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Maré Alta - Capítulo 28 (Últimas Semanas)

 




MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 28


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. PORTO SA AREIA. CASA ABANDONADA. INTERIOR. DIA

Continuação imediata do capítulo anterior. Horas Depois. TOM.ven carregando LÍVIA em seus braços e ele coloca a nossa protagonista sentada em uma cadeira e depois a amarra. ANA ROSA esboça um sorriso diabólico ao ver o estado que LÍVIA se encontra. Depois de alguns segundos LÍVIA vai recobrando a consciência.


Lívia — (desesperada) O que é que está acontecendo aqui? Onde é que eu estou? 

Ana Rosa — Bem-vinda ao final da linha, sua maldita. Você não se achava melhor do que eu? Agora você vai aprender da pior forma que não é. Eu vou ver a sua derrocada. 

Tom — Você poderia ter evitado que tudo isso acontecesse, Lívia. Mas você é orgulhosa demais para isso. Agora é o fim. 

Lívia — Vocês não podem fazer isso como. Eu não fiz nada de errado. Eu quero ir embora. 

TOM se abaixa e fica olhando com ódio para LÍVIA. 


Tom — Você ainda não entendeu a gravidade da situação, Lívia? Você não vai a lugar nenhum. Eu vou conseguir tudo o que eu quero e não vai ser você que vai impedir.

Ana Rosa — O Cassiano vai ficar inconsolável quando você morrer, Lívia. E vai ser um prazer dar o meu ombro para aparar as lágrimas dele. 

Lívia — Vocês estão ficando completamente loucos. O que vocês estão fazendo é crime.


TOM perde ainda mais o controle. Ele dá um tapa violento em LÍVIA que fica em choque. ANA ROSA sorri muito satisfeita. 


Tom — (fora de si) Eu estou perdendo a minha paciência com você, Lívia. Você vai querer complicar aí da mais a sua situação? 

Lívia — Façam o pior que vocês puderem. Eu não tenho medo de nada que venha de vocês. Eu sei que vou sair dessa situação. E quando eu sair eu verei vocês presos. 


ANA ROSA desfere diversos tapas na cara de LÍVIA. A nossa protagonista fica encarando os vilões sem medo.

CORTA PARA/


CENA 02. DELEGACIA. SALA DO DELEGADO. INTERIOR. DIA

O DELEGADO AUGUSTIN está em uma ligação que parece ser muito importante. Nesse momento KÉSIA entra em sua sala e ela está acompanhada de ENRICO que está algemado. O DELEGADO AUGUSTIN fica confuso e não consegue entender o que pode estar acontecendo.


Késia — Desculpa te incomodar, Delegado. Mas tem algo que o senhor precisa ouvir. É algo que vai mudar o rumo das investigações. 

Delegado Augustin — (surpreso) Késia? Quando foi que você chegou? E o que o Enrico está fazendo algemado em minha sala? 

Késia — Esse homem foi preso por bater na mulher dele. Mas isso não vem ao caso, Delegado. Ele tem informações sobre a onda de crimes que ele está acontecendo na cidade. Eu acho que deveríamos ouvir ele.

Enrico — Antes de falar qualquer coisa eu quero ter certeza do meu direito à liberdade resguardado. Eu quero fazer um acordo. 


O DELEGADO AUGUSTIN e KÉSIA ficam se olhando. ENRICO se senta em uma cadeira e respira fundo.


Delegado Augustin — Você terá o seu acordo, Enrico. Agora fale o que você está querendo. Eu não tenho tempo para perder.

Enrico — Tudo de ruim que está acontecendo nessa cidade tem haver com apenas uma pessoa: Tom Macieira. As mortes do Delegado Praxedes, da Shirley, da falsa acusação contra o Cassiano por turismo sexual. Foi tudo obra do Tom. 

Késia — Então quer dizer que eu cheguei na cidade na hora certa. (P) Pelo visto nós estamos prendendo um homem inocente. 


O DELEGADO AUGUSTIN fica totalmente sem palavras. 


Delegado Augustin — (sério) Nós precisamos de mais provas. Só assim poderemos ter certeza do que o Enrico está falando. 

Késia — O senhor está certo, Delegado. Agora o que precisamos fazer é descobrir se tudo isso é mesmo verdade. 


