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Na Boca Do Povo - Capítulo 11


Capítulo 11

Cena 01 – Casa de Luiza Helena, Porto de Pedras [Interna/Noite]

(Betinha e Luiza Helena tentam disfarçar a apreensão na frente de Tamara para que ela não desconfie de nada).

 

LUIZA HELENA: (Sorri sem jeito) Mas tiveram certeza de que é o Robeval mesmo? Ele sempre foi de desaparecer quando bebe, essa história se repete desde que eu era só uma menina.

TAMARA: (Balança a cabeça) Sim, eu tenho certeza do que eu ouvi, era o corpo do Robeval sim e há boatos de que foi uma mulher que o matou.

LUIZA HELENA: Uma mulher?

TAMARA: Agora sabe o que é mais estranho nisso?

BETINHA: O que?

TAMARA: Que o corpo dele foi justamente encontrado na casa onde você se escondeu. Você não tem nada a ver com isso, tem?

LUIZA HELENA: (Olha para Betinha).

BETINHA: Claro que não! Você contou onde eu estava para a minha irmã, ela foi buscar e voltamos juntas, nada além disso. Eu acho melhor você ir embora agora, eu estou com um pouco de dor de cabeça, já estava indo dormir, inclusive...

TAMARA: (Estranha o comportamento de Betinha) Tudo bem, eu volto outra hora para saber como você está.

LUIZA HELENA: Eu abro a porta! (Luiza vai até a porta e a abre para que Tamara passe).

TAMARA: (Caminha em direção à saída. Ao cruzar a porta, voltar a olhar para Betinha, se despede e vai embora).

LUIZA HELENA: (Fecha a porta aliviada, mas ao mesmo tempo tensa com a notícia que acabara de ouvir e encara Betinha).

 

Cena 02 – Apartamento de Glória [Interna/Manhã]

Música da cena: Gloriosa – Glória Groove

(As imagens externas da cidade de Porto de Pedras dão lugar a takes da cidade de São Paulo. As luzes da cidade começam a apagar e um novo dia se aproxima. Surge então a fachada do prédio onde Glória mora).

 

GLÓRIA: (De hobby, Glória caminha pela sala de estar com um semblante de alegria) Bom dia sol, bom dia São Paulo, bom dia estrupício! (Diz ao se aproximar da mesa que Judith está organizando).

JUDITH: Eita Dona Glória, acordou alegre, foi? Eu posso saber qual o motivo dessa alegria toda?

GLÓRIA: Em outros tempos, em um outro dia, eu te colocaria em seu devido lugar sua jamanta fuxiqueira, mas como hoje eu estou de excelente humor e nem um estrupício como você irá estragar o meu dia, eu vou te contar... Muito, mas muito em breve nós iremos dar adeus as paredes velhas e a esse bairro nojento.

JUDITH: A senhora fala tão bonito, sabe Dona Glória? Mas vai me desculpando, mas eu não entendi nada. O que a senhora quer dizer com isso?

GLÓRIA: (Dá uma gargalhada) Quis dizer que em breve eu vou deixar de tomar esse café preto horroroso que você faz e comer ovo toda manhã, vou sair desse apartamento e retomar a minha vida exatamente de onde eu parei!

JUDITH: Ave Maria Dona Glória e como vai ser isso? A senhora vai me levar junto? Eu preciso receber as minhas diárias, faz tempo que a senhora não acerta comigo...

GLÓRIA: Ihhhh, deixa de drama que eu odeio novela mexicana, estrupício! Basta eu te dar isso aqui de liberdade que você já vem falar em dinheiro, você é muito ingrata, sabia?

JUDITH: Ingrata, Dona Glória? A senhora não me paga a meses, paga passagem semana sim, semana não. Me obriga a entrar no ônibus pela parte traseira e a mentir para o açougueiro que paga hoje, paga amanhã e eu sou ingrata? (Judith começa a choramingar enquanto numera tudo o que já fez por Glória).

GLÓRIA: (Revira os olhos enquanto toma seu café).

