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Maré Alta - Capítulo 37 (Últimos capítulos)

 





MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 37

Última Semana 


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. PORTO DA AREIA. PENHASCO. EXTERIOR. FIM DE TARDE 

Continuação imediata do capítulo anterior. ANA ROSA continua olhando para CASSIANO de uma jeito bem obsessivo. O nosso protagonista vai se sentindo cada vez mais em uma situação da qual ele não vai conseguir fugir. ANA ROSA se aproxima de CASSIANO e tentar o beijar. CASSIANO recusa e a vilã fica fervendo de ódio. 


Ana Rosa — (furiosa) Está vendo do que eu estou falando, Cassiano? Tudo o que eu sempre quis foi te dar todo o amor que eu tenho dentro de mim. Mas você não quer. 

Cassiano — Eu nunca te iludi, Ana Rosa. Você sempre soube que eu amo a Lívia. Eu não tenho culpa das suas frustrações. Isso não é justo. 

Ana Rosa — Eu sou melhor que a Lívia em absolutamente tudo. Você tem que ser meu. 

Cassiano — Eu só quero o meu filho, Ana Rosa. Eu prometi que não vou envolver a Polícia. Me diga onde o meu filho está. Apenas isso. 


ANA ROSA vai se afastando do penhasco. CASSIANO vai se sentindo como se a vilã estivesse o enrolando. 


Ana Rosa — Você fez a sua escolha, Cassiano. É uma pena que não foi a escolha correta. Agora o pequeno Bernardo vai sofrer as consequências. Isso é uma pena. 

Cassiano — Fica longe do meu filho, Ana Rosa. Eu estou te avisando. É melhor você me ouvir. 

Ana Rosa — Você está me ameaçando, Cassiano? Você nunca mais vai ver o seu filho. Dê adeus a ele. Eu sempre consigo o que eu quero, Cassiano. Você perdeu. 


ANA ROSA vai indo embora do penhasco. CASSIANO fica imóvel sem ter nenhuma reação diante disso.


Cassiano — (sem acreditar) Eu não posso acreditar que você está indo embora, Ana Rosa. Eu quero o meu filho. Onde ele está? 

Ana Rosa — Você ainda vai sofrer muito, Cassiano. Principalmente depois que a Lívia for condenada pela morte do Tom. 

ANA ROSA vai caminhando na direção de um táxi que estava a sua espera. Ela entra no táxi que vai embora. A câmera fica no semblante de tristeza de CASSIANO. 

CORTA PARA/


CENA 02. DELEGACIA. SALA DO DELEGADO. INTERIOR. FIM DE TARDE

Um POLICIAL vem trazendo LÍVIA até a sala do DELEGADO AUGUSTIN que está a espera de nossa protagonista. CLOSE em LÍVIA que está algemada e com o semblante bastante angustiante. O DELEGADO AUGUSTIN se aproxima de LÍVIA enquanto o POLICIAL sai deixando eles sozinhos. 


Lívia — (aflita) O que foi que aconteceu, Augustin? Eu estou sentindo no seu semblante que tem alguma coisa que você está querendo me contar. Não é mesmo? 

Delegado Augustin — De certa forma você está certa, Lívia. O seu avô conseguiu fugir da Delegacia. E ele matou um policial. 

Lívia — Cono assim o meu avô fugiu? Isso não pode ter acontecido. Ele é muito perigoso.

Delegado Augustin — Isso é verdade, Lívia. Mas Zcisso não é tudo. O seu julgamento foi marcado. A data é para daqui a 2 semanas. 


LÍVIA fica em choque. Ela está bastante apreensiva com o que pode acabar acontecendo no julgamento. 


Lívia — 2 semanas? Eu não pensei que o julgamento iria acontecer tão depressa assim. Eu estou ficando com muito medo. 

Delegado Augustin — Eu sinto muito, Lívia. Eu tentei impedir o quanto eu pude esse julgamento de acontecer. Mas infelizmente eu não pude. 

Lívia — A culpa não é sua , Augustin. Eu daria tudo para descobrir quem matou o Tom. Eu quero saber porque essa pessoa quer tento destruir a minha vida. É só isso. 


