Capítulo 7
Cena 1: Mansão Rachid Chicralla; Mesa do café; manhã;
Gracinda atende a porta e recebe o jornal do dia e leva até a mesa do café onde Shalon está.
Gracinda: Aqui DrShalon, seu jornal do dia!
Shalon: Polícia encontra corpo em estrada deserta, ainda não há suspeitos sobre o crime, o nome da vítima é Luzia Damasceno. Estranho isso acontecer aqui em Arcos da Medalhas.
Fátima que ainda não estava à mesa ouvi parte da conversa e fica assustada.
Gracinda em pé ao lado da mesa diz:
Gracinda: Dona Fátima aquela enfermeira que esteve aqui ontem foi assassinada, acredita?
Fátima toda sem graça e muito nervosa pergunta:
Fátima: Que enfermeira? Estrupício! Posso saber?
Enquanto isso Priscila engasga com o café que está tomando.
Vania: O que foi Priscila? Você está nervosa. Aconteceu algo?
Priscila: Não! Tudo bem, madrinha!
Enquanto isso Hanna também chega à mesa do café, pisando alto e esvoaçante. Maurício então fala com ela.
Maurício: Dá pra andar direito aqui dentro de casa?
Hanna: Começou cedo Hitler? (risos) Era só que uma faltava você controlar o modo que ando dentro de casa.
Vania: Respeita seu pai Hanna! Pede desculpa.
Fátima resmunga baixinho: Do jeito que essa foi criada é bem capaz de virar uma Suzane Richthofen. (risos)
Shalon: Eu tenho que ir para a fábrica. Vou me adiantar!
Priscila: Você me dá uma carona, Shalon! Vou até a cidade.
Shalon: Claro Priscila! Vamos lá dou a carona sim.
Fátima: Cuidado! Cuidado! Vania essa menina é um perigo.
Vania: Fátima! Para de colocar caraminholas na minha cabeça. Que coisa sô!
Hanna: eu também vou visitar meu amorzinho Gustavo que tem tempo que não o vejo.
Vania: Mas vocês se viram ontem! Meu jesus! Isso que é grude, como diriam na minha época.
Hanna: Tchau! Beijos estrelados para vocês.
Sendo irônica Hanna diz:
Hanna: Tchau vovó!
Fátima: Resto de aborto! Já disse que não gosto que me chame de vó. Muito menos vovó.
Cena 2: Casa de Sula; Manhã; Sala.
Laelly: Quem é aquela mulher que você estava olhando?
Ribaldo: Que mulher amor?
Laelly: Não se faça de besta comigo Riobaldo, eu vi a troca de olhares. Tu não és besta.
Riobaldo: Eu vou tomar um banho e volto para tomarmos o café.
Enquanto isso Riobaldo estava de toalha pronto para entrar no banho, quando Laelly aparece com um pau de macarrão, tendo uma crise de ciúme de Riobaldo, o batendo com o pau de macarrão, tentando tirar a verdade que não existia, pois Riobaldo nunca havia a traído.
Ribaldo: Não faz isso Laelly! Não faz isso! Ai! Ai! (gritos)
Laelly: Eu não vou só te bater não, vou te desmaiar, pra te capar cabrunco dos infernos. Se você não é meu, não vai ser de mais ninguém, isso você pode ter certeza!
Riobaldo sai correndo, pula a janela e cai na casa da vizinha, nesse momento sua toalha cai e a vizinha dá um grito. Riobaldo pega a toalha e vai para a rua, aproveita que tem um carro parado com a porta aberta e entra para dentro desse carro e se esconde, depois de um monte de gente tê-lo visto só de toalha. A dona do carro entra, leva um susto e grita.
Natália: Quem é você? Socorro! Uma maníaco. Socorro! (gritos)
Riobaldo: Você acha que seu eu fosse maníaco estaria só de toalha?
Natália: É verdade, não faz sentido. Então o que quer aqui no meu carro?
Ribaldo: Ajuda, só isso! Por favor me tira daqui, minha mulher vai me decepar e ela tem coragem.
Natália: Vamos fazer o seguinte eu vou te levar para a casa que eu e minha mãe estamos ficando, pois a nossa não está pronta, lá talvez o namorado da minha mãe tem alguma roupa para te emprestar.
Ribaldo: Ótimo! Mais acelera esse carro pelo amor de Deus!
Natália enquanto dirigia não sabia se olhava para frente ou se olhava para Riobaldo, pois havia ficado encantada com tamanha beleza daquele homem já feito.
