Débora
CAPÍTULO 14
uma novela de
FELIPE LIMA BORGES
escrita por
FELIPE LIMA BORGES
baseada nos capítulos 3 a 5 do livro
de Juízes
FADE
IN:
CENA 1:
INT. CASA DE NAJARA – SALA – DIA
Quieto e discreto, Sísera observa
sua mãe, que segura um punhal, parada atrás dos dois soldados, que olham para o
embrulho aos seus pés.
NAJARA
(aos
soldados) Então quer dizer que são nossos aliados...
SOLDADO 1
(sorrindo,
sem olhar para trás) Sim, minha senhora.
SOLDADO 2
Com toda
certeza.
De repente Najara finca o punhal no
soldado 1, que agoniza. O outro estranha e olha. Sísera se mexe e se aproxima.
Quando o segundo vai reagir, Sísera o agarra e o segura firmemente. O primeiro
soldado cai no chão e Najara finca o punhal na costa do outro; logo o homem
amolece nos braços de Sísera e cai pesadamente.
Najara e Sísera, esse um pouco
ofegante, observam os recém mortos.
SÍSERA
Por quê?...
NAJARA
O dinheiro
pôde compra-los... Mas poderia compra-los novamente.
Sísera olha para a mãe.
NAJARA
Não podemos
deixar a informação de nosso plano com mais ninguém, Sísera!
Sísera olha novamente para os
corpos.
NAJARA
E agora
você poderá reforçar o seu relato e ilustrar para Jabim a dimensão da ameaça
que os amonitas representam ao nosso reino.
SÍSERA
Certo...
NAJARA
Pegue duas
cobertas e enrole os dois.
Sísera faz que sim e vai atrás de
duas cobertas; logo eles enrolam os dois mortos no tecido.
SÍSERA
Como é que
vou levar isso por aí e ainda entrar no palácio sem gerar desconfianças?
NAJARA
Hum...
Vamos colocar ainda mais tecidos e, se alguém questionar, é assunto de interesse
único e exclusivamente do rei. Afinal, você é Capitão temporário, Sísera.
De repente um barulho: a porta. Ela
começa a se abrir, mas, por reflexo, Sísera salta e a empurra com seu corpo,
fazendo-a fechar violentamente.
JEBOÃO
(O.S.)
O que é
isso?! Ei! Najara! Sou eu! Abra a porta!
NAJARA
(assustada,
baixinho) Maldito!
SÍSERA
(ainda
segurando a porta com o corpo, baixinho) O que fazemos?!
Jeboão bate na porta seguidas
vezes.
JEBOÃO
(O.S.)
Que está
acontecendo, Najara?! Abra essa porta, mulher! Ficou louca?! Eu preciso entrar,
abra logo!
Najara pensa rapidamente... e fica
um pouco mais perto da porta.
NAJARA
Eu estou
limpando a casa, Jeboão! Não quero saber de sujeira, vá embora e volte mais
tarde! Você vai me estorvar!
JEBOÃO
(O.S.)
E desde quando
eu tenho que sair de casa pra você limpar? Abra logo, Najara!
Najara então afasta o filho e abre
apenas o suficiente para colocar o rosto. Sísera fica escondido atrás,
garantindo que o pai não force a porta.
NAJARA
Já falei
que não quero estorvo, Jeboão! Vá embora! E venha só mais tarde! Suma!
JEBOÃO
Vive me
estorvando para sair, e agora que quero entrar, quer ficar nervosa. Rum, vou é
sair mesmo!
Jeboão então vira e volta para a
rua. Aliviada, Najara fecha a porta.
SÍSERA
Tranque.
Ela tranca e eles se aproximam dos
embrulhos.
SÍSERA
Pensei que
o pai descobriria...
NAJARA
Esquece seu
pai. Vamos cuidar disso aqui. Rápido.
CENA 2:
INT. CASA DE TAMAR – QUARTO DE DÉBORA – DIA
Curiosa, Sama olha para a semente
de tamareira nas mãos de Débora.
