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Maré Alta - Capítulo 30 (Últimas semanas)

 




MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 30

Últimas Semanas


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. PORTO DA AREIA. PRAÇA. EXTERIOR. TARDE 

Continuação imediata do capítulo anterior. TOM continua com a arma apontada para CASSIANO. O nosso protagonista não demonstra estar com medo. O ódio denROM está cada vez mais perceptível.As pessoas que passam pela praça ficam assustadas e saem dali o mais rápido possível. 


Cassiano — (sério) Você vai me matar mesmo Tom? Vai ter essa coragem de me matar aonar livre na frente de todas essas pessoas? 

Tom — Você está duvidando de mim, Cassiano? Eu já matei algumas pessoas. Matar mais um não vai fazer a menor diferença.

Cassiano — O seu lugar é na cadeia, Tom. Você é um perigoso para a sociedade. Você tem que pagar por todos os crimes que cometeu. 

Tom — Eu até poderia te matar agora mesmo, Cassiano. Mas eu não vou fazer isso. Eu outros planos. Planos mais audaciosos. 

TOM vai abaixando a a arma. CASSIANO pensa em tirar a arma de TOM, mas ele fica com receio do vilão fazer alguma coisa contra as pessoas que estão ao redor. 


Cassiano — O que você quer para parar com toda essa loucura, Tom? Qual é o seu preço? 

Tom — Eu quero 50 milhões de dólares de dólares. O mesmo valor que o Gregório vai receber para destruir a vila de pescadores. Caso contrário eu mato a Lívia. 

Cassiano — Você ficou louco, Tom? Eu não vou conseguir arranjar esse dinheiro. Esse valor é totalmente inacessível para mim.


TOM encara CASSIANO com desprezo. 


Tom — (ardiloso) Isso não é problema meu, Cassiano. Eu já disse o que eu quero. Você tem 48 horas para me dar o meu dinheiro. 

Cassiano — Você não pode fazer isso, Tom. Diz onde a Lívia está. Eu estou te suplicando.


TOM gargalhada diante do sofrimento de CASSIANO. Logo depois o vilão entra em seu carro e vai embora. A câmera foca no desespero de CASSIANO.

CORTA PARA/


CENA 02. PORTO DA AREIA. CASA ABANDONADA. INTERIOR. TARDE

LÍVIA ainda está amarrada em uma cadeira no meio da casa abandonada. Logo depois ANA ROSA e rra no local e ela está totalmente perturbada. A vilã se aproxima de LÍVIA e lhe dá um tapa na cara o que a nossa protagonista não consegue entender. Ela fica tentando se soltar, mas sem sucesso. 


Ana Rosa — (sorrindo/ ardilosa) Como você é patética, Lívia. Você ainda acha que vai conseguir fugir daqui? Porque você não desiste? 

Lívia — Eu prefiro morrer do que ver você conseguir tudo o que mais deseja, Ana Rosa. Eu vou dar a volta por cima. 

Ana Rosa — Olha só para você, Lívia. Você não tem para onde fugir. Eu estou no controle da situação. O que você vai fazer agora? 

Lívia — Você acha mesmo que com isso você vai conseguir o amor do Cassiano, Ana Rosa? Você é mesmo uma iludida. 


ANA ROSA fica ainda mais desequilibrada. LÍVIA a encara. 


Ana Rosa — Mesmo presa nessa cadeira você ainda se acha melhor que eu, Lívia?  Eu vou acabar com essa sua alegria. Eu juro.

Lívia — Ana Rosa…. Você precisa de ajuda. Eu conheço um bom psiquiatra. Eu sei que você receber ajuda você vai ficar bem.

Ana Rosa — Eu não estou louca. Está me ouvindo, Lívia? Você está falando isso só para tentar né afastar do Cassiano. Sua maldita!


ANA ROSA segura o pescoço de LÍVIA. A vilã está totalmente fora de si. LÍVIA vai ficando sem ar.


Lívia — (perdendo o ar) Ana Rosa…. Eu estou ficando sem ar. Me solta. Eu suplico. 

Ana Rosa — Como eu queira te matar agora mesmo, Lívia. Mas isso seria muito fácil. Eu quero te ver sofrer muito mais, sua desgraçada. 


ANA ROSA solta o pescoço de LÍVIA. A nossa protagonista consegue respirar aliviada. Ela e ANA ROSA se encaram.