O DELEGADO AUGUSTIN concorda. ENRICO sorri de uma maneira bastante agoniante. KÉSIA o olha bem séria.

CORTA PARA/


CENA 03. GRUPO “PESCADOS MARÍTIMOS”. SLAA DA PRESIDÊNCIA. INTERIOR. DIA

GREGÓRIO está em sua sala totalmente sozinho. Nesse momento ELEANOR entra na sala parecendo um verdadeiro furacão. GREGÓRIO olha para ela com muito ódio. O vilão se levanta de sua poltrona e fica encarando sua ex-esposa. ELEANOR não demonstra medo e o confronta. 


Gregório — (furioso) O que você pensa que está fazendo aqui, Eleanor? Você acha que odiei entrar aqui quando vem quiser? Você não pode. Está me ouvindo? 

Eleanor — Eu tenho todo o direito de vir até aqui, Gregório. Eu tenho 49% da empresa, ou já esqueceu? Mas não é por isso que eu vim até aqui. Eu quero saber onde a Lívia está. 

Gregório — Do que você está falando, Eleanor? Eu não faço a mínima idéia de onde a Lívia está. Eu não quero mais saber nada dessa ingrata. É melhor você ir embora.

Elanor — Você está mentindo, Gregório. A Lívia simplesmente sumiu. Eu vou te perguntar de novo. Onde está a minha neta?


GREGÓRIO olha com muita frieza para ELEANOR.


Gregório — Você acha mesmo que eu seria capaz de fazer alguma coisa contra a minha própria neta? Você só pode ser louca, Eleanor. 

Eleanor — Eu não acredito mais em você, Gregório. Você maotu a nossa filha. Eu não duvido mais de nada que você possa fazer. 

Gregório — Eu fiz tudo o que eu precisava fazer, Eleanor. A nossa neta está cometendo o maior erro da vida dela se envolvendo com o Cassiano. Você está errando novamente igual errou com.a nossa filha. 


ELEANOR dá um tapa na cara de GREGÓRIO que vai fervendo de ódio. O vilão olha ELEANOR com ódio.


Eleanor — (séria) Nunca mais chegue perto da minha neta, Gregório. Você sempre amou mais o dinheiro e ao status que sempre teve. Se a minha neta não aparecer eu juro que eu vou tirar tudo o que você sempre teve. 

Gregório — Você não seria louca debfazerbuma coisa dessas, Eleanor. Eu juro que eu acabo com você antes disso puder acontecer. 


ELEANOR está muito decidida. Ela.vai embora deixando GREGÓRIO cada vez mais nervoso e descontrolado.

CORTA PARA/

CENA 04. CASA DE FÁTIMA. SALA. INTERIOR. DIA

LENITA está andando de um lado para o outro bem nervosa e ansiosa. Logo depois FÁTIMA entra na sala e percebe que LENITA está bastante preocupada. FÁTIMA tenta acalmar LENITA, mas ela não consegue. Logo depois LENITA e FÁTIMA se sentam no sofá e ficam se encarando em silêncio. 


Fátima — Eu posso imaginar o que você deve estar pensando, Lenita. (P) Você está preocupada com o Cassiano. Não precisa fingir, Lenita. 

Lenita — (aflita) O que eu faço agora, Fátima? É claro que eu tô feliz por descobrir que o meu filho está vivo. Mas eu estou preocupada pro saber que agora deve estar preso na delegacia injustamente. 

Fátima — Infelizmente a gente sabia que isso poderia acontecer, Lenita. Isso tudo é obra do Tom. Ele quer destruir o Cassiano a todo custo. E o pior é que ninguém faz nada. 

Lenita — O ódio que esse homem sente pó meu filho está estrapolando todos os limites. 


LENITA se levanta e ela decide fazer alguma coisa. A câmera mostra a preocupação estampada no rosto de FÁTIMA. 


Fátima — O que você está pensando em fazer, Lenita? Não me diga que você está pensando em ir atrás do Tom? É isso? 

Lenita — E o que mais eu poderia fazer, Fátima? Esse homem está destruindo a vida do meu filho. Alguém precisa deter ele o mais rápido possível. Antes que o pior aconteça.

