Type Here to Get Search Results !

ESPERANÇA - CAPÍTULO 21

 


ESPERANÇA

Capítulo 21

Novela criada e escrita por

Wesley Franco


CENA 1. INT. IGREJA – DIA

A igreja está repleta de amigos, familiares e convidados de Homero, todos vestidos à altura da ocasião. No altar, Homero espera ansioso, enquanto ao seu lado está Fernando, que observa tudo com uma expressão leve e curiosa. Ao lado do noivo, estão os padrinhos, Coronel Almeida e Dorotéia. Os músicos começam a tocar a marcha nupcial e todas as cabeças se voltam para as portas da igreja, que se abrem lentamente, revelando Constância. Ela está radiante, com um vestido branco elegante e um véu delicado. Fernando observa a noiva, e seu rosto muda ao reconhece-la: Constância é a mesma mulher que conheceu e por quem se apaixonou em São Paulo.

FERNANDO (SUSSURRANDO EM CHOQUE) – É ela!

Constância também o vê, e o reconhece, seus olhos se arregalam por um breve momento. Ela parece hesitar, mas respira fundo e continua sua caminhada em direção ao altar. A tensão entre ela e Fernando é evidente, mas ambos tentam esconder suas emoções enquanto ela se aproxima de Homero. Constância chega ao altar e segura as mãos de Homero, que sorri calorosamente para ela, alheio ao que está acontecendo entre os dois.

PADRE OLAVO – Estamos aqui hoje para celebrar o amor e o compromisso de Homero e Constância.

Fernando lança olhares disfarçados para Constância, e ela evita seu olhar enquanto a cerimônia continua. O padre realiza os ritos, e chega o momento das alianças. Homero e Constância trocam alianças, e o padre os declara marido e mulher.

PADRE OLAVO (SORRINDO) – Agora, podem se beijar.

Homero beija Constância e a igreja explode em aplausos e exclamações de alegria. Enquanto eles caminham pelo corredor sob uma chuva de arroz e vivas, Fernando permanece imóvel, com o olhar fixo em Constância, perturbado e confuso com a revelação repentina. Constância lança um olhar rápido e preocupado para Fernando, ciente da situação delicada que se forma.

                                                         CORTA PARA:

CENA 2. INT. JORNAL “O AMIGO DO POVO” – REDAÇÃO – DIA

A porta se abre com força, e Henrique entra com passos apressados, segurando um caderninho. Ele está animado, o olhar brilhante como se tivesse descoberto um tesouro.

HENRIQUE – Eriberto! Angislanclécia! Vocês não vão acreditar no que eu consegui!

Eriberto que está diante da máquina de escrever para de digitar, ajusta os óculos e olhara para Henrique com um ar de expectativa. Angislanclécia, vira-se, cruzando os braços, intrigada.

ANGISLANCLÉCIA (CURIOSA) – Vamos, deixe de mistério. O que você conseguiu?

HENRIQUE – Um furo! Um furo daqueles que vai mexer com as estruturas dessa cidade. É sobre nada mais, nada menos, que o homem mais poderoso desta cidade, Coronel Almeida.

Eriberto levanta-se de sua cadeira com interesse, enquanto Angislanclécia arqueia as sobrancelhas, ao mesmo tempo intrigada e cautelosa.

ERIBERTO – O que você conseguiu?

Henrique abre seu caderno e começa a ler suas anotações.

HENRIQUE – Conversei com o senhor Zeca e dona Dolores, pais de Firmino, um ex-funcionário do coronel Almeida. Eles me contaram que o filho deles foi acusado injustamente de tentativa de assassinato contra o Coronel Almeida. Mas alegam que tudo não passa de uma armação do coronel, porque Zeca pediu melhores condições de trabalho, e o coronel Almeida mandou dar uma surra nele por isso, depois expulsou a família deles de casa.

Eriberto esfrega as mãos, claramente empolgado com a oportunidade expor os abusos do coronel.

ERIBERTO – Isso é exatamente o tipo de coisa que precisamos publicar! O Almeida acha que pode fazer o que quiser, mas não pode! Vamos denunciar!