SAMA
Uma semente
de tamareira... Você fez um colar com ela?
DÉBORA
É... Foi,
eu tentei... Mas nem queira ver, não ficou bom.
Débora rapidamente abre o baú e
joga lá dentro; fecha-o.
DÉBORA
Quando
ficar, eu te mostro.
SAMA
Que pena...
Gosto de adornos feitos de coisas mais simples.
Débora sorri enquanto seca o suor
da testa.
DÉBORA
Sente-se...
Sama e Débora sentam na cama.
SAMA
Bom... Na
verdade eu vim falar com você sobre uma coisa... uma coisa que está me
entristecendo há um bom tempo. Você é a melhor pessoa que conheço para ouvir, mas
hoje acho que não está bem pra isso, então é melhor eu dizer em outra hora.
DÉBORA
Não, não,
prima. Por favor, diga... (genuína) Eu te ouço.
SAMA
Tem
certeza?
DÉBORA
(sorrindo) Claro.
Pode dizer.
Sama sorri suavemente. Então
respira fundo.
SAMA
Pois bem...
Você já deve desconfiar, se trata do meu namoro com o Jaziel. O problema não é
ele, eu o amo, amo muito! Mas... sua família... seus pais... Eu percebo que
eles não gostam de mim, sabe? E vou te dizer que isso, pra mim, a aprovação da
família, é essencial. A aprovação de todos, na verdade. Se assim fosse, eu
teria certeza absoluta de que teria um casamento feliz para o resto da vida.
Mas da forma que as coisas estão...
Débora presta atenção.
SAMA
Débora, eu
não suporto a ideia de não ser bem-vinda na família do meu noivo, do meu
marido!
DÉBORA
Mas... eles
já te falaram algo, já explicaram? Foram diretos?
SAMA
Nunca
diretos, são apenas insinuações, e também os gestos, os semblantes... A gente
sabe, Débora, a gente percebe.
Débora faz que sim.
DÉBORA
Eu não
sabia disso... Nunca pensei que o senhor Beltão e a senhora Gaja poderiam ser
assim.
SAMA
O Jaziel...
Ele já te falou algo a respeito?
DÉBORA
Não. Tudo o
que Jaziel me diz é o quanto ama você, o quão especial é para ele... e o quanto
deseja se casar com você e ser oficialmente meu primo.
Um sorriso substitui a angústia no
semblante de Sama.
SAMA
É o que eu
mais quero na vida... Mas não sei se vou conseguir assim, dessa forma...
DÉBORA
Prima, tudo
o que eu posso fazer é te recomendar a orar. Peça ao Senhor com todo o seu
coração, que eu vou fazer o mesmo. Vou apresentar essa causa em todas as minhas
orações, é um comprometimento que faço agora com você.
SAMA
Muito
obrigada, minha prima. Agradeço muito pela consideração! Vou orar sim, pode
deixar.
Elas
sorriem e se abraçam.
CENA 3:
EXT. CASA DE NIRA – FRENTE – DIA
Na frente de casa, Nira e Debir
conversam entrando. Ao vê-los, Jeboão, que se aproxima pela rua, assume um
semblante de raiva e se aproxima mais rapidamente.
JEBOÃO
Posso saber
o que significa isso aqui?!
Nira e Debir se assustam ao ver
Jeboão, que para encarando Debir.
NIRA
Jeboão!
Eu... Eu só...
DEBIR
Isso o quê,
homem? Só vim pedir um pouco de trigo à minha vizinha... Eu já o vi, você deve
se lembrar de mim... Moro aqui em cima--
JEBOÃO
(interrompendo) Trigo,
ahn?! Mas estava entrando!
NIRA
Para pegar
o trigo, Jeboão.
JEBOÃO
Mas é um
folgado mesmo! Vem pedir trigo sem nem trazer um pote!
DEBIR
(tentando controlar
a raiva) Eu não tenho esse problema com os meu vizinhos.
JEBOÃO
Rum!...