Cena 3: Carro de Shalon; Caminho para o centro; Manhã.
Enquanto Shalon dá carona para Priscila eles conversam da noite anterior.
Priscila: O que achou da sauna ontem? Pegou fogo não acha?
Shalon: Você foi maravilhosa. Me faz esquecer dos problemas e como se fosse minha fuga da realidade, meu momento de evasão.
Priscila com a mão na perna de Shalon vai deslizando até chegar a parte íntima. Shalon então freia o carro na hora, começa respirar ofegante e fica sem ação. Priscila então coloca a mão por dentro da calça de Shalon, passando a mão na sua cueca e em seu pênis que já está ereto nessa hora.
Priscila: E quando podemos repetir? Ou você não gostou?
Shalon então muda o destino e pega o caminho para o motel de Salira, chagando lá pede uma suíte máster. Os dois entram dentro do carro e Shalon diz:
Shalon: Hoje tenho uma reunião com o novo acionista da empresa, vamos maneirar, o que acha?
Priscila: Eu nunca tenho limites! Nunca tenho limites para o prazer! Vamos pedir uma garrafa de vinho espumante? Dizem que aqui tem um vinho de uma safra francesa ótima, que você costuma pedir.
Shalon: Como sabe tanto assim da minha vida?
Priscila: Eu venho te estudando há tempos meu amor!
Shalon: Uma admiradora, eu gosto disso.
Priscila: Vamos brindar então, a nós!!!
Shalon: A nós!! (risos)
Então eles começam a fazer sexo ferozmente como se fosse o último dia de suas vidas, um falando o nome do outro, entrando em um clima tórrido e Shalon se sente o homem mais realizado do mundo. Indo embora do motel, Shalon deixa Priscila em uma perfumaria e segue para empresa, mas antes de Priscila sair do carro, Shalon a pega pelo braço e a beija, enquanto isso na hora quem passa e vê é Hanna que está a caminho do supermercado. Priscila então desce do carro, pega o celular e liga.
Priscila: Alô! Deixa eu te falar, está tudo saindo como você planejou! (risos)
Maurício: O idiota do Shalon, já caiu na sua! Eu sei que você tem um chá de perereca que prende qualquer homem, eu mesmo se não abro o olho caiu em tuas garras.
Priscila: Mauricio, ele está aqui comendo em minhas mãos. Só que tivemos um imprevisto eu descobri um segredo que não sei se é mais rentável continuar com o seu plano ou extorquir a Fátima, aquele perua fútil e cafona.
Maurício: Vamos conversar sobre isso. Não faz nada sem minha autorização eu quero saber dessa história direitinho. Que segredo é esse, o que essa velha esconde?
Priscila: Pagando bem eu te conto tudo e ainda continuo com o plano para arruiná-lo. (risos)
Maurício: Eu pago o que for para acabar com a vida social e moral do Shalon. Eu pago o que quiser!!
Priscila: Tá bom volto a ligar, chefinho!
Maurício: Tá bom eu entro em contato contigo.
Cena 4: Supermercado; manhã; Adega.
Gustavo fala para um de seus funcionários do supermercado que vai dar uma supervisionada para ver se está tudo em ordem.
Morgana: Que difícil achar algo bom e gostoso para beber!
Gustavo olha aquela moça, ouvi seu comentário sem querer e diz:
Gustavo: Posso ajudar a escolher. Desculpa! Meu nome é Gustavo sou filho do dono do Supermercado.
Morgana: Você é o famoso Gustavo, melhor então eu nem me aproximar, ontem na praça fiquei sabendo que sua namorada morre de ciúme de você e eu também não tenho paciência para frescura de mulher que não se garante.
Gustavo (risos sem graça): Ela nunca vem aqui! Vamos lá! Vou te ajudar a escolher uma bebida boa, é para qual ocasião?
Morgana: Nada é só para um aquecimento para a festa que tem hoje, a Kaballa.
Gustavo: Também vou nessa festa. Não curto muito, mas minha namorada insistiu tanto que vou para agradar.
Morgana: Aposto como você faz tudo que ela manda!
Gustavo: Não exagere, apenas faço para agradá-la, mas não deixo ela passar dos limites.
E há algum tempo Hanna já havia chegado ao supermercado e procurado por Gustavo e quando o encontrou ficou assistindo aquela cena de longe e não gostou do que viu. Hanna então questionou Gustavo.
Hanna: O que essa piranha quer com você?
