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Maré Alta - Capítulo 31 (Últimas semanas)

 




MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 31

Últimas Semanas


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. PORTO DA AREIA. CASA ABANDONADA. INTERIOR.  NOITE 

Continuação imediatado capítulo anterior. A câmera mostra que o TOM continua estirado no chão. Aos poucos LÍVIA vai despertando com uma forte dor de cabeça. Ela fica em choque ao ver que TOM está morto no chão. Seguindo os seus instintos ela segura a arma do crime.


Lívia — (apavorada) Tom??? O que foi que aconteceu aqui? Isso não está certo.


LÍVIA solta a arma que matou TOM que cai no chão. A nossa protagonista vai ficando cada vez mais desesperada. 


Lívia — Eu preciso sair desse lugar o mais rápido possível. Todo mundo vai pensar que eu matei o Tom. Isso não pode acontecer.


Ao tentar sair da casa abandonada LÍVIA acaba pisando na poça de sangue o que deixa ainda mais provas contra ela.


Lívia — (tensa) Alguém me ajuda. Socorro! 


O desespero de LÍVIA fica cada vez mais acentuado. O semblante de nossa protagonista está ficando triste.

FUNDE PARA/


CENA 02. CASA ABANDONADA. LADO DE FORA. EXTERIOR. NOITE

CASSIANO e SANDOVAL se olham apreensivos com o barulho do tiro que eles ouviram. CASSIANO tenta a todo custo entrar na casa abandonada. Eles ouvem os gritos de LÍVIA que tenta sair da casa abandonada. SANDOVAL fica bastante preocupado com o que esteja acontecendo. 


Cassiano — (aflito) A gente tem que entrar nessa casa agora mesmo, Sandoval. Eu estou tendo um péssimo pressentimento. Eu não posso deixar a Lívia à mercê desse sádico do Tom. 

Sandoval — Eu concordo com você, Cassiano. Mas como a gente vai entrar nessa casa? A gente está de mãos atadas infelizmente.

Cassiano — Eu me recuso a acreditar nisso, Sandoval. O Tom pode ser perigoso do jeito que for. Eu nunca vou desistir da Lívia. 

Sandoval — Eu sei muito bem disso, Cassiano. Mas eu não quero ficar aqui de mãos atadas. 


SANDOVAL fica absolutamente abatido. CASSIANO tenta manter a calma diante dessa situação anormal.


Cassiano — A gente não pode se desesperar, Sandoval. Eu tenho certeza que nós vamos resgatar a Lívia. Nós precisamos ter fé.

Sandoval — Eu estou tentando, Cassiano. Mas eu não consigo. Eu estou com muito medo de perder a minha filha. Eu não sei o que vai ser de mim se isso realmente acontecer. 

Cassiano — Eu amo a sua filha demais, Sandoval. Eu jamais vou me dar por vencido. Entendeu?


SANDOVAL balança a cabeça concordando. 


Sandoval — (ponderando) Você está certo, Cassiano. Nós não podemos desistir. Nós temos que entrar nessa agora custe o que custar.

Cassiano — Nós vamos fazer isso. E vai ser agora. 


CASSIANO e SANDOVAL continuam forçando a entrada da casa abandonada. Depois de muito insistir eles conseguem arrombar a porta e entrar na casa abandonada.

CORTA PARA/

CENA 03. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE

GREGÓRIO vai entrando na mansão com um semblante bastante distante. Nesse momento o vilão percebe que ELEANOR e DIRCEU estão parados no meio da sala de estar à sua espera. GREGÓRIO vai ficando cada vez mais nervoso. ELEANOR sorri e ela tem o dossiê nas mãos.


Eleanor — (confiante) Você sabe o que é isso em minhas mãos, Gregório? Eu disse para você que eu não iria desistir de te colocar na cadeia. Você está arruinado, seu maldito.

Gregório — Como você teve acesso a esse dossiê, Eleanor? Me entregue isso agora mesmo. 

Dirceu — O senhor não vai fazer nada contra a dona Eleanor, Gregório. Eu acreditei em você. E você me enganou. Eu me demito. 

Eleanor — O seu lugar é já cadeia, Gregório. Finalmente a minha filha terá a sua justiça. 


GREGÓRIO tenta tirar o dossiê das mãos de ELEANOR, mas DIRCEU consegue o impedir. O vilão se enfurece. 