 

Cena 03 – Casa de Luiza Helena, Porto de Pedras [Interna/Manhã]

(Luiza Helena arruma o cabelo num coque para o alto enquanto adentra na sala de estar e encontra Betinha com o semblante de quem não pregara o olho a noite inteira).

 

LUIZA HELENA: (Arruma o cabelo) Você também ficou acordada a noite toda?

BETINHA: Eu não consigo pensar em outra coisa desde que a Tamara cruzou aquela porta. E agora, o que nós iremos fazer?

LUIZA HELENA: O que é certo, vamos enfrentar tudo isso juntas. Precisamos ir até a delegacia, Roberta Miranda!

BETINHA: Você por acaso ficou louca? Você ficou louca? (Esbraveja).

LUIZA HELENA: (Estranha o comportamento da irmã).

BETINHA: Eles vão me colocar na cadeia, eu não terei chances. É assim que você diz que me ama e que vai proteger a sua irmã, Luiza? Que tipo de amor é esse?

LUIZA HELENA: Mas do que você está falando, menina? Você que enlouqueceu!

BETINHA: Eles não vão acreditar na gente Luiza Helena, acorde! Precisamos fugir daqui e agora se quisermos continuar em liberdade. Eu sou muito jovem, não quero passar o resto da minha vida presa por ter matado um abusador.

LUIZA HELENA: Fugir? Eu não sei se é a melhor alternativa...

BETINHA: Ah tem? Então me fala qual é, me fala... Eu estou ansiosa para que você descreva qual será o desfecho dessa história de horror que estamos vivendo! (Grita).

LUIZA HELENA: (Para um momento e reflete sobre o que a irmã está falando) Está bem, vamos fazer como você quer. Nós iremos embora de Porto de Pedras!

 

Cena 04 – Na Boca do Povo, Redação [Interna/Tarde]

Música da cena: I Won’t – Colbie Caillat

(Percorremos São Paulo pelo alto dos arranha-céus, as imagens sobrevoam toda a capital paulista até surgir o prédio onde está instalada a redação da revista).

 

ÂNGELO: (Adentra na sala de Evandro) Eu vim ver se você está bem instalado em sua nova sala! (Ironiza).

EVANDRO: (Levanta a cabeça e encara Ângelo) Pelo o que vejo, você e a grande maioria de funcionários dessa empresa perderam os bons modos e esqueceram que antes de entrar em qualquer lugar, faz-se necessário bater na porta. Cuidado, viu? Eu posso me cansar dessa sua petulância, dessa sua cara de quem tem o rei na barriga e te jogar na rua.

ÂNGELO: (Sorri) Faça isso! Faça isso e você descobrirá em breve como o mundo pode dar voltas.

EVANDRO: O que você quer dizer com isso? Por acaso você sabe de alguma coisa que eu não sei? (Questiona).

ÂNGELO: Não! Claro que não. Eu só vim ver mesmo como você estava em sua nova sala, agora se me permite, voltarei ao departamento jurídico. (Dá meia volta e caminha em direção a porta).

EVANDRO: Espera!

ÂNGELO: Pois não? (Pergunta ao voltar para o mesmo lugar onde esteve).

EVANDRO: Eu sei que era você quem cuidava dessas coisas do meu querido e falecido cunhado, então consequentemente você saberá me responder. Já marcaram a leitura do testamento? Não podemos esperar tanto, precisamos esclarecer as coisas e deixar os pingos nos “is”.

ÂNGELO: Sim! A leitura do testamento foi marcada, ela irá acontecer dentro de dois dias, na mansão. Posso me retirar agora?

EVANDRO: (Gesticula com as mãos para que Ângelo se retire).

ÂNGELO: Com licença! (Deixa a sala).

EVANDRO: Não gostei do tom que esse advogadozinho usou, o que será que ele está aprontando? (Fala consigo mesmo).

 

 

Cena 05 – Chesca’s, Restaurante Italiano [Interna/Tarde]

(Francesca instrui alguns garçons sobre a manutenção na dispensa do Restaurante quando é surpreendida).

