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A Promessa - Capítulo 36


A Promessa
CAPÍTULO 36

webnovela de
FELIPE LIMA BORGES

escrita por
FELIPE LIMA BORGES

livre adaptação do livro de Rute

No capítulo anterior: Aylla está procurando por Rute quando a descobre com Malom no pátio, e resolve observá-los escondida. Malom compara a beleza de Rute a uma estrela e ela fica confusa. Diz que nunca falaram isso para ela ou pensou a respeito. Noemi fica encantada com o jantar que Elimeleque lhe preparou, e diz que aquilo, depois de tudo pelo que passaram, é muito importante para ela. Malom elogia a busca de Rute por Deus, e ela diz que faz isso unicamente pelo conhecimento, ao que Malom responde dizendo que nunca viu uma busca por conhecimento brilhar tanto nos olhos. Orfa pergunta a Quiliom se ele acha que foi uma boa decisão sua família ir para Moabe, e ele diz que ali tem pouso, comida, um mínimo de conforto e, além de tudo, está com ela. Rute diz que os deuses são bons com ela, e cita a vitória dos moabitas sobre os amorreus após o sacrifício. Malom então supõe que foi Deus quem a livrou, pois pode ter planos para ela. Rute fica surpresa com a possibilidade de o Deus único ter planos para ela. Orfa pergunta para Malom onde eles estão parados na cidade e depois se Deus pode ouvi-los ali em Moabe, ao que Quiliom explica que não importa o lugar, basta o coração puro e sincero se inclinar a Ele. Orfa diz que é tudo repentino e diferente e revela que está com medo. Elimeleque mostra para Noemi sua flauta antiga que reencontrou e finalmente toca uma música para ela. Rute diz que não consegue pensar e que precisa de um tempo; pede que Malom vá embora. Malom e Quiliom, confusos, vão embora do templo. Rute fica ali, um tanto transtornada.

FADE IN:

CENA 1: EXT. MOABE – MURALHA – NOITE

Elimeleque finaliza uma música com sua flauta. Sorrindo, Noemi bate palmas.
NOEMI
Incrível! Um grande músico o meu amor.
ELIMELEQUE
Minha inspiração é você.
NOEMI
Oh...
Noemi se inclina e eles trocam um beijo.
NOEMI
E pensar que esperei 25 anos por isso...
ELIMELEQUE
Antes tarde do que nunca...
NOEMI
Elimeleque, você devia ter comprado uma outra flauta antes... Eu nem sabia que você tocava tão bem...
ELIMELEQUE
Pra te falar a verdade nem eu lembrava que ainda conseguia tirar alguma coisa de uma flauta...
NOEMI
Agora quero música todos os dias.
ELIMELEQUE
E terá. Então, vamos?
NOEMI
E a mesa?...
ELIMELEQUE
Ah, não se preocupe, eles cuidarão de tudo. Estão sendo bem pagos.
NOEMI
Se é assim...
Os dois se levantam, se olham, se beijam mais uma vez... e vão embora abraçados e sorridentes.

CENA 2: INT. CASA DE LEILA – SALA – NOITE

Leila está concertando uma de suas peças de barro quando ouve vozes se aproximando pela loja. É Noemi e Elimeleque vindo enquanto falam e riem baixo. Abraçados, eles param ao chegarem ali e encontrarem Leila.
NOEMI
Leila?
LEILA
Noemi, Elimeleque... E o jantar, foi bom?
NOEMI
Maravilhoso!
ELIMELEQUE
Mais uma vez, muito obrigado, Leila!
NOEMI
É, Leila... Me fez andar o dia todo só pra me tirar do caminho de Elimeleque, ahn?!
LEILA
(rindo) Mas é claro, Noemi. Eu sabia que valeria a pena.
ELIMELEQUE
E valeu.
NOEMI
Bom, mas agora eu preciso descansar minhas pernas, preciso dormir... (olha rápido para Elimeleque) Estou exausta.
ELIMELEQUE
Precisamos.
LEILA
Certo...
NOEMI
Então... Shalom, Leila.
ELIMELEQUE
Shalom.
LEILA
Shalom... Tenham uma boa noite.
Eles sorriem e saem abraçados.
LEILA
(para si, olhando a peça de barro) Rum, dormir... Sei...
Leila ri.

