem que ser feito discretamente. 

Capanga — Considere o serviço feito, Tom. Apenas me mostre a foto de quem você quer que eu dê esse susto. Para não haver enganos. 


TOM entrega uma foto de ANA ROSA para o capanga. 


Tom — Essa é a mulher que eu quero que você leve até a casa abandonada. Por enquanto eu quero que ela fique viva. Entendido?

Capanga — Entendido, patrão. Assim será feito. 

Tom — Assim eu espero. Depois que o serviço for feito eu quero que você suma por uns tempos. Você não pode ser ser visto aqui. 

O CAPANGA concorda com a cabeça. TOM sorri frio.


Tom — Eu vou sair primeiro. Espere alguns minutos para você poder sair também. 


TOM volta a entrar em seu carro que depois sai do beco. 

CORTA PARA/


CENA 04. PORTO DA AREIA. CAIS. EXTERIOR. MANHÃ

De forma bastante ampla a câmera mostra alguns barcos chegando até o cais do porto da cidade. Depois de um giro bem rápido vemos que CLARICE está parada no cais esperando por SANDOVAL. Um dos pescadores desce do barco e vai indo na direção de CLARICE. Ee está bastante preocupado e CLARICE não entende o que está acontecendo. 


Clarice — (confusa) Onde está o Sandoval? Ele não deveria estar chegando junto com vocês? Não me diz que aconteceu alguma coisa. 

Pescador — Era com você mesma que eu estava precisando conversar, Clarice. Aconteceu um acidente em alto mar. Você precisa ser forte. 

Clarice — Do que você está falando? Que tipo de acidente? Você não pode estar falando sério. Eu preciso ver o Sandoval agora.

Pescador — Eu sinto muito, Clarice. Mas essa é a verdade. Infelizmente o Sandoval não foi encontrado. Eu tenho que ela tenha morrido na explosão do barco. 


CLARICE fica desesperada. Ela começa a chorar. 


Clarice — Isso não pode estar acontecendo. Isso não é justo. O Sandoval não merece isso. 

Pescador — Eu precisava te contar a verdade, Clarice. Agora eu preciso ir. Eu sinto muito.

Clarice — Não conte nada para ninguém ainda. Eu mesma tenho que dar essa notícia. (P) Como é que a Lívia vai reagir quando descobrir? 


O PESCADOR vai embora do cais do porto. A câmera foca na tristeza estampada nós olhos de CLARICE.


Clarice — (chorando) Porque isso tinha que acontecer? Será que eu não mereço ser feliz? O que eu vou fazer agora? 


CLARICE continua chorando. Ela cai de joelhos no chão. 

CORTA PARA/


CENA 05. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. COZINHA. INTERIOR. MANHà

CLOSE em BABY que está tomando café da manhã sozinha e em silêncio. Logo depois quem entra na cozinha é ROSELI que percebe que BABY está diferente dos últimos dias. Ela se sente ao lado de BABY que olha para ROSELI. Elas demonstram ter bastante afinidade.


Roseli — O que foi que houve, menina?  Você estava tão feliz. Agotis parece que está tão triste. Pode me contar o que aconteceu, Baby. Você brigou com o Francisco de novo? 

Baby — Porque o Franchico tem que ser tão teimoso? Eu só queira ajudar ele. Mas parece que ele acha que só por que nós somos de classes sociais diferentes isso muda alguma coisa entre nós.

Roseli — Eu não estou conseguindo entender nada. Do que você está falando, Baby? O que foi que aconteceu dessa vez? Me fala. 

Baby — O Franchico está precisando de um valor para pagar uma venda de peixes que deu errado. Mas ele não quer que eu ajude. 


BABY fica muito irritada. ROSELI tenta acalmar ela.


Roseli — Vocês jovens são tão passionais. Baby…. Eu conheço pouco o Franchico, mas parece que ele é bastante orgulhoso. O que você pode fazer é tentar entender ele 

Baby — Eu não sei se eu fiz certo em ter me declarado para ele. Vontade de dizer algumas boas verdades para ele. 

Roseli — Nem você acredita nisso, Baby. Eu sinto que você ama o Franchico. Porque você não tenta conversar com ele de novo? 


BABY fica bastante pensativa.


