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Força de Um Sonho - Capítulo 16

   

Continuação do Capitulo Anterior...

Policial - Gael Rodrigues?
Gael - Sou eu...
Policial - Você tem que depor, sobre acusação de agressão e tentativa de abuso.
Gael ( Sem entender ) - Como é?

Gael é levado pelo policial.


Cena 1/ Copacabana / Delegacia / Manhã/

Gael está na delegacia, sob presença de um policial.

Policial - Recebemos uma denuncia de uma jovem de nome Katia, que diz ter sido agredida por você, e que quase foi abusada.
Gael - Como é? Essa garota fez um maior escândalo no motel que a gente tava, foi tudo consensual.
Policial - Temos evidencias de uma denúncia, mas por enquanto não temos provas, pois a vitima ainda não fez corpo de delito.
Gael ( Discutindo com o policial ) - Então não tem como me culpar, não há crime sem prova, pelo menos isso eu entendo.
Policial ( Repreendendo - o ) - Controle a sua exaltação, senão te prendo por desacato aqui mesmo.
Gael - Tá certo... Vou ter que depor mais vezes?
Policial - Bem... Isso é um inquérito policial, todas às vezes que for chamado, terá que comparecer, até o fim do processo , a fim de esclarecer tudo
Gael - Quero mais é resolver isso logo...
Policial - Já está liberado, aguarde o próximo mandado.

Gael vai embora da delegacia, preocupado com o acontecimento.

Gael ( Pensativo ) - Não estou nem um pouco a fim de entrar na cadeia.


Cena 2/ Subúrbio / Casa de Ivana e Katia / Interior / Cozinha / Manhã/

Katia  está na mesa do café da manhã, junto com a sua mãe. Ela parece preocupada.

Ivana - Está tudo bem filha? Parece preocupada...

Katia ( Tomando café ) - Estou sim... Só pensando no que vou dizer nos próximos depoimentos... Acho que não vai ser tão fácil assim...

Ivana ( Aconselhando - a ) - Se você iniciou, tem que mergulhar de cabeça nesse plano, para extorquir dinheiro desse rapaz. Tudo o que você disse pode ser suficiente para voce ganhar isso, pode ter fé.

Katia - A denúncia já foi feita... Agora é só aguardar as audiências que vão vir, e eu até já sei o que vou falar em todas as vezes, vou ser bem convincente para todos me apoiarem, e assim dar a causa para mim. E esses processos sempre rendem dinheiro. ( T ) Li sobre um transexual que recebeu 20 mil por um processo contra danos morais. Só esse valor já seria ótimo para nós duas.

Ivana - Dinheiro é o que precisamos... O Haroldo morreu e não temps mais aquela ajuda só restou a aposentadoria que peguei para mim , ou então conseguir de outra maneira. Mas não podemos ficar sem, pelo bem da nossa vida.

Katia ( Apoiando a mãe ) - É isso mesmo mãe... Devemos correr atrás do que a gente quer, sem dar bobeira. Ainda bem que fui esperta e consegui pensar nisso.

Ivana ( Sorrindo ) - Você sempre inteligente... Vamos terminar o café antes que fique tarde.

Katia - Sim mãe.



Cena 3/ Ipanema / Casa de Marcelo e Wanda / Manhã/

Após o café da manhã, Gael decide ir à casa dos pais. Marcelo e Wanda se surpreendem ao vê-lo.