CENA 3: INT. CASA DE LEILA – QUARTO – NOITE

Na entrada do quarto, Elimeleque olha para Noemi e a pega no colo. Ela ri e ele faz sinal para ela rir baixo. Então acaricia o rosto dela enquanto se aproxima da cama.
ELIMELEQUE
Como eu te amo, Noemi!...
NOEMI
Muito?...
ELIMELEQUE
Mais que minha própria vida!
Apaixonada, Noemi sorri e ele a beija com intensidade. Ao mesmo tempo acaricia seu cabelo e sobe na cama. Então seus lábios desgrudam quando ele a coloca deitada e fica por cima dela.
NOEMI
Eu também te amo! Muito!
Ela o puxa para si e eles se beijam ardentemente...

CENA 4: EXT. TEMPLO – PÁTIO – NOITE

Ainda escondida, Aylla observa Rute por trás.
De seu banco, mesmo confusa, Orfa percebe o estado de Rute do outro lado e corre até lá.
ORFA
Rute!...
Orfa senta ao lado da amiga.
ORFA
Rute...
RUTE
(tentando se recompor) É tudo tão diferente, Orfa... Tão... Não sei...
ORFA
Eu sei, minha amiga, eu entendo... Penso a mesma coisa...
RUTE
Então conversaram sobre isso?
ORFA
Sobre o Deus dos hebreus? Sim...
De repente, um barulho ali atrás... Rute vira e vê a moita ainda se mexendo.
RUTE
Tem alguém ali.
Imediatamente Rute se levanta, dá a volta no canteiro e chega do outro lado da moita: Aylla, acuada, a olha com semblante de culpa.
AYLLA
Eu não escutei nada, senhora Rute. (pequena pausa) Só um pouquinho...
RUTE
(se aproximando) Aylla? O que está fazendo aqui?
Um tanto assustado e envergonhada, Aylla não diz nada.
RUTE
Aylla, fale a verdade, você ouviu tudo o que eu e aquele rapaz conversamos?
Aylla continua apenas a encarar Rute.
RUTE
Aylla...
AYLLA
Sim...
Rute respira fundo olhando para o céu. Limpa um olho e vira de volta para a menina.
RUTE
Venha comigo.
Rute sai. Orfa não entende, apenas as observa. Aylla, receosa, se levanta do chão e vai atrás de Rute timidamente.
ABERTURA

CENA 5: INT. CASA DE LEILA – LOJA – NOITE

Malom e Quiliom vem da rua e entram na loja.
QUILIOM
Está vendo por que nunca me casei em Belém?! Elas são loucas, Malom! Totalmente instáveis! De um momento para o outro se dão a choros, a lamentos, te mandam embora de perto delas... É terrível!
MALOM
Rute também estava estranha, mas eu acho que, nesse caso, as entendo, meu irmão. Durante a vida toda elas conheceram apenas isso aí, adoração e servidão aos deuses. A cultura do nosso povo e o requerer de Deus são muito diferentes do que elas estão acostumadas.

CENA 6: INT. CASA DE LEILA – SALA – NOITE

Malom e Quiliom chegam ali na sala.
MALOM, QUILIOM
Shalom, Leila.
LEILA
Meninos... Shalom.
MALOM
E nossos pais, já chegaram?
LEILA
Ah, sim, já estão aí. Foram dormir...
MALOM
Certo.
QUILIOM
Nós também já vamos. Bom, eu, pelo menos.
MALOM
Eu vou aproveitar a viagem.
LEILA
Tenham uma boa noite, rapazes.
QUILIOM
O mesmo pra você.
MALOM, QUILIOM
Shalom.
Os dois saem.

CENA 7: INT. TEMPLO – CORREDOR – NOITE

Caminhando com discrição, Rute, Aylla e Orfa vem pelo corredor.
Rute confere um outro que cruza aquele e então vai, seguida das outras duas. Finalmente chegam à porta de seu quarto. Rapidamente Rute abre, entra e, após as duas passarem, ela fecha a porta e tranca.