Baby — Eu não sei se eu devo fazer isso, Roseli. Eu fico com receio de como o Franchico vai reagir. Ele é muito diferente de mim. 

Roseli — (sorrindo) E isso é um problema, Baby? Vocês foram feitos um para o outro. Essa é a verdade, e você sabe muito bem disso.


BABY fica em silêncio. ROSELI a olha bem fraternal.

CORTA PARA/


CENA 06. ALTO MAR. BARCO. EXTERIOR . MANHà

SANDOVAL está dentro de um barco pesqueiro. Ele está bastante aliviado depois de ter sido salvo. Um homem vem se aproximando de SANDOVAL e lhe entrega uma manta. SANDOVAL olha para o homem que é um pescsdor e o agradece com um gesto cabeça. Eles se cumprimentam. 


Sandoval — (aliviado) Eu nem sei como te agradecer. Se não fosse você eu nem sei o que teria acontecido comigo. Muito obrigado pela ajuda. Eu poderia estar morto agora. 

Pescador — Você não tem nada que agradecer, meu amigo. O importante que você está bem. 

Sandoval — E pensar que tudo isso por causa da ganância de um homem. Mas graças a Deus eu não morri. Eu vou fazer o Gregório Assunção pagar por tudo que ele fez.

Pescador — Você disse Gregório Assunção? Esse homem destruiu a minha vida. Qualquer inimigo desse maldito é meu amigo.


SANDOVAL se levanta. Ele encara o Pescador. 


Sandoval — Ouvir isso de você não me surpreende. O Gregório matou a mulher que eu masbay e agora tentou me matar. Ele precisa pagar. 

Pescador — Eu concordo com você. Eu vou te ajudar a voltar para Porto da Areia. Eu só te peço que faça uma coisa por mim. (P) Acabei com o Gregório Assunção de uma vez por todas. 

Sandoval — Você nem precisava pedir isso. O Gregório vai pagar caro por tentar me matar. 


SANDOVAL e o PESCADOR apertam as mãos. 


Sandoval — (sério) Tudo o que eu mais quero é voltar para a minha filha e a mulher que eu amo. 

Pescador — Você irá voltar. Pode acreditar em mim..


O barco continua navegando em alto mar. SANDOVAL olha para o horizonte como se estivesse mais esperançoso.

CORTA PARA/


CENA 07. PORTO DA AREIA. CASA DE FÁTIMA. COZINHA. INTERIOR. MANHà

LENITA e FÁTIMA estão terminando de tomar o café da manhã. Nesse instante CASSIANO aparece na cozinha e fica fixamente para sua mãe. FÁTIMA se levanta da mesa e fica na frente de CASSIANO. Logi doeius LENITA também se vai se aproximando cada vez mais de nosso protagonista. 


Cassiano — (firme) Eu estou sentindo que vocês ainda não contaram a verdade toda para mim. Seja o que for que vocês estiverem escondendo podem contar. Eu quero saber. 

Lenita — Você não entende, meu filho. Essa história precisa ficar no passasado . Eu não quero que você acabe se machucando. 

Fátima — O Cassiano está certo, Lenita. Se você quer recuperar o amor do seu filho você precisa contar a verdade. Ele quer saber. 

Cassiano — Do que você está com medo? Que o Gregório tente me fazer algum mal? Eu quero saber o porquê de você ficar tantos anos presa naquela casa de repouso. 


LENITA respira fundo. Ela vai se dando por vencida. 


Lenita — É a verdade que você quer, meu filho? Então é o que você vai ter. (P) Anos atrás eu fui testemunha de que o Gregório matou a própria filha. E é por isso que eu sumi todos esse anos. Eu não fiz isso porque eu quis. 

Cassiano — Isso não pode ser verdade. A Lívia já sabe a verdade? Ela deve estar inconsolável. Eu preciso falar com ela. 

Fátima — Sim ela já sabe, Cassiano. O próprio Sandoval contou toda a verdade para ela. 

Lenita — Eu estava errada, meu filho. Eu não poderia ter jogado toda a responsabilidade dos atos do Gregório encima da Lívia. 


CASSIANO está preocupado. LENITA segura sua mão.


Lenita — Meu filho…. Se você ama mesmo essa mulher corre atrás dela. Ela é muito diferente do Gregório. Agora eu consigo ver isso.