Fátima — Eu já tentei fazer isso, Lenita. E eu sou obrigada a te dizer que isso não vai adiantar. 


LENITA está cada vez mais decidida. FÁTIMA olha para ela com um bastante aflito e preocupado.


Lenita — (séria) Eu sei o que você está tentando fazer, Fátima. Mas nada vai mudar a minha opinião. Eu vou fazer o Tom limpar o nome do meu filho. É isso que eu vou fazer.

Fátima — Eu espero que você saiba o que está fazendo, Lenita. O Tom é muito perigo e ele não pensar duas vezes em te prejudicar. 


LENITA continua certa do que ela tem que fazer. A câmera mostra o olhar de preocupação de FÁTIMA.

CORTA PARA/


CENA 05. CASA DE RUBINHO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA

FRANCHICO está sentado no sofá da sala da casa luxuosa o que vai deixando ele bastante incomodado. Logo depois RUBINHO vem entrando na sala e ele fica bastante surpreso aonver FRANCHICO em sua frente. FRANCHICO se levanta e ele e RUBINHO ficam se encarando fixamente.


Rubinho — (impaciente) Eu posso saber o que você está fazendo aqui, Franchico? Veio de desculpar por aquele soco que você me deu? Eu espero que seja isso.

Franchico — Você sabe muito bem que eu jamais vou fazer isso, Rubinho. Você mereceu isso.

Rubinho — Então o que você está fazendo aqui, pescador? Eu exijo uma explicação agora. 

Franchico — Eu vim te dar um aviso, Rubinho. Fica longe da Baby. Eu vou ter as últimas forças pelo amor dela. Eu espero ter sido claro. 


RUBINHO se aproxima ainda mais de FRANCHICO. 


Rubinho — Eu tenho que admitir que você tem coragem, Franchico. Mas deixa eu te falar uma coisa. Eu nunca vou deixar que você fique com a Baby. Não vou mesmo.

Franchico — Eu estou te tratando com respeito, Rubinho. Você tem que aceitar que eu e a Baby a gente se ama. Você não pode fazer nada. É melhor você esquecer ela.

Rubinho — Esquecer? Isso nunca vai acontecer. Eu vou conseguir tirar você do meu caminho. Assim a Baby vai voltar correndo para mim.


FRANCHICO fica bastante sério. RUBINHO está irredutível. 


Franchico — (sério) Eu estou vendo que não tem como conversar com você, Rubinho. Mas a Baby já fez a escolha dela. Você perdeu. 

Rubinho — Isso é o que nós vamos ver. Se depender de mim vocês nunca vão ficar juntos. 


RUBINHO olha FRANCHICO com muita frieza. Logo depois FRANCHICO vai embora enquanto RUBINHO o encara.

CORTA PARA/


CENA 06. CASA DE ZÉ BATALHA E ONDINA. SALA. INTERIOR. DIA

No centro da cena estão reunidos ZÉ BATALHA e SANDOVAL que estão tendo uma conversa bastante seria. O clima vai ficando cada vez mais tenso. SANDOVAL fica andando de um lado para o outro enquanto ZÉ BATALHA está bastante apreensivo com tudo que está acontecendo. 


Sandoval — (preocupado) Sinceramente eu não sei o que a gente vai fazer, Zé. O Gregório e o Tom estão jogando muito pesado para destruir a vila. A gente tem que fazer alguma coisa antes que o pior possa acontecer. 

Zé Batalha — E o que você aconselha que a gente faça, Sandoval? Enfrentar o Gregório é como se fosse um tiro.no escuro. Você sabe disso. 

Sandoval — Infelizmente você tem razão, meu amigo. A gente tem que impedir a destruição da vila de qualquer maneira. É o único jeito. 

Zé Batalha — Você sabe que vai comprar uma guerra com o Gregório, não é, Sandoval? Ele vai querer acabar com tudo que você ama a todo custo. A gente sabe como ele é. 


SANDOVAL está decidido. ZÉ BATALHA se preocupa. 


Sandoval — Faz muitos anos que eu sei disso, Zé. A Berenice morreu por causa da ambição desenfreada do Gregório. Mas dessa vez eu não vou deixar ele sair por cima. 

