Capítulo
16. (Especial)
Cena
1:Casa de Jacinto; Jardim; Noite.
Chegam
à festa Maurício, Yasmin, Januária, Tamires e Morgana. Todos
juntos e começam a se espalharem pela festa, cada um vai para um
canto, mais perto da mesa da comida, que está ao centro Shalon e
Jacinto conversam.
Shalon
(insatisfeito com a situação): O que eles estão fazendo aqui? Você
disse que era uma festa íntima e até minha irmã que odeio e meu
inimigo de infância estão aqui.
Jacinto
(mentido, mas com um pouco de medo): Calma! Ele pediu para que
fizesse um jantar e convidássemos todos que estão aqui, mas você
sabe como é a Bertilda transforma tudo em um grande acontecimento.
Shalon
(irritado): Não estou gostando disso, não estou gostando!
Bertilda
vestida de forma exuberante, cabelos soltos e maquiagem leve
realçando ainda mais seus olhos azuis e seu rosto angelical, caminha
onde Shalon conversa com seu marido.
Bertilda
(empolgada): E aí rapazes! Gostaram da festa?
Jacinto:
Está tudo mil maravilhas, amor. Vem aqui! Me dê um beijo.
Jacinto
e Bertilda se beijam e Shalon faz cara de nojo e quando eles olha
Shalon, ele sorri e pensa: “dementes”.
Cena
2: Roça de Sula; Quarto de hóspede; Noite.
Priscila
que está hospedada na casa de Sula, agora se sentido bem melhor
depois do estupro começa a contá-la o que e como aconteceu.
Sula
(indignada): Mas você tem que denunciar esse homem? Homem não! Esse
monstro.
Priscila
(com dor na alma e ainda traumatizada): Preciso denunciá-lo sim! Até
porque ele pode fazer com outras pessoas. Ele é um estuprador em
série. A forma como ele se divertia com meu sofrimento, não sai da
minha cabeça.
Sula:
Fica boa! Durma e descanse mais uns dias e eu irei com você fazer um
retrato falado desse homem na delegacia.
Priscila
(feliz, nesse instante e com sede por justiça): Obrigado por tudo!
Eu vou colocar a mãos naquele desgraçado!
Cena
3: Casa de Jacinto; Piscina; Noite.
À
beira da piscina, sentados em cadeiras de plástico branca
conversando Morgana que está entre a pernas de Gustavo, Yasmin e
Francisco. Eles proseiam comentando sobre a morte misteriosa de Luzia
(enfermeira).
Gustavo
(em clima de romance): Como aquela mulher, a enfermeira, morreu de
forma brutal né?
Morgana
(também apaixonada): Sim amor! Como pode existir um ser que faz
aquilo com alguém, matar e ainda esquartejar o corpo deixando pelo
mato. Só deixando a cabeça na estrada enfiada na estaca. Quem matou
é muito psicopata.
Francisco
(assustado): Eu tenho medo! Sem sacanagem morro de medo de
psicopatas.
Yasmin
(falando triste): Eu queria tanto saber quem é meu pai e quando o
acho, ou destino me apresentar, descubro que ele também é um
psicopata.
Morgana:
E põe psicopata nisso!
Francisco:
Eu vou na padaria! Que ir comigo Morgana?
Morgana
(com cara de desanimada de andar): Quero não migo! Vai lá agente te
espera aqui.
Morgana
e Gustavo começam a se beijar, trocando carícias e Hanna observa
tudo de longe, com um olhar que vai acabar com a alegria dos dois.
Hanna:
Alegria de pobre dura pouco. Seus idiotas! A Vara de pescar albina
vai ter o que merece e vai ser hoje. (Risos).
Cena
4: Casa de Jacinto; centro do Jardim; Noite
Depois
de passada duas horas de festa, os convidados interagem no jardim,
conversam e quase todos estão reunidos Francisco já voltou da
padaria e não viu o que queria (Vitor), Gustavo está em seu quarto
com Morgana, os demais cada um com seus próximos conversando.
Cena
4: Cozinha de Bertilda; Noite.
Bertilda
vai até a cozinha conversando com sua amiga Tamires sobre casamento,
mas Fátima vai atrás de fininho sem elas perceberem.
Fátima
(sendo irônica): Betilda! E o casamento se reinventou ou continua
frígida na cama?
Bertilda
(nervosa, tira a mão da mesa e o aponta para o dedo para Fátima): O
que você sabe da minha vida, sua baranga amarga! Eu pelo menos não
preciso pagar para ter homem na cama, tenho meu marido.
Fátima
(debochada e com o olhar de desprezo): Eu não preciso de pagar para
nada, meu amor! Eu sou da Liga Sociedade Paulistana, sou uma mulher
de respeito e se falam de mim, não tem como provarem.
Bertilda
(irritada): Deixa eu recepcionar meus convidados, que eu ganho muito
mais que discutir com essa jararaca. Você vem Tamires?
Fátima
interrompe...
Fátima:
Tamires fica, quero conversar com minha filha.
Bertilda
sai da cozinha e volta para a festa no Jardim, enquanto Tamires e
Fátima se confrontam na cozinha.
Tamires
(com calma e paciência): Fala mãe!
Fátima
(sendo fria e com olhar de ódio): Odeio quando você me chama de
mãe! Aliás agora mas ainda que passou para o lado do inimigo de seu
irmão.