LÍVIA fica com o semblante bastante sério. O DELEGADO AUGUSTIN fica em silêncio, pois não sabe o que dizer . 


Delegado Augustin — Eu quero que você saiba que eu acredito na sua inocência, Lívia. Mas infelizmente eu não posso fazer nada. 

Ana Rosa — (pensativa) Eu só queria saber onde a Ana Rosa levou o meu filho. Cada segundo que passa eu fico ainda mais preocupada.


O DELEGADO AUGUSTIN fica surpreso com a revelação de LÍVIA. A nossa protagonista está com os olhos marejados.

CORTA PARA/

CENA 03. CASARÃO DE ELEANOR. QUAERO. INTERIOR. FIM DE TARDE

ELEANOR vai se levantando do chão e ela leva a sua mão a cabeça sentindo um dor terrível. Nesse momento SANDOVAL e EULÁLIA entram pela porta do quarto e eles ficam surpresos com o estado em que ELEANOR se encontra. SANDOVAL ajuda ela a terminar de levantar do chão.


Eleanor — (surpresa) Sandoval??? O que você veio me falar ofazer aqui? Não vai me dizer que a Eulália foi te contar o que estava acontecendo?

Sandoval — Ela fez a coisa certa, Eleanor. Mas pelo visto a gente chegou atrasado. Aquele maldito do Gregório conseguiu fugir da cadeia. O que ele queria, Eleanor? 

Eulália — Eu posso até imaginar o que é l, Sandoval. Só tem uma coisa que o Gregório quer mais que tudo. Dinheiro. É só quer isso. 

Eleanor — A Eulália está certa, Sandoval. O Gregório queria o dinheiro que eu tinha guardado em um cofre. Agora eu receio que ele tente se vingar de todos nós. 


SANDOVAL fica bastante sério. O seu olhar é de firmeza. 


Sandoval — Com certeza o Gregório teve ajuda para fugir da Delegacia. Mas eu não vou deixar ele infernizar a vida da filha. Não vou. 

Eleanor — Eu acho melhor você ficar fora disso, Sandoval. Da última vez vez que você e o Gregório se enfrentaram uma tragédia aconteceu. Pense bem nisso. 

Eulália — É isso mesmo, Sandoval. O Gregório pode querer usar a Lívia para te atingir. 


SANDOVAL está decidido. ELEANOR olha séria para ele. 


Eleanor — (séria) Você sabe muito bem da amizade que eu tenho por você, Sandoval. Por isso eu te peço para você esquecer o Gregório. 

Sandoval — Eu não consigo, Eleanor. Até quando a gente vai viver refém do medo que temos do Gregório. Isso precisa acabar agora. 


SANDOVAL vai embora do casarão certo do que ele tem que fazer. ELEANOR e EULÁLIA se olham apreensivas. 

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, ANOITECE.


CEMA 04. PORTO DA AREIA. CASEBRE. QUARTO. INTERIOR. NOITE

ROSELI está deitada em um colchão velho e muito surrado. Nesse momento ela vai abrindo os olhos e percebe que MISAEL está sentado em uma cadeira a encarando de uma forma bem ardilosa. ROSELI tenta se mexer, mas ela acaba percebendo que está com as mãos e pés amarrados. 


Roseli — (assustada) O que foi que você fez comigo, Misael? Onde é que eu estou? 

Misael — Eu não disse que você iria acabar sendo minha de qualquer forma, Roseli. Eu sempre compro as minhas promessas. 

Roseli — Você só pode ter ficado louco, Misael. Eu já disse que eu não vou a lugar nenhum com você. Quantas vezes terei que repetir isso? 

Misael — Eu não sei porque você insiste nisso, Roseli. Daqui a 2 semanas nós vamos embora dessa cidade. Você entendeu? 


ROSELI olha com muito ódio para MISAEL. Ela tenta se soltar das cordas que a prendem, mas não consegue. 


Roseli — Porque você não me deixa em paz z Misael? Agora que eu estava reconstruindo a minha vida você volta para me infernizar. 