Cassiano — É isso que eu vou fazer. Eu não posso deixar a Lívia sozinha nesse momento. 


CASSIANO sai da casa muito apressado. A câmera mostra que LENITA pensa em ir atrás dele, mas ela desiste. 

CORTA PARA/


CENA 08. PORTO DA AREIA. RUA. EXTERIOR . MANHà

ANA ROSA está andando tranquilamente pela rua sem perceber que ela está sendo seguida. A vilã tem uma boa quantia de dinheiro em suas mãos. O capanga de TOM vai se aproximando de ANA ROSA sorrateiramente. Logo depois ele para na frente dela que fica bastante apreensiva e nervosa. 


Ana Rosa — (nervosa) Que sustomque você me deu. Quem você pensa que é para surgir assim na minha frente? O que você quer comigo? 

Capanga — Você vai vir comigo, Ana Rosa. E é melhor você não tenta fazer nenhuma gracinha. Eu não estou para brincadeira. 

Ana Rosa — Fica longe de mim. Seja o que for que o Tom esteja querendo eu não estou afim de ficar sabendo. Agora saia da minha frente.

Capanga — Você ainda não entendeu a gravidade da situação, Ana Rosa. Você vai vir comigo querendo ou não. Entendeu agora?


ANA ROSA fica muito nervosa. Ela enfrenta o CAPANGA. 


Ana Rosa — Você sabe com quem está falando? Você veio fazer o serviço que o Tom não teve coragem. Mas saiba que eu não tenho medo. Faça o seu pior. 

Capanga — Cuidado com o que você d deseja. Isso pode acabar se tornando realidade. 

Ana Rosa — Eu cansei dessa conversa. Adeus.


ANA ROSA da as costas para o CAPANGA de TOM. Ele coloca um pano no nariz de ANA ROSA e ela começa a desmaiar lentamente. A vilã fica totalmente sem forças. 


Ana Rosa — (perdendo as forças) O.wue foi que você fez comigo? Eu estou ficando sem forças.


ANA ROSA desmaia. O CAPANGA pega a vilã no colo e vai levando embora para um lugar muito afastado.

CORTA PARA/y


CENA 09. VILA DOS PESCADORES. CASA DE ENRICO E AÇUCENA. SALA. INTERIOR. MANHà

AÇUCENA anda de um lado para o outro mostrando estar bastante impaciente. Logo após ENRICO e tra dentro de casa e ele não dá nenhuma importância para a preocupação de sua esposa. AÇUCENA fica muito brava. Ela tenta avançar em ENRICO, mas ele a empurra.


Enrico — (nervoso) Eu posso saber o que você está pensando, Açucena? Da próxima vez que você fizer isso eu serei mais cruel.

Açucena — Eu só queria saber porque você fez isso comigo, Enrico? Eu não mereço toda essa ingratidão que você despeja em mim. 

Enrico — Deu agora para falar em códigos, Açucena? Explique do que você está falando. Eu não sou obrigado a ficar decifrando os seus códigos malucos.

Açucena — O que a Ana Rosa queria com você? Não é de hoje que eu estou vendo ela te cercar. 


AÇUCENA se levanta do chão. ENRICO a encara com ódio.


Enrico — Nunca mais falei nesse tom comigo. Eu não te devo satisfação da minha vida.

Açucena — Eu sou sua mulher, Enrico. Eu não estou gostando do rumo que as coisas estão indo. Não ne obrigue a pedir o divórcio. 

Enrico — Você nunca faria isso, Açucena. E sabe o porquê? Você gosta do jeito que eu sou. Qd coisas aqui nunca vão mudar. Entendeu?


As lágrimas escorrem do rosto de AÇUCENA. 


Açucena — (séria) Você não pode fazer isso comigo, Enrico. Eu sempre te defendi de todo mundo. O que você está fazendo é injusto.

Enrico — Eu não quero mais saber dessa conversa. Eu vou descansar que eu ganho mais. 


ENRICO sai da sala deixando AÇUCENA inconsolável.

