Capítulo 17
Cena 1: Estrada de Chão; noite.
Lorival acelera com o carro mas Vitor está a uma distância que não dá pra ver a placa, mas dá pra ver que carro é, ele reconhece o carro.
Vitor: Esse carro é um Santana prata. Não deve ter muito aqui na região.
Em um rompante Lorival muito esperto, faz a curva e entra em uma viela que fica em uma encruzilhada e Vitor acaba parando a moto no meio da estrada, com quatro caminhos, ele não sabe para onde seguir.
Vitor (nervoso e preocupado): Porra! Não acredito que os perdi de vista.
Mas o carro está muito próximo a Vitor e Francisco fica com dó de ver a preocupação dele e resolve gritá-lo.
Francisco: Vi...
Lorival rapidamente tira um canivete do bolso e o coloca no pescoço do Francisco e o interrompe.
Lorival: Se você gritar seu veadinho, você e seu amigo morrem! (Falando bem baixinho para que Vitor não escute).
Francisco com a canivete no pescoço resolve então se calar e Vitor como não acredita que vai mais achá-los decide ir embora.
Cena 2: Motel Kiss; Noite; Recepção.
A polícia já chegou ao local e quem chega também é Salira dona do estabelecimento e mãe de Júlio César, o famoso JC, que havia sido levado pelos bandidos.
“Enquanto os clientes continuam trepando”
Salira (desesperada e chorando): Cadê meu filho? Se dirigindo aos policiais e a recepcionista.
Recepcionista (apavorada e traumatizada): Eles levaram dona Salira!
Salira (sem conseguir se acalmar): Policiais encontrem meu filho! Por favor! (Chorando)
Policial 1: Faremos sim o que for possível. Eles fugiram em Voyage preto, com vidros pretos e já estão sendo procurados pela polícia.
Enquanto isso, em uma estrada deserta.
JC: Vamos dividir esse dinheiro logo! (Na fissura para comprar uma pedra de crack).
Bandido 1: Vamos! Vamos dividir em três partes iguais.
Bandido 2: Está aqui, contei e dividi em três partes iguais.
JC (Muito eufórico): Eu vou ficar na boca de fumo! Vocês seguem pela estrada que vai para São Paulo e não voltem mais.
Eles então deixa JC na quebrada e seguem na estrada que vai para São Paulo, sem saber que todas as saídas da cidade então bloqueadas a mando de Otávio (delegado).
Cena 3: Casa de Jacinto; Jardim; Em frente ao telão de Karaokê.
Maurício (rindo e debochado): Gostaram da surpresa que preparei para vocês da família Chicralla?
Fátima (irritada e muito envergonhada): Como pode me afrontar dessa forma? Eu sou uma dama da Liga da Sociedade Paulistana. Era só o que me faltava, eu coloco meu vestido Lanvin de Paris preto, maravilhoso, meu sapato Jimmy Choo que custa uma nota, pra ver essa mulher transando com esse garoto em um telão embaçado! (Gargalhadas)
Shalon (nervoso e irritado, fala baixinho): Mamãe essa mulher do telão é a senhora.
Fátima (gesticulando e aos berros): Não sou! Não sou! Não estou convencida disso então não sou!
Vania (tranquila e sensata): Vamos embora! Vamos acabar com esse dia horroroso. Falando nisso cadê a Hanna?
Shalon vai chegando cada vez mais perto de Maurício e o encarando bem firme.
Shalon (debochado e sarcástico): Você quer me destruir Mauriçola? (Risos) Você não vai conseguir.
Maurício (irônico e seguro de si): Jura! Hum nunca pensei nisso Shalon, asdiqa?
Shalon (com uma expressão fria): Aprendeu a falar amigo em árabe, que avanço para uma pessoa tão mediana quanto você! Nunca seremos amigos e você vai me pagar bem caro por tudo que está me fazendo, otário! Aliás seus traidores todos vocês que eu achava que eram meus amigos, vão pagar bem caro! Ouviu Bertilda e Jacinto Leite Aquino Rego?
Shalon então pega no braço de Vania e sua Mãe e a sai arrastando-as, em direção a porta.
Fátima (irritada e irreverente): Deixa eu tirar meu sapato é um Jimmy Choo, nesse chão tupiniquim se anda descalça mesmo, como se fosse índios. Eles saem os três e o pessoal da festa continua falando de Fátima com o Garoto de programa.
Bertilda (calma e descontraída): Não há problema no sexo por dinheiro, mas a Fátima. (Risos) Desculpa amiga, mas é bizarro.
Tamires: Minha mãe é capaz de cada coisa que ninguém imagina.
Yasmin (sendo brincalhona): Vá de retro! Eu que não quero ter uma mãe assim.
Cena 4: Casa Jacinto; Quarto Gustavo; Noite.
Morgana (apaixonada e entregue àquele momento): Gustavo eu estou amando namorar você.
Gustavo (olhando nos olho de Morgana): Eu também estou amando ficar contigo.
Morgana: Poderíamos marcar uma viagem, só nós dois.
Gustavo: Sim. Vamos para Campos Do Jordão, conhecer os pontos turísticos de lá. O que acha amor?
Hanna ouve aquilo tudo e interrompe.
Hanna (com despeito, inveja e dor de cotovelo): Você não vai Gustavo ficar com essa Vassoura de Milho de Pinto Albina, não vai Gustavo!
Gustavo (raiva e ranço): Sai daqui agora Hanna! Sai agora!
Gustavo vai segurando no braço de Hanna a colocando pra fora do quarto e Morgana vai atrás, segurando Gustavo que está enfurecido. Hanna tenta agredi-lo, mas Morgana se põe na frente, que segura sua duas mãos e a empurra para trás, Hanna acaba caindo da escada. Hanna rola uma escada imensa do último ao primeiro degrau e fica espatifada no chão sem se mexer. Bertilda chega ao local.