CORTA PARA/


CENA 03. GRUPO PESCADOS MARÍTIMOS “. ANTIGA SALA.DE TOM. INTERIOR. TARDE

A antiga sala de TOM está totalmente vazia. Nesse momento a porta vai se abrindo e o vilão entra sorrateiramente. Ele começa a revirar todas as gavetayem busca de alguma coisa bastante importante. Logo em seguida GREGÓRIO entra na sala e eles ficam se confrontando através do olhar. 

Gregório — (frio) Bem que eu deveria ter imaginado. Eu posso sabe o que está acontecendo aqui, Tom? O que vocêq ainda quer aqui? 

Tom — Onde essa aquela licitação que me dava controle sobre aqueles 50 milhões de dólares. Você achou mesmo que eu iria deixar esse dinheiro todo para você? 

Gregório — Eu já sei de tudo, Tom. Você não passa de um assassino. Acha mesmo que eu vou te ajudar? Eu quero você longe da minha empresa. Esse é o seu último aviso. 

Tom — Eu quero o meu dinheiro, Gregório. Eu não vou sair daqui sem esse valor. Dá um jeito de me dar o que me pertence.


GREGÓRIO sorri cinicamente. TOM se enfurece.


Gregório — Como você é engraçado, Tom. Você não tem direito a absolutamente nada. Agora some da minha frente, seu hipócrita. 

Tom — Parece que você não sabe do que eu sou capaz, Gregório. Se você naiyme der esses 50 milhões de dólares eu mato a Lívia.

Gregório — E você acha que isso vai me sensibilizar, Tom? Faça o que você quiser com a Lívia. Mas de mim você não tira mais nada. 


TOM segura GREGÓRIO pelo colarinho do paletó. 


Tom — Isso ainda não acabou, Gregório. Eu juro que eu vou ter tudo o que eu mereço. 

Gregório — (ameaçador) Tire suas mãos de mim, Tom. Da próxima vez que você me ameaçar eu mato você. Eu fiz você ser quem você é. E se quiser eu posso te destruir.


TOM solta GREGÓRIO. Logo depois o vilão vai embora totalmente frustrado. GREGÓRIO fica parado sem reação.

CORTA PARA/


CENA 04. DELEGACIA. SALA DO DELEGADO. INTERIOR. TARDE

O DELEGADO AUGUSTIN já está se preparando para ir embora quando ele fica surpreso com a visita de LENITA. Eles ficam se olhando em silêncio por alguns segundos. Logo depois o DELEGADO AUGUSTIN se aproxima de LENITA e ela começa a chorar copiosamente. Ele a abraça.


Delegado Augustin — (sem entender) O que foi que está acontecendo, Lenita? Se for pelo Cassiano ele já foi livre. É só isso? 

Lenita — Eu não mereço a sua compaixão, Augustin. O que eu fiz com você não se faz com ninguém. Eu espero que me perdoe.

Delegado Augustin — Lenita…. Você está me deixando preocupado. O que foi houve? 

Lenita — Você sempre esteve certo, Augustin. O Cassiano é o seu filho. Eu sinto muito. 


O DELEGADO AUGUSTIN fica em choque. Ele sai do abraço de LENITA e logo depois ele a olha bem sério.


Delegado Augustin — Eu sabia…. Porque você fez isso comigo, Lenita? Você achou mesmo que eu não tinha o direito de saber? 

Lenita — Esse nunca foi o problema, Augustino. Eu não queria magoar ainda mais o nosso filho. Eu tenho medo de que o Cassiano não me perdoe. Você pode me perdoar? 

Delegado Augustin — Eu não sei, Lenita. Isso me deixou muito surpreso. Eu preciso de um tempo para pensar. Você me entende? 


As lágrimas escorrem ainda mais do rosto de LENITA. 


Lenita — É claro que eu te entendo, Augustin. Eu ainda tenho muitos sentimentos por você. O tempo passou, mas eu ainda te amo.

Delegado Augustin — (sério) Eu sempre quis ouvir essas palavras de você, Lenita. Mas agora depois do que você me contou eu não sei mais o que pensar. Eu quero ficar sozinho. 

oo

LENITA vai embora se sentindo a pior das pessoas. O DELEGADO AUGUSTIN fica sozinho com os seus pensamentos. 

