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Pra Frente Brasil - Capitulo 09


PRA FRENTE BRASIL 🇧🇷 — CAPÍTULO 9


Criada e escrita por: Luan Maciel
Supervisão: Fernando Luís
Colaboração: Lukas Lima



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CENA 1. INT — CEMITÉRIO — DIA

O enterro de LUCIANA continua acontecendo. BEATRIZ está parada vendo dois homens colocando terra por cima do caixão de sua filha e a acaba não aguentando e as lágrimas vão caindo de seus olhos. RUBENS fica ao lado dela nesse momento de muita tristeza. Logo em seguida para a surpresa de todos que ali estão CAMILA vai se aproximando de BEATRIZ e RUBENS que ficam surpresos ao ver ela ali em sua frente.

 RUBENS        — (surpreso) Minha filha… O que você está fazendo aqui? Eu pensei que você estivesse em Londres. (P) Ainda bem que você veio minha filha. Nós precisamos muito de ter você por perto nesse momento tão difícil.
CAMILA        — (triste) Eu não poderia ficar longe depois de tudo o que aconteceu pai. Eu estou estou com o coração destruído com a morte da minha irmã. Eu queria ter ficado mais perto dela quando eu tive chance.
BEATRIZ        — (nervosa) O que você veio fazer aqui? Aposto que veio reudiar no túmulo da sua irmã não é mesmo? Você sempre foi invejosa e sempre quiz tudo que era da Luciana. (P) Agora não adianta você vir aqui toda arrependida que nada disso vai adiantar.

CAMILA fica em silêncio. RUBENS fica completamente transtornado com a forma que BEATRIZ trata CAMILA, e ele a segura pelo braço.

RUBENS        — (furioso) Beatriz… O que  você pensa que está fazendo? A nossa filha acabou de chegar de viagem para o enterro da Luciana e é assim que você trata ela? Qual é o seu problema hein?
BEATRIZ        — (gritando) Qual é o problema Rubens? O meu problema é que eu estou enterrando a minha filha que eu tanto ano. Esse o meu problema. (P) Agora a Camila aparece como se nada tivesse acontecido. Eu não vou engolir essa história de forma nenhuma.
CAMILA        — (séria) Aí que está o problema mãe. Você sempre teve mais afeição pela Luciana e nunca pensou como eu me sentia. Por muito tempo eu sofri essa rejeição calada, mas agora eu me cansei disso. Eu estou sofrendo com a morte da minha irmã, mas eu não vou deixar você pisar em mim nunca mais.
RUBENS        — Vamos embora daqui minha filha. O enterro já acabou e nós não temos mais nada o que fazer aqui. (P) Eu espero que você possa encontrar o que você tanto procura Beatriz. 

RUBENS e CAMILA vão saindo do cemitério deixando BEATRIZ sozinha. Ela se aproxima do túmulo de LUCIANA e coloca em cima um buquê de flores. A câmera mostra que BEATRIZ está chorando muito e totalmente inconsolável.
Corta para/

CENA 2. INT — CARRO — DIA

OLAVO está sentado dentro do carro com um semblante de muita raiva. A câmera mostra que ele está com uma foto de MARINA nas mãos e ele amassa a foto com muita raiva. Nesse momento um EX-SEGURANCA do GRUPO PELLEGRINI entra no carro e OLAVO olha para ele com muito ódio. 

 OLAVO        — (furioso) Você sabe o que você fez seu imbecil? Eu tei ordens claras que era para você cortar os freios do carro do Arthur. Mas por causa da sua incompetência uma outra pessoa morreu no lugar dele. 
HOMEM        — (sem entender) Eu não sei do que você está falando Olavo. Eu fiz exatamente o que você mandou. Eu cortei os freios do carro do Arthur. Eu não tenho culpa se outra pessoa pegou o carro dele. Eu não posso ser responsabilizado por isso.
OLAVO        — (ardiloso) Isso não tem mais importância. Eu tenho um novo serviço para você. Tem uma jornalista que vem tentando expôr todo o caso de corrupção que eu e o César estamos envolvidos. Ela não pode chegar a conseguir provas sobre isso. Eu quero que você ilumine ela de uma vez por todas. E dessa vez sem erros.