Bertilda: Morgana e Gustavo me ajudem eu vi de longe a queda, temos que levá-la ao hospital.
Eles saem pelos fundos e a leva para o hospital.
Cena 5: Casa de Jacinto; Beira da Piscina; Noite.
Januária e Otávio conversam a beira da Piscina na casa do Jacinto Leito Aquino Rego.
Otavio (triste e à espera de notícias): Arcos das Medalhas já não é a mesma, como se não bastasse a morte da enfermeira que é um mistério, tem esse Mestre do tráfico que ainda não sei quem é, o sumiço do meu filho e o assalto ao motel.
Januária: Calma eu também achei que nunca fosse encontrar minha filha e hoje ela está aqui. Não conversamos ainda, mas vamos nos acertar.
Otávio: Tomara! Vocês merecem ser felizes.
Januária: Nós merecemos Otávio e vamos ser!
Rola um clima entre os dois, eles se encaram e acabam se beijando.
Cena 7: Passagem de Tempo; Outro dia; Manhã.
A festa acaba, Maurício vai embora com Tamires para sua casa e acabam tendo uma noite de amor, Otávio passa a noite em claro esperando notícias do seu filho, Hanna passa a noite no hospital e liga para sua vó que vai para lá confortá-la e esperar ao lado de Gustavo e Morgana, JC fuma crack a noite toda e o bandidos do assalto são presos e levados para a delegacia.
Cena 8: Delegacia; Sala de interrogatório; Manhã.
Otávio (firmeza e olhando sério): Por que vocês assaltaram o motel? Por que logo o motel?
Bandido 1: Eu tenho o direito de permanecer calado.
Otávio (sendo bravo e falando com imperatividade): Quanto mais você colaborar, menor será a pena de vocês por isso vou perguntar de novo. Por que o motel?
Bandido 1: Foi ideia do dono, o tal de JC, ele quem deu a ideia e falou como seria o assalto, nós só executamos.
Otávio chama o outro bandido a sala de interrogatório. Com os dois lá dentro.
Otávio (com firmeza): Vocês estão presos, por assalto a mão armada, formação de quadrilha e assassinato sem que a vítima pudesse se defender!
Os bandidos são levados para a cela, junto com os outros presos.
Delegado então manda os policias prenderem JC que está pela rua vagando como um zumbi totalmente drogado. JC é encontrado dormindo, fazendo uma sacola plástica com lixo de travesseiro e um cobertor velho e muito fedido. JC catingando como um mendigo, chega à delegacia e fica numa sala separada enquanto o Delegado Otávio liga para Salira.
Otávio: Oi Salira! Eu preciso que você venha a delegacia agora, já encontramos os bandidos e quem mandou assaltar seu motel.
Salira (nervosa e descontrolada): Estou indo nesse momento, eu vou matar o vagabundo que mandou assaltar meu motel!
Salira chega a delegacia.
Salira (nervosa e com ódio): Quem foi Otávio? Quem foi?
Otávio: Muita calma nessa hora! É melhor que veja com seus próprios olhos.
Eles então se dirigi ao local com Salira muito nervosa e sedenta para falar poucas e boas com o mandante do crime.
Cena 9: Estrada da roça; Carro do vizinho de Sula; Manhã.
Sula e Priscila conversam dentro do carro sobre denunciar Lorival na delegacia.
Sula (nervosa e muito apreensiva): O que vamos fazer é justiça, olha como ele te deixou! Esta machucada ainda.
Priscila (machucada por dentro e por fora): Eu vou denunciar e acabar com a raça daquele desgraçado até porque ele acha que eu morri.
Enquanto Sula dirigi o carro de seu vizinho e conversa com Priscila outro carro está vindo em direção a elas, mas sentindo contrário.
Priscila (nervosa e com medo): Preciso me esconder! Meu deus Sula é ele.
Sula (indignada e pasma): Ele quem? O estuprador?
Só que era tarde Lorival já tinha visto Priscila. Ele fecha a estrada não deixando elas passarem.
Sula freia o carro desesperada e Priscila começa a chorar. Lorival apontar uma arma para a duas e dá um tiro no vidro da frente.
Lorival: SAEM DO CARRO AGORA! VADIAS!
Sula (desesperada): Calma moço, não nos machuque por favor!
Priscila (chorando e sem forças, cai no chão sentada): Não! De novo Não!
Lorival aponta a arma para Sula e arrasta Priscila pelo cabelo até seu carro amarra as duas e acelera com elas dali, enquanto o carro do vizinho de Sula fica aberto com documentos, rádio ligado e bem no meio da estrada.
Lorival chega a uma cabana abandonada com as duas que se assustam por ver que Francisco já estava ali.
Lorival (bravo e com cara de psicopata): Você veadinho levanta!
Francisco (fraco e machucado): Não consegue levantar.
Então Lorival dá dois chutes na barriga de Francisco que cospe sangue.
Lorival: JÁ DISSE PARA LEVANTAR PORRA! AGORA SEU BOIOLA DE MERDA, VOCÊ VAI ME SERVIR SEXUALMENTE! EU VOU TE DEIXAR ARROMBADO. E VOCÊ VAI ENGOLIR MINHA PORRA!
Lorival então começa a tirar a roupa de Francisco na frente de Sula (uma mulher de idade) e Priscila.
Lorival (sujo igual ao porco, fedendo a cachaça): Agora você vai dar pra mim, seu frutinha de merda e vocês duas vão assistir tudinho, eu adoro uma plateia. (Risos)
Close no rosto de Lorival rindo e com a nariz escorrendo, a imagem congela e fica sépia.
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