CORTA PARA/


CENA 05. PORTO DA AREIA. CAIS. EXTERIOR. FIM DE TARDE

O barco de FRANCHICO continua pegando fogo. FRANCHICO chega até o cais do porto acompanhado de BABY e eles não conseguem acreditar no que estão vendo. O desespero de FRANCHICO é desolador. Ele vai de joelhos no chão enquanto BABY tentando confortar. 


Franchico — (desesperado) Eu não acredito nisso. Quem poderia fazer uma maldade dessa proporção? Eu perdi tudo que eu tinha. 

Baby — Eu nem sei o que te dizer, meu amor. Eu sei o quanto esse barco significa para você.

Franchico — Isso é mais que um barco, Baby. É a minha vida. Eu não sei fazer mais nada além de ser um pescador. O que eu vou fazer agora? Eu estou totalmente perdido. 

Baby — Eu sinto muito que você esteja passando por isso, Franchico. Mas para mim está na cara quem é o responsável por isso. 


FRANCHICO fica bastante confuso.


Franchico — Do que você está falando, Baby? Você desconfia de quem possa ter feito isso? 

Baby — Eu tenho quase certeza que foi o Rubinho, meu amor. Ninguém mais teria motivos suficientes para fazer algo assim. 

Franchico — Você está certa, Baby. Dessa vez o Rubinho foi longe demais. Eu vou fazer ele se arrepender do que ele fez. .


BABY olha para FRANCHICO bastante aflita.


Baby — (séria) Você tem certeza disso, Franchico? Eu não estou com um bom pressentimento. É melhor você esquecer isso. O Rubinho é muito imprevisível. 

Franchico — Eu nunca vou esquecer isso, Baby. O que o Rubinho fez é imperdoável. Agora eu vou até o fim para ele pagar por isso. 


FRANCHICO está decidido. BABY o olha preocupada.

CORTA PARA/

CENA 06. VILA DOS PESCADORES. CASA DE SANDOVAL. SALA. INTERIOR. FIM DE TARDE

CASSIANO está sentadinho sofá da sala enquanto SANDOVAL está em pé andando de um lado para o outro demonstrando estar bastante preocupado. CASSIANO também está visivelmente aflito com tudo que está acontecendo. O clima vai ficando mais tenso. 


Cassiano — (aflito) Eu não sei mais o que fazer, Sandoval. Eu fiz tudo que estava ao meu alcance. Mas parece que o Tom e a Ana Rosa sempre estão dois passos na frente.

Sandoval — Eu estou me sentindo de mãos atadas, Cassiano. Eu me sinto tão impotente. 

Cassiano — Você é um pescador tão experiente, Sandoval. Deve haver algum local que o Tom e a Ana Rosa devem ter levado a Lívia. 

Sandoval — Eu sei de uma casa abandonada quase na saída da cidade. Mas eu não sei se o Tom levaria a minha filha para esse lugar.


Os olhos de CASSIANO brilham bem forte. Ele e SANDOVAL ficam se olhando em silêncio enquanto pensam. 


Cassiano — O que a gente tem a perder, Sandoval? O que a gente não pode fazer é ficar de braços cruzados. Eu preciso salvar a Lívia. 

Sandoval  — Você está certo, Cassiano. A gente não pode ficar parado enquanto a minha filha está correndo perigo não sei onde. (P) Eu quero que você fique aqui, Cassiano. Vais er melhor assim. Pode confiar em mim.

Cassiano — Me desculpa, Sandoval. Eu não vou fazer isso. Eu preciso salvar a Lívia. Ela é a mulher que eu amo. Eu vou com você. 


CASSIANO está certo do que ele quer. SANDOVAL olha para CASSIANO e admira o jeito decidido do nosso protagonista. 


Sandoval — (ponderando) Está bem, Cassiano. Eu sei que eu não vou conseguir te fazer mudar de idéia mesmo. Agora o importante é salvar a minha filha custe o que custar. 

Cassiano — No final de tudo isso eu vou fazer de tudo para colocar o Tom na cadeia. Eu juro. 


CASSIANO e SANDOVAL saem da casa com muita pressa. A câmera dá um corte rápido enquanto eles saem da casa. 

CORTA PARA/


CENA 07. PORTO DA AREIA. CASA ABANDONADA. INTERIOR. FIM DE TARDE

TOM vai entrando na casa abandonada e o vilão está visivelmente alterado. LÍVIA que está presa na cadeira começa a esboçar um sorriso de satisfação. TOM começa a perder a sua paciência. Ele fica parado na frente de LÍVIA e olha para a nossa protagonista com muito ódio. 