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, HORAS DEPOIS



CENA 10. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. QUARTO DE LÍVIA. INTERIOR. DIA

CLARICE está sentada na cama e ela está bastante nervosa. LÍVIA entrega um copo de água para sua amiga, mas CLARICE ainda está muito nervosa. LÍVIA fica na frente dela e a nossa protagonista está ficando cada vez mais intrigada com o que CLARICE possa estar escondendo. 


Lívia — O que foi que aconteceu com você, Clarice? Hoje de manhã você estava tão sorridente. Eu sei que aconteceu alguma coisa. Seja o que for você pode me contar. 

Clarice — (chorando) Eu não sei como você vai reagir, Lívia. É algo que vai mudar a nossa vida para sempre. Essa é a verdade. 

Lívia — Porque todo esse mistério, Clarice? Eu sinto que você quer me contar algum coisa.

Clarice — Eu sinto muito ter que dizer isso, Lívia. Mas o barco do seu pai explodiu em alto mar. Todos acreditam que o Sandoval morreu. Eu nem sei como você deve estar se sentindo nesse momento.


LÍVIA entra em desespero. CLARICE está aos prantos.


Lívia — Me diz que isso é algum tipo de brincadeira, Clarice. Se for eu já vou te avisando que isso não tem a menor graça.

Clarice — Você acha mesmo que eu iria brincar com algo tão sério assim, Lívia? Eu sempre amei o seu pai. Isso está sendo difícil para mim.

Lívia — Imagina como eu estou me sentindo, Clarice. Eu acabei de encontrar o meu pai e agora eu vou perder ele? Eu não quero.


LÍVIA anda pelo seu quarto. Ela e CLARICE se olham. 


Clarice — Eu quero que você saiba que eu estou com você, minha amiga. Você sempre vai poder contar comigo. Inclusive agora.

Lívia — (tensa) Essa história está muito não contada. O meu pai é um exímio pescador. Eu acho que o meu avô está envolvido nessa história. E eu vou tirar a verdade dele custe o que custar. 


LÍVIA sai do quarto totalmente decidida. A câmera mostra o olhar se CLARICE que é de bastante tristeza.

CORTA PARA/


CENA 11. PORTO DA AREIA. CAIS. EXTERIOR. DIA 

FRANCHICO vem chegando até o cais do porto e ele fica surpreso ao vevr BABY parada à sua espera. FRANCHICO caminha na direção de BABY e eles se olham. BABY tenta tocar a sua mão nas mãos de FRANCHICO, mas ele se recusa. BABY vai ficando muito irritada.


Franchico — (sério) O que você veio fazer aqui, Baby? Eu achei que depois da nossa última conversa você não iria querer mais me ver. 

Baby — Eu até pensei nisso mesmo, Franchico. Mas a Roseli conseguiu abrir os meus olhos. A gente não pode continuar desse jeito. 

Franchico — E o você pretende fazer, Baby? A gente somos muito diferentes. Eu acho que isso infelizmente não vai dar certo.

Baby — É isso mesmo que você pensa, Franchico? Eu gosto de você de verdade, mas você é muito teimoso. Eu não consigo te entender. 


BABY abaixa a cabeça. FRANCHICO toca o seu rosto.


Franchico — Eu também gosto muito de você, Baby. Mas eu não gosto que tentem resolver os meus problemas. Eu quero que você entenda isso. 

Baby — Eu sinto muito, Francisco. Eu nunca quis te deixar chateado. Você pode me perdoar? 

Franchico — É claro que sim, Baby. Eu quero muito que a gente dê certo. Nada me faria mais feliz. Você é metida, mas eu te adoro assim.


BABY esboça um sorriso bem tímido. 


Baby — Você é teimoso, mas é assim que eu te quero, Franchico. Meu pescador turrão. 


BABY e FRANCHICO se aproximam um do outro. Eles se beijam apaixonadamente e com muita intensidade. 

TRILHA SONORA: Retratos e Canções - Sandra de Sá

CORTA PARA/


CENA 12. DELEGACIA. SALA DO DELEGADO. INTERIOR. DIA

O DELEGADO AUGUSTIN está lendo alguns relatórios quado ele é surpreendido com a chegada de GREGÓRIO que vai entrando em sua sala sem ao menos bater na porta. GREGÓRIO olha agora o DELEGADO AUGUSTIN de uma maneira bem fria. O DELEGADO retruiu o olhar.


