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Por que, Pai? - Episódio 05

 


Por que, pai?




Continuação a partir do fim do último episódio: Pizzaria do Sr. Klaus/Interior/Noite


MARINA - Já que vocês dois procuram pelo pai de cada um de vocês. E se nós três fizéssemos isso juntos.


JULIANO - Eu ajudo no caso da Fernanda.


FERNANDA - E eu no caso do Juliano.


MARINA - Isso.


Juliano, Fernanda e Marina selam uma parceria.



Episódio 5


Cena 01: Pizzaria/Interior/Noite


Juliano, Marina e Fernanda planejam


MARINA - Então, a primeira coisa que precisamos é o nome do pai de vocês.


JULIANO - Vou pegar com minha mãe o nome completo.


FERNANDA - Eu vou ter que descobrir. Minha mãe não vai me falar.


Lorena sente enjôo e vai ao banheiro


FRED - O que foi com ela Danilo?


DANILO - Tá meio enjoada.


Marina e Fernanda vão ao banheiro


Cena 02: Pizzaria/Banheiro/Interior/Noite


Marina e Fernanda escutam Lorena vomitando


FERNANDA - Tá tudo bem, Lorena?


MARINA - Tá precisando de alguma coisa?


Lorena sai do banheiro


LORENA - Tá passando já.


Lorena lava o rosto na pia


FERNANDA - Se precisar de alguma coisa pode falar.


LORENA - Tá bem, obrigada.


As três saem do banheiro e caminham para a mesa


MARINA - Então gente, vamos embora!


FRED - Vamos!


Todos levantam e se despedem


Cena 03: Casa de Stéfany/Quarto/Interior/Noite


Stéfany sente dores após apanhar de Conrado


CONRADO - Isso é pra você aprender. Também não quero sexo nenhum mais. Se eu quiser pego uma dessas piranhas na rua. E sai da minha frente.


Conrado empurra Stéfany


Stéfany sai do seu quarto. Vai no quarto de Kika, acorda a menina. Ela pega Kika e sai da sua casa em direção à casa de Marlene.


Cena 04: Casa de Juliano/Sala/Interior/Noite


Marlene está no seu quarto, quando Stéfany bate na porta.


MARLENE - Deve ser o Juliano.


Marlene sai do quarto para abrir a porta e fica surpresa ao ver Stéfany que está com Kika no colo. Stéfany demonstra nervosismo.


STÉFANY - Deixa eu dormir aqui hoje,Marlene?


MARLENE - Claro!


Stéfany entra com Kika


MARLENE - O que aconteceu, Stéfany?


STÉFANY - É que/


MARLENE - Amanhã você me fala. Estou vendo que você está nervosa. Você pode ficar no quarto do Juliano, que ele dorme na sala.


Marlene conduz Stéfany ao quarto de Juliano


STÉFANY - Marlene, eu não quero incomodar/


Marlene interrompe


MARLENE - Não, pode ficar à vontade. Não se preocupe não.


STÉFANY - Sou muito agradecida, Marlene.


Marlene sorri


MARLENE - Pode contar comigo. Durma bem!


Marlene deixa Stéfany com Kika no quarto e vai pra sala.


Cena 05: Carro de Danilo/Noite


LORENA - Amanhã eu vou contar pra minha mãe, Dan. Não dá mais pra esconder. Eu quero que ela saiba antes de outras pessoas.


DANILO - É verdade. Hoje na pizzaria eles poderiam ter desconfiado de alguma coisa.


LORENA - Pois é. Eu vou contar.





Cena 06: Casa de Juliano/Sala/Interior/Noite


Marlene está na sala, quando Juliano chega.


MARLENE - Oi, meu filho.


JULIANO - Oi, mãe.


Marlene avisa


MARLENE - Meu filho, a Stéfany chegou aqui em casa desesperada agora a noite, pedindo pra dormir aqui.


JULIANO - O que aconteceu?


MARLENE - Ela não explicou, ela estava muito nervosa, falei pra ela deixar pra me contar amanhã. Mas deve ser alguma coisa com o marido né.