Tom — (furioso( Eu posso saber o que você está achando tanta graça, Lívia? Você já esqueceu que ainda é minha prisioneira? Eu posso te matar a hora que eu bem quiser. 

Lívia — Você é muito linda previsível, Tom. Eu sei que você foi atrás do meu avô por causa do dinheiro da fortuna dele. E você não conseguiu nada. Você não serve para nada. 

Tom — Se eu fosse você eu não me provocaria, Lívia. Se eu não conseguir o meu dinheiro eu vou acabar com você. Está ouvindo? 

Lívia — Eu tenho nojo de você, Tom. Eu espero que quando isos acabar você seja preso. 


TOM olha com muita frieza para LÍVIA. 


Tom — E nesse país de quinta categoria alguém que tenha dinheiro vai preso? Não me faça rir, Lívia. Eu vou conseguir o que eu quero. 

Lívia — Eu ainda acredito na justiça desse país, Tom. Ela pode demorar, pode ter falhas, mas mesmo assim a justiça ainda é o melhor caminho. Eu sempre acreditei nisso. 

Tom — Esse seu sendo de justiça me enoja, Lívia. O que realmente importa é o dinheiro e o status que se possui. Apenas isso.


LÍVIA cospe na cara de TOM. O vilão fica extremamente furioso e descontrolado. Ele dá um tapa em LÍVIA. 


Lívia — (se enchendo de coragem) É só isso que você consegue fazer, Tom? Você não passa de um covarde. Tem que bater em uma mulher para se sentir melhor.

Tom — Você vai se arrepender de tudo que está me dizendo, Lívia. Eu vou acabar com todos que você ama. Eu quero ver você arruinada.


TOM sorri maliciosamente. LÍVIA fica muito preocupada.

CORTA PARA/


CENA 08. CASA DE ZÉ BATALHA E ONDINA. QUARTO DE ANA ROSA. INTERIOR. FIM DE TARDE

ANA ROSA entra em seu quarto procurando por uma quantia ek dinheiro que ela tinha escondido ali. Nesse momento ZÉ BATALHA e ONDINA entram no quarto deixando ANA ROSA em uma situação bastante delicada. A vilã olha para seus pais de um jeito bastante frio. ZÉ BATALHA a confronta.


Zé Batalha — (sério) Eu posso saber o que você está fazendo aqui, Ana Rosa? Depois de tudo o que você fez, como você tem coragem de vir até aqui? Eu quero você fora da minha casa. 

Ana Rosa — Essa casa também é da minha mãe. Você não pode me expulsar daqui. Você querendo ou não eu ainda sou sua filha. 

Ondina — Eu concordo inteiramente com o seu pai, Ana Rosa. Você não é nada que eu pensei que fosse. Eu estou muito decepcionada com você, minha filha. 

Zé Batalha — Nada me tira da cabeça que você está envolvida no sumiço da Lívia. Isso só mostra o quão o seu caráter é podre, Ana Rosa.


ANA ROSA fica visivelmente irritada. Ela demonstra não estar bem psicologicamente. Seus pais percebem isso. 


Ana Rosa — Porque está todo mundo preocupado com essa maldita da Lívia? Eu sou filha de vocês. E mesmo assim preferem se preocupar com a Lívia. Eu espero que ela morra.

Ondina — Minha filha…. Essa inveja que você sente da Lívia está indo longe demais. Você precisa de ajuda profissional, Ana Rosa.

Zé Batalha — Escura bem o que eu vou te falar, Ana Rosa. Se você não aceitar ajuda profissional eu vou te entregar para a polícia.


O olhar de ANA ROSA vai ficando cada vez mais enlouquecido. ZÉ BATALHA encara sua filha. 


Ana Rosa — (descontrolada) Você não seria capaz de fazer isso comigo. Eu sou a sua filha. 

Zé Batalha — Você quer apostar que eu teria? Se alguma coisa acontecer com a Lívia eu não vou pensar duas vezes em te colocar na cadeia, Ana Rosa. É assim que vai ser.


ANA ROSA fica ainda mais descontrolada. A vilã vai embora sem nem olhar para trás. ONDINA chora copiosamente. 

CORTA PARA/


CENA 09. VILA DOS PESCADORES. CASA DE ENRICO. 

