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Amor Astral - Capítulo 28 (Últimas Semanas)



Capítulo 28 (Últimas semanas)

- No capítulo anterior:

CAROLINA: (Do chão) Mas o que é isso? Ficou maluco?

ALBERTO: (Levanta Carolina pelo pescoço) Você pode me explicar o que está acontecendo aqui, sua cadela desgraçada?

CAROLINA: Será que você pensa que só você é esperto aqui, eu disse que você iria me pagar, não disse?

ALBERTO: (Dá um tapa na cara de Carolina que cai na cama) Você está cavando a nossa cova sua idiota e tudo por ser uma vadiazinha... O Cadu pode estar desmemoriado agora, mas amnésia não é pra sempre, sabia?

CAROLINA: Eu venho calculando cada passo há muito tempo, meu cunhadinho... Eu vou usar o seu irmão enquanto me for conveniente e essa amnésia dele pode me ser útil, lembre-se que para todos os efeitos quem tentou matá-lo naquela noite, não se lembra?

ALBERTO: Não brinque comigo sua vadia, não se esqueça que eu tenho provas de que você matou a cafetina e não demora para você estar apodrecendo num presídio sem regalias.

CAROLINA: Faça isso e verá que antes da polícia pisar nessa cobertura, eu já tenho desaparecido com toda a fortuna que você almeja...

ALBERTO: O que você está tramando?

(De repente, Alberto e Carolina começam a ouvir Beto batendo na porta ao perceber que está trancado).

ALBERTO: Você trancou ele? Você só pode está ficando louca...

CAROLINA: Eu não tranquei ninguém, os empregados que esqueceram que ele estava lá e trancaram... (Ironiza). Se você ficar quietinho e se comportar, pode levar uma boa parte dessa grana.

ALBERTO: E agora, o que está inventando?

Música da cena: Garganta – Antônio Villeroy

CAROLINA: (Empurra Alberto em sua cama) Senta aí, eu vou te contar... Mas antes, vamos brincar um pouco!

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INSPETORA CARINA: Seu advogado conseguiu um habeas corpus, você está liberada... Pode sair!

BEATRIZ: Eu estou livre? (Questiona incrédula).

- Fique agora com o capítulo de hoje!

Cena 01 – Delegacia [Interna/Manhã]

INSPETORA CARINA: Você vai responder ao processo em liberdade, é a sua chance de descobrir a verdade.

BEATRIZ: A verdade?

INSPETORA CARINA: Por mais que você não goste de mim, nem da nossa mãe, por mais que você renegue os laços de sangue que nos une e o fato de que sejamos irmãs, eu acredito na sua inocência, ninguém em sã consciência passaria tanto tempo com alguém sequestrado sem pedir resgate e tão perto da família.

BEATRIZ: Eu agradeço, inspetora...

INSPETORA CARINA: Pode ir! (Dá espaço para Beatriz passar).

(Na recepção).

VERA: Aí vem ela, aí vem ela...

LUIZA: Filha, minha filha! (Chora ao abraçar Beatriz).

BEATRIZ: Eu estou bem tia, não precisa se preocupar...

DELEGADO ALMEIDA: A senhora não pode sair do estado enquanto o inquérito estiver em andamento, Senhora Grimaldi!

BEATRIZ: Quem não deve, não teme Delegado... Eu não fiz nada e isso ficará provado muito em breve! (Nesse momento Beatriz percebe a presença de Luciana na recepção).

OTTO: Eu sou Otto Motta, seu advogado... Muito prazer! (Estende a mão).

BEATRIZ: O que essa mulher está fazendo aqui? Veio tripudiar da minha desgraça? (Grita).

VERA: Foi ela quem chamou o advogado e ele conseguiu o seu habeas corpus, ela só quis te ajudar minha querida.

BEATRIZ: Agradecida, mas eu não preciso da sua ajuda. Quanto ao senhor, faço questão de acertar os seus honorários e não ficar devendo nenhum centavo a essa daí.

Cena 02 – Cobertura Montenegro [Interna/Manhã]
Música da cena: Garganta – Antônio Villeroy
(Na cama e depois de terem passado a noite juntos, Carolina deixa Alberto a par dos últimos acontecimentos).

ALBERTO: Noivo? (Surpreende-se).

CAROLINA: Sim, por pouco o seu querido irmãozinho sem memória não se casa com a jornalista de quinta! Estive na cola do seu irmão esse tempo todo, calculando os passos dele, preparando o terreno.

ALBERTO: E o que pretende fazer agora?