Zé Batalha — Então eu vou te ajudar, Sandoval. Essa é uma guerra que eu faço questão de ganhar ao seu lado. O Gregório não pode ganhar. 

Sandoval — Vamos reunir todos os pescadores da vila. Nós temos que estar preparados para o que está para acontecer. É isso que vamos fazer, Zé. O Gregório não vai tirar o que é nosso por direito. Nós não vamos deixar. 


ZÉ BATALHA balança a cabeça concordando. 


Zé Batalha — (ponderando) A sua ideia é muito arriscada, Sandoval. Mas se não tem outro jeito então é o que vamos fazer. 

Sandoval — Acredite em mim, Zé. Não tem outro jeito. A gente precisa impedir o Gregório custe o que custar. A vila é nossa e nenhum empresário ganancioso pode tirar a gente daqui. 


SANDOVAL e ZÉ BATALHA apertam as mãos. Eles estão muito esperançosos de conseguir salvar a vila.

CORTA PARA/


CENA 07. PORTO DA AREIA. CASA ABANDONADA. INTERIOR. DIA

LÍVIA continua amarrada na cadeira e a nossa protagonista está ficando visivelmente fraca diante de toda essa situação. A câmera mostra que ANA ROSA está parada em sua frente e a vilã fica sorrindo de um jeito bastante ardilosa. LÍVIA tenta encontrar forças, mas ela está bastante fraca. 


Lívia — (sem forças) Até quando essa situação vai perdurar, Ana Rosa? Porque você está fazendo isso comigo? Isso é desumano. 

Ana Rosa — Porque você faz a mesma pergunta toda hora? Você já sabe a resposta. Eu sempre te odiei, Lívia. Você não merece ter a vida que tem. Nem o amor do Cassiano. 

Lívia — Eu nunca fiz nada contra você, Ana Rosa. Que culpa eu tenho se você não tem a vida que você sempre quis? Isso é muito injusto. 

Ana Rosa — Isso não me interessa. Eu só vou ficar satisfeita quando eu tirar você do meu caminho, Lívia. Só assim o Cassiano vai ser meu. E você não vai me impedir.


A loucura de ANA ROSA chega no ápice. Ela desfere mais um tapa na cara de LÍVIA. A nossa protagonista a olha. 


Lívia — Então esse sempre foi o problema, Ana Rosa? Você não pode se contentar com a vida que possui e tem que querer ter a minha? Você é mesmo uma invejosa. 

Ana Rosa — E quem disse que eu tenho inveja de você, sua sonsa? Eu apenas quero a vida que eu mereço. E você não vai impedir.

Lívia — Você pode falar o que quiser, Ana Rosa. Mas no fundo eu sei que o Cassiano me ama. Isso você não pode tirar de mim.


ANA ROSA vai perdendo totalmente o controle. Ela aperta a barriga de LÍVIA que grita de dor. 


Ana Rosa — Você se acha melhor que eu mesmo, sua maldita? Sabe aquele incêndio que quase te matou? Fui eu que mandei o Enrico fazer aquilo. Mas você é burra e nunca soube disso. Agora eu vou te matar desgraçada. 

Lívia — (gritando de dor) Eu não acredito que você foi capaz de fazer isso, Ana Rosa. Até você é capaz de chegar? Me diga agora. 


ANA ROSA olha friamente para LÍVIA. A vilã vai sorrindo enquanto LÍVIA coloca sua mão na barriga com muita dor. 

CORTA PARA/


CENA 08. CASA DE TOM. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA

A campainha da casa toda de maneira incessante. Logo depois a  EMPREGADA abre a porta e o DELEGADO AUGUSTIN entra na casa. Em questão de segundos TOM vem chegando até a sala de estar e o seu semblante é de bastante irritação. O DELEGADO AUGUSTIN entrega um mandado para TOM que fica apreensivo. 


Tom — (nervoso) Eu posso saber que espécie de brincadeira é essa? Um mandado para vasculhar a minha casa? Eu não admito isso. Você não pode fazer isso, Delegado. 

Delegado Augustin — Isso não é nenhuma brincadeira, Tom. Você está sendo investigado por uma série de crimes. 

Tom — Você sabe com quem está falando? Eu sou um homem muito rico. Eu não sou um bandido de porta de cadeia. Eu pago o seu salário, Delegado. 

