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Uma Prova de Fogo - Capítulo 18

 

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UMA PROVA DE FOGO 




ORIGINAL RANABLE WEBS 
















NOVELA DE

EZEL LEMOS E ANDER XYMMER 

















CAPÍTULO 18


CENA 01 - INT. TARDE, DELEGACIA DE POLÍCIA, SALA.


Wanda está em pé segurando o celular, parada na mesa e Maurício chega e fica surpreso com a expressão dela.


MAURÍCIO: O que foi Wan? 


WANDA: (séria) Outro crime na família Bergamal!


MAURÍCIO: (surpreso) O quê?


WANDA: Outro irmão morreu. Dessa vez na mansão.


MAURÍCIO: Pois vamos, tá esperando o quê? 


Wanda rapidamente ajeita a mesa e pega distintivo.


WANDA: Estranho, justo no dia que a Arlete foi liberada.


Ambos saem apressados da sala.


CENA 02 - MANSÃO BERGAMAL, JARDIM.


Arlete chora diante do corpo de Deodora.


ARLETE: Filha! Deodora! Não, não, não, não!


As funcionárias, Serafina, Dalila, Marivalda e Glauce chegam e ficam assustadas vendo Deodora morta.


Arlete desesperada chorando, fica de joelhos ao lado da filha.


ARLETE: Acorda, meu amor! Para de brincadeira, você tá brincando, não é? 


Sulamita, Hortência, Daniela e  Alessandra chegam ao local e ficam aprovadas com a cena.


ALESSANDRA: Meu Deus, o que tá acontecendo com essa família?


HORTÊNCIA: (assustada) Eu não quero perder meus filhos!


SULAMITA: Eu também não! Desse jeito eu vou acabar voltando pra minha terra! Já perdi um filho e não suportaria perder outro.


Germano, Juliete, Henry e Louise chegam no local e ficam assustados com o que vêem.


Juliete e Louise começam a chorar.


A equipe do IML chega junto a polícia.


Os profissionais afastam Arlete e as pessoas da família.


JULIETE: (chorando) Que triste!


LOUISE: (chorando) Muito triste morrer dessa forma.


Arlete se vira e vê Juliete e Louise chorando.


ARLETE: Parem de fingir que gostava dela! Vocês não gostavam nenhum pouco da minha filha! 


JULIETE: Eu tô triste pelo que tá acontecendo.


Arlete olha para todos os familiares presentes ali.


ARLETE: (irritada,chorando) Eu quero saber, quem de vocês matou minha filha?


Todos olham desconfiados e se mantêm em silêncio.


ARLETE: (grita) Falem! Quem matou ela? 


HORTÊNCIA: Escuta aqui, Arlete! Sei que esse é um momento difícil pra você, mas você não tem o direito de sair acusando todo mundo, não!


ARLETE: Cala a boca, sua velha preta! 


LOUISE: O quê? Você tá ofendendo minha mãe! 


Wanda se aproxima.


WANDA: Eu posso levá-la presa agora! 


HORTÊNCIA: (chateada) Não, eu não vou prestar queixa em consideração ao que aconteceu com sua filha! Eu não sou desumana igual a você, Arlete!


CENA 03 - INT. CASA DE CLARA E CLEIA.


Cleia está na sala olhando o celular, quando Acácio entra super nervoso.


ACÁCIO: (voz trêmula) Oi Cleia!


CLEIA: Oi, Acácio! 


ACÁCIO: (voz trêmula) Fazendo o quê nesse celular? Que calor insuportável!


CLEIA: Tô me atualizando sobre o curso de enfermagem que eu tava fazendo. Várias disciplinas atrasadas, acredita?


ACÁCIO: (voz trêmula) Ah, que bom! Cadê a Clara?


CLEIA: Acácio, você tá bem? Você tá tão...


ACÁCIO: É que eu quase fui assaltado no caminho. 


CLEIA: Nossa, tadinho! Você tá bem? 


ACÁCIO: Tô sim.


Acácio tira a camisa, deixa no sofá e sai.


Cleia levanta, vai até o outro sofá, pega a camisa dele e olha para os lados.


CLEIA: Ele é lindo! Não acredito que a Clara não quer ele.