Misael — Eu jamais deixaria você me trocar por aquele banana do Aníbal. Você é minha de qualquer maneira, Roseli. Apenas minha. 

Roseli — Me deixa ir embora, Misael. Eu não posso mais ficar longe do meu filho. Por favor. 


MISAEL vai ficando ainda mais nervoso. A raiva em seu olhar é algo bastante nítido. ROSELI fica muito apreensiva. 


Misael — (frio) Eu já disse que você não vai a lugar nenhum, Roseli. Pode esquecer esse seu filho. Para onde nós vamos não tem espaço para ele. Eu espero ter sido claro. 

Roseli — Você não pode fazer isso comigo, Misael. Eu vou não suportar ficar longe do meu filho. Eu estou trnimire fazer. Deixa eu ir embora. 


MISAEL fixa completamente fora de si. Ele sai do quarto do casebre deixando ROSELI sozinho. Ela se desespera. 

CORTA PARA/


CENA 05. VILA DOS PESCADORES.  CASA DE ZÉ BATALHA E ONDINA. SALA. INTERIOR. NOITE

CLOSE em BABY que está sentada no sofá da sala e em sua frente está ONDINA. Elas conversam de uma forma bastante harmoniosa e leve. Logo depois BABY tira de sua bolsa uma boa quantia em dinheiro o que vai deixando ONDINA bastante confusa. Os olhos de BABY estão brilhando. 


Ondina — (confusa) O que significa isso, Baby? Pra que todo esse dinheiro? Eu não entendo. 

Baby — Eu preciso da sua ajuda, Ondina. Eu estou querendo reformar o barco do Franchico. Mas você sabe como o seu filho é teimoso. Ele jamais iria aceitar isso. 

Ondina — Nisso eu sou obrigada a concordar com você, Baby. O Franchico quando quer é pior que burro empacado. Mas como você pretende fazer que ele aceite isso? 

Franchico — Isso é um problema que eu terei que pensar depois. Mas agora eu quero saber se eu posso ter a sua ajuda, Ondina. 


ONDINA esboça um sorriso. Ela e BABY ficam se olhando. 


Ondina — É claro que eu vou te ajudar, Baby. O que o Rubinho fez foi irresponsável e imperdoável. O meu filho não merecia isso. 

Baby — É exatamente da forma que eu penso, Ondina. Eu quero dar uma alegria para o seu filho. É o mínimo que ele merece. 

Ondina — Até agora você não me explicou o que você pretende fazer, Baby? Pode me dizer? 


BABY se levanta do sofá e entrega o dinheiro nas mãos de ONDINA. BABY sorri enquanto ONDINA está sem palavras. 

Baby — (respirando fundo) Esse dinheiro é para arrumar o barco do Frenchico. E nem pense em recusar, Ondina. Seria um desfeita. 

Ondina — Eu nem sei o que dizer, Baby. Eu te agradeço por tudo que você está fazendo pelo meu filho. Eu nunca vou esquecer isso. 


BABYsorri e logo depois entrega o dinheiro nas mãos de ONDINA. Nesse momento FRANCHICO entra dentro de casa e ele fica intrigado com o que possa estar acontecendo ali. 

CORTA PARA/


CENA 06. VILA DOS PESCADORES. CASA DE SANDOVAL. SALA. INTERIOR. NOITE

A câmera mostra que CLARICE está andando de um lado para o outro parecendo estar bastar preocupada. Nesse a porta da casa vai se abrindo e podemos ver SANDOVAL enrrar em casa com um semblante sério. CLARICE corre o o abraça com muita força.Eles se olham. 


Clarice — (respirando aliviada) Até que enfim você chegou, meu amor. Eu estava morrendo de preocupação. Como a Eleanor está? 

Sandoval — Ela vai ficar bem. Mas agora a nossa maior preocupação é com o Gregório que está a solta. A gente não vai ter paz. 

Clarice — Eu acho melhor você ficar longe disso, Sandoval, O Gregório é muito perigoso. 

Sandoval — Eu sei muito bem disso, Clarice. Mas eu não posso deixar que o Gregório faça tudo o que deseja. O lugar dele é na cadeia. 