Fora daqui, vamos! Vá, vá! Peça trigo aos outros vizinhos! Vamos!
DEBIR
Homenzinho
mal-humorado!
Debir vira e sai. Nira olha para
Jeboão fingindo felicidade.
NIRA
Jeboão, meu
homem! Que boa surpresa! Por que voltou tão rápido?...
JEBOÃO
A Najara...
Aquela mulher está insuportável. Não deixou eu entrar porque estava limpando a
casa.
NIRA
Hum...
JEBOÃO
Pelo menos
eu tenho uma desculpa para ficar mais um pouquinho com a minha deusa! Vamos,
vamos entrar.
Jeboão
entra puxando Nira, que disfarça seu desânimo; fecham a porta.
CENA 4:
INT. CASA DE NIRA – DIA
JEBOÃO
Venha,
minha deusa perfeita!
Jeboão senta na cama.
JEBOÃO
Deite no
meu colinho, deite... Hum? Venha...
Nira
sorri. Então se senta, vira, deita e coloca a cabeça no colo de Jeboão.
Sorrindo empolgado, ele acaricia o cabelo dela que, sem ele ver, faz semblante
de nojo.
CENA 5:
INT. PALÁCIO – SALA DO TRONO – DIA
Sísera se aproxima do trono de
Jabim e faz uma reverência.
SÍSERA
Meu
soberano. Já tenho o primeiro relatório das buscas.
JABIM
Ótimo,
Sísera! Vamos, fale!
SÍSERA
Antes, meu
senhor, peço a sua licença para trazer cadáveres à sua presença.
Jabim franze a testa.
JABIM
Como é?
SÍSERA
Somente
assim poderei explicar a situação por completo e expor a gravidade de tudo.
Jabim estranha... mas faz que sim.
Sísera então faz sinal a um servo de sobreaviso, e logo outros servos trazem os
cinco embrulhos e os desenrolam. Ao ver, entre os mortos, o Capitão e o
Primeiro Oficial, Jabim se levanta de seu trono e olha impressionado.
JABIM
Você os
encontrou...
Sísera faz que sim.
JABIM
Estão
mortos... (lamentando) Pelos deuses...
SÍSERA
Não demorou
muito e encontrei, para lá da fronteira, os dois em posse de um soldado amonita
que os levava amarrados. Então eu e esses dois soldados entramos em confronto
com o homem a fim de libertamos nosso Capitão e Primeiro Oficial. Infelizmente
os dois foram feridos gravemente e não resistiram.
JABIM
Esse amonita...
matou nossos dois soldados?
SÍSERA
Sim. Para o
senhor ver o quão perigosos eles são... Por pouco eu também não fui atingido,
mas consegui escapar, pegar um arco e acertar nele um flechada no peito. Apesar
de meu ato bem-sucedido, já era tarde demais. Pouco antes de eu atingi-lo, o amonita
assassinou covardemente nosso Capitão e nosso Primeiro Oficial, provavelmente
com a ideia de que se ele não pudesse ficar com os prisioneiros, nós também não
os recuperaríamos.
JABIM
Mesmo tendo
mostrado vantagem ao derrotar dois soldados... o amonita sacrificou seus
prisioneiros?
SÍSERA
Confesso
que também não entendi a lógica desse bárbaro... Minha teoria pode muito bem
estar errada. Eles são estranhos, esquisitos, selvagens... Absolutamente
imprevisíveis.
Os servos ali ao redor ficam um
tanto chocados com a história e com a violência dos cinco corpos.
Jabim, também um tanto afetado,
olha para Sísera.
JABIM
O único
sobrevivente...
Sísera faz que sim.
SÍSERA
Devo isso
aos deuses.
Jabim continua a encará-lo...
JABIM
Meus
parabéns pela missão.
Sísera sorri minimamente, mas
aliviado.
JABIM
Por
encontra-los e solucionar o caso.
SÍSERA
(fazendo
uma reverência) Foi uma honra servir ao reino, meu senhor.
Jabim senta em seu trono.