CENA 04 - INT. DELEGACIA, SALA DE WANDA.


Wanda está sentada, frente a frente com Arlete, que chora.


WANDA: Você não é obrigada a depor neste momento.


Arlete limpa as lágrimas dos olhos.


ARLETE: Eu quero! Faço questão!


WANDA: Então vamos lá. A morte da senhorita Deodora ocorreu por volta das 13 horas, você saiu daqui horas antes. Onde você esteve nesse tempo?


ARLETE: (irritada) É pra isso que eu vim aqui? Eu vou ser acusada de matar minha própria filha?


Hortência está em frente a Wanda.


HORTÊNCIA: Eu não tinha nenhuma relação com essa menina, a Deodora. A gente convivia sim na mesma casa, mas só participamos das refeições juntas, de resto, cada uma no seu lugar. No horário que ela morreu eu tava no meu quarto, foi quando eu ouvi o tiro. Não, eu não Imagino quem pode ter matado ela. Disputa, que disputa? Eu não sei de nenhuma disputa por herança.


Sulamita está sentada em frente a Wanda.


SULAMITA: Ela era uma garota fútil e mimada. É eu nunca gostei dela, inclusive acho que ela ou mãe matou meu filho. Não, eu jamais desejaria o mal dela. Não, eu jamais me vingaria dela. Queria ver ela presa, mas jamais faria algo contra ela. Eu estava no meu quarto quando tudo aconteceu. Não, eu não sei de nenhuma disputa por herança. Sim, o Teodoro deixou uma herança, mas ainda tá tramitando a ação na justiça. 


Germano está sentado em frente a Wanda.


GERMANO: Eu não tinha nenhuma relação com a vítima. Ela sempre foi muito na dela, nunca se aproximou dos irmãos. Eu acho que todos nós somos, de certa forma, um pouco distantes. Eu tava na reunião com a Deodora, inclusive, depois fui ver algumas distribuidoras de bebidas para o meu restaurante. Não, eu não sei de nenhuma disputa por herança. 


Louise está sentada em frente à Wanda.


LOUISE: Deodora sempre foi muito antipática. Não tinha uma boa relação com nenhum dos irmãos. Ela tratava todo mundo mal. Quando a gente se conheceu, ela ficou revoltadíssima, não aceitava dividir a herança. Nós não tinha exatamente uma relação. Bem, a gente vai receber a herança, mas não é exatamente uma disputa. Não, não é uma disputa. 


Henry está sentado em frente a Wanda.


HENRY: Aquela menina era horrorosa e desagradável. Não gostava dela mesmo. Ela tratava todo mundo mal. Não, eu não seria capaz de matar ela. É eu não gosto dela, mas não chegaria a tanto. Não, nos não tinhamos relação nenhuma. Depois da reunião, eu fiquei conversando com o meu advogado, o Álvaro, ele tava me orientando sobre uma questão pessoal da minha vida conjugal. Herança, não vou falar nada sobre isso porque a gente não sabe direito quem vai ganhar, ou melhor, como vai ser dividida.


Juliete está sentada em frente a Wanda.


JULIETE: Eu não tinha uma relação de irmã com ela. Ela sempre foi muito distante, até porque não gostava muito da gente. Eu acho isso, porque ela sempre fez questão de deixar claro que não gostava de nós. Não, eu não tinha raiva dela. Na hora do crime? Eu  passei por uma loja antes de chegar e ver a Deodora morta. Disputa por herança? Eu não sei de nada disso.


CENA 05 - INT. NOITE, CASA DE GLEICE E PLUTARCO, SALA DE JANTAR.


Gleice, Plutarco, Fábio, Melina e Oleive estão jantando na mesa.


GLEICE: A Glauce me ligou, disse que tá um clima péssimo lá mansão. O povo lá passou horas depondo na delegacia.


PLUTARCO: Aquela família tá amaldiçoada. 


FÁBIO: Não acho que seja nenhuma maldição. O que tá pegando é a ambição. As pessoas são capazes de tudo por dinheiro. 


MELINA: Isso é verdade, meu irmão.


GLAUCE: O dinheiro é sempre a causa dessas desgraças. O dinheiro não traz felicidade.