JULIANO - É.


MARLENE - Aí, meu filho, eu falei pra ela dormir no seu quarto. Você dorme aqui na sala. Peguei uma roupa sua pra você se trocar e não precisar entrar lá.


JULIANO - Tá bom, mãe.


MARLENE - Cadê a Bárbara?


JULIANO - Já levei ela pra casa


MARLENE - Achei que ela fosse dormir aqui.


JULIANO - Ela ia dormir aqui, mas desistiu.


MARLENE - Ué.


Cena 07: Casa de Bárbara/Sala/Interior/Noite


A prima de Bárbara estranha que ela esteja em casa.


SABRINA - Você não iria dormir lá na casa do Juliano?


BÁRBARA - Eu ia, mas não quis mais.


SABRINA - Por que?


Bárbara fala nervosa


BÁRBARA - Juliano fez novas amizades. Incluindo duas novas amigas, selaram parceria e tudo nesse negócio de achar o pai dele. Eu não gostei.


SABRINA - Ciúmes né?


BÁRBARA - Ah, é ciúmes. Eu tenho ciúmes. Não gostei e pronto.


SABRINA - Tá bom, não precisa ficar nervosa.


Elas ficam em silêncio


SABRINA - Mas olha só. Homem não gosta de ciúmes. Eu tenho experiência, eu sei dizer. Você sabe da minha profissão né? O que tem de cliente que reclama que a mulher é ciumenta, que isso e aquilo. Não quero dizer que só mulher é ciumenta, os homens também são. Mas controla isso Bárbara. Se elas vão ajudar a achar o pai dele, isso é bom.


BÁRBARA - Tá bom, Sabrina. Entendi.



Takes com imagens da noite trocando pra manhã da Vila Isabel, trazendo a fachada da casa de Juliano.


Cena 08: Casa de Juliano/

Cozinha/Interior/Manhã


Marlene serve café na mesa para Stéfany e Kika


STÉFANY - Marlene, eu sou muito grata. Eu não vou esquecer o que a senhora fez por nós essa noite. Muito obrigada!


MARLENE - Não precisa agradecer não. Eu fiz de coração.


Marlene sorri e pega na mão de Stéfany


MARLENE - Você gostaria de me contar o que aconteceu ontem?


STÉFANY - Eu conto, até porque eu preciso desabafar Marlene. Eu estou cansada, sabe, saturada. Só que pode ser lá na minha casa?


Marlene faz com a cabeça que sim.


STÉFANY - Porque eu me sinto mais a vontade pra contar. E pra não atrapalhar o Juliano que ainda está dormindo.


MARLENE - Será que seu marido deixou lá aberto?


STÉFANY - Nem sei, Marlene. Tenho que ir lá pra ver.


Kika termina de comer um pedaço de bolo


MARLENE - Gostou do bolo Kika?


KIKA - Estava uma delícia, tia Marlene.


MARLENE - Vou arrumar um pote pra você levar um pedaço pra sua casa.


Cena 09: Casa de Stéfany/Sala/Interior/Manhã


Stéfany chega com Kika e Marlene em sua casa


STÉFANY - Ele deixou a porta aberta.


Elas entram


STÉFANY - Pode entrar Marlene. Só não repara. Pode ficar à vontade.


Marlene entra e senta no sofá.


MARLENE - Então, se você quiser me contar.


STÉFANY - Kika vai lá para o seu quarto pra eu conversar com a tia Marlene. É assunto de gente grande.


KIKA - Tá bom, mamãe.


Stéfany se assenta ao lado de Marlene e desabafa.


STÉFANY - Então, imagino que você já tenha noção do que aconteceu. O Conrado me bateu, mais uma vez.


MARLENE - Eu imaginei.


Stéfany começa a chorar.