AÇUCENA está passando pela sala da casa simples e ela tem uma mala em suas mãos. Nesse momento alguém bate na porta. AÇUCENA abre a porta e ela fica surpresa ao ver KÉSIA parada na porta. Logo depois KÉSIA entra na casa e ela vai segurando a mão de AÇUCENA que fica sem reação. 


Açucena — (surpresa) Késia? O que você está fazendo aqui? Eu pensei que depois da prisão do Enrico tudo iria ter acabado. 

Késia — Eu sabia que você iria voltar para cá, Açucena. E eu precisava te ver. Desde daquela noite que eu prendi o Enrico eu não consigo tirar você da minha cabeça. 

Açucena — Isso não está certo, Késia. Eu não quero te magoar, mas eu nunca pensei envolver com outra mulher antes. Eu sinto muito. 

Késia — Eu entendo você perfeitamente, Açucena. Você está presa em um casamento que não tem futuro. Mas você não pode negar que está sentindo o mesmo que eu. 


AÇUCENA fica em silêncio. KÉSIA toca em sua mão.


Açucena — Não faz isso, Késia. Eu te suplico. 

Késia — Porque você está negando o que está sentindo, Açucena. Eu sei que você quer assim como eu. Apenas se entregue.

Açucena — E do que vai adiantar você está certa, Késia? O Enrico nunca vai aceitar isso. 


AÇUCENA fica muito apreensiva. A câmera mostra que KÉSIA toca suavemente o rosto de AÇUCENA. 


Késia — (se declarando) Eu prometo que eu não vou deixar o Enrico nunca mais tocar em você, Açucena. Eu vou te proteger.

Açucena — Eu estou com medo do que eu estou sentindo, Késia. Isso é novo para mim. 


KÉSIA continua tocando o rosto de AÇUCENA de uma maneira suave. Elas se olham profundamente. Logo depois o inevitável acontece. AÇUCENA e KÉSIA se beijam. 

TRILHA SONORA: Ainda Vem - Vanessa da Matta 

CORTA PARA/


CENA 10. PORTO DA ARRIA. SAÍDA DA CIDADE. EXTERIOR. FIM DE TARDE

Um carro vem se aproximando da saída da cidade. O carro vai parando e de dentro do carro saem CASSIANO e SANDOVAL que estão procurando por LÍVIA, mas sem sucesso. CASSIANO vai ficando cada vez mais apreensivo. SANDOVAL tenta acalmar o nosso protagonista. 


Sandoval — (ponderando) Eu sei o quando você deve estar sofrendo, Cassiano. Mas você precisa manter a calma. Eu sei que nós vamos achar a Lívia. É uma questão de tempo 

Cassiano — Tempo é o que a gente não tem, Sandoval. A Lívia e o meu filho estão a Mercer das loucuras do Tom e da Ana Rosa. 

Sandoval — A gente precisa então é correr contra o tempo, Cassiano. O Tom é mais perigoso que a gente imaginava. Nós temos que achar a Lívia e chamar a polícia.

Cassiano — Você tem razão Sandoval. (P) Aquela casa abandonada tem me chamado atenção desde que a gente chegou. Algo me diz que a Lívia possa estar lá dentro. 


SANDOVAL concorda. Ele e CASSIANO se encaram.


Sandoval — A gente precisa tomar muito cuidado, Cassiano. O Tom pode estar armado. Todo cuidado é pouco nesse tipo de situação. 

Cassiano — Eu sei muito bem disso, Cassiano. Eu jamais colocaria a vida da Lívia em perigo.

Sandoval — Eu acho melhor a gente esperar a polícia chegar, Cassiano. Nós dois não vamos dar conta de salvar a Lívia desse sádico. 


CASSIANO parece não dar ouvidos ao que SANDOVAL diz. 


Cassiano — (decidido) Eu sinto muito, Sandoval. Mas eu não posso esperar. Eu vou entrar. 


CASSIANO vai em direção a casa abandonada. SANDOVAL fica parado perto do carro bastante apreensivo.

CORTA PARA/


CENA 11. CASA DE RUBINHO. SALA DE ESTAR. EXTERIOR. FIM DE TARDE

RUBINHO está sentado no sofá da sala de estar comemorando com uma taça de champanhe por ele ter destruído com o barco de FRANCHICO. Nesse momento FRANCHICO e BABY invadem a casa e o clima entre eles e RUBINHO vai ficando cada vez mais sério. 