Gregório — Quem você pensa que é para me enfrentar desse jeito, sei desgraçado? Você está demitido, Dirceu. Saiam da minha casa. 

Eleanor — Com muito prazer, Gregório. Eu só tenho mais uma coisa agora para te dizer: Você foi o pior erro da minha vida. Adeus!

Dirceu — Eu acompanho a senhora, dona Eleanor. Eu não quero mais ficar nesse lugar.


ELEANOR e DIRCEU vão caminhando na direção da porta. A câmera mostra que GREGÓRIO os olha com ódio.


Gregório — (ameaçando) Você vai se arrepender amargamente do que está fazendo, Eleanor. Eu vou acabar com você. Eu juro. 

Eleanor — Eu me arrependi desde o dia que eu me casei com você, Gregório. Eu não tenho mais nada para te falar. Até nunca mais.


ELEANOR e DIRCEU vão embora sem olhar para trás. GREGÓRIO está fervendo de ódio. Ele está fora de si 

CORTA PARA/


CENA 04. CASA DE ZÉ BATALHA E ONDINA. QUARTO DO CASAL. INTERIOR. NOITE

As luzes do quarto estão apagadas. ZÉ BATALHA e ONDINA estão se preparando para dormir. Nesse momento a porta do quarto vai abrindo e a luz se acende. Podemos ver que ANA ROSA está parada na frente da cama de seus pais. Eles ficam em choque ao verem uma mancha de sangue na camisa da vilã. ANA ROSA tenta disfarçar. 

Ondina — (em choque) Ana Rosa….. Minha filha….O que foi que aconteceu com você? O que significa essa mancha de sangue em sua camisa?  Você precisa nos contar. 

Ana Rosa — Isso não tem importância agora. Eu estou precisando de dinheiro para fugir. Eu posso ser presa a qualquer momento. Me ajudem. 

Zé Batalha — Eu sabia que deveria ter algum motivo para você ter nós acordado a essa hora da noite, Ana Rosa. Você é tão hipócrita. 

Ana Rosa — Você não está entendendo a gravidade da situação. Eu posso ser presa. Ouviu?


ZÉ BATALHA se levanta da cama. Ele encara sua filha.


Zé Batalha — Eu não me importo. Você já tirou proveito demais dessa família. Para mim já chega. 

Ana Rosa — Você não pode fazer isso comigo. Eu sou sua filha. Você quer mesmo que eu seja presa? Que espécie de pai é você? 

Ondina — O seu pai está certo, minha filha. Você precisa pagar por tudo o que você fez. Nós sabemos que você está por trás do sumiço da Lívia. Olha só no que você se tornou. 


ANA ROSA vai ficando cada vez mais desequilibrada. A loucura começa a tomar conta de si mesma.

Ana Rosa — (alucinada) Eu sabia que não podia contar com vocês. Eu nem sei o que eu vim fazer aqui. Eu vou fazer o que é preciso. 

Zé Batalha — Amanhã mesmo eu vou até a delicia contar para o Delegado o que você fez, Ana Rosa. Você não vai fazer o que deseja.


ANA ROSA se sente ainda mais encurralada. O ódio pode ser visto em seu olhar. Ela vai embora com muita raiva. 

CORTA PARA/


CENA 05. PORTO DA AREIA. CAIS. EXTERIOR. NOITE

As estrelas enfeitam a noite em Porto da Areia. Logo em seguida a câmera mostra que FRANCHICO está andando sozinho pelo cais do porto. A tristeza em seu olhar é cada vez mais visível. Logo depois ele sente alguém tocar em seu ombro. Ao se virar ele fica frente a frente com BABY. 


Franchico — (entristecido) O que você veio fazer aqui? Baby? Eu disse que queria ficar sozinho. 

Baby — Eu sei disso, Franchico. Mas eu não vou te deixar sozinho. Eu sei o quanto você vai está sofrendo. Eu quero te ajudar. 

Franchico — A minha vida acabou, Baby. O Rubinho conseguiu tirar tudo de mim. Eu não sou ninguém seja ser um pecador.

Baby — Isso não é vrfafy, Franchico. Você tem a sua família e você também tem a mim.

BABY toca suavemente no rosto de FRANCHICO. Eles ficam se olhando de um jeito bastante carinhoso.