CLARICE fica em silêncio. SANDOVAL está decidido. 


Clarice — Tem uma coisa que você precisa saber, meu amor. Antes de você chegar o Augustin ligou e avisou que o julgamento da Lívia vai ser daqui a 2 semanas. 

Sandoval — 2 semanas só? Esse prazo é muito curto. Eu não sei se a gente vai conseguir descobrir quem matou o Tom nesse tempo. 

Clarice — Você precisa estar ao lado da sua filha, Sandoval. A Lívia vai precisar do seu apoio mais do que nunca. Esda está verdade.


SANDOVAL fica totalmente sem palavras. CLARICE segura as mãos de SANDOVAL e depois olha em seus olhos.


Sandoval — (sério) Você está certa, Clarice. Eu estou deixando o ódio que eu sinto pelo Gregório falar mais alto. O que eu preciso fazer agora é estar ao lado minha filha. 

Clarice — Eu penso da mesma forma que você, Sandoval. A Lívia precisa muito de nós. 


SANDOVAL concorda com a cabeça. CLARICE esboça um sorriso. Logo SANDOVAL lhe dá um beijo apaixonado.

CORTA PARA/


CENA 07. CASA DE ANA ROSA. QUARTO. INTERIOR. NOITE

A câmera mostra que ANA ROSA vai entrando no quarto e ela fica em estado de choque do ver ZÉ BATALHA sentado na beira da cama com o pequeno BERNARDO em seu colo. A vilã vai ficando cada vez mais desequilibrada e ela parte para cima de seu pai que está bastante desconfiado.


Ana Rosa — (furiosa) O que você está fazendo aqui? Quantas vezes eu disse que eu não quero você aqui na minha casa? Vá embora agora. 

Zé Batalha — Sua casa? Você boa tem vergonha na cara, Ana Rosa? Você se apossou de tudo que era do Tom. Mas eu não vim aqui falar sobre isso. Eu quero saber quem é esse bebê. É melhor você dizer a verdade. 

Ana Rosa — Ele é meu filho. Eu já disse que eu quero você longe da minha casa. Para fora. 

Zé Batalha — Você está totalmente fora da realidade, Ana Rosa. Eu sei que esse bebê é filho do Cassiano e da Lívia. Eu não vou deixar você ficar com ele. Quando você vai devolver ele? 


A loucura de ANA ROSA fica cada vez mais evidente.


Ana Rosa — Cala a boca. Esse menino é meu filho com o Cassiano. Agora finalmente o Cassiano vai admitir que me ama. 

Zé Batalha — Isso está indo longe demais, Ana Rosa. Você não pode fazer uma coisa dessa natureza e achar que não terá consequências. Você precisa devolver o filho do Cassiano e da Lívia. Agora. 

Ana Rosa — Porque a Lívia merece ter tudo e eu não tenho nada? Esse filho agora é meu. E ninguém vai impedir dele ficar comigo. 


ZÉ BATALHA fica estarrecido com o que ele ouve de ANA ROSA. Ele segura o pequeno BERNARDO em seus braços. 


Zé Batalha — (sério) Você não vai mais conseguir o que tanto deseja, Ana Rosa. Eu vou levar esse menino até o pai dele. Eu aposto que o Cassiano deve estar desesperado. 

Ana Rosa — Você não pode fazer isso. Essa é a única chance de eu conseguir ter algo que a Lívia tem. me devolve esse bebê agora.

ZÉ BATALHA vai embora com o pequeno BERNARDO em seus braços. ANA ROSA grita com muito ódio. 

CORTA PARA/


CENA 08. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE

GREGÓRIO está na frente do armário de bebidas e ele vai servindo um copo de whisky. O semblante de GREGÓRIO vai ficando cada vez mais tenso com cada gole de whisky que ele vai tomando. O vilão está ciente do que ele precisa fazer para recuperar tudo o que ele perdeu.


Gregório — (ardiloso) Agora que eu consegui fugir f aquele maldita delegacia eu preciso acabar com todos os meus inimigos. E eu já sei o que vou fazer. O primeiro será o Cassiano. 


GREGÓRIO toma mais um gole de whisky.