Marcelo ( Surpreso ) - Filho? Você por aqui?
Gael ( De cabeça baixa ) - Sei que vocês devem estar com raiva de mim, abandonei vocês e nem sei como pedir alvo.
Wanda ( Sendo solicita ) - Somos seus pais e sempre nos preocupamos com você. Se tiver algum problema é só contar. ( T). Você nao deveria ter ficado tanto tempo fora...
Gael - É que... Eu conheci uma garota numa boate, aí fui para o motel com ela, fizemos sexo e tudo... Deu tudo certo, aí no outro dia ela me chamou para irmos ao motel, fomos e ela arrumou um escândalo, disse que a agredi e abusei dela, tentei abusar, deu a maior confusão, ela inclusive me denunciou.
Marcelo ( Preocupado ) - Mas como você entrou nessa? Quer dizer, você sempre teve garotas que não conhecia... ( T). Mas ela levou isso adiante?
Gael - Pior que sim, foi até a Policia e me denunciou, agora vou ter que prestar depoimentos e torcer para que dê tudo certo. ( T). Mas como não trabalho, mal tenho dinheiro para um advogado.
Wanda ( Preocupada ) - Olha... Não queremos filho nosso na cadeia, isso seria muito ruim... Então iremos custear um advogado, afinal, é nosso filho e não podemos deixar desamparado.
Gael ( Agradecido ) - Obrigado... E o André?
Marcelo - André está trabalhando como Gestor e namorando, tendo uma ótima vida.
Gael ( Pensativo ) - É... Só eu que me lasquei...
Wanda - Vem filho, vem fazer um lanche com a gente.
Gael ( Sorrindo ) - Já é.

Cena 4/ Subúrbio / INSS / Tarde /

Regis vai até o INSS a fim de saber sobre Haroldo. Ele pega um numero e fica ao aguardo da chamada. Ele se reúne com várias pessoas, também ao aguardo de atendimento. Pouco tempo depois, ele é chamado e vai até à um caixa.

Atendente - Boa tarde, o que o senhor precisa?
Regis - Eu sou filho de Haroldo Menezes, que faleceu há um ano... Como está toda a situação?
Atendente - Primeiramente, aqui não tem registro da morte de  Haroldo Menezes... A proposito, o salario dele continua, só precisa fazer a prova de vida que ainda não foi feita.
Régis ( Sem entender ) - Não estou entendendo... Como o salario continua se o meu pai morreu? Pelo que sei, quando alguem morre, é necessário informar tudo.
Atendente ( Mostrando os dados ) - Olha, aqui tem dizendo que uma moça chamada Ivana, filha dele, recebe o salario, com uma procuração.
Regis ( Surpreso ) - Perai? Queer dizer que ela está recebendo o salario de uma pessoa morta? Isso não é crime?
Atendente - Pode ser também um engano... Ou também um crime de estelionato. Mas todos os dados são revisados, sempre há o pente fino e pode estar acontecendo um crime sim. Procure analisar tudo.
Regis ( Sério ) - É isso que vou fazer... Obrigado.

Regis se despede e vai embora do INSS.

Cena 5/ Copacabana / Casa de André / Interior / Sala / Tarde/

André está em sua casa, lendo o jornal, quando pensa em Janaina e decide ligar para ela.

Ligação on

André - Alô? Janaina?
Janaina - Oi André... Como vai?
André - Vou bem... Com saudades de você. Não nos vimos ontem...
Janaina - Estive meio atarefada, provas, trabalhos... Mas também senti sua falta, ainda mais agora que nos fortalecemos.
André - Sabe o que é melhor? Amanhã voce vir aqui para casa? Apenas para conversarmos, batermos um papo? É final de semana... Poderíamos passar um tempo juntos...
Janaina ( Sorrindo ) - Adorei a ideia... Então nos vemos lá...
André - Tchau, te amo.
Janaina - Também te amo muito...

Ligação off

Cena 6/ Batalhão da PM / Interior /  Tarde/


Durante uma reunião com os policiais, Juliano é chamado para uma conversa com o delegado.