Franchico — Eu nem sei como agradecer por tudo que você está fazendo por mim, Baby. Eu te amo muito. Eu não vejo a minha vida srm você.

Baby — Isso para mim é um prazer, meu amor. É você quem meu coração escolheu. Eu vou te ajudar em tudo o que eu puder, Franchico. 

Franchico — Eu prometo que eu vou recuperar o meu barco, Baby. Isso que eu vou fazer de tudo para ser merecedor do seu amor. 


BABY sorri e beija FRANCHICO. Eles se olham. 


Baby — (sorrindo) Você já merece, Franchico. Você mudou a minha vida. Eu te amo.

Franchico — Você é incrível, Baby. Eu quero ter você sempre comigo. Eu não vou deixar mais que o Rubinho se intrometa em nossa vida.


FRANCHICO e BABY se beijam apaixonadamente.

CORTA PARA/


CENA 06. CASA DE FÁTIMA. SALA. INTERIOR. NOITE

FÁTIMA está andando de um lado para o outro bastante apreensiva. Depois de alguns momentos LENITA entra na casa e a câmera mostra uma mancha de sangue presente em sua camisa. FÁTIMA percebe isso e o seu semblante vai ficando cada vez mais sério. Ela encara LENITA. 


Fátima — (preocupada) Onde foi que você esteve a noite toda, Lenita? Eu estava preocupada com você. Tudo isso acontecendo com o Cassiano e a Lívia e você sumiu.

Lenita — Eu tinha que fazer uma coisa, Fátima. Era algo que não poderia esperar mais ainda. 

Fátima — Que mancha de sangue é essa em sua camisa, Lenita? Onde foi que você esteve?

Lenita — Eu já disse que eu não estava em lugar nenhum, Fátima. Porque essa insistência? 


FÁTIMA continua encarando LENITA. 


Fátima — Eu sei que você está mentindo, Lenita. Eu conheço há muitos anos, minha amiga. Eu sei quando tem algo de errado com você.

Lenita — Quanto menos você souber vai ser melhor, Fátima. Agora tudo o que eu preciso é tomar um banho e dormir. Amanhã eu preciso descobrir onde o meu filho está. 

Fátima — Faça o que você quiser, Lenita. Mas eu sei que está acontecendo alguma coisa. Você não consegue me enganar desse jeito. 

LENITA sai da sala e vai para o seu quarto. A câmera vai acompanhando os passos de FÁTIMA pá sala. 


Fátima — (firme) Eu sei que está acontecendo alguma coisa, Lenita. E eu vou descobrir. 


FÁTIMA está bastante decidida. 

CORTA PARA/


CENA 07. PORTO DA AREIA. CASA ABANDONADA. INTERIOR. NOITE

CASSIANO e SANDOVAL conseguem entrar na casa abandonada. Eles ficam em choque ao verem que TOM está morto no chão e que LÍVIA está parada em pé com a arma em suas mãos. Assim que ela vê CASSIABYe SANDOVAL a nossa protagonista solta a arma que cai no chão.


Cassiano — (em choque) Lívia…. Omque foi que aconteceu aqui? Você está bem?

Lívia — Cassiano…. Pai…. Vocês precisam acreditar em mim. Não fui eu que matei o Tom. Eu jamais faria uma coisa assim. 

Sandoval — É claro que não foi você, minha filha. Nenhum de nós acredita nisso. A gente está aqui para te ajudar. A gente quem que sair daqui imediatamente. Mas antes temos que chamar a policia. Isso é o certo a Sr fazer. 

Cassiano — O seu pai está certo, Lívia. Por mais cosias abomináveis que o Tom tenha feito a gente não pode deixar isso desde jeito. 


O semblante de LÍVIA é casa vez mais de preocupação. CASSIANO fica frente a frente com ela. Eles se olham. 


Cassiano — Eu nem posso imaginar tudo o que você passou, meu amor. Mas agora o que nós precisamos fazer é avisar a polícia o que está acontecendo. É melhor assim. 

Lívia — Você tem razão, Cassiano. Além disso eu quero que a Ana Rosa seja presa por tudo o que ela me fez passar. Eu quero justiça. 

Sandoval — Tudo em seu tempo, minha filha. Agora nós precisamos tirar você desse lugar. 

.

CASSIANO concorda. LÍVIA tenta se acalmar. 


Lívia — (desabafando) Tudo o que eu quero é esquecer tudo isso que aconteceu. Esses momentos foram um terror que eu passei. 