STÉFANY - Sabe, Marlene, eu estou muito cansada disso tudo. São anos que eu moro aqui, e eu tenho apanhado todo esse tempo. Eu conheci o Conrado em Tocantins, ele estava lá a trabalho. Eu me senti tão amada, parecia que tinha encontrado a felicidade. Aí deu o dia dele voltar pra cá, eu decidi e vim com ele, pra continuar a viver a felicidade que eu achava que seria nossas vidas. Eu já estava grávida da Kika na época. Eu cheguei com ele aqui no Rio, fomos morar com minha sogra, mas ela mora no interior do estado, para o Conrado aqui era melhor, viemos pra cá. Desde então moramos aqui na Vila. No começo até que era bom, mas a partir de uma época o Conrado só grita, agride, ameaça. E eu, tô sempre cheia de marcas. Já pensei, milhares de vezes em voltar pra Tocantins e largar Conrado aqui, mas aí ele melhora o comportamento, parece que vai mudar, fala que ama, e eu acabo perdoando. Já perdi a conta de quantas vezes perdoei ele. E ele nunca muda. Numa mesma conversa que ele fala que ama, ele grita, no final da conversa me agride. Sem falar no psicológico; ele fala que sem ele eu não sou ninguém, que eu sou feia, que ninguém além dele me quer, que eu tenho que agradecer por ter ele. Eu tô cansada, saturada, destruída, marcada, eu não tenho mais forças pra tentar recomeçar, pra seguir minha vida, eu não tenho coragem pra denunciar, às vezes parece que ele tá certo, que sem ele eu não sou ninguém. E… A gente tá aqui conversando agora nesta sala, e hoje a noite eu posso está apanhando aqui, é uma possibilidade. Eu não sei o que fazer. E eu dependo dele pra criar nossa filha, pra comer, pra vestir.


MARLENE - Olha, você é maravilhosa. Você tem forças sim, você é mais forte do que imagina. Não tenha medo de encarar a vida de novo, não tenha medo de recomeçar. Você deveria denunciar ele, ligar no 180. É o melhor que você faz. Volta pra Tocantins, volta pra casa da sua mãe com sua filha, arruma um emprego e reconstrói sua vida. Eu sei que não é fácil, mas você é capaz. Você merece muito mais da vida. Deus não te quer assim, Deus não se agrada de ver um filho seu sofrendo. Pensa bem, você é batalhadora, você consegue.


Cena 10: Casa de Lorena/Sala/Interior/Tarde


Carolina e Dona Wilma conversam


CAROLINA - O André volta na próxima semana, mamãe.


DONA WILMA - Ah, que bom. Estou com saudades do meu neto.


CAROLINA - Eu também.


Lorena chega na sala ansiosa


LORENA - Mãe… é… eu preciso falar com você e com minha avó.


CAROLINA - Pode falar. Você parece nervosa, o que foi?


LORENA - É que… mãe, vó, eu estou grávida.


Carolina fica nervosa


CAROLINA - Como é? Grávida? Lorena, você só pode estar maluca. Olha sua idade, Lorena.


LORENA - Aconteceu mãe.


CAROLINA - Aconteceu, Lorena? Você sabia que existe camisinha? Que existem contraceptivos? E agora? Você vai fazer o que da vida? Vai estudar como? O Danilo tá tranquilo sabendo que vai ser pai?


LORENA - Mãe, ele tá sendo maravilhoso.


CAROLINA - Agora vocês vão se virar pra criar essa criança.


Dona Wilma acalma o clima


DONA WILMA - Carolina, não adianta em nada esse stress. Agora que já fez, tá feito. Deveria ter evitado, minha neta. Mas não adianta se estressar agora. Já foi e pronto. E Lorena vai continuar estudando, vai continuar a vida, e com um filho.


CAROLINA - Como você descobriu? Fez exame de sangue escondido?


LORENA - Não, mãe. Eu fiz um teste de farmácia e deu positivo. Eu estava e estou ainda sentindo os sintomas do início da gestação. Eu queria te contar primeiro pra depois fazer as outras coisas.


Cena 11: Casa de Danilo/Sala/Interior/Tarde


Danilo acaba de contar da gravidez de Lorena para seus pais, Ivone e Rodrigo.