Tamires
(nervosa e revoltada): Irmão? Que irmão? Tentei dar amor ao Shalon,
ofereci tratamento para o transtorno antissocial dele e ele me
retribuiu como? Me internando em um hospício, belo irmão eu tenho
ou tive, já nem sei mais.
Fátima
então pega a tesoura de cozinha de Bertilda na mão, um clima de
suspense paira no ar daquele local.
Tamires
(com medo, mas corajosa): O que foi? Vai me matar?
Fátima
(com raiva e o ódio sobressaindo no olhar): Eu devia ter dado você
a adoção. NÃO! MELHOR TER JOGADO VOCÊ PARA O CÃES DA CHÁCARA
COMER.
Fatima
começar a esfregar a tesoura no rosto de Tamires que está encostada
na mesa da cozinha e com a mão indo em direção à uma faca.
Tamires
(nervosa e com a faca na mão): SE AFASTA! SAI DA MINHA FRENTE! VOCÊ
NÃO É MINHA MÃE É UM BICHO SEM ALMA, PORTANTO SUMA SUA MACUMBA!
Então
elas escutam um chamado para todas comparecerem ao jardim, pois terá
uma surpresa.
Cena
5: Motel Kiss; Portaria; Noite.
JC
e mais outra funcionária estão na portaria como o combinado que
fizera com os bandidos de assaltarem, o motel da sua mãe. Um motel
muito lucrativo por ser o único ali da região e ficar em uma BR
afastada da cidade. O movimento caixa tinha sido grande
e
o lucro em dinheiro vivo tinha somado uma quantia alta.
Bandido
1 (eufórico, chega com arma apontando para as vítimas da portaria):
PARADOS! TODOS COM A MÃO NA CABEÇA!
O
segurança que vinha em direção correndo para ver o que estava
acontecendo também estava armado.
Segurança
(imperativo): LARGA A ARMA, SE NÃO VOU ATIRAR!
Um
outro bandido chega por trás do segurança.
Bandido
2 (rindo e sendo debochado): Perdeu playboy agora já era para ti.
Entrega a arma e vai andando para frente sem olhar para trás.
O
segurança entrega a arma e caminha para frente sem olhar para trás.
Segurança
(aflito, medo, nervoso e caminhando para frente): Não faça isso eu
suplico, eu tenho família, uma criança doente para criar, uma
esposa dona de casa!
Ouve-se
um tiro, o segurança cai no chão, a recepcionista grita de medo, os
bandidos limpam o caixa, roubando todo dinheiro do motel e leva JC
como refém. Recepcionista entra em choque. O pessoal lá dentro do
motel trepando não ouve nada.
Cena
6: Casa de Jacinta; Jardim: Em frente ao telão de Karaokê.
Maurício
que está ali se oferece para fazer um discurso para a família mais
renomada de Arcos Das Medalhas e Shalon já fica desconfiado, porém
deixa ver o que vai rolar.
Maurício
(tranquilo, ao lado de Januária): Eu queria mostrar um pequeno vídeo
para vocês, tem áudio e tudo. É uma homenagem.
Januária
(sorridente, já se sentindo vingada): É um vídeo que prega os bons
costumes, vai ser ótimo para que tem seus princípios sustentados, a
tradicional família brasileira. Bertilda amiga pode dar o play!
Na
imagem do telão começa a aparecer a seguinte cena:
Fátima
(sedenta como uma vadia): Hoje você me destrói meu gostoso, afinal
e para isso que te pago e não é pouco, vamos aproveitar tudo nesse
motel!
Vitor:
Oh Cachorra quer que eu te trate como? como minha puta, que vou fazer
de escrava?
Fátima
(com cara de tesão): Me trate do jeito que quiser gostoso.
Vítor
(vai fundo): Rasga a blusa de Fátima e tira toda sua roupa.
Os
dois começam a transar de forma tórrida, Shalon começa a ficar
vermelho de raiva, Fátima esconde o rosto, e os demais começam a
rir, sendo que Gustavo está no quarto com a porta aberta acompanhado
de Morgana, trocando juras de amor e Hanna ouvido com um copinho na
ouvido.
Francisco
vê seu amor ali, com outra mulher e ainda descobre que ela havia
mentido sobre sua profissão então sai correndo da festa.
Otávio
(preocupado): FRANCISCO VOLTA! FRANCISCO!
Na
hora em que Francisco vai atravessar a rua correndo um carro quase
atropela, e grita com ele, está louco rapaz? Francisco chorando
muito.
Francisco
(triste, desolado, querendo sair dali de qualquer maneira): Desculpa!
Eu não vi o carro.
Motorista:
Entra aí! Te dou uma carona, parece que quer fugir daqui mesmo.
Francisco
então ouvi um grito era Vitor que estava no bar, onde Francisco
antes havia ido e inventado que tinha ido na padaria.
Vitor
(preocupado): FRANCISCO! ESPERA FRANCISCO.
Francisco
entra no carro desesperadamente, bate à porta e fala com motorista
para tirá-lo dali. Vitor rouba uma moto, faz uma ligação direta e
tenta seguir o carro, pois acha aquilo tudo muito estranho.
Francisco
(chorando, com o coração partido): Prazer meu nome é Francisco.
Enquanto
Lorival observa Francisco chorar ele pensa “Já tenho meu jantar de
hoje à noite”.
Obrigado pelo seu comentário!