JABIM
(pensativo) Então os amonitas
estavam mesmo envolvidos no desaparecimento de nossos homens. (pequena
pausa) Servos, tirem os corpos daqui. Os dois soldados devem ser levados às
suas famílias. O Capitão e o Primeiro Oficial devem receber as honrarias que
lhes cabem; também comuniquem as famílias. Quanto à carcaça desse amonita
maldito, joguem-na às feras do campo. Que seja destruído até os ossos!
Os servos começam a enrolar os
corpos para leva-los. Sísera permanece em posição.
JABIM
(raivoso) Assim que
sepultarmos a todos, declararei guerra contra Amom.
Enquanto
Jabim encara o nada com os músculos de seu rosto trêmulos de ódio, Sísera o
observa com o semblante ao mesmo tempo aliviado, satisfeito e realizado.
CENA 6:
EXT. HASORETE – RUAS – DIA
Os
dias se passam e os corpos do Capitão e do Primeiro Oficial são levados em uma
procissão. O povo lota os dois lados das ruas em que as carruagens passam.
Sísera participa caminhando...
CENA 7:
EXT. BETEL – RUAS – DIA
Conforme
os dias vão se passando, a tristeza no semblante de Débora é cada vez mais
perceptível...
CENA 8: INT.
BETEL – TEMPLO – PÁTIO – DIA
Débora e Aliã caminham ao lado do
riacho artificial que corta o templo e desagua no lago exatamente no centro do
complexo templário. Sob o sol de céu claro, o reflexo da barba prateada do
ancião se confunde com o das águas cristalinas.
ALIÃ
Ultimamente
você tem vindo pouco para falarmos sobre as coisas de Deus, Débora.
DÉBORA
Sinceramente,
senhor, estou a cada dia mais desanimada. Sem força para quase nada.
ALIÃ
Minha
filha, isso não faz bem para você. Está buscando uma guia de Deus?
DÉBORA
Todos os
dias... Antes de dormir, quando acordo, ao longo do dia... Tenho tanto medo de
ser infeliz pelo resto da vida... (respira fundo) Mas eu tenho que ir agora...
ALIÃ
Mas já?
Demora a vir, e quando vem fica tão pouco... Nem falamos sobre Balaão e a
jumenta...
DÉBORA
Por favor,
senhor, me perdoe, mas preciso espairecer um pouco. E só consigo fazer isso
plenamente quando vou à minha palmeira.
ALIÃ
(sorrindo) Sua
palmeira?
DÉBORA
Tenho uma
forte ligação afetiva com aquela árvore... Entre outras coisas, foi onde eu
nasci.
Aliã
faz que sim.
CENA 9:
EXT. HAROSETE – RUA PRINCIPAL – DIA
A população de Harosete se espreme
por toda a rua principal e arredores. Cada olhar ali busca o melhor ângulo de
uma carruagem logo à frente, cercada por soldados liderados por Sísera. Najara
e Jeboão estão próximos à carruagem. Quando a esposa está olhando com
cumplicidade para o filho, Jeboão olha para trás, onde está Nira e, um pouco
afastada dela, Debir. Nira retribui sorrindo minimamente e Jeboão olha para
frente antes que Najara o perceba.
Então um homem sobe na carruagem.
ARAUTO
Povo de
Harosete!!!
Os murmúrios cessam.
ARAUTO
Recebam
agora, com reverência e grande honra, o magnífico, incomparável e invencível
Jabim, rei dos reis e senhor de todos os senhores do reino de Hazor!
O rei Jabim então aparece quando
sobe a carruagem. Homens, mulheres, crianças... Todos ali fazem uma grande
reverência. Jabim estende os braços, como que os abençoando.
Por fim eles ficam eretos e
admirados por contemplarem seu rei.
JABIM
Povo de
Hazor, meus súditos! Como todos sabem, há tempos vivemos uma tensão com o reino
de Amom. Mas, nos últimos dias, tudo mudou quando eles, de forma vil e covarde,
sequestraram e mataram o Capitão e o Primeiro Oficial do nosso exército.