OLAVO um envelope com uma quantia em dinheiro e uma foto de MARINA. O HOMEM pega a foto e olha bem para o rosto de nossa protagonista.

HOMEM        — (sério) O que você quer que eu faça Olavo? (P) Eu não.vou ter coragem de matar uma pessoa só porque você está me pedindo. Eu não quero mais fazer parte disso.
OLAVO        — (nervoso) Nem pense em pular fora agora. Fora está envolvido nessa história até o pescoço. Você vai dar um sumiço nessa jornalista e depois vai desaparecer. Espero que eu tenha sido claro.
HOMEM        — Sim Olavo. Você foi muito claro. Eu vou fazer omque você está mandando. Mas depois que eu fizer isso eu não quero nunca mais olhar para a sua cara. Você é uma pessoa desprezível. 

OLAVO sorri. O HOMEM vai saindo do carro de OLAVO com um semblante muito sério no rosto. Logo depois OLAVO vai indo embora dali com muita pressa.
Corta para/

CENA 3. INT — ACADEMIA DE BOXE — DIA

A câmera mostra que RAÍ está em cima do ringue.  Ele está em treino muito puxado com outro lutador da academia. Nesse momento FELÍCIA entra na academia de boxe e fica olhando para todos os lados. As pessoas que estão ali ficam surpresos com a presença de FELÍCIA que vai caminhando do ringue. Assim que percebe que FELÍCIA está ali RAÍ acaba se descuidando e ele leva um soco do outro lutador e cai no chão. Logo depois ele desce do ringue e vai na direção de FELÍCIA.

 FELÍCIA        — (preocupada) Raí…. Você está bem? (P) Você está sangrando. Você precisa cuidar desse ferimento. 
RAÍ        — (sorrindo) Não precisa se preocupar com isso Felícia. Eu vou ficar bem. Isso é mais comum na vida de um lutador do que você possa imaginar. (P) Mas o que você está fazendo aqui? Você nunca veio aqui antes.
FELÍCIA        — (respirando fundo) Então… Quando você foi na minha casa há alguns dias atrás eu estava em casa. Como sempre a minha irmã mentiu. Ela gosta de fazer isso para me ver sofrer. Infelizmente ela é desse jeito.

FELÍCIA abaixa a cabeça. RAÍ toca suavemente em seu rosto. FELÍCIA levanta a cabeça e ela e RAÍ se olham nos olhos um do outro.

RAÍ        — (calmo) Felícia…. Eu não quero que você fique chateada, mas eu já soube que você sempre foi apaixonada por mim. Porque você nunca me contou isso? Você não acha que eu tinha o direito de saber?
FELÍCIA        — (séria) Não era para você ficar sabendo disso Raí. Eu não queria atrapalhar o seu relacionamento com a Marina. Ela é minha amiga e não seria justo fazer isso nem com ela muito menos com você. Espero que você possa me entender.
RAÍ        — Você é uma pessoa incrível Felícia. Mas você não precisa mais fazer sacrifício. Eu e a Marina não temos mais nada há muito tempo e só agora eu finalmente eu entendi isso. (P) Como eu pude não perceber a mulher maravilhosa que você é. Mas eu sei como eu vou retribuir por essa falha.
FELÍCIA        — (confusa) Do que você está falando Raí? Como assim você vai me retribuir? Eu não estou conseguindo o que você está querendo dizer. Eu acho melhor ir embora. 

FELÍCIA vai saindo da academia de boxe, mas antes que ela conseguisse RAÍ a segura pelo braço. Ele e FELÍCIA se olham nos olhos. RAÍ toca suavemente no rosto de FELÍCIA. E nesse momento o inevitável acontece: Eles se beijam para a surpresa de todos que estão na academia.
Corta para/

CENA 4. INT — JORNAL — REDAÇÃO — DIA

GREGÓRIO está andando de um lado para o outro da redação do jornal. Todos que trabalham ali ficam olhando para GREGÓRIO que parece estar em um conflito muito grande. Nesse momento CÉSAR entra na redação e ele vai indo na direção de GREGÓRIO. 