Delegado Augustin — É melhor você abaixar a voz para falar comigo, Tom. Eu vou fazer o meu trabalho e você nem tente impedir.


TOM fica visivelmente nervoso. O DELEGADO AUGUSTIN encara o vilão com muita coragem e sem medo.


Tom — Eu posso saber que crimes eu estou sendo acusado? Isso não pode estar acontecendo comigo. Eu sou inocente. 

Delegado Augustin — Quem fez essas denúncias conta você foi o Enrico. Você não tem escapatória, Tom. É questão de tempo para você ser preso. A sua casa caiu.

Tom — Eu não acredito no que eu estou ouvindo, Delegado. Você acreditou naquele homem? Ele está mentindo. Isso está muito óbvio. 


O DELEGADO AUGUSTIN encara TOM fixamente. 


Delegado Augustin — (sério) Você realmente acha que eu acredito nisso, Tom? Agora dia da minha frente e deixe eu fazer o meu trabalho. Você está me incomodando. 

Tom — Você vai se arrepender disso, Delegado. Você não sabe do que eu sou capaz.


O DELEGADO AUGUSTIN não dá importância para as ameaças de TOM. Ele vai para outro cômodo da casa. Sem pensar duas vezes TOM vai atrás dele.

CORTA PARA/


CENA 09. DELEGACIA. RECEPÇÃO. INTERIOR. DIA

AÇUCENA está entrando dentro da recepção da delegacia e ela parece estar bastante apreensiva. Ela acaba se esbarrando em KÉSIA que olha para ela de uma forma doce e delicada. A troca de olhares entre elas está ficando cada vez mais intensa e impossível de negar.


Késia — (sorrindo) Olha só quem os bons ventos trouxeram até aqui. (P) Eu fico feliz que você esteja bem. No que eu posso te ajudar? 

Açucena — Eu te agradeço de verdade por você ter tentado me ajudar ontem. Mas eu gostaria de pedir que você soltasse o Enrico. Eu não quero trazer mais problemas para ele. 

Késia — Você não pode estar falando sério. Porque você quer fazer isso? (P) Você é uma mulher tão linda. Não merece isso. 

Açucena — Se eu tentasse explicar você não iria entender. Eu dependi a minha vida inteira do Enrico. Eu não posso fazer isso com ele.


KÉSIA olha seriamente para AÇUCENA. Ela toca as mãos nas mãos de AÇUCENA que estranha o gesto de KÉSIA. 


Késia — Me desculpa, Açucena. Eu não queria te assustar. Mas eu não posso negar que você mexeu comigo desde a primeira vez. 

Açucena — Sinceramente eu nem sei o que dizer. Isso é muito novo para mim. Eu espero que você possa tentar me entender.

Késia — É claro que eu te entendo, Açucena. Mas eu não posso soltar o Enrico. Ele está envolvido em mais coisas nebulosas. (P) Ele está envolvido em um incêndio que teve meses atrás aqui na cidade. Você deve saber o que eu estou falando. 


O semblante de AÇUCENA vai mudando gradativamente. 


Açucena — (surpresa) Você não pode estar falando sério. O Enrico não pode ter feito isso. Você rten que deixar eu ver ele. Eu preciso virar essa página da minha vida. Eu te suplico. 

Késia — Você tem certeza disso, Açucena? O Enrico está cada vez imprevisível. Eu não quero que ele faça de ruim contra você. 


AÇUCENA balança a cabeça em sinal positivo. KÉSIA vê que não vai conseguir convencer AÇUCENA do contrário. Ela vai levando AÇUCENA até onde ENRICO está. 

CORTA PARA/


CENA 10. CASA DE TOM. SUITE. INTERIOR. DIA

O DELEGADO AUGUSTIN vai entrando na suite de TOM o que vai deixando o vilão cada vez mais irritado. O DELEGADO AUGUSTIN vai revirando tudo que ele encontra pela frente. Logo depois ele tira um quadro da parede revelando um cofre. O DELEGADO AUGUSTIN olha Alda TOM que o confronta de uma forma insistente. 


Delegado Augustin — Então quer dizer que você tem um cofre, Tom? Eu acho melhor você abrir esse cofre agora mesmo. Vamos lá. 