CAROLINA: Nada que essa sua cabecinha perversa e invejosa não tenha imaginado, vamos nos aproveitar da incapacidade do seu irmão e colocar as mãos no dinheiro dele... Quando ele recuperar a memória, já vai ser tarde e ele estará pobre de marré, marré! (Debocha).

ALBERTO: Digamos que estou começando a gostar dessa parte! (Alberto puxa Carolina de volta para a cama e os dois se beijam).

Cena 03 – Ruas de Correntes [Externa/Manhã]
Música da cena: Toada – Boca Livre
(Com livros nas mãos, Clarissa caminha em direção a escola).

SÉRGIO: Bom dia, professora! Indo trabalhar? (Diz ao se aproximar).

CLARISSA: Sérgio, como vai?

SÉRGIO: Vou bem e a senhorita?

CLARISSA: Vou muito bem, obrigada. Respondendo a sua pergunta, eu estou indo para a escola, meus alunos me aguardam. E você, vai para o Haras?

SÉRGIO: É sim, o caminho é o mesmo. Posso lhe acompanhar?

CLARISSA: Me acompanhar? (Sem jeito). Claro, pode sim...

(Clarissa e Sérgio caminham enquanto conversam, porém na frente da escola são surpreendidos).

CLARISSA: Bem... Chegamos!

SÉRGIO: Está entregue!

TOBIAS: Eu interrompo? (Questiona ao descer do carro).

CLARISSA: Tobias, o que faz aqui?

TOBIAS: Vim matricular o Coruja na escola como você havia sugerido, pensei que poderia me ajudar nesse quesito, mas vejo que cheguei na hora errada!

CLARISSA: Hora errada coisa nenhuma, vamos entrar e falar com a diretora...

SÉRGIO: Eu já estou indo para o Haras, com licença!

TOBIAS: É bom mesmo... Os cavalos estão precisando dos seus serviços!

SÉRGIO: Até outro dia professora. (Vai embora).

Música da cena: Não Olha Assim Pra Mim - OutroEu

CLARISSA: (Observa Tobias enciumado) E então, vai entrar para falar com a coordenação ou vai ficar secando o veterinário?

TOBIAS: Eu não estava olhando para ninguém...

CLARISSA: Ah não, sei!

TOBIAS: Até parece, vamos lá... (Tobias disfarça e entra na escola acompanhado de Clarissa).

Cena 04 – Delegacia [Externa/Manhã]

LUIZA: Tem certeza, Vera? Vai ficar muito cansativo para você...

BEATRIZ: A minha tia tem razão Vera, não precisa se incomodar... Podemos pedir um carro no aplicativo, é simples.

VERA: Coisa nenhuma! Onde já se viu, depois de ter passado uma noite num lugar como esse e no seu estado, jamais deixaria você passar por mais esse perrengue, eu levo as duas e não se fala mais nisso.

BEATRIZ: (Ouve o próprio celular tocar dentro da bolsa, logo em seguida retira-o do interior da bolsa e atende) Alô? Sim, sou eu mesma, Beatriz Grimaldi. Como disse? Você tem certeza? Onde estão agora? Tudo bem, eu sei sim onde fica... Pode apostar que irei, não tenha dúvida. (Desliga).

LUIZA: Algum problema, minha querida?

BEATRIZ: Não tia, não se preocupe. Eu não vou para casa agora, a senhora vai com a Vera... Eu preciso resolver uma coisa!

LUIZA: Mas minha filha, você precisa descansar...

BEATRIZ: É importante tia, pode deixar que assim que resolver essa pendência, eu volto para casa.



Cena 05 – Cobertura Montenegro [Interna/Manhã]
(Carolina e Alberto tomam café enquanto fingem que nada tivesse acontecido).

CAROLINA: Meu amor, dormiu bem? (Diz ao ver Cadu descer).

BETO: Teria dormido se não fosse o fato de ter estado trancado a noite inteira, eu posso saber quem fez isso?

CAROLINA: Trancado? Mas que absurdo é esse?

ALBERTO: Que estranho, tem certeza de que não era a porta emperrada, tudo pode acontecer...

CAROLINA: (Olha para Doralice e inventa uma desculpa) Ah... Já sei o que aconteceu! Foi a Doralice!

DORALICE: Eu? (Surpresa).

CAROLINA: Meu Deus, Doralice... Você está ficando uma velha gagá, mesmo não é sua otária? Agora deu para trancar as portas?

DORALICE: Mas eu...

CAROLINA: (Interrompe) Calada seu inseto, eu não quero mais ouvir essa sua voz irritante. Vá para a cozinha, suma da nossa frente e da próxima vez que você trancar o meu marido no quarto, eu vou te colocar no olho da rua, sumariamente demitida, entendeu?