Angislanclécia, inquieta, se aproxima com cautela.

ANGISLANCLÉCIA (PREOCUPADA) – Esperem aí. Eriberto, você lembra bem da última vez que publicamos algo contra o coronel Almeida? Ele ameaçou fechar o jornal. Não podemos esquecer disso.

HENRIQUE (FIRME) – Um jornalista precisa ter coragem. A verdade dos fatos é mais importante do que o medo.

ERIBERTO – Concordo. Não vamos deixar que o coronel Almeida mande até na nossa palavra. Henrique, escreva essa reportagem. Amanhã ela será a manchete principal do jornal.

Angislanclécia suspira, ainda apreensiva, mas não contesta. Henrique sorri, determinado, e senta-se à mesa com seu caderninho, já rabiscando as primeiras linhas da matéria.

                                                         CORTA PARA:

CENA 3. INT. CASA DE HOMERO – SALA – DIA

O salão principal da casa de Homero está decorado com flores brancas e douradas, lustres reluzentes e música ao vivo de um pequeno quarteto de cordas. Os recém-casados, Homero e Constância estão no centro da pista, dançando uma valsa elegante. Os convidados assistem, aplaudindo a cada movimento gracioso. Fernando se aproxima quando a música termina, carregando um sorriso amigável, mas com um olhar discreto de curiosidade e tensão.

HOMERO (ANIMADO) – Fernando, deixe-me apresenta-lo à sua madrasta, Constância.

Constância sorri forçadamente, tentando disfarçar o desconforto. Fernando estende a mão educadamente, mas eu olhar é intenso, cheio de significado.

FERNANDO - Um prazer conhece-la, Constância.

CONSTÂNCIA (TENTANDO SER NATURAL) – O prazer é meu, Fernando.

Homero, alheio à tensão entre os dois, é chamado por um convidado do outro lado do salão. Ele sorri para ambos antes de se afastar.

HOMERO (RINDO) – Com licença, vocês se conheçam melhor enquanto eu resolvo isso.

Assim que Homero se afasta, o sorriso de Fernando desaparece. Ele encara Constância, que desvia o olhar nervosa.

FERNANDO (BAIXO, MAS FIRME) – Preciso falar com você.

CONSTÂNCIA (HESITANTE) – Não acho que aqui seja o lugar...

FERNANDO (INTERROMPE) – Suba! Agora! Eu vou logo depois.

Constância hesita, mas a intensidade no olhar de Fernando a faz ceder. Ela ajeita o vestido e disfarça, subindo as escadas com passos lentos. Fernando permanece no salão por mais alguns minutos, conversando casualmente com outros convidados antes de segui-la.

                                                         CORTA PARA:

CENA 4. CENA 3. INT. CASA DE HOMERO – SALA – DIA

A festa continua animada. Matteo está em um canto do salão ao lado de Flávio e Rodolfo. Os três estão com taças de champanhe nas mãos. Um garçom passa oferecendo mais bebidas, e Matteo aceita, com um sorriso educado. Do outro lado do salão, Coronel Almeida conversa com Dorotéia e Camila. Ele lança um olhar desconfiado na direção de Matteo e seus acompanhantes.

ALMEIDA (IRRITADO) – O que aquele Matteo está fazendo aqui? Não entendo por que o Homero o convidou.

CAMILA – Pai, Homero é banqueiro, e o Matteo é hoje um dos homens mais ricos da cidade. É natural que o principal cliente do banco esteja aqui.

DOROTÉIA – Camila está certa, Almeida. Você sabe como essas coisas funcionam, o Matteo não é mais um simples filho de imigrantes italianos, ele é hoje presidente de um dos maiores grupos empresariais do país.

O coronel resmunga, mas não responde. Enquanto isso, Camila olha para Matteo. Ele percebe e sorri de volta, discretamente gesticulando para que ela o encontre. Camila disfarça e sai em direção ao jardim.