 

LOLA: (Tomada banho e usando um vestido modesto de Francesca, Lola desce a escada que dá acesso a casa de Francesca e surge no salão do restaurante).

FRANCESCA: Mas que linda, por San Gennaro! Eu não disse que esse vestido iria servir? Que olhos verdes tão lindos, você tem.

LOLA: (Arruma o vestido no corpo) Fazia tempo que eu não me via assim, não sei nem como agradecer o que você e o Enrico estão fazendo por mim. Outra pessoa jamais abrigaria uma moradora de rua e faria o que vocês estão fazendo por mim.

FRANCESCA: Somos todos bons cristãos e Dio mío gosta que façamos boas ações. Por isso, as boas novas ainda não terminaram...

LOLA: (Surpreende-se) Não?

FRANCESCA: Sabe Lola, o meu bambino é o bem mais precioso que eu tenho e eu zelo muito por ele. O que você fez por ele na outra noite, mostra muito da pessoa que você é, por isso eu resolvi te ajudar. É uma vaga modesta, mas você não gostaria de trabalhar aqui na cantina? Você pode ser ajudante dos pizzaiolos ou lavar a louça...

LOLA: (Emocionada, interrompe Francesca com um abraço) Sim, tudo o que eu quero é uma chance de recomeçar a minha vida. Eu aceito!

FRANCESCA: (Olha para Lola e seca suas lágrimas) Não se fala mais nisso, está contratada.

 

Cena 06 – Universidade Pereira Vasconcelos [Interna/Tarde]

(O professor encerra a aula na turma de Enrico. Ele se despede dos amigos e caminha em direção a saída da universidade).

 

ENRICO: (Caminha pelo canteiro da universidade quando ouve o barulho de uma moto se aproximar).

ÍTALO: Tá indo pra onde? (Questiona após diminuir a velocidade).

ENRICO: Eu tô indo pra Mooca!

ÍTALO: Sobe aí, eu te dou uma carona. Também estou indo para lá! (Diz estendendo o capacete para que Enrico coloque).

ENRICO: (Olha para Ítalo estendendo a mão para ele).

(Momentos depois, podemos notar as imagens aéreas de um viaduto, entre os carros, Ítalo surge pilotando sua moto com Enrico na garupa. De repente, seu semblante fica sério e ele se prepara para estacionar).

ENRICO: (Tira o capacete) O que houve? Porque você parou aqui? Ainda estamos longe de casa... (Desce da moto).

ÍTALO: (Desliga o motor da moto e desce logo em seguida. Os dois estão nos arredores do Parque do Ibirapuera) Eu estou ficando confuso, não sei o que está acontecendo comigo, eu não sei se eu sou mais eu...

ENRICO: (Estranha a forma como Ítalo está falando) Eu não entendo, o que você quer dizer?

ÍTALO: Eu não sei o que é isso, alias isso tudo é muito novo, nunca aconteceu... Mas eu não consigo parar de pensar em você desde que te conheci e você não sai da minha cabeça.

ENRICO: Então pode ficar tranquilo, você não está sozinho nessa... Desde o dia em que te vi pela primeira vez, não deixei de pensar em você e fico ansioso pensando quando irei te ver de novo...

ÍTALO: (Se aproxima de Enrico).

ENRICO: (Encara Ítalo nos olhos).

(E em meios as árvores do parque, Ítalo e Enrico se beijam pela primeira vez).

  

Cena 07 – Apartamento de Glória [Interna/Noite]

Música da cena: Fogo – Karin Hils

(O dia se vai e a noite logo se aproxima. Em seu apartamento, Glória e Thierry comemoram brindando com copos de vinho).

 

GLÓRIA: (Bebe um gole e faz careta) A que ponto chegamos, vinho de supermercado de esquina!

THIERRY: Melhor que nada, né mamãe? Precisávamos comemorar de alguma forma.

JUDITH: E não vão me oreferecer nem um golinho? Que falta de consideração com a diarista, hein?