Cassiano — Eu sei disso, Lívia. Mas finalmente esse pesadelo teve fim. Você agora está livre. 


LÍVIA esboça um sorriso. Ela e CASSIANO se beijam. Logo depois eles vão embora da casa abandonada. SANDOVAL pega o telefone do seu bolso e liga para a polícia. 

CORTA PARA/


PORTO SAYAREIA, MOMENTOS DEPOIS.


CENA 08. VILA DOS PESCADORES. RUA. EXTERIOR. NOITE

ANA ROSA vem andando sozinha pela escuridão da rua da vila dos pescadores. Nesse momento quando a vilã levanta o seu olhar ela vê CASSIANO e LÍVIA caminhando em sua direção. Ela não consegue esconder o ódio que ela está sentindo. CASSIANO e LÍVIA a confrontam.


Ana Rosa — (irônica/ aplaudindo) Eu não acredito que você conseguiu fugir daquele lugar tão afastado, Lívia. Eu deveria ter te matado quando eu tive a chance, sua maldita.

Cassiano — Você lave a sua boca para falar da Lívia, Ana Rosa. Você não passa de uma mulher desprezível que eu só quero distância. 

Lívia — Pode deixar, Cassiano. Eu sei muito bem me defender do veneno da Ana Rosa. (P) Eu não imaginava que você seria capaz de matar alguém, Ana Rosa. Você matou o Tom. Você vai ser presa por isso. 

Ana Rosa — Do que você está falando, sua desgraçada? Eu matar o Tom? Eu não sei do que você está falando. Fala o que houve. 


ANA ROSA fica cada vez mais confusa. LÍVIA fica bem na frente da vilã. Elas se encaram. CASSIANO as observa. 


Cassiano — O que você ainda não entendeu, Ana Rosa? O Tom está morto. E não adianta você mentir. Foi você que matou ele. 

Lívia — Finalmente você vai ter o que merece, Ana Rosa. Você vai ser presa, sua infeliz. 

Ana Rosa — Isso não pode estar acontecendo. E agora o que eu vou fazer? Eu estou perdida. 


ANA ROSA está cada vez mais desequilibrada. A vilã tenta avançar no pescoço de LÍVIA. CASSIANO não permite. 


Ana Rosa — (ardilosa) Quem me garante que não foi você que matou o Tom, Lívia? Eu vou fazer de tudo para que você seja presa. 

Lívia — Você ficou louca, Ana Rosa? Eu não fiz absolutamente nada. Foi você. Eu sei disso. 


LÍVIA olha fixamente para ANA ROSA. A nossa protagonista dá um tapa na vilã que morrendo de ódio.

CORTA PARA/


CENA 09. VILA DOS PESCADORES.CASA DE AÇUCENA. QUARTO. INTERIOR. NOITE

AÇUCENA e KÉSIA estão deitadas na cama apenas com roupa íntima e elas se olham com muita paixão. O barulho das ondas podem ser ouvidos mesmo de longe. AÇUCENA fica preocupa d e repente e KÉSIA percebe. Ela faz um carinho singelo no rosto de AÇUCENA que sorri.


Késia — (carinhosa) O que está afligindo esses pensamentos lindos, Açucena? Não me diga que você está preocupada com o que o Enrico disse? Você precisa esquecer isso. 

Açucena — E como eu posso esquecer, Késia? Você não sabe como o Enrico é violento. Eu temo pela minha vida e pela sua. Eu sinto muito. 

Késia — Você não tem nada que se preocupar, meu amor. O Enrico não vai sair da cadeia. E além disso eu sempre irei te proteger.

Açucena — Eu sei disso, Késia. Mas eu não consigo aplacar esse medo que eu estou sentindo.


AÇUCENA fica ainda mais desesperada. KÉSIA a abraça. 


Késia — Eu estou aqui com você, Açucena. Eu prometo que eu não vou deixar o Enrico te machucar de novo. Você confia em mim?

Açucena — Tudo o que eu quero é seguir com a minha vida sem ficar com medo a todo momento. O Enrico não vai me deixar em paz, Késia. Eu sei muito bem disso.

Késia — Eu nunca vou deixar nada de ruim te acontecer, Açucena. Faz pouco tempo que eu te conheço, mas você já me conquistou. 