Morgana então retruca: Piranha não! O queridinha, tu nem me conhece, resolva com seu namorado.
Hanna(gritos): Noivo!!! Sua safada ele é meu noivo e você aqui dando em cima dele.
Gustavo: Hanna! Não exagere.
Morgana: Escuta aqui safada é sua ...! Melhor nem dizer! E eu não tenho que ficar aqui ouvindo desaforos não. Gustavinho a gente se esbarra por aí!
Hanna(gritos): Piranha! Safada! Filho de uma cutia!
Gustavo não aguenta se conter, pega no braço de Hanna e arrasta ela para o escritório dele.
Gustavo(gritos): Eu não aguento mais esse seu jeito! Vive falando de todo mundo, dando patada em todo mundo. Hanna ou você muda ou vai me perder!
Hanna: Desculpa! Desculpa amor!! Eu não queria fazer isso, vamos marcar a data do nosso casamento logo!
Hanna: Sim! Tenho certeza que te amo e isso basta.
Gustavo: Está bem! Vamos marcar um jantar com nossas famílias e anunciamos a data. Combinado assim?
Hanna: Está ótimo meu amor você vai ver como vou ficar mais segura pós vida de casada.
Gustavo: Está bem!!! (risos)
Cena 5: Mansão de Maurício; Quarto; Manhã.
Maurício: Mas o que vocês estão me pedindo é um absurdo.
Natália: Maurício por favor vai lá ajuda o rapaz, eu trouxe porque não vi maldade nele.
Maurício: O problema de vocês jovem é quem nunca veem maldade em nada e ninguém.
Maenna: Amor vai lá! Faz o que a Natália está pedindo por favor!
Maurício: Está bem farei isso!
Natália: Maurício você é um anjo !!
Maurício: Sou não Natália!!! (risos)
Então Maurício desce as escadas e chega até a sala, onde vê um homem de toalha.
Maurício: Rapaz! Qual seu nome?
Riobaldo então reconhece a voz do irmão, mas fica confuso se de fato é ele. Então Riobaldo se vira de frente a Maurício que o reconhece.
Ribaldo: Meu nome é Riobaldo.
A única imagem que Maurício conseguia ter era do enterro de sua mão, onde Riobaldo tivera o expulsado, sem direito de se despedir dela. Maurício então mudou o seu semblante, ficou com uma cara mais séria e olho profundamente enquanto Riobaldo o olhava da mesma forma. Maurício chama Maenna que o atende e pede que ela de uma volta com Natália.
Riobaldo: Maninho! Não vai dar uma roupa, pode ser um caco velho, para me vestir? Ou vai me deixar de toalha mesmo e ficar contemplando a visão do paraíso?
Maurício(risos): Você continua o mesmo sarcástico de sempre. É Riobaldo!!! Quem bate esquece, mas quem apanha não. Lembra o que você fez comigo no enterro da mamãe? Então é hora de retribuir!! Maninho
Riobaldo então corre até a porta, mas Maurício chega primeiro e tranca pegando a chave. Riobaldo vai até as janelas mas todas têm grade. Maurício então pega o celular e liga para delegacia que aciona as viatura, que por sorte tem uma perto da casa de Maurício.
Ribaldo: Você vai me entregar para a polícia, mas eu não fiz nada. Sabe que não vou ficar preso.
Maurício: E quem disse que minha intenção é te manter preso? Eu quero só causar confusão. Mais respondendo sua pergunta eu vou alegar invasão de domicílio. Só estamos eu e você aqui. (risos)
Riobaldo: Mais a garota que me deu carona?
Maurício: Elas saíram. Só estamos nós, maninho!!!
Então a polícia chega e bate na porta, Maurício vai atender, abre a porta e dois policiais entram.
Polícia: Quem é o cara que invadiu a casa?
Maurício: É aquele de toalha e ainda estava tentando roubar!
Policiais: Você vai se explicar na delegacia, vamos!!!
Os dois policiais então agarram Riobaldo que se debate e fica muito nervoso e grita:
Ribaldo: Eu não fiz nada! Eu não fiz nada! Me soltem! Me solte! (Ribaldo começa a ficar vermelho)
Maurício: Leva ele! Retirem-no da minha casa! Por favor!!
Riobaldo então é colocado no camburão da polícia e do vidro traseiro do carro diz para Maurício.
Riobaldo(com cara de ódio e muito nervoso): Você me paga!!!!
Close no rosto de Riobaldo, a imagem congela e fica sépia.
Obrigado pelo seu comentário!