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UMA PROVA DE FOGO
ORIGINAL RANABLE WEBS
NOVELA DE
EZEL LEMOS E ANDER XYMMER
CAPÍTULO 03
Cena 01 - INT. Tarde, Mansão Bergamal, quarto - Rio de janeiro
Arlete está sentada de joelhos na cama de frente para Deodora, que também está de joelhos no móvel.
Deodora levanta da cama.
Deodora: (feliz) Então já sabemos o que fazer. Aqueles idiotas não vão ficar com nada.
Arlete: Eles não merecem.
Arlete levanta da cama, ficando de pé.
Arlete: Agora tem uma coisa que seria bom você fazer!
Deodora: O quê?
Arlete: Seria bom você se aproximar deles, meu bem. Fingir que gosta deles. Só assim você vai saber o que eles andam fazendo para ganhar a fortuna.
Deodora: (surpresa) O quê? Mas eu não gosto deles, mãe!
Arlete: Você vai fingir gostar!
Deodora: Não sei, eu não sei se consigo fingir isso.
Cena 02 - INT. Tarde, Mansão Bergamal, jardim - Rio de janeiro
Sulamita continua andando no jardim da mansão falando ao celular.
Sulamita: (chateada) Não acredito Gonzaga! Você é muito irresponsável, parece criança! Não posso deixar um dia você cuidando da casa que já acontece isso!
CORTA PARA:
Gonzaga está ao lado de Biel na sala de uma casa.
Gonzaga: (chateado) Vocês sempre me julgam! Eu não tive culpa, o Biel que foi inventar de fazer comida!
Biel: Você que mandou eu fazer!
CORTA PARA:
Sulamita entrando na mansão falando ao celular.
Sulamita: Eu ouvi o menino! Você é irresponsável sim! Eu vou mandar um dinheiro para vocês virem pro Rio. Agora aqui você vai se comportar, viu? Não vou mais pagar suas dívidas de drogas.
Sulamita continua subindo a escada ao telefone.
CORTA PARA:
Arlete vai saindo do interior da casa e a observa com muita raiva.
Cena 03 - INT. Tarde, Banco, sala - Rio de Janeiro
Clara está sentada em frente ao gerente do banco que digita no computador.
Clara: Diz que dá certo, por favor! Eu tenho conta faz tempo aqui.
Gerente/homem: Infelizmente foi negado! A senhora não tem um bom score, eu lhe disse que não iria aprovar.
Clara: (triste) No fundo eu tinha esperança.
Gerente/homem: Se a senhora vai montar um negócio, pode conseguir, abrindo uma empresa. As pessoas jurídicas têm prioridade.
Clara: Não, não é para investir. Pelo menos não dessa forma.
Cena 04 - EXT. Tarde, Banco, fachada - Rio de Janeiro
Clara sai chorando desolada, por não conseguir uma solução para o tratamento da irmã.
Clara: Meus Deus! Não acredito que minha irmã vai morrer e eu não vou conseguir dinheiro para o tratamento.
Clara vai andando até o trafego de carros e acena para um táxi.
Cena 05 - INT. Tarde, Mansão Bergamal, quarto - Rio de janeiro
Os irmãos Acácio, Riana, Louise, Germano, Henry e Louise caminham andando em direção a sala.
Louise: Nós não podemos nos deixar levar por esse dinheiro, não. Temos que estar unidos, lembrar que acabamos de nos conhecer e precisamos conviver mais.
Germano: Do que você tá falando? Nós seremos rivais, não vem com esse papinho não.
Henry: O Germano tem razão. Esse papinho de que todos seremos amigos de infância não vai dar certo.
Riana: Talvez não sejamos grandes amigos, mas eu quero conhecer meus novos irmãos melhor.
Acácio: Eu também.
Juliete: Eu também.
Henry e Germano saem conversando.
Louise, Acácio, Riana e Juliete ficam no local.
Louise: Esses dois parecem que se deram muito bem.
Riana: Eles não só se deram muito bem, como também têm muitas semelhanças.
Acácio: Louise, você sabe dirigir, bem que podia nos mostrar melhor a cidade.
Louise: Sei sim, Acácio. Bem, eu vi uns carros lindos na garagem da mansão.
Riana: Então vamos sim.
Juliete: Amei a ideia.
Cena 06 - INT. Tarde, Mansão Bergamal, sauna - Rio de janeiro
Henry e Germano estão sem roupas, apenas de toalha na sauna.
Germano: Eu nunca curti uma sauna assim.
Henry: Você não sabe o que é bom.
Germano: Natal também não precisa disso, é uma cidade muito quente.
Henry: Pelo visto você não sabe como é desfrutar de coisas mais sofisticadas.
Germano: Mudando de assunto, você vai mesmo firmar parceria comigo?