Rubinho — (nervoso) Eu posso saber o que significa isso? Como vocês ousam invadir a minha casa desse jeito? Saiam daqui agora.

Franchico — Você acha que tem moral para exigir alguma coisa, Rubinho? O que você fez é imperdoável. Você foi longe demais.

Baby — O que você estava pensando quando incendiou o barco do Franchico? O que você fez é crime, Rubinho. Você vai ser preso. 

Rubinho — Que tipo de acusação é essa? Eu não admito isso. Vão embora agora mesmo. 


FRANCHICO perde a paciência. Ele segura RUBINHO pela gola da camisa. O playboy sente medo pela primeira vez. 


Franchico — A vontade que eu tenho é de te dar uma surra, Rubinho. Você tirou tudo que eu tinha de mais importante. Você é um mimado que não aceitou perder o amor da Baby.

Rubinho — Isso é para você aprender a nunca mexer com algo que é meu. E isso ainda foi pouco. 

Baby — Eu nunca fui sua, Rubinho. Eu não pensava que você seria capaz de algo tão baixo assim. Você é um desgraçado. 


BABY se aproxima de RUBINHO e lhe dá um tapa na cara. Logo depois FRANCHICO solta RUBINHO que o encara. 


Rubinho — (ardiloso) Vocês nunca vão se ver livre de mim. Eu tenho dinheiro, status e muito prestígio. Eu posso fazer o que eu quiser. 

Franchico — Isso é o que nós vamos ver, Rubinho. Da próxima vez que você tentar fazer algo contra nós eu vou contra-atacar. Está avisado. (P) Vamos embora, Baby.


FRANCHICO e BABY vão embora de mãos dadas. A câmera mostra a raiva presente no olhar de RUBINHO.

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, ANOITECE.


CENA 12. CASA DE MISAEL. SALA. INTERIOR. NOITE

CLOSE em MISAEL que está na sala perdido em seus pensamentos. Logo depois JUCA aparece e o garoto parede estar bastante angustiado. Aos poucos MISAEL vai perdendo a paciência com o seu próprio filho. JUCA tenta se aproximar de seu pai, mas MISAEL é bastante frio com ele.


Misael — (sem paciência) O que você está fazendo aqui, moleque? Eu já disse mil vezes que eu não quero que você saia do seu quarto. Ou você é surdo ou gosta de me provocar. 

Juca — Porque você me trata desse jeito? Eu nunca te fiz nada. Você não pode ser meu pai. Eu não me vejo sendo seu filho.

Misael — Você quer mesmo saber a verdade? Eu nunca quis ser pai. Antes de você nascer a minha vida era boa. Agora a sua mãe não quer mais saber de mim. A culpa é sua.

Juca — Eu quero ir embora. Eu quero a minha mãe. Eu não quero mais ficar aqui. 


JUCA tenta ir até a porta. MISAEL o segura pelo braço. 


Misael — Você acha mesmo que eu vou deixar você ir embora Juca? Você é a certeza que a sua mãe vai ir embora comigo dessa cidade. Depois eu vejo o que faço com você. 

Juca — Você não pode fazer isso comigo. Eu quero a minha mãe. Eu vou embora. 

Misael — Quer mesmo me desafiar, pivete? Você não sabe do que eu sou capaz de fazer. 


MISAEL empurra JUCA com muita força no chão. 


Juca — (gritando) Você é um monstro. Fica longe de mim. Você nunca vai ser o meu pai.

Misael — E quem disse que eu quero ser o seu país, garoto? Você é apenas um meio de ri manter a sua mãe sobre o meu controle. Agora vá para o quarto. Anda logo.


JUCA vai para o quarto e ele está chorando muito. A câmera foca no semblante desprezível de MISAEL.

CORTA PARA/


CENA 13. PORTO DA AREIA. CASA ABANDONADA. INTERIOR. NOITE

O local está parcialmente escuro. A câmera mostra que LÍVIA está tentando se soltar da cadeira em que ela está amarrada. Depois de muito esforço a nossa protagonista consegue se soltar. LÍVIA tenta encontrar uma saída, mas ela se vê sem solução. Nesse instante passos são ouvidos. 