MELINA: Ah, traz sim. O dinheiro traz muita felicidade, agora o problema é que também traz muitos problemas. 


OLEIVE: Eu que o diga. Quando tinha meu dinheiro dinheiro tinha uma vida farta. Sabia muito bem usufruir de tudo. Mas aí veio um maldito e me deu um golpe.


FÁBIO: Vó, a senhora nunca explicou direito como foi isso.


OLEIVE: Não tem muito o que explicar, meu filho.


CENA 06 - EXT. IMAGENS DA CIDADE


CENA 07 - INT. MANHÃ, MANSÃO BERGAMAL, SALA.


Todos da família estão na sala, vestidos de preto.


Hortência está com Henry e Louise.


LOUISE: Estranho não ter velório.


HORTÊNCIA: Por um lado eu entendo. Quanto mais cedo ela for enterrada já passa esse momento difícil.


HENRY: De qualquer forma ela já tá morta. Velar pra quê?


Em outra parte, Daniela está com Germano e Alessandra.


GERMANO: Você viu a mamãe, amor?


DANIELA: Não. 


ALESSANDRA: Ela estava aqui agora pouco, mas subiu com aquela sua irmã.


Riana chega próximo de Germano.


GERMANO: Você tava onde ontem?


RIANA: Eu fui fazer algumas compras.


GERMANO: E passou a tarde toda comprando?


RIANA: Sim, porque eu fui fazer as unhas e o cabelo. Só cheguei a noite.


GERMANO: Depois você tem que ir prestar o depoimento.


RIANA: Eu sei.


Acácio chega próximo de Germano, acompanhado de Clara e Cleia.


ACÁCIO: Germano, cadê a mamãe?


GERMANO: Acho que tá lá em cima.


Clara se aproxima de Daniela.


CLARA: Oi, Daniela!


DANIELA: Oi Clara, como vai?


CLARA: Vou bem.



CENA 08 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO DE SULAMITA.


Sulamita retoca o batom, enquanto Juliete a espera.


SULAMITA: Ju, você não quer colocar batom também?


JULIETE: Não, você sabe que não gosto de batom vermelho. Ainda mais para ir no enterro da minha irmã.


SULAMITA: Tá certo. Então o que veio fazer aqui?


JULIETE: Mãe, foi você que matou a Deodora?


Sulamita olha rápido para Juliete.


SULAMITA: Oh, menina, você tá louca? 


JULIETE: Você não gostava nada dela. Até porque ela e a mãe sempre nos desprezaram.


SULAMITA: Filha, eu jamais mataria alguém.


JULIETE: Nem se fosse em algum acidente?


SULAMITA: Não, não se preocupe que eu não matei a Deodora. 


JULIETE: Que bom, mãe. Assim eu fico mais tranquila.


CENA 09 - INT. CEMITÉRIO DITUAN.


O cortejo de Deodora vai para o cemitério. 


O carro chega próximo a cova dela e os funcionários da funerária leva o caixão até o local.


A família fica em volta da cova.


Arlete chora próximo ao caixão.


ARLETE: (chorando) Minha filha, eu prometo que vou descobrir quem matou você! Pode custar o que custar, demorar o tempo que eu for, mas eu vou descobrir!


Sulamita olha sério.


Juliete olha sério.


Acácio olha sério.


Germano olha desconfiado.


Riana olha desconfiada.


Hortência olha desconfiada.


Henry olha desconfiado.


Louise olha desconfiada.


Álvaro olha desconfiado.


O caixão de Deodora é enterrado.


Arlete chora muito.


Distante dali é possível ver Tomaz olhando.


CENA 10 - INT. DELEGACIA, SALA.


Maurício vai no carro com Wanda e fala ao telefone, ele desliga o celular.


WANDA: O que era?


MAURÍCIO: Você não vai acreditar!


WANDA: Fala!


MAURÍCIO: A Deodora foi morta com a mesma arma que Gonzaga.


Wanda freia o carro bruscamente.


WANDA: (surpresa) O quê?


Wanda encara Maurício, ambos em choque.


CENA 11 - INT. NOITE, MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.


Arlete tira as roupas de Deodora do closet e cheira as peças.