Juliano ( Curioso ) - Soube que fui chamado... Fiz alguma coisa errada?
Delegado - Estou chamando um a um para informar que alguns policiais têm desaparecido nos momentos de ocupação,  e você tem sido um deles. ( T). Durante uma ocupação, todos têm que estar em seus postos, a fim de conseguir o objetivo.
Juliano ( Tentando disfarçar ) - Mas eu já prendi alguns bandidos nas ocupações... Aí prefiro ficar circulando. ( T). Em relação ao celular, é porque minha familia fica preocupada comigo , por causa das operações.
Delegado - Alem disso, alguns armamentos também desapareceram, que seriam usados nas próximas operações, e por causa disso, tivemos que ir à procura de outros... Sabe algo a respeito?
Juliano ( Disfarçando preocupação ) - Não sei nada disso... Talvez alguem tenha entrado à noite e roubado, só isso... Não creio que alguem daqui seja capaz de roubar o próprio lugar de trabalho, ainda mais nos dias de hoje que é tão difícil conseguir um emprego...
Delegado ( Repreendendo - o ) - Olha Juliano... Aqui temos um regulamento bem rigoroso... E se descobrirmos alguma infração contrária ao que você disse, é passível de demissão. Espero que tenha ficado claro.
Juliano - Sim senhor...

Juliano deixa a reunião e volta para o pelotão.


Dia seguinte...

Cena 7/ Subúrbio / Casa de Ivana e Katia / Manhã/


Katia e Ivana estavam relaxadas aproveitando o dia quando alguém bate à porta. É Régis.

Ivana ( Surpresa ao vê-lo ) - Regis? O que faz aqui?
Regis - Bem, eu vim para conversar sobre algumas coisas que fiquei sabendo?
Ivana ( Preocupada ) - Que tipo de coisas?
Regis - Eu fui à Previdência, conversei e fiquei sabendo que você recebe o dinheiro do Haroldo, e que lá, ele não consta como mortoaté trouxe os documentos que consegui.

Regis mostra os documentos e Ivana tenta reverter.

Ivana - É que fizemos isso sem saber... Não queríamos ficar sem dinheiro e não informamos a morte do Haroldo, só isso, não foi por mal...
Regis ( Sem acreditar em Ivana ) - Não fez por mal? Isso é crime, estelionato, se aproveitou da morte do nosso pai para ganhar dinheiro... Mas fique sabendo que eu cortei tudo, e vocês vão ficar sem dinheiro, para deixar de ser criminosas.
Katia ( Entrando na conversa) - Não somos criminosas, apenas queremos ter dinheiro mais facilmente, a mamãe esta cerra.
Regis ( Ameaçando - as ) - Fiquem aguardando o processo , porque ele vem logo logo, podem aguardar.

Regis vai embora.

Ivana ( Preocupada ) - O que a gente vai fazer? O Regis não pode entregar a gente...

Nesse momento, chega um policial com uma intimação.

Policial - Katia Medeiros?
Katia - Sim, o que deseja?
Policial - Você precisa vir conosco para um interrogatório.

Katia sai com o policial, rumo à delegacia.

Cena 8/ Subúrbio / Casa de Julio / Interior / Sala / Tarde/

Leandro e Julio assistem TV na sala de casa. Então , eles lembram sobre a briga que participaram.

Julio - Estava lembrando do dia que a gente saiu... Estava tudo legal quando veio aquela briga do nada.
Leandro( Mudando de canal ) - Aquela homofóbica... Começou a insultar a gente, por isso que eu a enfrentei. Veio me insultar porque eabarrei nela , como se fosse rainha...
Julio - Rainha? Só se for a rainha da sarjeta, gente preconceituosa para mim não presta, mas... como não sou de discutir, faço à egípcia muitas vezes e finjo que nem vejo. A não ser que fira meus direitos.
Leandro ( Concordando ) - Isso mesmo... Nossos direitos estão assegurados, e não podem ser feridos, e se alguem pisar no meu calo, eu falo mesmo.
Julio ( Pensativo ) - Às vezes penso quando isso irá parar... As pessoas não deixam esse preconceito, e olha que... mesmo estudando História, vejo que o preconceito vem desde os primórdios. É necessária muita sanidade mental para viver no mundo de hoje.
Leandro - Precisamos mesmo... ( T). Outro dia estava lendo uma web novela, chamada Redenção, e tinha um casal, Luteus, Lucas e Mateus... Que química eles tinham... Do começo ao fim eles eram apaixonados, não me canso de ler.
Julio ( Sorrindo ) - Não sabia que curtia web novelas... Bem eclético.
Leandro - Eu leio tudo... Leio tudo que é LGBT. ( T ) À proposito, eu estou a fim de sair hoje, vamos? Eu vou bem feminina.
Julio - Vamos sim. E espero que não tenha ninguém para importunar a gente.
Leandro ( Dando risada ) - Não pode ter não, tem que ser babado.
Julio ( Observando a TV ) - Olha vai começar Avenida Brasil!
Leandro - Amo essa novela... Quando terminar a gente vai.


