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Uma Estrela Caiu do Céu - Capítulo 06 (Reprise)


CAPÍTULO 06


uma produção Web Mundi


novela criada e escrita por 

FELIPE ROCHA 


CENA 01: CASA DE RAFAEL - TRIBO INDÍGENA - EXTERIOR - DIA
RAFAEL  Mas, meu amor, o que te fez mudar de ideia assim tão rápido? Foi aquele Lucas né? Ah, eu mato ele!
SERENA — Pare de culpar o Lucas! Seja homem e saiba resolver os seus assuntos. E eu não sou obrigada a ficar com um homem que não tenho mais sentimentos com ele! E ponto final! 
RAFAEL — Como você tem coragem de dizer isso na minha cara?
SERENA — Eu só estou fazendo o que o meu coração está mandando. Entenda como quiser, porque já estou cansada.
RAFAEL — Você nunca foi assim Serena. Só depois que o Lucas chegou que as coisas começaram a mudar. Você terminou comigo, tudo de ruim vem acontecendo! É um tempo de trevas mesmo.
SERENA — Rafael, faça o favor de procurar outra namorada para você! Porque a mim, você já perdeu. E eu confesso que estou apaixonada pelo Lucas, farei de tudo para ficar com ele, com ou sem o seu consentimento!
Serena vai embora, nervosa.
RAFAEL — É agora que o circo vai pegar fogo mesmo! Eu tenho certeza que o Lucas não vai sair vivo dessa! 
CORTA PARA: 

CENA 02: TRIBO INDÍGENA - MATA - OCA - INTERIOR - DIA
Os índios carregam o corpo de Lucas até a oca. Eles acendem uma fogueira. Lucas está inconsciente pelo soco que levou. Eles colocam o corpo de Lucas no chão.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 03: TRIBO INDÍGENA - CASA DE SERENA - INTERIOR - DIA
Serena chega em casa e percebe que Anahí e Cadore estão conversando, fazendo tumulto. Anahí chora e Cadore o consola.
SERENA — O que houve? Aconteceu algo de ruim?
ANAHÍ — Serena, eu preciso que você seja forte, se algum dia a gente tomou uma decisão para você, acredite que foi para melhor. 
SERENA — Como assim? Do que vocês estão falando?
CADORE — Aconteceu uma tragédia filha!
ANAHÍ — Um tragédia que tem a ver com você! É sobre o seu amado, o Lucas, Serena.
Serena, assustada, questiona.
SERENA — Lucas? O que aconteceu com ele?
ANAHÍ — Ele desapareceu nesta manhã filha, não se sabe como ele foi, o que ocorreu, se foi raptado, não temos notícias!
SERENA — Não pode ser! O Lucas deve estar por aí em algum lugar! Ele está vivo! Como ele pode sumir assim?
ANAHÍ — Agora, nos resta manter as esperanças.
SERENA — Ai meu Deus do céu, eu tô sentindo uma coisa estranha, ai!
Serena sente um mal pressentimento, desesperada. Anahí e Cadore se preocupam.
ANAHÍ — O que houve filha?
CADORE — Minha filha, o que tu tá sentindo?
SERENA — Não sei explicar, é que, é que....
Mal termina de completar a frase e Serena desmaia, enfartada.
Anahí e Cadore correm para socorrer Serena, desesperados.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 04: PENITENCIÁRIA - CELA 14 - INTERIOR - DIA
Wanda e as demais detentas na cela. 
WANDA— Onde é o banheiro nessa porcaria aqui? Pelo menos um banheiro tem?
DETENTA 1 — Ih, você não deu sorte não. O banheiro é ali (aponta para o buraco).
Wanda olha para o buraco, sem entender.
WANDA — Peraí.... Deixa eu ver se entendi. O banheiro é aquele buraco ali?
DETENTA 1 — Se você não está satisfeita fale com o pessoal da prisão aqui, talvez eles instalam um banheiro novo viu? Porque você é essas ricas aí moderna que quer tudo de luxo! Mas aqui é uma prisão e vai ter que aprender a conviver assim.
WANDA — Toma essa sua vadia!
Wanda, com raiva, dá uma surra na DETENTA 1.
As demais prisioneiras apoiam Zélia. 
Wanda e Zélia trocam surras e ficam com olho roxo.
O carcereiro chega apitando, abre a cela e pega Wanda.
CARCEREIRO — Você vai para a solitária, já arrumou muita confusão por aqui! Vamos.
WANDA — Me solta, seu bosta! Me larga, ai tá machucando!!! Me solta, me soltaaa!!!
Wanda grita e as demais detentas comemoram sua saída.
Enquanto isso, o carcereiro conduz Wanda até a solitária.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 05: MANSÃO  MEDEIROS - QUARTO DOS IRMÃOS - INTERIOR - DIA
Duende cai dentro do quarto dos irmãos, ao ouvir a conversa.
CRISTINA — Duende, o que significa isso? Você estava ouvindo a nossa conversa atrás da porta? Seu intrometido!
RALF — Isso para mim significa demissão e imediatamente!!
DUENDE — Desculpem-me. Não façam isso, por favor. Eu preciso muito deste emprego. Tenham piedade. Eu só esbarrei na porta, é isso!
CRISTINA — Sei! E você ouviu alguma coisa?
DUENDE — Não, não. Eu posso afirmar que não, dona Cristina. 
CRISTINA — Sendo assim, se você ouviu algo, eu peço que guarde para você! Ou eu te mato com suas próprias mãos! Entendeu o recado?
DUENDE — Entendi dona Cristina.
CRISTINA — Agora pode ir embora!
Duende vai embora do quarto de Cristina e Ralf.
RALF — E aí você vai acabar com ele?
CRISTINA — Sim! E quem vai me ajudar é você! Precisamos tomar essas providências logo ou nosso plano irá por água abaixo. 
Ralf e Cristina dão gargalhadas malignas.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 07: TRIBO INDÍGENA - OCA - INTERIOR - DIA
Rafael chega na Oca, e encontra os demais índios vigiando o corpo de Lucas, já acordado. Lucas desce da cama.
RAFAEL — E aí como está nosso prisioneiro?
LUCAS — Seu desgraçado! Eu acabarei com você!
Lucas dá um soco na cara de Rafael.
RAFAEL — Não se for eu primeiro. Quer apostar? Você morre agora seu miserável!
Rafael enforca o pescoço de Lucas.
Lucas fica sem ar, prestes a morrer.
RAFAEL —  E aí, quer continuar a briga? Quem vence agora, hein? Se você quiser, eu continuo.
Lucas, quase enforcado, tenta falar.
LUCAS — Não, solta por favor! Me soltaaa! 
Rafael aperta ainda mais o pescoço de Lucas e solta.
Lucas perde o fôlego e tenta se acalmar, desesperado.
RAFAEL — Você achou que iria me vencer né? Não serve para nada. A Serena foi boba mesmo de ter escolhido você, mas você nunca conseguirá ficar ao lado dela. Sabe por quê? Ela nunca vai te achar aqui! Tu irá ficar aqui até apodrecer, digamos. 
LUCAS — Não se alguém descobrir.
RAFAEL — Ninguém conhece essa oca aqui. Para vim aqui precisa usar uma passagem secreta da Mata, que ninguém sabe onde dá! É a oca mais afastada da tribo! Sendo assim, eu lhe faço uma pergunta: o que você prefere: a Serena ou a morte?
CORTA PARA:

CENA 08: CASA DE MARIANA - QUARTO DE MARI - INTERIOR - DIA
Apolo leva Mariana até o quarto. 
MARIANA — Por que você me trouxe aqui? O que houve Apolo?
APOLO — Não tem nada de ruim, só quero dar uma palavrinha com você... Meu amor, eu confesso que num momento que você estava no hospital, perdi as esperanças, achei que você iria morrer e me deixar aqui. Mas hoje eu agradeço a Deus por ter você ao meu lado. E eu tenho certeza que você será curada!
MARIANA — Não devemos perder as esperanças, principalmente nessa questão. Eu estou aqui, não estou? Pois então. A qualquer hora um milagre pode acontecer. E todos nós morremos um dia, só temos que verificar a hora certa.
APOLO — Você tem razão. Mas depois de todo esse pesadelo, eu resolvi lhe fazer um agrado. Como hoje é a festa surpresa de você, eu queria te dar uma coisa especial. 
MARIANA — O que é? 
APOLO — Feche os olhos e você verá! Só abra quando eu pedir!
MARIANA — Ok.
Mariana fecha os olhos, enquanto Apolo pega uma caixinha na cômoda. 
APOLO — Pronta?
MARIANA — Estou um pouco nervosa, mas vamos lá.
APOLO — Vou contar até três... Um, dois, três... (ordena) Pode abrir agora!
Mariana vira e Apolo abre a caixinha onde há anéis de noivado. 
APOLO — Mariana de Castro, aceita ser minha noiva, todos os dias e noites, até que a morte nos separe?
Mariana sorri, feliz.
MARIANA — Aceito.
Apolo coloca o anel de noivado no dedo de Mariana.
MARIANA — Apolo, meu amor querido, aceita ser meu noivo, na saúde, na doença, em todos os passos da vida até que o casamento aconteça? Promete que irá cuidar de mim até eu ser curada? 
APOLO — Sim. Eu prometo.
Mariana coloca o anel de noivado no dedo de Apolo.
Apolo e Mariana comemoram.
Em seguida, os dois se beijam. 
Logo, Elisinha entra no quarto e flagra:
ELISINHA — O que está acontecendo aqui?
Mariana mostra o anel de noivado para mãe, que fica surpresa.
Elisinha desmaia.
MARIANA — Mãe?!
MOACIR — Elisinha?!
CORTA RÁPIDO PARA: 