Algumas pessoas por ali, os
familiares dos mortos, choram bastante.
JABIM
No entanto,
eu lhes garanto que nenhuma vida hazorita perdida passará em branco!
Cada um deles pagará caro por isso! E, por essa razão, esse também é um dia de
renovo. De alegria, apesar de tudo. É dia de anunciar o novo Capitão.
Murmúrios...
JABIM
E minha
escolha se mostra justa e acertada não apenas por eu ser o rei, amado e
iluminado pelos deuses. Mas também porque o homem escolhido se mostrou
merecedor desse cargo, ele me provou isso! Realizou a busca com uma eficiência
não vista nem no tempo em que meu pai era o rei, e nos levou à conclusão que
poderíamos jamais chegar.
Najara encara Sísera com um olhar
absolutamente particular entre eles.
JABIM
Confesso
que é uma honra apresentar a todo o povo Sísera, ex-soldado e atual
Capitão temporário! Recebam-no com aplausos!
Sísera sobe a carruagem e a
multidão explode em aplausos. Najara e Jeboão o observam exultantes.
Um servo traz uma bandeja com um
anel. Outro servo pega o adorno e o coloca no dedo de Sísera. Jabim então aponta
seu dedo para a pedra do anel.
JABIM
Na
autoridade de rei de Hazor, eu, Jabim, nomeio Sísera, filho de Jeboão (Jeboão
sorri cheio de si), como Capitão do exército de Hazor, chefe de todos os
oficiais e abaixo apenas de mim, o rei!
Sísera olha e o povo volta a
aplaudir. Najara está orgulhosíssima.
Então Sísera se ajoelha diante do
rei.
SÍSERA
Este teu
humilde servo é eternamente grato a ti, ó grande rei Jabim.
Jabim o ajuda a se levantar. Sísera
vira para o povo, ainda em aplausos, e abre os braços.
Com um sinal do rei, o povo
silencia.
JABIM
A primeira
função de Sísera como Capitão será nomear, entre os soldados, um Primeiro
Oficial, cujo nome será apregoado de rua em rua nos próximos dias. Mas agora
ajoelhem-se todos diante de Jabim, seu soberano absoluto, rei dos reis de
Canaã, e diante de Sísera, o Capitão de Hazor!
Toda aquela multidão então se
ajoelha, inclusive Najara e Jeboão, e se prostram diante dos dois.
Sísera
gosta daquela visão, todo o povo prostrado diante deles. Observa a cada um,
homens, mulheres... Mas é nelas que seu olhar se estabelece. Ao vê-las aos seus
pés, adorando-o como a uma divindade suprema, ele sorri.
CENA 10:
EXT. CAMPO – PALMEIRA – DIA
Sentada e escorada no caule da
palmeira, Débora está perdida em pensamentos, lembranças, coisas do passado...
Depois lembra-se de Éder, ele atrás
dela, cobrando-lhe atenção, marcando a data do casamento...
Uma lágrima brota de seu olho e
risca seu rosto rosado. De repente, um barulho. Ela se assusta, olha para o
lado de onde vem...
DÉBORA
Quem está
aí?
Nada. Põe-se de pé e seca a
lágrima. O barulho se repete, é contínuo...
DÉBORA
(tentando
enxergar) Quem está vindo?!
Então algo aparece. Sua testa se
franze e ela perde as palavras. Trata-se de uma carroça com um homem, que para
a condução e desce. Ele é um rapaz de uns 20 anos.
Débora o encara com a boca
entreaberta.
RAPAZ
Eu sabia
que a encontraria aqui.
Apesar da distância, olho no olho.
No semblante atônito de Débora,
IMAGEM CONGELA
CONTINUA...
FADE OUT:
No próximo capítulo: Baraque
invade um lugar inusitado, Sísera procura Hanna para cumprir sua promessa e o encontro
com uma figura do passado abala as estruturas de Débora.
Obrigado pelo seu comentário!