CENA 8: INT. TEMPLO – QUARTO DAS SACERDOTISAS – NOITE

As três adentram o quarto.
AYLLA
Senhora Rute, me desculpe--
RUTE
(interrompendo) Espere, Aylla.
Rute vai até sua cama e se senta. Orfa vai para a frente de seu espelho tirar os apetrechos enquanto observa Rute de canto de olho. Aylla aguarda em pé.
AYLLA
A senhora vai me castigar?
Rute, ainda afetada por tudo, fica pensativa. Respira fundo, olha para os lados, esfrega o rosto com as mãos...
RUTE
Aylla, eu ia falar algumas coisas pra você acerca do seu comportamento... Acerca do comportamento de uma menina que quer ter a-- ter a... a honra de ser sacrificada aos deuses, mas... Eu já nem lembro o que eu ia falar.
Rute amolece e deixa seu corpo cair para trás, deitando na cama. Aylla então olha para o outro espelho, o de Rute, vai até lá, se senta de frente para ele e se observa parada.
Momentos depois, Rute, ainda deitada, olha para lá e nota Aylla se encarando. Ela senta e a observa por alguns segundos.
Então Rute põe-se de pé, vai até Aylla, ficando atrás dela, e observa a garota pelo espelho. Logo, Rute começa a acariciar o cabelo da menina.
Acaricia por alguns bons segundos... Orfa, claramente não aprovando, apenas as observa discretamente.
Rute então solta o cabelo e ajoelha ao lado do banco, encostando a lateral de seu rosto na lateral do rosto de Aylla, e observa a imagem das duas no espelho.
RUTE
(pensativa) “Bonita”...
Aylla não entende, mas continua olhando para o reflexo de ambas.
RUTE
Você é tão criança... Poderia um dia ser tão bonita...
AYLLA
Por que diz isso, senhora Rute?
Rute não responde de imediato... Se limita a observar o espelho.
Finalmente quebra o silêncio.
RUTE
Eu estou muito feliz por você, Aylla.
Rute então abraça a garota e fecha seus olhos. Deles, logo escorrem lágrimas. Sendo abraçada, Aylla encara o nada, confusa.
AYLLA
Não entendo...
Rute solta Aylla e a olha diretamente no olho.
RUTE
Aylla... Por que você ouviu toda a conversa minha com o rapaz?
AYLLA
Bom, eu estava te procurando, senhora Rute. Então te encontrei no pátio conversando com o rapaz... Resolvi esperar ele ir embora para poder falar com a senhora. Por isso ouvi tudo... Sobre o Deus único que não requer morte de crianças...
Com a última frase, Rute fica claramente tocada... Passa o dedão na bochecha de Aylla.
AYLLA
Como que faz para conhecê-Lo, senhora? O Deus único... Nunca me ensinaram sobre Ele. Nunca ouvi ou li nada em lugar nenhum...
RUTE
Eu... Bom...
Encarando Aylla de perto, Rute balbucia, mexe a cabeça, mas não diz nada.
RUTE
Hora de você ir dormir, Aylla.
Rute se levanta e se afasta um pouco.
AYLLA
Já?...
RUTE
Vá para o seu quarto.
AYLLA
Está bem... Boa noite, senhora Rute.
RUTE
Boa noite.
Aylla vai até Orfa.
AYLLA
Boa noite, senhora Orfa.
ORFA
Boa noite.
Aylla atravessa o quarto na direção da porta.
RUTE
Certifique-se de que ninguém está te vendo sair daqui.
Aylla faz que sim, abre a porta, olha os dois lados do corredor e sai rapidamente.
Rute senta na cadeira de frente para o espelho e se encara melancolicamente.
Percebendo que Orfa está lhe observando, Rute olha para a amiga e recebe o olhar de desaprovação.
RUTE
O que foi?! Qual é o problema de dizer a uma criança que ela é tão bonita?
Orfa então vira para o próprio espelho.
ORFA
Hoje não vou te dizer nada sobre isso. Você sabe qual é a minha opinião. Também estou abalada com os conhecimentos novos... Nunca, jamais pensei que ficaria assim.
Rute parece se identificar. Então olha mais uma vez para o seu reflexo e se levanta. Vai até perto de Orfa.
RUTE
Somos amigas... Estamos passando pela mesma situação. Precisamos falar sobre isso.
Orfa faz que sim...