IVONE - Danilo, e seus estudos, esse filho pode te atrapalhar.


DANILO - Mãe, não tem jeito, eu vou ter que conciliar os dois. Eu não vou largar a Lorena com um filho. Eu vou ser um bom pai, e vou continuar meus estudos.


IVONE - Vocês poderiam ter evitado. Imagina Rodrigo, eu avó com essa idade?


RODRIGO - Ué, vai ser chamada de avó sim. Essa criança é nosso neto e vai conviver nessa casa também. A Lorena é uma boa moça.


IVONE - Pelo menos é de boa família.


Danilo abraça seus pais


DANILO - Parabéns avós.


RODRIGO - Parabéns pra você, papai.


Ivone fala pensando na sua vaidade


IVONE - Meu Deus, eu avó! Danilo, eu não tenho cara pra avó.


Rodrigo e Danilo riem


IVONE - Mas enfim, nós vamos então fazer um jantar com a família da Lorena. Pode convidar elas. Convidar não, convocar viu Danilo. Faz uma convocação.


Cena 12: Casa de Lizandra/ Cozinha/Interior/Noite


Kátia está saindo pra trabalhar


KÁTIA - Lizandra, eu deixei a janta pronta tá.


LIZANDRA - Tá bom, mãe.


KÁTIA - Não deixa seu irmão ir dormir tarde.


LIZANDRA - Pode deixar. Você vai chegar que horas?


KÁTIA - Depende da hora que acabar o serviço lá.


Lizandra fala preocupada


LIZANDRA - Entendi.


Cena 13: Casa de Stéfany/ Cozinha/Interior/Noite


Stéfany, Conrado e Kika estão jantando à mesa.


CONRADO - Onde vocês dormiram essa noite?


STÉFANY - Dormimos na Marlene.


Conrado fica emburrado e em silêncio.


STÉFANY - Conrado, amanhã eu estou indo embora dessa casa.


Conrado debocha


CONRADO - E vai pra onde? Você depende de mim pra tudo.


STÉFANY - Eu vou me virar. Só não quero mais essa relação.


Conrado se enfurece


CONRADO - Vai então. Quero vê você conseguir viver sem mim. Você depende de mim Stéfany, quero vê.


Conrado ri maldosamente


Cena 14: Casa de Marina/Quarto de Marcelo/Interior/Noite


Marcelo está deitado e chorando muito.


Pensamentos ecoam em sua cabeça:


"Eu não sirvo pra nada"

"Meu pai nunca vai me amar"

"Nunca vão me aceitar como eu sou"

"Vão ter vergonha de mim"

"Vão me odiar"

"Eu não tenho futuro"

"Não vão me aceitar, eu serei a vergonha da família"


Marcelo chora cada vez mais.

Marcelo se levanta da cama, caminha até o guarda-roupas. Ele abre o guarda-roupas e pega sua mochila. Da mochila, ele tira um saquinho com drogas e vai para o banheiro do seu quarto.

No banheiro do quarto, ele despeja as drogas em cima da pia. Marcelo faz uso das drogas. Marcelo olha sério e depressivo para o espelho. A câmera foca em seu rosto.


Cena 15: Casa de Lizandra/Sala/Interior/Noite


Lizandra está deitada no sofá assistindo um programa na TV.

Maurício sai do seu quarto e vai até a sala falar com Lizandra.


MAURÍCIO - Sua mãe vai chegar só mais tarde né?


LIZANDRA - Sim.


MAURÍCIO - Hum.


Silêncio


MAURÍCIO - E seu irmão, está dormindo?


LIZANDRA - Já deitou já.


MAURÍCIO - Hum.


Maurício olha com desejo para Lizandra. Lizandra percebe o olhar de Maurício.


Maurício coloca a mão em suas partes íntimas e diz a Lizandra


MAURÍCIO - Você não queria colocar tranças? Dorme lá no meu quarto comigo que eu te dou o dinheiro.


Lizandra fica assustada com o assédio de Maurício. A câmera foca em seu rosto.


A cena congela


Fim do episódio.

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