Lívia — (tensa) Eu preciso ir embora desse o mais rápido possível. Eu não posso deixar o Tom fazer o que ele deseja comigo e com o meu filho. Eu vou sair dessa situação. 


Os passos que antes estavam distantes agora estão chegando cada vez mais perto. LÍVIA se desespera. 


Lívia — Alguém me ajuda. Socorro!!!!


Os passos agora podem ser ouvidos atrás de LÍVIA. Uma pessoa que nós não vemos quem é fica atrás de LÍVIA.


LÍVIA — (se enchendo de coragem) Eu sei que é você, Tom. Você quer mesmo ficar com esses joguinhos? Então vai ser como quiser. 


Quando LÍVIA está para se virar a pessoa que está atrás dela golpea sua cabeça o que faz com que LÍVIA cai desmaiada no chão. A câmera dá um foco todo nesse CLOSE.

FUNDE PARA/


CENA 14. PORTO DA AREIA. CASA ABANDONADA. LADO DE FORA. EXTERIOR. NOITE

CASSIANO e SANDOVAL estão do lado de fora da casa abandonada. Eles ouvem LÍVIA pedindo socorro e o semblante de ambos é muita preocupação. CASSIANO tenta invadir a casa abandonada, mas a porta está emperrada. SANDOVAL tenta acalmar CASSIANO, mas sem sucesso. 


Cassiano — (sério) Não tente me impedir de entrar nessa casa, Sandoval. Você ouviu os gritos da Lívia. Ela precisa de ajuda.

Sandoval — Você acha mesmo que eu também não quero salvar a minha filha, Cassiano? Mas não vai adiantar nada sem você morrer por isso. Você precisa usar a cabeça. 

Cassiano — Eu morreria pela mulher que eu amo, Sandoval. Você não? (P) Nós não podemos ficar aqui parados. A Lívia precisa de nós.

Sandoval — E o que você pretende fazer Cassiano? Assim que você entrar o Tom vai te matar. 


CASSIANO está decidido. SANDOVAL o encara. 


Cassiano — Eu sei que você está preocupado comigo, Sandoval. E eu agradeço isso. Mas eu não posso deixar a Lívia morrer. Não posso. 

Sandoval — Eu estou vendo que eu não vou conseguir te convencer, Cassiano. Você é teimoso.

Cassiano — Se eu tiver que ser teimoso para proteger a mulher que eu amo então eu serei. Não tem porque a gente ficar discutindo isso. 


CASSIANO tenta abrir de novo a porta, mas ela continua emperrada. SANDOVAL está bastante preocupado. 


Sandoval — (apavorado) Eu não quero perder a minha filha, Cassiano. Eu fiquei muito tempo longe dela. Isso não pode acontecer de novo. 

Cassiano — Eu prometo que isso não vai acontecer, Sandoval. Eu não vou deixar o Tom fazer nenhum mal com a Lívia. Eu juro. 


SANDOVAL acredita nas palavras de CASSIANO. O nosso protagonista está decidido do que ele precisa fazer. 

CORTA PARA/


CENA 15. PORTO DA AREIA. CASA ABANDONADA. INTERIOR. NOITE

A câmera mostra que LÍVIA continua desmaiada no chão. Logo depois podemos ver TOM entrando pela parte de trás da casa e ele fica surpreso ao encontrar LÍVIA desacordada no chão da casa abandonada. O vilão esboça um sorriso sádico enquanto ele continua encarando LÍVIA. 


Tom — (sádico) O que foi que aconteceu aqui? Você tentou fugir de novo, Lívia? Eu já disse que você nunca vai escapar de mim 


Nesse momento o barulho de passos podem ser ouvidos atrás de TOM. O mesmo que aconteceu com LÍVIA está acontecendo com ele. Assim que o vilão se vira ele fica frente a frente com a pessoa que desmaiou LÍVIA.


Tom — (surpreso) Você?! O que você pensa que está fazendo aqui? Então foi que desmaiou a Lívia? Fora daqui agora mesmo. Anda. 


A câmera mostra que uma arma é apontada na direção de TOM. O vilão fica totalmente reação diante da situação. 


Tom — O que você pensa que está fazendo? Abaixa essa arma. A gente pode conversar. 


Sem pensar duas vezes a pessoa misteriosa dá um tiro certeiro no coração de TOM que cai morto no chão. Logo depois os passos vão indo na direção da saída de trás. 


A imagem congela no corpo de TOM já sem vida. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.





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