DORALICE: (Corre para a cozinha).

CAROLINA: Viu meu amor? Foi tudo um mal entendido, agora sente-se e tome o seu café, ninguém mais voltará a trancar você.

RANGEL: (Se aproxima) Telefone!

CAROLINA: Tão cedo? Quem é?

RANGEL: Disse que é advogado da empresa, chama-se Cerqueira!

ALBERTO: Me dá que eu atendo. (Pega o telefone e atende). Fala Cerqueira! Sim, eu sei... O que? Como assim essa bandida foi liberada? Essa bandida sequestrou o meu irmão e sabe Deus o que ela pretendia fazer com ele. Olha Cerqueira, eu espero que você tome uma providência pertinente a essa mulher, afinal você é muito bem remunerado pela Rede Montenegro, entendeu? Depois nos falamos, até logo. (Desliga).

CAROLINA: Eu não estou acreditando, ela já foi liberada? Como pode? Uma bandidinha pé de chinelo dessa não tem antecedentes?

BETO: Eu não permito que falem da Beatriz assim, ela não me sequestrou e eu quero declarar isso as autoridades, ela apenas me ajudou.

CAROLINA: Meu bem, você está confuso... Essa mulher se aproveitou de você e sabe Deus o que ela pretendia fazer com você ou quando ela pretendia lucrar com o resgate!

BETO: (Grita) Chega! Eu não permito que vocês falem assim dela. A Beatriz é uma das melhores pessoas que eu conheci nessa vida e eu vou provar isso. Perdi a fome! (Levanta-se da mesa e se retira).

ALBERTO: É... Esse daí vai dar trabalho, viu?

CAROLINA: Não por muito tempo, em breve ele vai estar comendo na palma da minha mão.

Cena 06 – Hospital Geral [Interna/Tarde]
(Beatriz caminha pelo corredor extenso do hospital observando cada detalhe atentamente, com o olhar procurava por alguém).

DANIEL: Be-be-beatriz? (Gagueja ao se aproximar).

BEATRIZ: Sim, sou eu mesma. Você deve ser o Daniel, certo?

DANIEL: Sssssim... Por-por-por um instan-tan-tan-te eu pensei que você não-não viria.

BEATRIZ: Eu vivi uma noite de cão, então vamos ao que interessa sem enrolação. Você me disse que sabe o que aconteceu com o Guilherme, não disse? Eu vim, agora quero que você me diga tudo o que sabe. O que fizeram com o meu amigo? (Questiona).

Cena 07 – Cobertura Montenegro [Interna/Tarde]
(Doralice corta alguns legumes na cozinha com bastante violência, isso porque ela está bastante incomodada com a mentira de Carolina a seu respeito).

DORALICE: Surucucu influencer, mentindo ao meu respeito... O seu Cadu sem memória vai achar que eu sou doida e eu não tranquei ninguém!

RANGEL: Tá, tá, tá... Já chega, estamos cansados de saber que essa vaca é uma mentirosa e não vale nada, não precisa ficar assim.

DORALICE: Eu achei foi muito estranho esse retorno do seu Cadu, você não achou também?

RANGEL: Estranho, como assim?

DORALICE: Eu não sei como explicar, mas o clima nessa casa tá muito estranho...

Cena 08 – Casa de Luiza [Externa/Tarde]
(Luiza acena para Vera após chegar em casa e quando ela está indo embora, porém antes de entrar em casa, uma visita surge).

LUIZA: Padre Fernando, o que faz por aqui?

PADRE FERNANDO: Eu vim saber como está a Beatriz depois dos últimos acontecimentos e também gostaria de falar com você um instante.

(No interior da casa de Luiza, ela serve um café com biscoitos enquanto conversam).

PADRE FERNANDO: Eu fico aliviado em saber que a Beatriz está livre e também tenho fé de que tudo será resolvido mediante a justiça, isso o que está acontecendo com ela é um grande mal-entendido.

LUIZA: Eu também, padre. Vivemos momentos angustiantes na noite passada, tive muito medo pela Bia, mas felizmente ela já está solta, em breve provaremos sua inocência.

PADRE FERNANDO: Certamente será assim, enfim... Mudando de assunto, você sabe que na próxima semana teremos a nossa procissão anual da santa, você vai?

LUIZA: Claro, padre! Eu vou todos os anos eu vou e lhe ajudo na organização, junto com as outras fiéis...

PADRE FERNANDO: Sim, como há anos atrás você me ajudava junto com a sua irmã, lembra?

LUIZA: Eu não estou entendendo aonde o senhor que chegar, padre!

