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Fortalezas Amorosas - Capítulo 07 (Reprise)


 FORTALEZAS AMOROSAS – CAPÍTULO 07 (REPRISE)

EDIÇÃO: CAPÍTULO 09 ORIGINAL

Cena 1: /Casa da Curandeira – Cidade – Quarto – Interior – Dia
A moça que acompanha Açucena fica espantada, Açucena também fica. Firmina, a curandeira e avó de Açucena sorri emocionada.
- Açucena: VÓ? VÓ, É VOCÊ? AI MEU DEUS.
- Curandeira: SIM! SOU EU, SUA AVÓ, FIRMINA! AQUELA PESSOA QUE ANDAVA COM VOCÊ NO JARDIM E SE DIVERTIA.
- Açucena: Eu nunca tinha ouvido falar de você, meu Deus, pensei que você tivesse ido morar longe.
- Curandeira: Mas acho que você se lembra de mim além de andar com você no jardim... Lembra daquela mulher que trazia uma cesta de sanduíches e suco de uva? Fazia bonecas de pano?
- Açucena: Era você? Sério?
- Curandeira: Sim... Era eu, quando eu ainda ia na sua casa.
- Açucena: Mas então, por quê você abandonou a nós? Por quê nos deixou?
- Curandeira: Eu briguei com seu pai, minha filha. Eu sou a mãe dele, briguei com ele, tivemos uma discussão forte e por isso, fui obrigada a me afastar de você... Não só de você mas de seus irmãos também.
- Açucena: Eu não acredito nisso... Como meu pai foi capaz de fazer isso! Como?
- Curandeira: Como está ele, sua mãe, a Viviane e o Henrico? Agora que toquei no assunto...
- Açucena: Bom... Meu pai morreu, vó, naquele tiroteio que teve no hospital. Não sei se passou na TV.
- Curandeira: EURICO! MEU FILHO! SENHOR.
- Açucena: Foi nesse assalto
Firmina chora com a morte do filho.
- Açucena: Minha mãe está bem, a Viviane e o Henrico estão mais rudes do que nunca... Dinheiro é a única ambição deles.
- Curandeira: Triste ver o rumo que eles tomaram Meu Deus, meu filho morreu, que horror.
- Açucena: Mas eu me perdi deles. A barragem estourou com a força da chuva e no meio da correnteza da água, nos separamos. Estávamos tentando nos salvar
De repente, ouvem-se gritos vindo do lado de fora.
- Curandeira: Mas, o que foi agora?
- Moça: Eu vou lá ver, Dona Firmina...
A porta da casa é aberta pela moça e se vê os moradores ao redor do rio.
- Moça: Ai meu Deus, mais alguém morreu ou tá vivo...
Os moradores puxam alguém do rio e põem no chão.
- Curandeira: Eu vou lá ver quem é...
Firmina sai de sua casa e caminha até os moradores.
- Curandeira: Mas o que ouve?
Ela se aproxima e vê o corpo de Henrico.
- Curandeira: Não... Não... Não...
Ela chora inconsolável.
Açucena se escora na cama e sai pegando nas paredes até chegar do lado de fora...
- Açucena: Vó... O que foi?
- Curandeira: Nada não, nada não, minha neta.
- Açucena: Deixa eu ver...
- Curandeira: Não... Volte pra cama...
- Açucena: Eu quero ver...
Ela sai se arrastando e vê o corpo de Henrico.
- Açucena: NÃÃÃÃÃO.

Cena 2: /Abrigo Municipal – Cidade – Interior – Dia
Viviane e Ilza comem em uma mesa junto com diversas pessoas.
- Ilza: Está muito bom...
- Viviane: Eu estou com muita fome, sinto como se nunca tivesse comido. Me sinto vazia.
- Ilza: Eu também estou, parece coisa de outro mundo.
- Viviane: Eu só não consigo parar de pensar na Açucena, no Henrico, no Júlio... Neles.
- Ilza: Se desse, eu sairia em busca deles.
- Viviane: Eu também e não pararia até encontrá-los.
Elas se olham tristes e voltam à comer.