Gregório — (frio) Você deve ser o novo delegado que foi designado para trabalhar em nossa cidade. Eu vim me apresentar. Eu sou Gregório Assunção. Eu espero que nós possamos ter uma boa relação. 

Delegado Augustin — Eu sei muito bem quem você é, Gregório Assunção. Se você está acostumado com oficiais da lei que se sujeitam a seguir a sua cartilha eu já vou avisando que eu não sou assim. 

Gregório — Com quem você acha que está falando? Eu mando e desmando nessa cidade. Se você quer continuar atuando aqui então é melhor você seguir o que eu mando.

Delegado Augustin — Deixa eu ver se entendi, Gregório. Você está me ameaçando? É melhor você não fazer isso. Não me obrigue a te prender por desacato. 


GREGÓRIO fica totalmente descontrolado. 


Gregório — Você não sabe com quem está se metendo. Eu faço o que eu quero nessa cidade. Não vai ser você que vai impedir. 

Delegado Augustin — Isso é o que nós vamos ver, Gregório. Agora saia da minha sala. 

Gregório — Você acha mesmo que pode me enfrentar? Eu sou Gregório Assunção. Aqui nessa cidade eu que faço a lei.


O DELEGADO AUGUSTIN se levanta e fica encarando GREGÓRIO. O vilão demonstra estar totalmente furioso.


Delegado Augustin — Se você já disse tudo o que queria agora eu tenho mais o que fazer. Queira ir embora da minha delegacia.

Gregório — (furioso) Você não sabe do que eu sou capaz de fazer. Eu vou acabar com você. 


GREGÓRIO vai embora da delegacia de sentindo contrariado. A câmera mostra o olhar sério do DELEGADO AUGUSTIN. 

CORTA PARA/

CENA 13. GALPÃO ABANDONADO. INTERIOR. DIA

A luz do sol invade o galpão sujo e abandonado por uma fresta da janela. ANA ROSA está amarrada em uma cadeira e com uma mordaça em sua boca. Nesse momento ela vê TOM entrar no galpão abandonado e o seu semblante de raiva vai ficando cada vez mais claro.


Tom — (ardiloso) Onwue foi que acony, Ana Rosa? O gato comeu a sua língua? Eu disse que você iria se arrepender do que você fez. 

Ana Rosa — Você ficou louco, Tom? Me solta agora. 

Tom — Você não exige absolutamente nada, Ana Rosa. Agora você vai devolver o meu dinheiro nem que você tenha que sofrer as consequências para isso acontecer. 

Ana Rosa — É só assim que você tem coragem, Tom? Você não passa de um covarde. Deve ser por isso que o Cassiano é muito mais homem que você. Seu hipócrita. 


TOM perde o controle. Ele dá um tapa em ANA ROSA.


Tom — Cala essa boca, sua maldita. O Cassiano não passa de um pobre coitado. Ele nunca vai ser um homem igual a mim. 

Ana Rosa — Nisso eu sou obrigada a concordar com você, Tom. Você nunca vai ser um homem excepcional que nem o Cassiano. 

Tom — Você está passando de todos os limites, Ana Rosa. Nem mesmo amarrada você perder essa crista. Mas eu vou acabar com esse sorriso cínico em seu rosto. 


ANA RODA continua sorrindo e deixando TOM irritado. 


Ana Rosa — (sorrindo) Isso é o máximo que você consegue fazer, Tom? Como você é patético. Porque você não tenta fazer algo que preste? Isso você não consegue, não é? 

Tom — Você ainda não viu nada, Ana Rosa. Isso é apenas o começo. Você vai sentir na pele o que eu faço com quem me desafia. 


TOM acende um cigarro. Ele tortura ANA ROSA com o cigarro aceso. A vilã grita de uma forma angustiante. 

CORTA PARA/


CENA 14. GRUPO “PESCADOS MARÍTIMOS”. SALA DE GREGÓRIO. INTERIOR. DIA

CLOSE fixo em GREGÓRIO que totalmente perdido em seus pensamentos. Nesse momento CASSIANO entra em sua sala o que deixa o vilão totalmente nervoso. GREGÓRIO se levanta e olha com muito ódio para o nosso protagonista. CASSIANO em nenhum momento demonstra medo.