PADRE FERNANDO: Eu acho que você deveria pensar na possibilidade de perdoar a sua irmã, ela tem sofrido muito.

LUIZA: Eu não quero continuar falando sobre isso padre, para mim esse já é um assunto encerrado.

PADRE FERNANDO: Você não pode ser tão irredutível Luiza, por mais que a sua tenha errado, ela também sofreu muito, porque você não dá uma chance...

LUIZA: (Interrompe) Eu não vou dar chance nenhuma aquela vagabunda! Eu vou te ajudar na procissão, me peça qualquer outra coisa, mas não force o contato com aquela perdida, isso eu não posso fazer, padre! (Conclui).

Cena 09 – Casa de Laurinha [Externa/Noite]
(Como de costume, Eulália vai para a janela tomar a fresca quando de repente mais uma vez, ela observa Severino chegar no cabaré para uma noitada).

EULÁLIA: (Se abana por conta do calor).

(Nesse momento, Severino é recebido por Iara que lhe beija de surpresa).

EULÁLIA: Pouca vergonha, já veio perder outra noite com essas rameiras, bando de quenga!

SEVERINO: (Se afasta de Iara).

IARA: O que foi? Não gostou?

SEVERINO: (Percebe que Eulália presenciou toda a cena) Não foi isso, me espera lá dentro que eu já entro.

IARA: Está bem, mas não demora gato! (Iara entra no cabaré).

SEVERINO: (Atravessa a rua correndo e vai até a calçada da casa de Laurinha, de modo que fica embaixo da janela de Eulália) Eu sabia que você estava me espionando!

EULÁLIA: Eu? Te espionando? Por causa de que? Você que fica na rua se expondo, se dando ao desfrute com esse bando de quenga, que coisa mais feia, pecaminosa.

SEVERINO: Sabe que no fundo eu acho que você está morrendo de ciúmes?

EULÁLIA: Eu não tenho motivos para ter ciúmes, minha vida pertence a outro homem e em breve eu deixarei de fazer parte desse ambiente mundano, pecador!

SEVERINO: E que loucura é essa que você está falando agora?

EULÁLIA: Eu me tornarei freira em breve, vou para um convento. Decidi entregar minha vida ao único de senhor de todos.

SEVERINO: Com esse fogaréu todo aí embaixo das saias? Vai ser expulsa na primeira semana.

EULÁLIA: Você me respeite, eu não sou uma dessas quengas com quem você está acostumado a andar e que fica por aí se dando ao desfrute, aos beijos!

SEVERINO: Taí, além de ciumenta, você é invejosa... Aposto que queria tá no lugar da outra lá e me beijar, não é?

EULÁLIA: Eu não beijaria um grosseiro como você, que passa o dia revezando entre os cavalos e as quengas, seu enviado das trevas...

SEVERINO: Eu vou te mostrar quem é o enviado agora! (Severino escala o muro e sobe até chegar à janela de Eulália).

EULÁLIA: Mas o que você está fazendo? Desça daí imediatamente, desça!

SEVERINO: (Entra no quarto de Eulália) Eu vou embora sim, mas antes eu vou fazer uma coisa que não posso deixar de te dar antes da sua partida.

EULÁLIA: O que?

Música da cena: Quem Me Dera – Márcia Fellipe e Jerry Smith

SEVERINO: (Agarra Eulália e a beija).

Cena 10 – Hospital Geral [Interna/Noite]
(Beatriz e Daniel continuam conversando).

BEATRIZ: Então Daniel, já falamos e falamos e você ainda não me deixou claro o que sabe a respeito do Guilherme. Afinal, o que aconteceu com ele?

DANIEL: É pe-pe-pe-perigoso fala-la-lar aqui, venha comigo! (Levanta-se).

BEATRIZ: Para onde pretende me levar?

DANIEL: Confi-fi-fie em mim...

(Beatriz e Daniel caminham pelo hospital).

BEATRIZ: Olha, eu já estou cansada disso tudo. Acho melhor ir embora!

DANIEL: (Para diante a uma porta no hospital) Aqui está-tá-tá a resposta dos se-se-seus questi-o-o-o-namentos! (Abre a porta).

BEATRIZ: (Estranha o comentário e aproxima da porta da porta do quarto).

(Nesse momento, revela-se o interior do quarto de UTI e Guilherme dorme entubado).

BEATRIZ: Guilherme! (Surpreende-se).

A câmera foca em Guilherme na UTI, a cena congela e o capítulo encerra com o a tela azul da cor do céu.



Trilha Sonora Oficial, clique aqui.

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