AÇUCENA e KÉSIA se olham fixamente. Elas se beijam. 


Açucena — (respirando fundo) Eu acho que você está certa, Késia. Esse meu medo não vai me levar a lugar nenhum. Eu tenho que me acalmar. Até porque o Enrico está preso. 

Késia — Era isso que eu estava tentando te mostrar, Açucena. Eu quero que você se sinta protegida ao meu lado. Apenas isso. 


AÇUCENA esboça um sorriso. Ela e KÉSIA voltam a se beijar. Elas vão se amando de uma forma intensa.

CORTA PARA/


CENA 10. PORTO DA AREIA. CASA ABANDONADA. INTERIOR. NOITE

SANDOVAL continua parado em frente ao corpo sem vida de TOM. Nesse momento O DELEGADO AUGUSTIN e alguns outros policiais vão chegando até a cena do crime. O DELEGADO AUGUSTIN fica embasbacado com o teor de violência que ele vê. Ele se aproxima de SANDOVAL. 


Sandoval — Ainda bem que o senhor chegou, Delegado. Fui eu que liguei para o senhor. 

Delegado Augustin — Você não poderia estar aqui, Sandoval. Isso é uma cena de crime. Você está contaminando todas as provas.

Sandoval — Essa nunca foi a minha intenção, Delegado. Eu só estava tentando ajudar. 

Delegado Augustin — Eu sei muito bem disso, Sandoval. Mas agora eu preciso que você vá embora. Vai ser para todo mundo.


SANDOVAL vai embora da casa abandonada. Logo depois um policial vem se aproximando do DELEGADO AUGUSTIN. 


Delegado Augustin — Que cara é essa, Policial? O que foi que aconteceu dessa vez? 

Policial — Nós encontramos a arma do crime, Delegado. Mas nós também encontramos uma echarpe repleta de sangue. E eu acho que o senhor vai reconhecer. 

Delegado Augustin — Eu não estou conseguindo entender onde você está querendo chegar, Policial. Mostre logo essa echarpe. 


O POLICIAL mostra a echarpe para o DELEGADO AUGUSTIN. Ele reconhece a echarpe imediatamente. 


Delegado Augustin — (surpreso) Eu não estou acreditando no que os meus olhos estão vendo. Se as digitais da Lívia estiverem na arma então ela é a nossa assassina. 


O DELEGADO AUGUSTIN fica visivelmente apreensivo. Os POLÍCIAS continuam trabalhando na cena do crime.

CORTA PARA/


CENA 11. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. QUARTO DE BABY. INTERIOR. NOITE

FRANCHICO e BABY estão sentados um do lado do outro na beira da cama. Aos maos de FRANCHICO e BABY estão entrelaçadas e eles ficam se olhando. BABY se levabra ficando em pé na frente de FRANCHICO. Ela começa a tirar a sua roupa o que deixa FRANCHICO surpreso. 


Franchico — (surpreso) O que você está fazendo Baby? O seu pai ou a sua irmã podem entrar a qualquer momento no seu quarto. 

Baby — Você está se preocupando a toa, Franchico. O meu pai foi passear com a Roseli. E a Clarice não entra no meu quarto. A gente se ama e quero provar isso mais. 

Franchico — Eu não sei se isso está certo, Baby. Eu não posso abusar da confiança do seu pai. 

Baby — Hoje a noite vai ser inesquecível, meu amor. Eu não quero que você pense em absolutamente nada. Eu quero te amar. 


BABY sorri. Ela tira sua roupa ficando de calcinha e sutiã. Ela senta no colo de FRANCHICO e coloca o dedo na boca dele. 


Franchico — Eu não estou muito confortável com essa situação, Baby. Não é que eu não queira. Mas você sabe exatamente como eu penso.

Baby — É claro que eu sei, meu amor. Mas quero levar a nossa relação para um próximo nível. Do que é que você está com medo? 

Franchico — Não é medo, Baby. É respeito. O que o seu pai vai pensar de mim se ele souber. 


FRANCHICO esboça um sorriso. Ele e BABY se olham.


Baby — (sorrindo) Não tem porque você tentar fugir, Franchico. A gente se ama. E no final das contas é só isso que importa.

Franchico — Você está certa, meu amor. Eu não vou ficar mais me preocupando com nada. Tudo o que eu mais quero é amar você. 


FRANCHICO e BABY se beijam apaixonadamente.