Cena 9/ Delegacia / Interior / Tarde/

Gael e Katia estão no interrogatório, frente à frente, prestando depoimentos sobre a noite.

Delegado - Eu preciso que digam realmente o que aconteceu naquela noite.

Gael ( Tendo recordações ) - A gente saiu duas vezes, nos conhecemos numa boate e fomos para um motel, fizemos sexo, selvagem à proposito... Depois, em outro dia... ( apontando para Katia ) ela me ligou para irmos ao motel. Estava tudo bem, transando, quando ela começou um escândalo alegando que eu a agredi...
Katia ( Interrompendo - o )  - Alegando? Você me agrediu.
Delegado ( Interrompendo - a ) - Deixe o Gael terminar.
Gael - Então... Eu não fiz nada além das relações sexuais, nada disso...
Delegado - Katia, sua vez.
Katia - O que o Gael disse é mentira, eu fui agredida sim, ele me bateu e tudo, e tenho gravações que podem provar.
Gael ( Interrogando - a ) - Mostra então! Fala a verdade!
Katia ( Tentando disfarçar ) - É... o meu celular esta com problemas, vou ter que pedir para consertar... Mas tenho o vídeo comigo e vou mostrar que você, Gael, me agrediu.
Gael ( Irritado ) - Tu é louca, isso que é...

Enquanto isso, o advogado de Gael observa o interrogatório enquanto faz algumas anotações.

Advogado - Bem... Vejo que o meu cliente esta sendo acusado de crimes graves, agressão e tentativa de abuso... Coisa que não podemos alegar com exatidão pois não temos um laudo, então preciso das fitas dessa noite no motel.
Katia ( Preocupada ) - Não... Não precisa não... Eu estou falando a verdade...
Delegado - O pedido foi aceito, e em breve serão informados da nova data que precisarão comparecer.

Katia ( Pensando ) - Ai meu Deus ... Vou acabar me dando mal...

Cena 10/ UFF / Noite/

Wesley está assistindo uma aula que fala sobre preconceito racial, junto com seus colegas.

Professor -  Racismo é a crença em que uma raça, etnia ou certas características físicas sejam superiores a outras.
O racismo pode se manifestar tanto em nível individual, como em nível institucional, através de políticas como a escravidão, o apartheid, o holocausto, o colonialismo, o imperialismo, dentre outros. Alguem tem algo a comentar sobre o tema?
Wesley levanta a mão

Wesley - Acho que o racismo já está enraizado na sociedade, uma pessoa negra é tratada como desdém, e digo isso por experiencia própria, pois eu e minha irmã, Janaina, sofremos com o racismo.
Em seguida, um dos alunos entra no assunto.
Aluno - Eu acho que esse pessoal gosta de se vitimizar, tudo é preconceito, mimimi, não se pode falar nada.. O mundo está muito chato.
Wesley ( Indignado ) - Como é? Combater o preconceito não é mimimi. Eu nasci e cresci na comunidade, moro no Vidigal e faço tudo para não ser conhecido como o cara da favela. Já você, branco, nunca sofrerá racismo. Vitimismo nesse caso não existe, e a pessoa que nunca passou por isso , não entende.
Aluno - Esse pessoal só quer saber de militar, enche o saco, ninguém quer saber se alguem sofre racismo ou preconceito, devemos viver a vida. Voce é muito extremista.
Wesley ( Continuando a discussão ) - Viver a vida? Muitas pessoas sofrem por causa do preconceito e até entram em depressão. Ser extremista não é ser incorreto, eu sou extremista porque quero lutar por meus direitos.
Daniela ( Apoiando Wesley ) - Eu concordo, tenho uma amiga que é racista e eu mesmo não gosto de algumas posições...