                                                         CORTA PARA:

CENA 5. EXT. CASA DE HOMERO – JARDIM – DIA

No jardim, Matteo espera por Camila. Quando ela chega, ele sorri, estendendo a mão para ela.

MATTEO – Achei que não viesse.

CAMILA (SORRINDO) – Meu pai é um homem muito atento, poderia desconfiar. Precisei ser cuidadosa.

MATTEO – Até quando vamos nos esconder de seu pai? Quero poder andar de mãos dadas com você por aí, assumir de fato um compromisso com você.

CAMILA – Eu também quero, Matteo, mas eu pensei melhor e acho que devemos ir aos poucos. Você e o meu pai ainda possuem muitas mágoas do passado, precisam fazer as pazes para que ele possa te aceitar.

MATTEO – Eu não quero fazer as pazes com esse homem! Você já esqueceu tudo que ele fez comigo e com a minha família? Ele nos destruiu, matou a minha mãe e ficou com a nossa fazenda.

CAMILA – Você não tem certeza de que foi ele o culpado pelo incêndio que matou a sua mãe.

MATTEO (FIRME) – Mas ainda resta alguma dúvida? Quem mais se beneficiou com a morte da minha mãe foi seu pai. Não tenho a menor dúvida que foi ele o culpado.

CAMILA – Se você não pretende fazer as pazes com o meu pai, como a gente vai ficar?

MATTEO – Eu quero me casar com você e não com o seu pai! Não precisamos da benção dele para isso, só precisamos um do outro e do seu sim.

CAMILA (HESITA) – Não queria que as coisas fossem dessa forma...

MATTEO – Mas infelizmente será assim. Isso se você quiser de fato alguma coisa comigo.

CAMILA – É claro que eu quero. Me entreguei para você naquela noite. Eu te amo, Matteo.

MATTEO (SORRINDO) – Eu também te amo, Camila. Por isso precisamos enfrentar seu pai, para que a gente possa se casar e viver nosso amor.

CAMILA – Tudo bem, mas vamos esperar só mais algum tempo, por favor.

MATTEO – O tempo que você quiser meu amor, eu já esperei dez anos para ter você novamente, posso esperar mais algumas semanas ou meses.

Os dois trocam um olhar intenso, seguido de um sorriso.

                                                         CORTA PARA:

CENA 6. INT. CASA DE HOMERO – QUARTO DE CONSTÂNCIA E HOMERO - DIA

O quarto é luxuosamente decorado, as cortinas pesadas de veludo estão fechadas, e apenas um abajur ilumina o espaço. Lançando sombras nas paredes. Constância está sentada em frente ao espelho, tentando recompor a maquiagem borrada. Fernando entra, visivelmente furioso.

FERNANDO (FIRME) – Você realmente não tem vergonha, não é? Escondeu de mim que era noiva do meu pai e, ainda assim, achou que seria uma boa ideia se envolver comigo.

Constância se vira, surpresa e assustada, mas logo tenta manter a compostura. Ela se levanta, ajeitando o vestido.

CONSTÂNCIA – Fernando, me escute antes de tirar suas conclusões. Eu não sabia que você era filho do Homero. Foi uma coincidência, uma terrível coincidência.

FERNANDO – Coincidência? É assim que você chama? Me conheceu na confeitaria, escondeu seu nome, se envolveu comigo e agora estar aqui casada com meu pai? Não brinque com a minha inteligência, Constância.

CONSTÂNCIA (ERGUE A VOZ) – Eu nunca escondi meu nome para enganá-lo. Nunca! Eu escondi porque eu queria privacidade. O que aconteceu entre nós foi um erro, mas nunca houve intenção de machucar ninguém.

FERNANDO – Um erro? Você chama isso de erro? Você sabia que estava traindo o meu pai, isso por si só já te torna uma oportunista e uma mentirosa. Mas trai-lo com o próprio filho te torna sórdida!

CONSTÂNCIA (INDIGNADA) - Não fale comigo desse jeito! Eu não sou o monstro que você quer pintar. Eu não sabia! Eu juro!

FERNANDO – E acha que isso te redime? Acha que o fato de não saber que eu era filho dele faz com que sua traição seja aceitável? Você é uma...