TRILHA SONORA: Retratos e Canções - Sandra de Sá.

Eles vão se amando de uma forma intensa. A música vai embalando esse momento de intimidade deles 

CORTA PARA/


CENA 12. PORTO DA AREIA. RUA. EXTERIOR. NOITE

O PREFEITO ANÍBAL e ROSELI passeiam de mãos dadas pelas rua de Porto da Areia. Eles ficam maravilhados com a noite estrelada que está fazendo na cidade. Nesse momento eles são surpreendidos com a chegada de MISAEL. O sorriso de Roseli vai se desfazendo aos poucos.


Misael — (ardiloso) Olha só para você, Roseli. Eu te dei a sua última chance e você não soube aproveitar. Agora você nunca mais vai ver o seu filho. Essa é a minha vingança.

Roseli — Você não pode fazer isso comigo, Misael. Onde está o meu filho? Por favor, me diz. 

Prefeito Aníbal — Isso está indo longe demais, Misael. O que você pensa que vai ganhar com tudo isso? Diz onde o menino está. 

Misael — E vocês acham mesmo que eu vou dizer onde o Juca está? Isso não vai acontecer. 


ROSELI fica fora de si. Ela olha para MISAEL com raiva. 


Roseli — O que você tem correndo nas veias, Misael? O Juca também é seu filho. Você não pode ser insensível a esse ponto. 

Misael — E você acha que eu me importo com esse garoto, Roseli? A única coisa que eu quero é que você seja minha. E eu vou conseguir. 

Prefeito Aníbal — Você ouviu o que está falando, Misael? Que espécie de monstro você é? 


MISAEL fica muito furioso. Ele dá um soco no PREFEITO ANÍBAL que cai no chão. ROSELI fica espantada. 


Misael — (cínico) Você não imagina como eu queria fazer isso há muito tempo, Aníbal. Isso é pouco perto do que você merece. 

Roseli — Some da minha frente, Misael. Eu nunca mais quero te ver. Eu só quero o meu filho.


MISAEL continua sorrindo cinicamente. Ele vai embora deixando ROSELI e o PREFEITO ANÍBAL sem respostas.

CORTA PARA/


CENA 13. CASA DE FÁTIMA. SALA. INTERIOR. NOITE

A casa está em um silêncio total. A porta vai se abrindo e podemos ver CASSIANO e LÍVIA entrarem de mãos dadas. Logo depois quem também aparece na sala é FÁTIMA que está surpresa e muito feliz em ver os nossos protagonistas. FÁTIMA percebe que alguma coisa está acontecendo. 


Fátima — (séria) Que cara são essas? Eu estou sentindo que aconteceu alguma coisa. Podem tratar de falar agora mesmo. 

Cassiano — É melhor deixar essa história para lá, Fátima. Tudo o que eu e a Lívia queremos é descansar. Eu sei que você vai entender.

Lívia — É melhor a gente contar para ela de uma vez, Cassiano. A Fátima vai saber mesmo. 

Fátima — Do que é que vocês estão falando. Eu /estou começando a ficar preocupada.


CASSIANO fica frente a frente com FÁTIMA. Ele a encara. 


Cassiano — A verdade é que o Tom foi assassinado, Fátima. Qualquer um pode ter matado ele. Mas eu não quero que você pense que eu ou a Lívia faríamos algo dessa natureza. 

Fátima — Eu jamais pensaria uma coisa assim, Cassiano. Eu conheço muito bem você e a Lívia. Vocês jamais fariam isso.

Lívia — Tudo o que eu quero é esquecer tudo isso. Eu passei momentos de horror.


CASSIANO abraça LÍVIA. 

Fátima — (preocupada) E o que vai acontecer agora? A Polícia pode querer responsabilizar vocês pela morte do Tom? 

Cassiano — Sinceramente eu não sei, Fátima. Eu espero que eles não pensem desde jeito. 


CASSIANO e LÍVIA se olham bastante apreensivos. A câmera mostra a seriedade no olhar deles. 

CORTA PARA/


CENA 14. CASARÃO DE ELEANOR. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE

GREGÓRIO está tomando um copo de whisky e em sua frente está EULÁLIA que não acredita no que ela está vendo. Logo depois ELEANOR vem adentro na sala de estar do casarão e ela enfrenta o vilão que parece estar mais confiante do que nunca. ELEANOR se irrita.