Professor - Bem, a discussão continua em outro assunto.

Wesley se Vira para frente e continua a assistir a aula.
Professor - Bem... Durante a Escravidão, muitos negros...

Cena 11/ Copacabana / Boate / Frente / Noite/


Após curtirem uma festa na boate, Leandro e Julio saem alegres pela curtição, inclusive cantando uma música.


Leandro - Can't read my, can't read my
No, he can't read my poker face
(She's got me like nobody)
Can't read my, can't read my
No, he can't read my poker face
(She's got me like nobody)

Julio - P-p-p-poker face, p-p-poker face (mum-mum-mum-mah)
P-p-p-poker face, p-p-poker face (mum-mum-mum-mah)

De repente, aparece uma gangue indo em direção do casal, munidos de lâmpadas e facas.

Homem 1 - Olha o que temos aqui... Duas maricas andando... E uma delas parece até mulher...
Homem 2 - Que vergonha, ainda bem tem a gente para dar um jeito.

Leandro ( Enfrentando - os ) - O que fazem aqui? Vão embora e não enche o nosso saco.
Julio ( Também os enfrentando ) - Homofobicos, corja assim me enoja.

Homem 3 - Ah... O viado decidiu falar... Nossa... Uma pena que pessoas assim tenham um triste fim, acabem na vala...

Leandro ( p/ Julio ) - Gato, é melhor irmos embora. Não vamos perder nosso tempo discutindo com gente assim.
Julio - Verdade, vamos sair daqui...

Ao ver Leandro e Julio virarem as costas, os homens seguem o casal até que os alcançam. Um dos homens pega uma lampada e quebra na cabeça de Leandro, que cai ferido, mas se levanta e tenta lutar contra os homens, mas é empurrado novamente. Julio decide entrar na briga.

Julio ( Defendendo Leandro) - Vocês não vão agredir o meu namorado, não vão...
Homem 1 - Viado bom é viado morto!

Julio empurra um dos homens e o derruba, mas um deles pega uma faca e o golpeia nas costas, fazendo Julio cair. Os homens saem correndo.

Julio ( Perdendo sangue ) - Aaaah... Leandro...
Leandro - Tenho que ligar... E chamar uma ambulância.

Leandro pega o celular e liga para os pais, Otavio atende.

Ligação on

Leandro ( Com dor ) - Pai... Alo?
Otavio ( Surpreso ) - Filho ? Houve alguma coisa?
Leandro - Eu e meu namorado fomos agredidos... Chame uma ambulância.
Otavio ( Preocupado ) - Como assim agredidos?
Leandro ,- Depois explico... Chame... Meu namorado não pode morrer,.
Otavio - Irei enviar uma viatura também, me informe lugar...
Leandro - Eu estou na... ( Ele informa o endereço. )

Ligação off

Leandro ( Preocupado com Julio ) - Vamos Júlio... Resista.
Julio - Estou resistindo...

Cena 12/ UFF / Frente / Noite/ 

Wesley e Daniela estão reunidos fora da faculdade e decidem conversar sobre a aula que tiveram.

Wesley - Dani... Adorei as aulas de hoje, foram ótimas.
Daniela - Eu também gostei, e também gostei de você falando sobre racismo na aula, arrasou geral.
Wesley ( Explicando ) - Bem... Eu e a Janaina vivemos na militância, então não ficamos sem se posicionar. Em qualquer situação mostramos nosso ponto de vista, e numa situação de adversidade, não ficamos calados.
Daniela - Sabe... Eu sou amiga da Paula há um tempo, mas às vezes umas atitudes dela me incomodam principalmente quando ela é preconceituosa. Muitas coisas eu não concordo, mas nem entro em discussão.
Wesley - Mas você tem que se posicionar... ( T). E foi a Paula que insultou a Janaina, eu vi o video completo e achei bem feito ela levar processo.
Daniela - Eu nunca conheci a sua familia, e também nunca visitei a favela, mas deve ter muitas pessoas de bem.
Wesley - Tem sim... Inclusive um amigo meu, que foi baleado e hoje esta numa cadeira de rodas.
Daniela - A violencia é grande, infelizmente... Eu às vezes fico com receio de ir em alguns lugares...
Wesley ( Apoiando - a ) - Até eu tenho, mas escondo tudo. E comigo... Não terá nenhum medo.
Daniela ( Sorrindo ) - Como assim?