Gregório — Chegou a hora de eu tirar o Cassiano do meu caminho de uma vez por todas. E assim a Lívia vai ser condenada. E assim será. 


GREGÓRIO sorri de uma bem maliciosa. A câmera vai se afastando enquanto o vilão toma o seu copo de whisky. 

CORTA PARA/


CENA 09. CASA DE KÉSIA. QUARTO. INTERIOR. NOITE

De uma forma bastante intimista a caneta mostra que KÉSIA e AÇUCENA estão deitadas na cama um do lado da outra. AÇUCENA está totalmente perdida em seus pensamentos. KÉSIA percebe que algo está incomodando AÇUCENA. ELa toca em AÇUCENA que depois olha na direção de KÉSIA. 


Késia — (intrigada) O que foi que aconteceu com você, Açucena? Eu estou te sentindo bastante distante. O que foi que houve?

Açucena — Eu não consigo esconder nada de você, Késia. O Enrico me procurou hoje de novo. Ele queria que eu voltasse para ele. 

Késia — Eu não acredito no que eu estou ouvindo. O que o Enrico está pensando? Ele acha que pode ficar tr cercando desse jeito? 

Açucena — Você precisa ficar calma, Késia. Eu já disse para o Enrico que é você quem eu quero comigo. Eu não quero mais nada. 


KÉSIA se levanta da cama. Ela está muito nervosa. 


Késia — Eu não vou deixar o Enrico continuar cercando a nossa vida, Açucena. Eu me apaixonei de verdade por você. E ter o Enrico por perto não é uma boa escolha. 

Açucena — Eu também me apaixonei por você, Késia. Mas você precisa deixar o Enrico para lá. Você não vai ganhar nada com isso. 

Késia — E como você quer que eu faça isso, Açucena? O Enrico é muito instável para ficar livre. Você sabe muito bem disso. 


AÇUCENA fica em silêncio. KÉSIA a encara bem séria.


Açucena — (apreensiva) O que você está querendo fazer, Késia? Você quer enfrentar o Enrico de novo? Isso pode ser muito arriscado. 

Késia — Eu ainda não sei, Açucena. Mas eu vou fazer alguma coisa para tirar o Enrico do nosso pé. Isso que eu vou fazer. 


AÇUCENA fica muito preocupada. Ela e KÉSIA se encaram. 

CORTA PARA/


CENA 10. CASA DE FÁTIMA. SALA. INTERIOR. NOITE

Uma batida na porta pode ser ouvida. FÁTIMA caminha até a porta e ela fica surpresa ao ver ZÉ BATALHA parado em sua porta com o pequeno BERNARDO em seus braços. Logo depois quem aparece na sala é CASSIANO que fica extremamente feliz ao ver o seu filho. Ele fica emocionado. 


Cassiano — (surpreso) Meu filho…. Eu não posso acreditar no que eu estou vendo. Eu nem sei como te agradecer, Zé Batalha. Eu sempre serei bastante grato pelo o que você fez. 

Zé Batalha — Eu só fiz o que era o certo, Cassiano. A minha filha está cada vez mais desequilibrada. Ela está fora da realidade.

Fátima — O Cassiano está certo, Zé Batalha. Você foi muito corajoso em ter enfrentado a sua própria filha para devolver o filho do Cassiano. Você é um homem de bem. 

Cassiano — Eu poderia denunciar a Ana Rosa para a Polícia, Zé Batalha. Mas eu não vou fazer isso por sua causa. Mas se a Ana Rosa tentar se aproximar do meu filho novamente eu não irei pensar duas vezes em colocar ela na cadeia. 


ZÉ BATALHA balança a cabeça em agradecimento. Logo depois CASSIANO e ZÉ BATALHA apertam as mãos.


Zé Batalha — Eu terei uma eterna dívida de gratidão com você, Cassiano. Eu sei de todos os erros da minha filha. Mas eu jamais deixaria ela continuar fazendo essas loucuras. 

Cassiano — Eu e a Lívia tentamos ajudar ela, Zé Batalha. Mas é como você disse. A Ana Rosa está fora da realidade. Essa obsessão que ela tem por mim é algo perigoso. 