CENA 9: INT. CASA DE LEILA – SALA – DIA

Noemi, Elimeleque, Leila, Malom e Quiliom estão desjejuando à mesa.
ELIMELEQUE
Ficaram de tal jeito que mandaram vocês embora?
MALOM
Foi...
NOEMI
É natural que elas fiquem assim, afinal são servas de outros deuses. Isso não faz bem para elas.
MALOM
Mas eu tenho certeza que na Rute eu enxerguei um brilho diferente... É uma coisa inexplicável...
QUILIOM
Acho que posso dizer o mesmo de Orfa. Eu vejo nela um potencial para se converter.
NOEMI
Meus filhos, apenas não se iludam, pra depois não caírem em decepção... Essas mulheres são sacerdotisas do reino, servas do rei, e não mulheres qualquer, moradoras da cidade... Acham mesmo que elas largariam tudo, toda a vida delas para ficarem com vocês? Porque estou deduzindo que vocês não largarão suas vidas para irem ao templo pagão. Esses relacionamentos de vocês são impossíveis.
Por seus olhares, Leila parece acreditar na esperança dos rapazes.
LEILA
Bom, se as sacerdotisas ficaram assim ao saber do Deus de vocês, eu também quero! Quero saber mais e mais e mais sobre Ele!
NOEMI
Oh, Leila, quanto a isso, não se preocupe. Terei o maior prazer em contar tudo.
Leila sorri empolgada. Elimeleque observa os filhos, meio acuados.

CENA 10: EXT. BELÉM – RUA – DIA

O Ancião e Tani conversam com dois homens e uma mulher.
HOMEM 1
Eram muitos... Mais de 10... Ficamos bastante assustados quando os vimos...
MULHER
Nos escondemos atrás das árvores e os observamos...
HOMEM 2
Eles estavam atravessando o campo, de um lado para o outro... Mas nenhuma das direções era Belém.
ANCIÃO
Na certa estavam em mais um de seus ataques sórdidos.
HOMEM 1
Provavelmente, senhor.
ANCIÃO
E não conseguiram ver mais nada? Não há mais nenhum detalhe que perceberam?
HOMEM 2
Não, senhor.
MULHER
Mal vimos seus rostos... Não estavam pertos o suficiente. Mas precisávamos nos ocultar. Se nos vissem ali, provavelmente não estaríamos aqui agora.
ANCIÃO
Tudo bem. Eu agradeço. Shalom.
HOMEM 1, HOMEM 2, MULHER
Shalom.
Os três saem e o Ancião e Tani tomam outro rumo.
TANI
E a Caravana da Morte continua...
ANCIÃO
Não vejo a hora de os soldados chegarem...
TANI
Precisamos mesmo de segurança nessa cidade. Já não basta o esforço descomunal que estamos fazendo pra que ninguém morra de fome...
O Ancião faz que sim e eles continuam a caminhar.

CENA 11: EXT. BELÉM – PRAÇA – DIA

Neb está ali contando as moedas em sua mão quando alguém pega seu ombro. Assustado, ele vira para trás e vê Boaz acompanhado de Josias.
BOAZ
Shalom, primo.
NEB
Boaz? Shalom...
BOAZ
Lindo dia, não é?
NEB
Sim, sim... Lindo... Não fosse a fome...
BOAZ
Não fosse a fome, sim... Neb, e então? Será que podemos ir ver as tais moças?
Neb então guarda as moedas em seu bolso.
NEB
Olha, Boaz, eu não sei se é uma boa hora pra isso... Olha a situação do povo.
JOSIAS
Ajudar as moças pode ser uma boa... Já faz as duas coisas.
NEB
As moças não terão cabeça pra isso. Nem ânimo algum. É melhor eu ir. Shalom.
Neb sai e deixa Boaz e Josias ali, observando-o se afastar.
JOSIAS
Talvez ele tenha razão...
BOAZ
Como eu farei isso, Josias, sem parecer um insensível?...