Cena 3: /Casa da Família Mattos – Interior – Dia
André bebe vinho, enquanto assiste TV.
- Wanda: Senhor, precisa de algo?
- André: Não, nada.
Wanda sai. André enche a taça e bebe de novo.
Um amigo dele chega.
- André: MARCELO!
- Marcelo: MEU AMIGO ANDRÉ!
Eles se abraçam.
- André: Quer vinho?
- Marcelo: Quero.
Ele pega uma taça e enche, eles começam a beber.

Cena 4: /Hotel da Cidade – Exterior – Dia
O carro com Helena para e ela desce, fecha a porta.
- Helena: Pode ir, daqui eu vou me encontrar com minha amiga que está hospedada e vamos pro aeroporto.
- Motorista: Ok, senhora, até mais.
O carro vai embora. Ela se vira e caminha até a entrada do Hotel.
- Helena: Cadê o Roberto...
O telefone toca e ela o pega.
- Helena: Ah, o Roberto... Alô?
- Roberto: Tô te vendo da janela... Vem, sobe.
Ela olha para cima e vê ele acenando e encarando ela.
- Helena: Sabia seu safado, você tá aqui. Tô subindo.
Helena olha pros lados e entra no hotel.
- Recepcionista: Bom dia.
- Helena: Bom dia. Quarto do senhor Roberto Dantas, ele me aguarda, por favor.
- Recepcionista: Ah, sim. Pode subir, número 26, é só tocar a campanhia.
Helena acena com a cabeça, caminha até o elevador sorrindo debochada.
- Helena: Tá chegando a hora e eu tô linda, livre, leve e solta, igual a Anitta e Pabllo Vittar.
Ela entra no elevador, encarando os números e a porta se fecha.

Cena 5: /Abrigo Municipal – Cidade – Interior – Dia
A família dona do abrigo chega no local, todos que estão comendo param.
- Ilza: Quem será que são eles?
- Viviane: Devem ser donos daqui...
- Ilza: Ih...
- Viviane: Vamos ver o que é.
A família se aproxima das mesas que ali existem.
- Homem: BOM DIA A TODOS... SOMOS A FAMÍLIA DONA DESSE ABRIGO. HOJE, TEMOS UMA OFERTA PRA VOCÊS... ANTES, ME CHAMO, OLEGÁRIO, ESSA É MINHA MULHER, CHRISTINA. ESSES SÃO MEUS FILHOS, MILENA E EDUARDO...
- Viviane: Lá vem... Essas propostas.
- Olegário: POIS BEM, NÓS VAMOS ESCOLHER UMA FAMÍLIA PRA MORAR CONOSCO.
- Ilza: Ai meu Deus, que sejamos nós, por favor.
- Olegário: VAMOS ESCOLHER AGORA...
Olegário olha por todos os lados...
- Olegário: VOCÊS DUAS, vocês.
Ele aponta pra Ilza e Viviane que ficam surpresas..
- Viviane: Mãe, eu não quero, quero encontrar meus irmãos.
- Ilza: Eu também... Mas calma.
- Olegário: Venham, vamos conosco.
- Ilza: MAS, ME PERDI DE MEUS FILHOS E ESTOU PREOCUPADA COM ELES. QUERO ACHÁ-LOS.
- Olegário: NÓS VAMOS AJUDAR VOCÊS A ENCONTRÁ-LOS, FIQUE TRANQUILA, MINHA QUERIDA.
Ilza e Viviane vão, o carro de luxo da família os aguarda do lado de fora. Viviane sorri chocada e encantada.
- Viviane, pensando: EU TÔ RICA... RICA! MEU SONHO SE REALIZANDO.

Foco em Viviane sorrindo, deixando os pensamentos da família de lado e pensando em si rica. Um fundo verde surge e encerra nela.


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