Fátima — O importante agora é que o Bernardo está são e salvo. O melhor que a gente faz é esquecer que a Ana Rosa existe. Só isso. 


CASSIANO e ZÉ BATALHA concordam. O semblante do nosso protagonista está bastante sério e preocupado. 


Cassiano — (preocupado) Eu preciso saber quem matou o Tom de una vez por todas. Eu não posso deixar que a Lívia seja condenada. 

Zé Batalha — Eu queria poder ajudar mais, Cassiano. Mas infelizmente eu não sei como. No fundo eu espero que a Ana Rosa não esteja por trás disso. A Ondina não iria aceitar. 


CASSIANO continua bastante preocupado. FÁTIMA e ZÉ BATALHA ficam apenas olhando para o nosso protagonista.

CORTA PARA/


CENA 11. CASA DE ZÉ BATALHA E ONDINA. SALA. INTERIOR. NOITE

FRANCHICO está parado na porta olha do na direção de BABY e ONDINA que estão em silêncio enquanto o jovem pescador está se aproximando delas. FRANCHICO está bastante intrigado com o dinheiro que BABY entregou nas mãos de sua mãe. O clima vai ficando tenso. 


Franchico — (intrigado) O que é que está acontecendo aqui? Que dinheiro é esse minha mãe?

 Ondina — Meu filho…. Eu posso explicar. Se você me deixar falar eu sei que você vai me entender. Não é o que você está pensando..

Baby — Pode deixar que eu explico, Ondina. (P) Esse dinheiro é para restaurar o seu barco, meu amor. Eu quero te ver feliz novamente. 

Franchico — Você sabe que eu não gosto disso, Baby. Eu não quero que você pense mal de mim, mas eu não quero receber nada de graça. 


BABY e FRANCHICO ficam frente a frente. ONDINA vai ficando bastante apreensiva com o rumo da conversa. 


Baby — Eu não pensei que você iria agir dessa maneira, Franchico. Eu só quero ajudar você continuar a fazer aquilo que você ama. 

Ondina — A Baby está coberta de razão, meu filho. E além disso você não pode ser tão teimoso. 

Franchico — Vocês acharam mesmo que eu estava falando sério? Eu não tenho certeza no agradecer por tudo que você está fazendo por mim, Baby. Você é um anjo para mim. 

BABY respira fundo. Ela dá alguns tapas leves em FRANCHICO que fica sorrindo de uma forma bem leve. 


Baby — Eu não acredito que você me enganou, Franchico. Mas fazer o que se eu te amo.

Franchico — (sorrindo) O que você acabou de fazer por mim só mostra o seu amor, Baby. Eu jamais vou esquecer esse seu ato gentil. 


FRANCHICO e BABY se aproximam. Eles se beijam com paixão e amor. O clima de romance fica ainda mais claro. 

TRILHA SONORA: Retratos e Canções - Sandra de Sá.

CORTA PARA/


CENA 12. PORTO DA ARRIA. RUA. EXTERIOR. NOITE

EM PLANO GERAL podemos ver que o PREFEITO ANÍBAL está andando pela rua com os seus pensamentos bem longe. Nesse momento MISAEL vem andando na direção do PREFEITO ANÍBAL que fica visivelmente nervoso. MISAEL sorri cinicamente e o PREFEITO ANÍBAL se enfurece. 


Prefeito Aníbal — (nervoso) O que você pensa que está fazendo aqui, Misael? Eu sei que você está envolvido no sumiço da Roseli. Você vai ne dizer agora onde ela está. Entendeu? 

Misael — Eu posso saber do que você está me acusando, Aníbal? Eu não faço a mínima ideia do que você está falando. 

Prefeito Aníbal — É melhor você não me provocar, Misael. Eu sei que você deve estar mantendo a Roseli em algum lugar. Oi você me fala onde ela está ou eu tomarei uma atitude drástica que você não vai gostar.

Misael — Você está me ameaçando, Aníbal? É melhor você abaixar o tom quando for falar comigo. Eu não gosto do rumo dessa conversa. Eu vou embora agora mesmo.