Tom — Você indo está longe demais, Delegado. Eu não abrir o meu cofre só porque você está querendo. Para mim isso já deu já. 

Delegado Augustin — O que você está querendo esconder, Tom? Eu estou te dando uma ordem. Abra esse cofre agora. Entendeu? 

Tom — Você está querendo me prender de qualquer jeito. Quer saber de uma coisa? Eu vou abrir esse cofre e você vai ver do que eu sou capaz de fazer, Delegado. 



TOM abre o cofre. No meio de muitos dólares o DELEGADO AUGUSTIN encontra todas provas dos crimes do vilão. 


Delegado Augustin — Tudo o que eu estou vendo aqui só prova o que o Enrico falou, Tom. Foi você que matou a Shirley e o Delegado Praxedes. Tom…. Você está preso. 


Sem que o DELEGADO AUGUSTIN pudesse perceber TOM pega um item pesado em cima da cômoda e acerta em sua cabeça com muita força. O DELEGADO AUGUSTIN desmaia. 

Tom — Eu bem que tentei te avisar, Delegado. Você nunca vai me levar preso. Agora o que eu preciso fazer é tirar todo o dinheiro do Gregório. Eu preciso fugir dessa cidade. 


TOM vai embora deixando o DELEGADO AUGUSTIN desmaiado no chão da suíte. O vilão sorri maliciosamente. 

CORTA PARA/


CENA 11. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA

BABY está sentada no sofá da sala parecendo estar bastante angustiada. Nesse momento alguém toca a campainha. Ela se levanta e abre a porta. Logo em seguida FRANCHICO entra no sobrado e a beija deixando BABY totalmente surpresa. Logo depois eles se sentam no sofá. 


Baby — (aflita) E como foi a sua conversa com o Rubinho, Franchico? Pela sua cara parece que não foi nada bem. Ou estou enganada? 

Franchico — Foi exatamente do jeito que a gente estava esperando, Baby. O Rubinho não quer dar o braço a torcer. Ele está disposto a tudo para ter você de volta. Ele disse isso.

Baby — Ele que desista então. Isso nunca vai acontecer. Tudo o que eu sinto por ele é raiva e desprezo. É você quem eu quero.

Franchico — É muito bom ouvir isso de você, meu amor. Mas a gente deve estar preparado para tudo. O Rubinho não vai desistir. 


BABY respira fundo. FRANCHICO segura suas mãos. 


Baby — Tudo o que eu quero é esquecer tudo isso, Franchico. O Rubinho faz parte do passado. Você é o meu presente e futuro. 

Franchico — Eu preciso falar com o seu pai, Baby. Eu quero fazer as coisas certas dessa vez. Eu quero ter a permissão dele. Você entende? 

Baby — Você faria isso por mim, Franchico? Eu nem sei o que te dizer. Eu estou surpresa.


FRANCHICO beija BABY com muita paixão. Ela corresponde ao beijo. Logo depois eles ficam se olhando. 


Franchico — (sorrindo) Você ainda tem alguma dúvida disso, Baby? Eu não quero mais ficar longe de você. Eu vou lutar pelo o seu amor.

Baby — O meu amor é todo seu, Franchico. Desde a primeira vez que eu te vi eu já senti o que eu estou sentindo agora. Eu te amo.


FRANCHICO e BABY se beijam apaixonadamente. 

TRILHA SONORA: Retratos & Canções - Sandra de Sá

FUNDE PARA/


CENA 12. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. QUARTO DE ROSELI. INTERIOR. DIA

ROSELI está no quarto terminando de arrumar as suas malas. As lágrimas vão escorrendo por seus olhos. Nesse momento o PREFEITO ANÍBAL entra no quarto e ele fica surpreso ao ver que ROSELI está arrumando a sua mala para ir embora. Ele fica em sua frente e a confronta.


Prefeito Aníbal — (surpreso) O que é que está acontecendo, Roseli? Você está indo embora? Mas porque? O que foi que houve? 

Roseli — Pro favor, Aníbal. Não complique ainda mais essa situação. É melhor você não perguntar o porque eu estou fazendo isso. 

Prefeito Aníbal — É porque não, Roseli? Eu sei que o Misael tem algum coisa haver com isso. 