CENA 09: TRIBO INDÍGENA - CASA DE SERENA - INTERIOR - DIA
Após o desmaio, Serena acorda.
SERENA  — O que aconteceu? Por que eu estou deitada no chão?
CADORE — Calma minha filha, calma. Primeiro bebe um copo d'água.
Cadore dá um copo d'água para Serena, que bebe.
CADORE — Você está melhor?
SERENA — Um pouco. 
ANAHÍ — Ah minha filha, graças a Deus que você está aqui, eu rezei tanto para o papai do céu não te levar! Não quero nem pensar no pior. 
CADORE — Calma Anahí. Não é desse jeito não.
SERENA — Parem de enrolar, e digam o que aconteceu logo!
ANAHÍ — Você desmaiou, minha filha, por causa do Lucas, que sumiu! Lembra?
SERENA — Lembro-me. Mas tenho que tomar atitudes! Vou atrás dele, vou atrás da minha alma gêmea, mãe, do meu amor. Não podemos ficar separados. Se o destino nos uniu, é porque é o caminho certo.
Cadore, nervoso.
CADORE — Serena, é perigoso, vai não, volta aqui, minha filha.
SERENA — Por meu amado enfrentaria qualquer perigo para ficar ao lado dele. Desista de tentar nos separar, você nunca vai conseguir. 
E Serena dá um ultimato em Cadore, já deduziu o que ele fez para separar Lucas dela. Serena vai embora, desesperada. Cadore sofre, sente um aperto no coração ao ser derrotado.
CADORE — (pensamento) Ah, meu Deus, será que eu fiz a coisa certa?
ANAHÍ — Deixa ela ir, Cadore, vai ficar tudo bem. A nossa filha é esperta, ela vai voltar sã e salva. Você vai ver. 
Cadore, com consciência pesada.
CADORE — Anahí, eu não tô me sentindo bem, preciso descansar e refletir.
ANAHÍ — Tá bom, "home", vai lá que eu termino de fazer o "rango". 
Cadore vai para o quarto.
Enquanto isso, Anahí "conversa sozinha".
ANAHÍ — Esse negócio tá esquisito, tá mais parecendo filme de cinema. Será que o Cadore tem alguma coisa a ver com isso? Bem, se for qualquer coisa, eu vou descobrir. E vou dar uma lição nesse "home". Onde já se viu separar duas pessoas que se gostam? Até que eu tô achando que o Lucas é uma boa pessoa... Sabe? .... Ah, deixa para lá, a Serena que resolva, tô pouco me lixando, tenho mais "coisa" para preocupar!
CORTA PARA:

CENA 10: TRIBO INDÍGENA - MATA - OCA 67 - INTERIOR - DIA
Serena, desesperada, procura por Lucas na mata sombria.
SERENA — Lucas, meu amor, cadê você?!... Lucas??? Apareça!!!
O Mestre Cuca encontra Serena na mata e vai até ela, assobiando.
MESTRE CUCA — Serena? O que faz na mata?
SERENA — Você não ficou sabendo não Mestre? Aconteceu uma tragédia!
MESTRE CUCA — Do que tu tá falando?
SERENA — Quero dizer que... O Lucas sumiu.
MESTRE CUCA — O quê? Mas como assim?!
SERENA — Serena não sabe... Está a procura do homem branco. Avise os demais.
MESTRE CUCA — Vou lá!
Mestre Cuca vai embora e Serena continua a procurar por Lucas.
SERENA — Lucas???!!!
Serena, anda alguns passos mais à frente e na árvore em que Lucas foi atingido encontra um pertence seu.
SERENA — Mas peraí... Isso aqui é do Lucas... Ele deve estar por aqui...
Serena grita o nome de Lucas e vai andando na frente. Depois de percorrer muitos quilômetros, ela encontra a oca.
SERENA — Ué? Tem uma oca aqui? Será que tem alguma pessoa lá? Vou ver.
Serena vai até a oca.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 11: TRIBO INDÍGENA - OCA 67 - INTERIOR - DIA
Dentro da oca, Lucas é mantido em cativeiro.
LUCAS— Não posso sair ao menos para fazer as minhas necessidades? Vocês querem que eu faça na frente de vocês, é? Porque eu faço isso com o maior prazer.
RAFAEL  — Esperto né? Tá tentando fugir. Mas aqui é vigiado dia e noite! Rafael sabe das "artimanha". Tá querendo ir para perto da Serena, né? Aquela burra! Burra de ter te escolhido!
LUCAS — Não fala assim dela!
Lucas se levanta com facilidade e parte para cima de Rafael. Ele luta capoeira com Rafael. Rafael e Lucas trocam surras. Nisso, Serena chega e diz:
SERENA — Parem com isso já!
Lucas e Rafael surpresos:
LUCAS E RAFAEL — Serena???
CORTA RÁPIDO PARA:

 CONTINUA...

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