Fernando para, respirando fundo para não dizer algo mais grave.

CONSTÂNCIA – Eu amo o seu pai, Fernando. O que aconteceu entre nós foi um momento de fraqueza, um deslize que jamais deveria ter acontecido.

FERNANDO – Amor? Que tipo de amor é esse, Constância? Que permite você trair, mentir e fingir? Você não tem moral nenhuma para falar de amor!

CONSTÂNCIA – Você não tem o direito de me julgar! Não é Deus e nem dono da verdade.

FERNANDO – Talvez eu não seja Deus, mas sou o filho do homem que você enganou. E eu vou acabar com essa farsa agora mesmo! Meu pai merece saber o tipo de mulher que ele colocou ao lado dele.

Constância avança rapidamente, segurando o braço de Fernando, desesperada.

CONSTÂNCIA (SUPLICA) – Não faça isso, Fernando! Por favor! Você vai destruir o amor que existe entre mim e o Homero.

FERNANDO (INCRÉDULO) – Amor? Da sua parte não existe amor. Você é uma meretriz, uma desclassificada, quem sabe não seja uma caçadora de dotes!

Constância solta o braço dele, os olhos cheios de lágrimas, mas sua expressão endurece.

CONSTÂNCIA – Vá em frente, conte ao seu pai. Mas lembre-se, se você me expuser, eu também irei te expor.

FERNANDO (CONFUSO) – O que está dizendo? Eu não sabia quem você era.

CONSTÂNCIA – Vou contar a todos que você sabia quem eu era e, mesmo assim, quis se envolver comigo. Ah, e mais, farei questão de que toda a cidade saiba. O escândalo será tão grande que sua carreira de juiz recém-iniciada será queimada logo na largada.

Fernando fica imóvel por um instante, processando as palavras dela. A raiva e a frustração crescem, mas ele percebe que está preso. Ele avança em direção a Constância, segurando seu rosto com força, os olhos cheios de desprezo.

FERNANDO – Você é uma vagabunda!

Ela não responde, apenas mantém o olhar fixo nele, desafiadora, mesmo com os olhos marejados. Fernando solta-a abruptamente, vira-se e sai do quarto, batendo a porta com força. Constância fica sozinha no quarto, ela leva as mãos ao rosto, tentando conter o choro, mas logo recupera a postura.

                                                         CORTA PARA:

CENA 7. INT. CASA DE MARCOS E HELENA – QUARTO – NOITE

Helena está diante de um espelho, usando uma camisola de seda branca. Ela espalha cuidadosamente hidratante pelos braços e colo. Seu rosto exibe uma expressão de expectativa misturada com insegurança. Após terminar, borrifa um perfume em seus pulsos e pescoço, olhando-se no espelho, como se buscasse coragem. Em seguida, deita-se na cama, ajeitando os lençóis ao seu redor. Marcos entra no quarto, vestindo um pijama simples, ele se deita do outro lado da cama, ajusta os travesseiros e se prepara para dormir.

HELENA (DELICADA) – Marcos...

MARCOS – Oi.

HELENA – Já faz tanto tempo que você não me procura...como mulher.

Marcos suspira, fecha os olhos por um instante e se vira parcialmente para ela, com uma expressão cansada.

MARCOS – Helena, já discutimos isso muitas vezes.

HELENA – Discutimos, mas nunca resolvemos. É como se eu não existisse para você. Você não me beija, não me toca, me sinto suja por você não ter desejo por mim.

Marcos senta-se na cama, com uma expressão séria, mas sei raiva.

MARCOS – Você sabe em que condições nos casamos. Sabe que isso não foi escolha minha.

HELENA (MACHUCADA) – Não foi escolha minha também, Marcos! Mas eu estou aqui, tentando. Tentando ser sua esposa, tentando...ser amada.

MARCOS – Não é sua culpa, Helena. Mas também não é minha!

HELENA – Eu só queria ter um casamento normal, ser desejada por você.

Marcos olha para ela, visivelmente desconfortável.