GLÓRIA: Calada estrupício, shiu! Fecha esse bico. Não é porque estamos tomando vinho de quinta categoria que eu tenho a obrigação de oferecer, água da torneira está de bom tamanho para você.

JUDITH: (Chateada, vai para a cozinha).

THIERRY: Então quer dizer que já marcaram a leitura do testamento?

GLÓRIA: Será depois de amanhã. Você sabe o que isso significa, não sabe?

THIERRY: Estaremos multimilionários em menos de 48 horas...

GLÓRIA: Exatamente! Vinho barato nunca mais, voltaremos a era de champanhe francês e vinhos italianos. Mal posso esperar para retomar a minha vida, o high Society que me espere... Glória Martins de Andrade e Britto está de volta! (Comemora).

 

Cena 08 – Posto de Gasolina, Morumbi [Externa/Noite]

(No banheiro do posto de gasolina, Berbily e Maria Rita conversam sobre a vida dupla que ela tem levado).

 

MARIA RITA: (Finaliza o cabelo e em seguida passa batom enquanto se olha no espelho).

BERBILY: (Dá descarga, sai de uma das cabines e vai até a pia lavar as mãos) Eu acho que você ficou caidinha pelo seu vizinho!

MARIA RITA: Ah, o Marcelo é um cara simples, charmoso, mas...

BERBILY: Mas você tem medo de que ele não aceite essa sua vida dupla?

MARIA RITA: Bate na madeira! Nem ele, nem a minha família pode descobrir nunca o que eu faço para viver. O pai do Rafael me abandonou quando eu estava grávida, emprego tá muito difícil, principalmente com um filho tão pequeno e sem ninguém... Não foi fácil aceitar chegar nessa vida, mas eu não tive saída. Era isso ou o meu filho passaria necessidade e eu sou mãe, enquanto vida eu tiver, jamais faltará algo para ele.

BERBILY: E o vizinho bonitão?

MARIA RITA: Eu prefiro anular essa história como outras que já fiz por medo. Eu prefiro me fechar a essa possibilidade do que sofrer a rejeição pelo o que eu faço. Entre o meu segredo e o amor, eu fico com o meu segredo.

BERBILY: E você acha mesmo que é capaz de mandar no coração? Quando as coisas tem de acontecer, elas vão acontecer e ninguém pode mudar isso amiga.

MARIA RITA: (Fica pensativa com o que Berbily lhe disse) Bom, agora eu preciso ir ou o Caruso vai ficar violento, mais uma vez, obrigada por me acobertar! (Vai embora).

 

Cena 09 – Casa de Luiza Helena, Porto de Pedras [Interna/Noite]

(Betinha e Luiza Helena arrumavam as malas com poucos pertences enquanto acertavam os últimos detalhes da fuga).

 

LUIZA HELENA: Então faremos assim, pegaremos uma van amanhã cedinho e vamos até a rodoviária de Maceió e de lá...

BETINHA: E de lá, para onde iremos?

LUIZA HELENA: Isso eu ainda não sei! Também não temos muito dinheiro, então não podemos gastar todas as nossas economias só com a viagem. Eu pensei em Aracaju!

BETINHA: Aracajú? (Faz careta).

LUIZA HELENA: Sim, exatamente! Por acaso você tem alguma ideia melhor? (Luiza joga as roupas na mala e sem perceber, um envelope direcionado a ela cai dentro).

BETINHA: Você sabe exatamente para onde eu gostaria de ir, não sabe? (Joga roupa por cima da carta e ambas não percebem a existência dela).

LUIZA HELENA: Não, Roberta! Isso não... Nós não iremos para São Paulo. Nem temos dinheiro pra isso.

BETINHA: Mas...

LUIZA HELENA: (Interrompe) Mas nada Roberta Miranda! Acho melhor você nem continuar e ir dormir, temos uma viagem longa para amanhã e precisamos estar bem dispostas. (Encerra a conversa).

 

Cena 10 – Chesca’s, Restaurante Italiano [Interna/Noite]

Música da cena: Tarantella Napoletana (Instrumental)

(Na cozinha do restaurante, Lola corta alguns tomates enquanto Francesca instrui seus funcionários).