O sorriso vai sumindo do rosto de MISAEL. Ele olha com muito ódio para o PREFEITO ANÍBAL que o encara.


Prefeito Aníbal — Eu não tenho medo de você, Misael. Você não vai impedir de eu dePonde a Roseli está. Se for preciso eu uso da minha influência com Prefeito para isso.

Misael — Quando você descobrir isso eu e a Roseli já vamos estar bem longe. E você não vai poder fazer nada a respeito, seu maldito. 

Prefeito Aníbal — Eu não vou deixar você fazer isso, Misael. Não se esqueça que você está falando com o Prefeito de Porto da Areia. 


MISAEL encara o PREFEITO ANÍBAL que continua o encarando de uma maneira bastante séria. MISAEL se irrita. 


Misael — (irritado) Você está conseguindo me tirar do sério, Aníbal. É melhor você sair do meu caminho enquanto é tempo. O que me diz? 

Prefeito Aníbal — Você não vai conseguir me impedir de salvar a Roseli. Eu amo ela mais que tudo e eu sei que ela sente o mesmo. 


MISAEL vai embora deixando o PREFEITO ANÍBAL totalmente sem saída. O semblante dele é de satisfação. 

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, AMANHECE.


CENA 13. DELEGACIA. CELA. INTERIOR. MANHÃ

Os primeiros raios de sol vão entrando pela janela da cela. Aos poucos LÍVIA vai abrindo os olhos e ela percebe que alguém vem se aproximando de sua cela. Nesse momento a câmera gora e podemos ver CASSIANO indo na direção da cela de LÍVIA com o pequeno BERNARDO em seus braços. A nossa protagonista não consegue segurar a emoção. 


Lívia — (emocionada) Meu filho…. Eu não acredito que você conseguiu encontrar ele, Cassiano. Você cumpriu com a sua palavra.

Cassiano — Justiça seja feita, Lívia. Quem conseguiu salvar o nosso filho foi o Zé Batalha. Ele enfrentou a própria filha para entregar o Bernardo para a gente novamente. 

Lívia — Eu nem sei o que dizer, Cassiano. Eu sempre grata por esse ato de fitagem do Zé Batalha. Agora eu posso enfrentar o meu julgamento em paz. O meu filho está salvo. 

Cassiano — Eu tenho fé que você vai conseguir provar a sua inocência, Lívia. Não é justo o que você está passando. Eu quero te ajudar.


CASSIANO e LÍVIA se olham em silêncio. O rosto da nossa protagonista demonstra que ela está sem esperança. 


Lívia — Eu queria tanto acredita nisso, Cassiano. Mas infelizmente a vida não é um mar de rodas. Eu sei que vou ser condenada. 

Cassiano — Eu não vou desistir de te tirar desse lugar, Lívia. Você é inocente. Todos irão ver isso.

Lívia — O importante para mim é você saber, Cassiano. Nada que possa acontecer vai mudar o que eu sinto por você. Eu te amo. 


CASSIANO e LÍVIA seguram as mãos um do outro com muita força. A troca de olhares entre eles é muito tocante. 


Cassiano — (sério) Aconteça o que acontecer eu sempre vou estar ao seu lado, meu amor.

Lívia — Eu não tenho como agradecer por tanto amor e dedicação, Cassiano. Você mudou a minha vida no dia que eu te tirei do mar. 


CASSIANO e LÍVIA continuam trocando olhares de amor e ternura. LÍVIA faz um carinho em seu filho pela grade da cela. 

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, 2 SEMANAS DEPOIS.



CENA 14. CASA DE ANA ROSA. QUARTO. INTERIOR. DIA

CLOSE em ANA ROSA que está parada na frente ao espelho terminando de se arrumar. A vilã esboça um sorriso enquanto vai passando um perfume em seu pescoço. Nesse momento ela é surpreendida com ONDINA que está parada na porta do quarto. ANA ROSA olha para sua mãe com muita frieza. 


Ondina — (incrédula) Eu não estou acreditando que você está pensando em ir no julgamento da Lívia, minha filha. O que você quer com isso? O que você está querendo provar? 