ARLETE: Meu amor, que saudades de você.


Arlete olha com carinho para as roupas.


ARLETE: Como vou viver sem você, filha? 


Arlete deita sobre as roupas da filha e começa a chorar desolada. 


ARLETE: (grita, chorando) Deodora! Deodora! Filha!.


CENA 12 - INT. APARTAMENTO DE ÁLVARO.


Álvaro está em pé na sala, com uma taça de champanhe na mão.


ÁLVARO: Agora a Arlete não tem porque me chantagear mais. Não tem mais a filha para ganhar a herança do Teodoro.


CENA 13 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO DOS FUNCIONÁRIOS


Riana chega no quarto de Tomaz e ele tá chorando, deitado na cama.


RIANA: Você tá chorando por causa dela?


TOMAZ: É triste a forma como ela se foi, pow!


RIANA: Triste é ver que você ainda gostava dela.


TOMAZ: Eu não gostava dela. Pelo menos não da forma que você tá falando.


RIANA: Será mesmo?


TOMAZ: E você, me ama mesmo? Porque não foi a viagem? Eu fiquei esperando igual um louco naquele lugar.


RIANA: Eu tive um imprevisto.


Tomaz levanta da cama e olha para Riana.


TOMAZ: Que imprevisto foi esse? Me fala a verdade. Foi você que matou ela?


Riana olha séria.


CENA 14 - INT. AGÊNCIA DE ALANZINHO 


Alanzinho está no computador, sentado à sua nessa, enquanto Melina observa ele digitando e postando uma notícia.


ALANZINHO: Pronto! Postado com sucesso.


MELINA: Mais uma herdeira Bergamal morre em circunstâncias misteriosas! Que título tendencioso. 


ALANZINHO: Mas não é verdade? Até agora ninguém sabe como estão acontecendo essas mortes.


MELINA: Sim, verdade. Mas isso vai incomodar a polícia. Tenho certeza.


ALANZINHO: Eu não tento agradar ninguém com minhas matérias. A polícia sempre tá sempre incomodada com qualquer notícia.


MELINA: Quem será que está cometendo esses crimes?


ALANZINHO: Você acha que essas duas mortes foi o mesmo assassino? 


CENA 15 - EXT. IMAGENS DA CIDADE


CENA 16 - INT. MANSÃO BERGAMAL, COZINHA.


Daniela está usando um robe lilás enquanto segura uma xícara de chá na cozinha. 

Neste momento, Alessandra chega em sua direção.


DANIELA - Amiga, você também tá com insônia?


ALESSANDRA - Todas as noites. 


DANIELA - Eu tô pensando sinceramente em sair dessa casa. Vou chamar o Germano para ir morar em Santa Teresa. Tô assustada com o rumo que essa disputa tá tomando.


ALESSANDRA - Não, você não pode sair daqui.


DANIELA - Porque não?


ALESSANDRA - Você é a única pessoa que me faz sentir segura quando estou nessa casa. 


DANIELA - Magina, Alessandra. Você tem seus filhos e também disse que estava pensando em sair daqui.


Alessandra olha nos olhos de Daniela. 


ALESSANDRA - Eu não queria me afastar de você. Por isso eu ainda não saí daqui. Mas se você for, eu não terei mais motivos.


DANIELA - Mas… Eu sou tão importante assim pra você?


Alessandra encara Daniela e se aproxima aos poucos dela, as duas se olham em uma tensão única.


Alessandra e Daniela estão muito próximas e aos poucos encostam seus respectivos lábios.


CENA 17 - INT. MANSÃO BERGAMAL, SACADA. 


Juliete e Germano se aproximam no local, ambos estão desconfiados e apreensivos.


GERMANO: Eu precisava falar com você minha irmã.


JULIETE: Não quero falar sobre isso. 


GERMANO: Você acha que…


JULIETE: Para, Germano! Para! 


GERMANO: A gente precisa falar do que aconteceu!


JULIETE: Eu não quero! Não! Não!


GERMANO: Você acha que foi ela? Foi ela que matou a Deodora? Me fala! 


Juliete olha triste para Germano. 


A cena termina em Germano desconfiado. 



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