Wesley lhe dá um beijo. Eles acabam se beijando.

Daniela ( Tentando disfarçar ) - Eu não esperava...
Wesley ( Sorrindo ) - E nem eu... ( T). Vou te levar em casa.


Cena 13/ Hospital / Noite/ 

Após a ligação de Leandro e o transporte ao hospital, Mara e Otavio chegam desesperados  e encontram o médico.

Mara ( Apressada ) - Como está o Leandro?
Otavio ( Preocupado ) - Ele vai ficar bem?
Medico - Bem... O Leandro precisou passar por uma pequena cirurgia, para levar alguns pontos, porque foi atingido por uma lâmpada.
Mara ( Em choque ) - Uma lampada?
Médico - Sim, uns estilhaços acabaram causando um corte, mas que já foi suturado, e ele está descansando.
Otavio ( Mostrando indignação ) - Quase causamos a morte do nosso filho com esse preconceito estúpido, ele podia ter morrido.
Mara ( Apoiando Otavio ) - Rejeitamos o Leandro e o namorado, e agora estamos aqui , num hospital. ( T). A propósito, como está o Julio?
Medico - Ele está na UTI, a perfuração acabou atingindo alguns órgãos, e será necessária uma transfusão de sangue.
Otavio - A gente pode vê-los?
Medico ( Guiando - os ) - Claro que sim, sigam a esquerda...

Cena 14/  Ipanema / Casa de André / Noite /

Janaina chega à casa de André, bem arrumada e ele a recebe.

André ( Feliz ao vê-la ) - Janaina! Você está linda...
Janaina ( Sorrindo ) - Obrigada... Me arrumei para vir para  cá, você havia me chamado.
André ( Galanteador ) - Mas acho que você nem precisa se arrumar... É linda de qualquer jeito... ( Guiando - a até o quarto ). Venha comigo ver o que preparei para você.


André venda os olhos de Janaina e a leva ao quarto. Ao chegarem , o quarto está decorado com pétalas de rosa sobre todo o ambiente e algumas velas. André retira a venda de Janaina e ela se emociona ao ver tudo.

Janaina ( Emocionada ) - Que lindo Andre! Fez tudo isso para mim?
André ( Galanteador ) - Fiz sim... Uma mulher como você, deslumbrante, merece todo o amor do mundo... Estou apaixonado por você desde a primeira vez que eu te vi e tenho a certeza que o amor é incrível.
Janaína - Eu também te amo André, como nunca amei ninguém antes... Você me conquistou e pouco a pouco sinto que ficamos inseparáveis... Prova disso éo que você preparou, uma bela noite romantica...
André - Nada melhor do que passar a noite com quem a gente ama, te amar é um prazer... Entregue - se a mim, e terá muito, mas muito amor...
Janaina - Você é um rapaz incrível... E tenho a honra de ter te conhecido... E me entregarei a você...

André e Janaina caminham para o centro do coração feito de flores e começam a trocar carícias, iniciando - se pelo pescoço, fazendo ambos sentirem prazer mútuo.Em seguida, começam a descer as mãos. André retira delicadamente o vestido de Janaina enquanto ela retira suavemente a camisa de seu namorado, até ficarem de roupas íntimas. Depois, André coloca Janaina na cama e eles iniciam o ato, cobertos.

André - Te amo Janaina.
Janaina - Também te amo André...

Os dois trocam carícias novamente, até adormercerem.