Roseli — O quanto menos você souber vai ser melhor, Aníbal. É melhor você não tentar me impedir de ir embora. Tentei me entender. 


Os olhos de ROSELI estão marejados. O PERFEITO ANÍBAL segura ela pelos braços e olha diretamente em seus olhos. 


Prefeito Aníbal — Eu quero ouvir da sua boca porque você está querendo ir embora, Roseli. Eu não fui homem suficiente para você? 

Roseli — Você sabe que não é isso, Aníbal. Mas tem coisas que saem do nosso controle. 

Prefeito Aníbal — Então me fala o que está acontecendo. Eu quero te ajudar. Mas se você não dizer nada eu não vou poder fazer nada a respeito. Me deixa te ajudar.


ROSELI começa a chorar copiosamente. Ela não consegue segurar a emoção. O PREFEITO ANÍBAL a conforta. 


Roseli — (chorando) O meu filho sumiu, Aníbal. Eu sei que foi o Misael que pegou ele. E agora ele quer que eu vá embora com ele se não ele não vai me devolver o Juca. 

Prefeito Aníbal — Não me diga mais nada, Roseli. Agora quem vai resolver essa situação sou eu. O Misael não vai mais te infernizar. E o Juca vai voltar para os seus braços. 


ROSELI abraça o PREFEITO ANÍBAL com força. 

CORTA PARA/


CENA 13. VILA DOS PESCADORES. CASA DE SANDOVAL. SALA. INTERIOR. DIA

SANDOVAL está entrando em sua casa quando de repente ele fica surpreso ao ver CLARICE sentada no sofá da sala te olhando. O pescador vai se aproximando de CLARICE e lhe dá um beijo suave. Ele percebe o semblante preocupado de CLARICE que está ficando cada vez mais aflita. 


Sandoval — O que foi que aconteceu com você, Clarice? Eu estou te sentindo muito preocupada. O que você está me escondendo? Pode me falar sem medo.

Clarice — (aflita) Eu não queria te trazer ainda mais preocupação, meu amor. Mas a Lívia sumiu. Ela foi acompanhar o Cassiano até a Delegacia e depois de lá ninguém mais viu ela. Eu acho que aconteceu algo. 

Sandoval — Você tem certeza disso, Clarice? Eu sei que o Gregório deve estar envolvido nisso. Quem mais poderia querer o mal dela? 

Clarice — Eu quase certeza que quem está por trás disso é o Tom. Ele sempre foi obcecado pela sua filha, Sandoval. Algo me diz que foi ele. 


SANDOVAL fica pensativo. Ele e CLARICE se olham. 


Sandoval — Se isso for mesmo verdade a minha filha pode estar um risco muito sério, Clarice. Ainda mais agora que ela está grávida. 

Clarice — Você está certo, Sandoval. Agora o que a gente precisa fazer é encontrar a Lívia. Se a gente demorar muito eu nem sei o que pode acontecer. O Tom está desequilibrado. 

Sandoval — Eu vou atrás do Tom. Ele vai ter que me dizer onde a minha filha está. Ele não vai sair dessa história por cima. Eu prometo. 


SANDOVAL vai na direção da porta. CLARICE segura nas mãos de SANDOVAL e o seu olhar é de aflição.


Clarice — (preocupada) Você tem certeza que quer enfrentar o Tom, meu amor? Eu estou com um mal pressentimento. Toma cuidado. 

Sandoval — Você não tem nada que se preocupar, Clarice. Nada vai acontecer comigo. Eu preciso encontrar a minha filha o mais rápido possível. Você sabe muito bem disso. 


Mesmo preocupada CLARICE concorda com SANDOVAL. Ela o beijo com muito amor. SANDOVAL corresponde.

CORTA PARA/


CENA 14. DELEGACIA. CELA. INTERIOR. DIA

CASSIANO está dentro da cela com os seus pensamentos bem longe. Nesse momento o DELEGADO AUGUSTIN vem se aproximando da cela e ele fica parado na frente de CASSIANO. O DELEGADO AUGUSTIN abre a cela deixando o nosso protagonista totalmente confuso.


Cassiano — (confuso) O que é que está acontecendo aqui, Delegado? Porque você abriu a cela? 