Gregório — (frio) Era só o que me faltava. Eu já esperava pela sua visita, Cassiano. O que você quer dessa vez? Falar da sua mãe morta? Ah esqueci. Ela não morreu.

Cassiano — Eu não tenho tempo par as suas ironias, Gregório. Eu só quero saber onde a Lívia está. Eu não vou embora sem a resposta. 

Gregório — E porque eu iria saber onde a Lívia está? Eu quero distância daquela traidora. Você tem culpa de tudo o que aconteceu. Se você não tivesse voltado para essa cidade nada disso teria acontecido. 

Cassiano — Eu não vou mais discutir isso com você, Gregório. A única que nos une é a Lívia. Eu não tenho mais motivos para me vingar de você. Mas eu ainda. Te verei na cadeia.


GREGÓRIO começa a esbravejar. CASSIANO está sério.


Gregório — Sabe qual é o seu problema, Cassiano? Você se acha acima do bem e do mal. Mas isso ainda vai acabar te derrubando. 

Cassiano — As duas ameaças não me colocam medo, Gregório. Eu já disse o que queira falar.

Gregório — Você não vai ficar com a minha neta, seu maldito. Eu vou fazer o que for preciso para te afastar da Lívia. Espero ter sido claro.

CASSIANO segura GREGÓRIO pela gravata. 


Cassiano — Fica longe da Lívia, Gregório. Eu não vou falar de novo. Pela felicidade dela eu sou capaz de tudo. Até algo que eu não concorde. Você foi avisado. 

Gregório — Some da minha frente, seu alpinista social. Eu sei muito bem o que você está querendo, Cassiano. Você quer se vingar de mim pela minha neta. Isso não vai acontecer. Isso eu posso te garantir. 


CASSIANO e GREGÓRIO se enfrentam. Logo depois o nosso protagonista vai embora deixando GREGÓRIO sozinho e totalmente irritado. 

CORTA PARA/


CENA 15. VILA DOS PESCADORES. EXTERIOR. DIA 

Muitas pessoas estão reunidas na frente das casas na vila dos pescadores. Entre todos então LÍVIA FRANCHICO e alguns outros pescadores. Nesse momento TOM vai chegando até a vila o que deixa todos bastante apreensivo. O vilão fica frente a frente com LÍVIA e a enfrenta. 


Lívia — (séria) O que você veio fazer aqui, Tom? Você está cansado de saber que você não é bem-vindo aqui. O que você quer?

Tom — Eu quero apenas que vocês saiam daquilo que é meu. O local onde está situado essa vila pertence ao grupo Pescados Marítimos. E eu quero vocês foram daquilo que me pertence. 

Lívia — Do que você acha que está falando, Tom? O grupo pertence ao meu avô. Apenas ele. 

Cassiano — Você precisa se informar melhor, Lívia. Os acionistas da empresa me deram o controle majoritário da empresa . 


LÍVIA fica em choque. TOM sorri de um jeito cínico. Nesse momento FRANCHICO se aproxima e enfrenta TOM.


Franchico — Nós não vamos a lugar nenhum. Sempre moramos aqui na vila e não vai ser agora que vai ser diferente. Você não pode nos obrigar a sair de nossa casa. 

Tom — Eu não contaria com isso. No lugar onde essa vila está localizada irá ser construído uma hidroelétrica. É o futuro chegando em Porto da Areia. 

Lívia — Você não pode falar uma coisa dessas com toda essa naturalidade. Você não pode expulsar essas pessoas daqui para onde elas irão? Isso não está certo, Tom. 


TOM vai demonstrando ainda mais toda sua frieza.


Tom — Justo? Isso não existe quando se quer vencer. E além disso eu tenho uma procuração que me permite expulsar todos desse lugar, Lívia. Eu quero que todos vão embora daqui imediatamente. 

Lívia — (de enchendo de coragem) Eu não vou deixar você fazer isso, Tom. Você está jogando sujo e eu não admito isso.


TOM sorri sarcasticamente. Nesse momento um trator aparece na entrada da vila dos pescadores. A câmera foca no olhar de choque de LÍVIA. Ela e TOM se enfrentam.


A imagem congela no embate entre LÍVIA e TOM. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.






Tags

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.