Cena 15/ Hospital /Interior / Noite /

Mara e Otavio chegam preocupados ao quarto do filho, acompanhados do médico .

Leandro ( Surpreso ) - Mãe, pai?
Mara ( Com lágrimas nos olhos ) - Filho... Nos perdoa...
Otavio ( Tentando se controlar ) - Fomos injustos com você... E agora está aí... Numa cama de hospital...
Leandro ( Com dores na cabeça ) - Eu estou bem... Só a minha cabeça que dói um pouco, onde fui agredido.
Medico ( Com um prontuário em mãos ) - Como sabe, você passou por uma minicirurgia, e foram necessários alguns pontos no local, mas está fora de perigo.
Mara ( Aliviada ) - Gracas à Deus... Vendo você aqui, bem, me faz sentir melhor. O que me preocupa é que o bando tenha fugido.
Leandro - Sim... Mas foi tudo tão rápido que nem deu tempo de reconhecer todos, ainda mais que eu quase desmaiei. Quando vi, o Julio estava caído com sangue.
Otavio ( Indignado ) - Se eu os localizasse, seria capaz de eu mesmo prender ele.
Leandro - E ... Como está o Julio?
Mara - O Julio...
Medico - O Julio teve uma perfuração, próxima ao pulmão, e irá precisar de transfusão de sangue. Além de precisar de uma transfusão de sangue.
Leandro ( Preocupado ) - Eu preciso salvar ele.

Cena 16/  Copacabana / Casa de Paula / Noite /

Em mais uma noite juntos, Juliano e Paula jogam conversa fora.

Paula - Então, como esta indo o trabalho no batalhão ?
Juliano - Tá indo bem... Mas o delegado resolveu me chamar porque acha que estou ajudando os traficantes.
Paula ( Sem entender ) - Como assim ajudando? Voce faz alguma coisa?
Juliano - Há alguns anos, quando entrei na Policia Militar, conheci um traficante chamado Jadson, que é o chefe do tráfico da Rocinha. Desde então eu passo informações a todo momento, e ele me paga, tipo uma troca de favores. Só que isso ninguém sabe, só eu e ele, senão posso ser preso ou morto.
Paula ( Surpresa ) - Hum... Interessante... ( T). À propósito, uma vez eu conheci um Jadson, quando entreguei que a Janaina devia o Jadson. Além de ser negro, parece ser escroto... Mas para alguem com esse poder... Precisa ser assim.
Juliano ( Segurando a mão de Paula ) - Eu confio em você, sei que é assim como eu e isso ficará tudo entre nós. Não posso perder meu emprego.
Paula - Mas o que você recebe em troca ?
Juliano - Ah... Dinheiro, drogas... O que tiver. Aí faço venda por trás, mas nunca fui pego.
Paula ( Maquiavélica ) - Hum... Drogas... Isso seria perfeito para eu me vingar da Janaina... Perfeito.
Juliano - O que você pretende fazer?
Paula - Temos que pensar... Mas acho que a Janaina irá ter uma surpresinha... Hahaha.

Cena 17/ Hospital / Interior / Quarto de Leandro / Noite

Após saber do estado de saúde de Julio, Leandro se preocupa com o namorado.

Leandro ( Preocupado ) - Eu preciso salvar ele.
Médico - Voce não pode doar sangue.
Mara - Como assim ele não pode doar sangue? É por causa da cirurgia?
Médico - Homossexuais como você, tem que ficar um certo tempo sem ter relações sexuais.
Leandro - Homossexuais como eu? Agora tenho rótulo? ( irritado ) Sem ele minha vida não tem sentido!
Medico ( Tentando reverter ) - Não... O que eu disse é que quem é gay tem um código mais exigente, e você não pode doar sangue, se teve relações sexuais com seu parceiro.

Leandro retira o soro e decide ir ver o namorado, fazendo sair sangue do braço.
Mara ( Preocupada ) - Filho ... Descanse, não se machuque mais.
Otavio ( Decidido ) - Eu vou doar.

GANCHO




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