MARCOS – Eu não escolhi isso, e você sabe o porquê.

HELENA – Porque você nunca vai me amar...Por mais que eu tente, eu nunca poderei dar o que você quer.

Ele não responde, mas sua expressão confirma o que ela já sabe. Ele se deita novamente, ajusta o travesseiro e apaga o abajur do seu lado.

MARCOS - Boa noite, Helena.

Helena fica imóvel, as lágrimas agora descem silenciosamente. Ela olha para o teto, sentindo o peso da solidão. A luz do abajur ao lado dela ainda está acesa, iluminando seu rosto. Ela finalmente apaga a luz e se vira para o lado oposto, abraçando o travesseiro com força.

                                                         CORTA PARA:

CENA 8. EXT. RUAS DE ESPERANÇA – DIA

As ruas de Esperança fervilham com a movimentação da manhã. Henrique, Eriberto e Angislanclécia caminham pelas calçadas estreitas carregando pilhas de jornais. A manchete em letras garrafais chama atenção: “CORONEL ALMEIDA TRATA SEUS EMPREGADOS COMO ESCRAVOS”. Henrique ergue um exemplar, chamando a atenção das pessoas ao redor.

HENRIQUE (EM VOZ ALTA) – Jornal “O Amigo do Povo”! A verdade sobre o Coronel Almeida exposta para todos!

As pessoas começam a se aproximar, curiosas. Angislanclécia distribui os exemplares enquanto Eriberto negocia o preço para alguns interessados.

ANGISLANCLÉCIA (EM VOZ ALTA) – Comprem a nova edição do jornal “O Amigo do Povo”! E se mantenha informado sobre os últimos acontecimentos em Esperança.

Rodolfo se aproxima, pega um exemplar diretamente das mãos de Eriberto e lê a manchete, sorrindo.

RODOLFO (ENTUSIASMO) – Isso vai abalar a cidade inteira.

ERIBERTO (ORGULHOSO) – É essa a intenção. Alguém precisa expor os abusos do coronel.

ANGISLANCLÉCIA – Só espero que não venhamos a pagar um preço alto por isso.

HENRIQUE (CONVICTO) – Um jornalista precisa ter coragem! Se nos calarmos, estaremos permitindo que ele continue.

Eriberto coloca a mão no ombro de Henrique, concordando.

ERIBERTO – Ouça Rodolfo, não se esqueça da reunião de hoje à noite na redação.

RODOLFO – Estarei lá, sem dúvidas.

                                                         CORTA PARA:

CENA 9. INT. MANSÃO DE MATTEO – SALA DE JANTAR – DIA

Matteo está sentado à cabeceira de uma mesa ampla posta com xícaras de café, torradas, bolos e frutas frescas. Flávio, toma café calmamente, enquanto Rodolfo entra segurando um exemplar do jornal e coloca na mesa diante de Matteo.

RODOLFO (ANIMADO) – Você precisa ver isso, Matteo.

Matteo pega o jornal, seus olhos rapidamente analisam a manchete. Sua expressão muda para surpresa e indignação enquanto lê a matéria.

MATTEO (CHOCADO) – Isso é inaceitável...

Flávio estica a mão, pega o jornal e começa a ler. Sua expressão também se torna séria.

FLÁVIO (INDIGNADO) – Esse homem não tem limites, ele age como se ainda estivéssemos no Império.

RODOLFO – Matteo, você pode fazer algo para ajudar esse tal de Firmino e a família dele.

MATTEO – Posso e vou. Irei atuar como advogado e tirá-lo da cadeia.

RODOLFO (SORRINDO) – Isso vai mostrar a ele que ninguém está acima da lei.

Flávio sorri orgulhoso, colocando a mão no ombro de Matteo.

FLÁVIO – Fará a coisa certa, meu afilhado.

MATTEO – Está na hora de alguém começa a colocar freios no poder do coronel Almeida, e eu acho que nesse momento eu sou a pessoa mais indicada para isso. E irei começar agora mesmo!

FIM DO CAPÍTULO

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.