Ana Rosa — Eu não vou perder esse julgamento por nada. É a única chance que eu tenho de eu ver com os meus olhos a derrocada da Lívia. 

Ondina — Essa inveja que você sente da Lívia já está indo longe demais, Ana Rosa. Isso precisa ter um fim antes que algo aconteça. 

Ana Rosa — Agora que eu cheguei até aqui eu vou até o fim. Eu quero tudo que a Lívia tem. Tudo. 


A loucura de ANA ROSA está ficando ainda mais volúvel. 


Ondina — Você quer saber de uma coisa, Ana Rosa? Eu cansei. Eu tento abrir os seus olhos faz tempo, mas parece que você não quer enxergar a realidade. Para mim já deu. 

Ana Rosa — Eu nunca pedi para você fazer nada por mim. Vocês não conseguem me entender. Será que eu não posso ter o que eu quero? 

Ondina — O problema não é você ter o que quer, Ana Rosa. O problema é que você está disposta a passar por cima de todo mundo para conseguir isso. Você é uma sociopata. 


ANA ROSA vai na direção de sua mãe. Ela a encara com muito desprezo. ONDINA fica muito tensa com a situação. 


Ana Rosa — (fria) Eu nunca vou desistir de ter o Cassiano só para mim. Eu vou fazer o que for preciso para conseguir isso. Entendeu? 

Ondina — Eu estou cansada dos seus devaneios, Ana Rosa. Eu espero que a Lívia seja inocentada hoje. Só assim você vai perceber que não pode roubar a vida de ninguém. 


ONDINA vai embora deixando ANA ROSA totalmente sozinha. A vilã vai ficando ainda mais enfurecida. 

CORTA PARA/


CENA 15. PORTO DA AREIA. TRIBUNAL. SALA DE JULGAMENTO. INTERIOR. DIA

A sala de julgamento está completamente lotada. A câmera vai passeando e mostra que várias pessoas estão presentes: CASSIANO, SANDOVAL, FÁTIMA, LENITA, ZÉ BATALHA, ONDINA, FRANCHICO, BABY, KÉSIA, AÇUCENA e o DELEGADO AUGUSTIN. Nesse momento um oficial de justiça vem trazendo LÍVIA que está algemada. A câmera fica fica no semblante sério de CASSIANO. 


 Cassiano — (preocupado) Eu não estou gostando do rumo que as coisas estão tomando. Isso não deveria acontecer. A Lívia é inocente. 

Lenita — Se eu fosse você eu me preparava para o pior, meu filho. A Lívia pode não ser essa santa que você sempre imaginou. 

Fátima — Já chega de todo esse seu veneno, Lenita. Você não está vendo o jeito que o seu filho está. Você deveria respeitar ele. 

Lenita — E eu disse alguma mentira, Fátima? Sendo neta de quem a Lívia é não me surpreenderia ela ter matado esse Tom. 


CASSIANO olha para LENITA bem sério. O nosso protagonista se aproxima do ouvido de sua mãe suavemente. 


Cassiano — Eu sei o que você está querendo fazer, mãe. Mas não vai adiantar. Eu confio na inocência da Lívia. Está me entendendo? 

Lenita — Você está cometendo o pior erro da sua vida, Cassiano. A Lívia não é flor que se cheire e esse julgamento vai provar isso. 

Fátima — Você está indo longe demais, Lenita. Já chega. O que você está querendo com isso? 


CASSIANO fica bastante intrigado com a atitude de sua mãe. Nesse momento quem entra na sala de julgamento é ANA ROSA. CASSIANO vai na direção da vilã que sorri. 


Cassiano — (furioso) O que você pensa que está fazendo aqui, Ana Rosa? Eu não vou deixar você estragar a única chance da Lívia de provar a inocência dela. Não vou mesmo. 

Ana Rosa — E você achou mesmo que eu iria perder esse show de horrores? Depois que a Lívia for condenada você vai entender que eu sou a única mulher capaz de te fazer feliz. 


CASSIANO segura os braços de ANA ROSA com muita força. De longe LÍVIA percebe a situação bastante delicada.


A imagem congela no olhar furioso de CASSIANO. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.





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