Henry: Vamos ver, né! Eu não entendo muito desse comércio gastronômico.
Germano: Eu vou te explicar! Mas antes me fala, você tem alguma experiência de trabalho?
Henry: Eu tenho sim, mas meus negócios não é algo tão comum.
Germano olha confuso.
Cena 07 - INT. Tarde, Mansão Bergamal, cozinha - Rio de janeiro
Os funcionários da mansão (Glaucia, Tomáz, Serafina, Marivalda, Dalila e Serafina) estão todos reunidos na mesa.
Glaucia (governanta): Essa história de herança ainda vai dar muita confusão. Um monte de filho desse.
Marivalda: Vai mesmo viu. E a dona Arlete não vai deixar isso barato não.
Glaucia: Fosse eu também não deixava.
Marivalda: Tia, mas nenhum dos filhos tem culpa.
Tomáz (motorista): Eu vi de longe aquelas filhas do patrão, são gatinhas.
Marivalda: Você só pensa em mulher.
Tomáz: E vou pensar em quê?
Dalila: Eu acho que todos vão ficar morando aqui.
Serafina: Será?
Glaucia: Acredito que não. Seu Teodoro deve ter deixado algum dinheiro para casa um e pronto.
Marivalda: Eu queria ser um mosquitinho para ouvir tudo que tá sendo falado naquele escritório.
Cena 08 - INT. Anoitecer, Mansão Bergamal, quarto - Rio de janeiro
Deodora está na banheira de hidromassagem tomando banho, ela está com o celular na mão, começa gravar um áudio.
Deodora: (feliz) Oi, Tomaz! Eu estou aqui esperando você! Cadê você? Nós tínhamos combinado nesse horário.
Deodora coloca o celular ao lado da banheira.
Deodora: Cadê esse motorista? Será que nem pra garoto de programa ele serve?
Cena 09 - INT. Anoitecer, Mansão Bergamal, Sala de jantar - Rio de janeiro
Germano está na mesa com a esposa Daniela e a mãe Sulamita, juntamente com Henry e a esposa Alessandra e a mãe Hortência.
Germano: Mãe, eu vou reabrir meu restaurante aqui no Rio.
Sulamita: Eu já imaginava isso.
Germano: Amanhã eu vou dar uma volta por alguns bairros próximos.
Sulamita: Filho, seria bom um bairro mais modesto. Sabe que uma clientela humilde exige menos gastos no investimento.
Daniela: Meu amor, você deveria fazer novos cursos, inclusive para conhecer as comidas local.
Sulamita: Mas poderia trazer as comidas que a gente fazíamos em Natal mesmo. A culinária potiguar é muito conhecida por ser também nordestina.
CORTA PARA:
Hortência ao lado do filho Henry e da nora Alessandra em outra parte da mesa.
Hortência: Meu filho, você não sabe em que vai investir, tô errada?
Henry: Não, mãe. Mas eu tenho meus talentos!
Alessandra: Você bem que poderia realizar meu sonho e fundar uma companhia de teatro.
Henry: Meu amor, eu não tô louco não. Você nem sabe atuar.
Alessandra fica constrangida.
Hortência: (séria) Meu filho mesmo que não ganhe essa maldita disputa, estarei sempre do seu lado.
Henry: Obrigado, mãe!
Cena 10 - EXT. Anoitecer, Transito do Rio de janeiro
Louise vai no volante do veículo, que também conta com a presença de Acácio, Riana e Juliete nos seus respectivos bancos.
Acácio: O Rio é uma cidade linda mesmo.
Riana: Sabe que eu sempre sonhei em vir aqui.
Juliete: Eu nunca imaginei que iria morar aqui. Vou sentir muita saudade de Natal.
Louise: Ainda bem que aqui também tem praia.
Riana: Juliete não gosta muito de ir à praia, tem vergonha de mostrar as celulites.
Louise: Que besteira, Ju. Não podemos esconder essas coisas não, todas as mulheres têm.
Juliete: Ah, mas aquelas atrizes são sempre tão belas.
Louise: Mas nós não somos atrizes. Elas inclusive, muitas vezes usam máscara com corretivo que esconde as marcas. Temos que nos aceitar como somos.
Louise conversa olhando para o lado e se distrai…
Close no sinal fechado.
…o sinal fecha e Louise não vê, neste momento Clara passa e o carro bate nela a fazendo cair.
Todos: (gritam) Ahhhhhhh!
Louise fica apavorada.
Louise freia rapidamente o veículo.
Acácio sai do veículo e vai até Clara caída no chão.
Clara está com o cotovelo sangrando.
Acácio: Você está bem?
Clara olha impressionada para Acácio.
Acácio fica boquiaberto, olhando para Clara.
Obrigado pelo seu comentário!