 CÉSAR        — (nervoso) Eu pensei que nós tínhamos um acordo Gregório. Essa matéria me acusando de corrupção precisa ser retirada do jornal o mais rápido possível. Eu não vou admitir ser difamado dessa forma.
GREGÓRIO        — (sério) Isso não vai acontecer César. Por sua causa eu perdi uma das maiores jornalistas que eu já conheci em toda a minha vida. A Maria estava certa o tempo todo. Você não passa de um corrupto que só quer se aproveitsr da boa vontade das pessoas. 

CÉSAR        — (furioso) Como você ousa me desafiar dessa maneira Gregório? Eu sou César Pellegrini. Eu é que faço a lei. Você não tem escolha. Ou você retira essa matéria ou eu acho com esse jornal sem pensar duas vezes.

As pessoas que estão na redação do jornal ficam apreensivas. GREGÓRIO olha para CÉSAR sem nenhum medo.

GREGÓRIO        — (firme) Eu não tenho medo de você César. Você pode até tentar acabar com o meu jornal, mas eu tenho certeza que você não vai conseguir. Você deveria estar na cadeia por tudo que você fez. Você é o pior tipo de bandido que possa existir. 
CÉSAR        — (ardiloso) Isso é o que nós vamos ver. Eu não dou nem um mês para esse jornal de quinta fechar as portas. Você vai se arrepender amargamente de ter me desafiado. Ninguém desafiar César Pellegrini.
GREGÓRIO        — Faça o que você quiser César. Mas por agora eu quero que você saia do meu jornal. Você não é bem vindo aqui. A partir de hoje eu vou usar todos os meus recursos para mostrar que você não passa de um lobo em pele de cordeiro.

CÉSAR fica completamente furioso. Ele vai saindo da redação do jornal muito contrariado. Logo em seguida os funcionários começam a aplaudir GREGÓRIO que fica sem jeito com tudo isso.
Corta para/

CENA 5. EXT — RUA — NOITE

Plano geral da cena. A câmera mostra de forma bem ampla que MARINA está andando na calçada no meio de várias pessoas. Sem MARINA perceber um HOMEM começa a seguro ela. Depois de alguns instantes o HOMEM se aproxima de MARIN e coloca o cano do revólver nas costas de nossa protagonista que fica apavorada. 

 HOMEM        — (sussurrando) É melhor você ficar caladinha. Se você gritar eu vou agitar em você sem nenhuma dó. (P) Vai andando sem chamar muito atenção. E não faça nada que eu não disser para você fazer.

MARINA vai andando com o HOMEM ameaçando ela. As pessoas acham estranho eles andando juntos, mas ninguém faz nada. A câmera mostra que MARINA está com muito medo.

MARINA        — (apavorada) O que você vai fazer comigo? Por favor não me mata. Eu não quero morrer. Você pode levar tudo o que quiser, mas não faça nada comigo pelo amor de Deus.
HOMEM        — (ameaçador) E quem disse que eu quero alguma coisa de você? Eu tenho um recado de César Pellegrini para você. (P) Você não deveria ter se intrometido onde não foi chamada. Agora você vai pagar com a sua própria vida por ser enxerida.
MARINA        — (nervosa) Eu sabia…. Aquele desgraçado do César Pellegrini iria fazer de tudo para me tirar do caminho. Tudo isso por causa que eu estou querendo provar que ele não passa de um corrupto. 
HOMEM        — (sério) Chega dessa conversa fiada. Eu vou fazer o que eu vim fazer aqui. Eu sinto muito que as coisas tenham chegado nesse estado, mas eu não tenho escolha. Ou é você… Ou sou eu.

O HOMEM aponta a arma para a cabeça de MARINA. No momento que ele vai atirar MARINA consegue se soltar e sair correndo pela rua. O HOMEM vai correndo atrás de MARINA que tenta fugir dele a todo custo. Sem perceber MARINA atravessa a rua no meio do trânsito e é nesse momento que ela é atropelada. O HOMEM resolve fugir dali para não ser preso. Logo em seguida ARTHUR desce do carro para socorrer MARINA. Ele toca no no rosto de MARINA que está desmaiada no chão.
A imagem congela em ARTHUR que está olhando para MARINA, e aos poucos um efeito com as cores azul, verde e amarelo tomam conta da tela.




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