 

FRANCESCA: Pizza de marguerita para a mesa 12. O casal da mesa 9 vai querer um penne com molho bolonhesa. Engrossa esse molho, seu Ernesto... Não quero cliente reclamando da lasanha, hein? Vá benne! E por aqui, está tudo cierto, minha querida? (Pergunta ao se aproximar de Lola).

LOLA: Está sim senhora, assim que eu acabar de cortar esses tomates, eu vou lavar a louça para desafogar aquela pia.

FRANCESCA: Está bem! Seu João, a mesa 8 quer um drink. Prepara um martini e uma vodka com gelo. Agora eu vou para o salão, qualquer coisa, é só me chamar... (Francesca deixa a cozinha).

LOLA: (Olha para o garçom preparando o martini do cliente e sente vontade de beber. Depois de algum tempo observando ele manusear a bebida, volta a cortar os tomates).

 

Cena 11 – Umbu-Cajá [Interna/Noite]

(Zeca e Ítalo percebem que Marcelo está distraído no balcão do caixa).

 

ZECA: Que cara é essa de quem tá com os quatro pneus arreados, meu irmão?

ÍTALO: Ele tá assim depois que saiu com a vizinha bonitona, painho.

ZECA: E não quer ele conseguiu? Achei que o seu tio nunca iria ter coragem de chegar junto na prima do Durant.

MARCELO: Vocês dois são muito intrometidos, sabiam? E você Zeca? Pensa que eu não sei que você arrasta uma asa pra outra ali da frente, não?

ÍTALO: O que? Quer dizer que o meu pai tá a fim da italiana?

ZECA: Isso é conversa do seu tio, meu filho. Ele quer mudar o rumo da história! Além do mais, desde que sua mãe se foi, eu não quis me envolver mais com mulher nenhuma.

MARCELO: Sei... E você Ítalo? Não me diga que não está saindo com nenhuma menina?

ÍTALO: Eu? Nada... Agora ando meio sem tempo, desde que voltei a estudar, só tenho tempo de recapitular as matérias para conseguir pegar o ritmo. (Diz sem graça e tentando mudar o foco da conversa).

ZECA: Os homens dessa família estão condenados a ter sorte no jogo e azar no amor. Vamos trabalhar que a gente ganha mais... Marcelo, leva a conta na mesa 12. Ítalo, anota o pedido da mesa 5.

 

Cena 12 – Casa de Luiza Helena, Porto de Pedras [Externa/Manhã]

Música da cena: Um Pôr do Sol na Praia – Silva e Ludmilla

(Luiza Helena abre a porta e checa que na rua não há muita movimentação. Após constatar que ninguém está vendo, ela e Betinha saem de casa, cada qual com uma mala pequena).

 

LUIZA HELENA: (Entrega a mala para Betinha e fecha a porta) Vai indo lá pra fora, precisamos andar rápido para pegar a primeira van que estiver passando na estrada.

BETINHA: Anda logo, eu quero sumir dessa cidade! (Diz enquanto caminha para o lado externo da propriedade segurando as malas).

LUIZA HELENA: (Desce alguns degraus da casa, cruza o portão e o fecha. Em seguida dá uma última olhada para a casa como se estivesse se despedindo, respira fundo e segue) Pronto, podemos ir!

(Nesse momento, um carro preto se aproxima e estaciona em frente a casa de Luiza Helena. Um homem bem vestido sai do interior do veículo e se aproxima).

ANDREY: Bom dia! É aqui que mora a senhora Luiza Helena Ferreira Lima?

LUIZA HELENA: (Olha para Betinha e estranha a pergunta, mas resolve responder assim mesmo) Sim, é aqui sim. Sou eu, o que você deseja?

ANDREY: Desculpe, mas a senhora e a sua irmã terão que me acompanhar.

 

A imagem foca em Luiza Helena e Betinha assustadas. A cena congela e vira uma capa de revista.


 


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