Eleanor — (irritada) Você já tomou o seu copo de whisky, Gregório. Agora queira ir embora. Nós não temos mais nada para falar.

Gregório — Então quer dizer que você ainda não sou e dos boatos que estão correndo na cidade? O Tom foi assassinado. E eu tenho certeza que a sua neta foi a responsável. 

Eulália — Lave a sua boca para falar da minha menina. A Lívia nunca seria capaz de fazer algo tão hediondo desse jeito.

Eleanor — A Eulália está certa. Eu conheço a índole da minha neta, Gregório. Quem me garante que não foi você que fez isso? 


GREGÓRIO fica muito furioso. Ele joga o copo de whisky no chão com muito ódio. O vilão fica encarando ELEANOR. 


Gregório — Eu não vou negar que eu tinha vontade de fazer isso, Eleanor. Mas eu posso te garantir que não fui eu. Já a sua neta que não posso garantir a mesma coisa.

Eleanor — Eu conheço muito bem a minha neta. A Lívia nunca faria uma coisa dessas. Você deveria pensar da mesma forma, Gregório. 

Gregório — Ela não é mais minha neta. Ela preferiu aquele infeliz do Cassiano. Ela merece tudo que está para acontecer. E eu vou estar na primeira fila para ver a derrocada dela.


ELEANOR dá um tapa na cara de GREGÓRIO. O vilão se enfurece. Ele e ELEANOR ficam se encarando. 


Eleanor — (nervosa) Saia da minha frente agora mesmo, Gregório. Eu não sou obrigada a ficar ouvindo você falar mal da minha neta. A Lívia é inocente. E todos vão ver isso. 

Gregório — Isso é o que nós vamos ver, Eleanor. Eu quero ver se você mantém essa firmeza nas suas palavras quando a Lívia for condenada. 


GREGÓRIO vai embora do casarão sem nem olhar para trás. ELEANOR fica preocupada. EULÁLIA a olha com pena.

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, AMANHECE.


CENA 15. CASA DE FÁTIMA. COZINHA. INTERIOR. MANHÃ

A câmera mostra que CASSIANO e LÍVIA estão tomando café da manhã em um clima bastante harmonioso. Ao lado deles estão LENITA e FÁTIMA que estão em total silêncio. Nesse momento para a surpresa de todos o DELEGADO AUGUSTIN entra na cozinha ao lado de outro policial. 


Cassiano — (surpreso) Delegado??? O que está acontecendo aqui? Tem algum motivo para você estar invadindo a casa da minha mãe desse jeito sem nenhum tipo de aviso? 

Lenita — Calama, Cassiano. É melhor a gente ouvir o que o Augustin tem a dizer. 

Lívia — A sua mãe está certa, meu amor. O que a gente pode fazer agora é ouvir o que o Delegado tem para dizer. Não acha? 

Cassiano — Tudo bem vocês venceram. (P) Pode dizer o que você quer, Delegado. Eu posso imaginar o que é. Mas eu quero ouvir de você. Eu quero ver se você tem coragem. 


O DELEGADO AUGUSTIN se aproxima ainda mais de CASSIANO e LÍVIA. Ele está com o semblante sério. 


Delegado Augustin — Eu juro que eu não queria ter fazer isso, mas eu não tenho escolha. Lívia Assunção…. Você está presa pela morte de Tom Macieira. É melhor você não resistir. 

Cassiano — Eu sabia que você tinha vindo aqui para fazer esse tipo de injustiça, Delegado. Não foi a Lívia que matou o Tom. 

Fátima — Você tem certeza do que está falando, Augustin? Isso para mim é muito surreal. 


O DELEGADO AUGUSTIN se mantém firme. CASSIANO segura ele pela gola da camisa. LENITA se desespera. 


Lívia — (suplicando) Cassiano…. Não faz isso. Esse não é você. Eu estou te pedindo. 

Cassiano — Eu não posso deixar essa injustiça acontecer com você, Lívia. Você é inocente. Eu vou fazer o que for preciso para privar a sua inocência. 

Lenita — Meu filho…. Sou eu que estou te pedindo. Não faz isso. O Augustin é seu pai. 


CASSIANO solta a gola da camisa do DELEGADO AUGUSTIN. Ele fica em choque com o que acaba de ouvir.


A imagem congela no rosto em choque de CASSIANO. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.





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