CENA 12: INT. TEMPLO – SANTUÁRIO – DIA

Rute e Orfa estão prostradas ao chão diante de uma estátua de Baal. Enquanto Orfa repete os versos de uma oração, Rute abre os olhos, desconcentrada. Então Orfa se levanta, e Rute fecha os olhos rapidamente e também se levanta. Com as palmas das mãos viradas para a estátua, elas falam.
ORFA
Salve, Baal!
RUTE
Salve, Baal!
ORFA, RUTE
O príncipe dos príncipes!
Terminado o ritual, elas abaixam as mãos. É quando o Sumo Sacerdote Faruk chega ali. Elas viram pra trás e o percebem. Rute engole em seco, desconfortável.
FARUK
Sacerdotisas...
RUTE
Como vai, Sumo Sacerdote?
ORFA
Acabamos de terminar nossa oração matinal.
FARUK
Que ótimo. Eu sabia que as encontraria aqui.
ORFA
O senhor tem algo a nos dizer?
FARUK
A lhes pedir.
Ele se aproxima delas.
RUTE
Diga, senhor, e o atenderemos.
FARUK
O sacrifício da menina está próximo, e vide os resultados alcançados, será mesmo Aylla.
Rute sente o baque, mas se esforça para não demonstrar reação alguma. Discretamente, Orfa olha para ela, que permanece fitando os olhos de Faruk.
FARUK
Eu quero ela pronta para ser sacrificada ao final das comemorações do aniversário do rei.
Rute franze o cenho.
RUTE
Senhor, perdão, mas isso nunca aconteceu antes. O rei solicitar um sacrifício em seu aniversário.
FARUK
Você tem razão, Rute, mas estamos falando do rei. E quando se trata disso, não se questiona e nem se discute.
Rute aperta os lábios.
RUTE
Mas... qual é o motivo do sacrifício?! O que o rei quer--
FARUK
(interrompendo, ríspido) Algum problema com isso, Rute?!
Rute o encara um tanto nervosa.
RUTE
Não, senhor.
FARUK
Ótimo! Preparem Aylla. Vamos sacrificá-la ainda nessa semana, a qualquer momento. Tenham um bom dia.
Pisando duro, Faruk vai embora do santuário. Assim que ele sai, Orfa vira para Rute, nervosa e trêmula.
ORFA
Rute! Você enlouqueceu?! Quer que o Sumo Sacerdote desconfie?!
RUTE
Isso é coisa dele, Orfa! É coisa de Faruk, não do rei!
ORFA
O que você está dizendo?!...
RUTE
Na certa ele está tramando sem o conhecimento do rei! Quer o sacrifício para ele, faz isso por ganância! Você sabe o que eu presenciei. Sequestra crianças, realiza sacrifícios às escondidas e agora quer matar Aylla para seu benefício!
Orfa sente a gravidade da situação.
RUTE
Eu preciso fazer alguma coisa, Orfa! Não posso deixar que Aylla seja sacrificada!
Rute desesperada...

CENA 13: EXT. MOABE – RUA – DIA
O dia avança.
Entre os moradores circulando a trabalho ou comemorando o aniversário real, duas figuras em vestes comuns e com suas cabeças ocultas por um capuz vem correndo lá de cima: Rute e Orfa, disfarçadas.
Orfa para e Rute faz o mesmo.
RUTE
Achou?!
ORFA
Ali, acho que é aquela.
Orfa aponta a loja de Leila.

CENA 14: INT. CASA DE LEILA – LOJA – DIA

Leila, Noemi, Elimeleque, Malom e Quiliom conversam normalmente ali na loja quando as duas mulheres vêm da rua e entram repentinamente. Todos olham para elas com estranheza, e ambas descobrem a cabeça e revelam seus rostos. E os encaram... Malom e Quiliom se levantam surpresos.
MALOM
Rute?!
QUILIOM
Orfa?!
Rute então se atira ao pescoço de Malom em um abraço apertado. Leila está impressionada e Noemi e Elimeleque, confusos. Orfa então se aproxima de Quiliom, e ele, curioso, pega as mãos dela.
No abraço desesperado de Rute em Malom, IMAGEM CONGELA
CONTINUA...
FADE OUT:


No próximo capítulo: Rute pede ajuda à família de Malom e Maya e Iago são surpreendidos no campo.

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