Delegado Augustin — É exatamente isso o que está vendo, Cassiano. Você está livre. Foi descoberto que tudo que te aconteceu foi um plano do Tom. Ele é um assassino.

Cassiano — Eu sempre soube disso, Delegado. O Tom nunca me enganou. Tudo o que eu queria era provar a minha inocência. 

Delegado Augustin — E você conseguiu, Cassiano. Você está livre de toda acusação que pesava contra você. Agora o próximo é a gente conseguir pegar o Tom que fugiu. 


CASSIANO fica perplexo. Logo depois o nosso protagonista sai da cena e ele finalmente respira aliviado. O DELEGADO AUGUSTIN olha fixamente para CASSIANO. 


Cassiano — Porque o senhor está me olhando desse jeito, Delegado? O senhor quer me contar alguma coisa? Eu estou sentindo isso.

Delegado Augustin — Está correndo um boato pela cidade, Cassiano. Você precisa ficar calmo. A Lívia desapareceu. Ninguém sabem onde ela possa estar. Eu sinto muito. 

Cassiano — Porque eu estou com a impressão que o Tom está envolvido nisso? Eu preciso fazer alguma coisa. O Tom precisa ser detido. 


CASSIANO está com um brilho diferente em seus olhos. O DELEGADO AUGUSTIN fica o encarando bem sério.


Delegado Augustin — (sério) Eu vou te avisar uma coisa bem séria, Cassiano. Você não pode se vingar do Tom desse jeito. Se você fizer alguma coisa eu terei que agir.

Cassiano — Não se preocupe com isso, Delegado. Eu quero apenas encontra a Lívia. Só isso.


CASSIANO vai embora da delegacia com muita pressa. O DELEGADO AUGUSTIN fica bastante apreensivo. 

CORTA PARA/


CENA 15. PORTO DA AREIA. CASA ABANDONADA. INTERIOR. DIA

A câmera foca em LÍVIA que continua amarrada em uma cadeira. A nossa protagonista tenta encontrar forças e ela joga para trás quebrando a cadeira. Ela consegue se soltar. LÍVIA não perde tempo e ela se esconde atrás de algumas caixas de madeira. Logo em seguida ANA ROSA entra no galpão abandonado e ela fica irritada ao não conseguir encontrar LÍVIA que continua escondida. 


Ana Rosa — Que inferno. Onde é que essa maldita da Lívia se meteu. (P) Não adianta você tentar se esconder Lívia. Eu vou te encontrar e vou acabar com você. 

Lívia — (sussurrando) Eu preciso fazer alguma coisa para sair desse lugar. Eu não posso morrer desse jeito. Eu tenho que viver.

Ana Rosa — É melhor você aparecer, Lívia. Não testa a minha paciência, sua infeliz. Anda logo.


ANA ROSA vai ficando cada vez mais nervosa. Nesse momento LÍVIA sai de trás das caixas de madeira. Ela pega um pedaço de madeira e acerta na cabeça de ANA ROSA que cai desacordada no chão. Quando LÍVIA está prestes a fugir TOM aparece em sua frente e lhe aponta uma arma.


Tom — Eu posso saber onde você pensa que está indo, Lívia? Eu já esperei demais. Eu quero o meu dinheiro agora. Entendeu? 

Lívia — Você está ficando louco, Tom. Eu nunca vou te dar absolutamente nada. Desiste. 

Tom — Você não está entendendo a gravidade da situação, Lívia. A polícia está atrás de mim e eu preciso de dinheiro para fugir.

Lívia — Finalmente a justiça está sendo feita, Tom. Eu espero que você pague por tudo que você deu. Você é um ser desprezível. 


TOM perde o controle. Ele engatilha a arma. LÍVIA não demonstra medo. O vilão a encara com bastante frieza.


Lívia — (corajosa) Você vai me matar, Tom? Para quem dizia que me amava você mudou de opinião rápido demais. O que vai fazer? 

Tom — Você se acha esperta, não é? Mas eu não vou ser preso por sua causa, Lívia. Eu vou tirar esse sorriso do seu rosto. Acredite.


TOM coloca a arma na cabeça de LÍVIA. A imagem congela no semblante de pavor de LÍVIA. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.



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