Lágimas no Olhar - Capítulo 09

 

Escrita por: Ricky Nascimento

CAPÍTULO 9:  "TIRO, PORRADA, BOMBA!"

No capítulo anterior…

Dinoráh conta a Diana o que aconteceu. E conta que Jacinta veio à casa dela após a morte de Fernando e disse que estava sendo vigiada, antes da morte de Fernando. Helô, Isa e Nathan fogem do posto. Ocorre o enterro de linda, Adrian chora muito, Aisha consola-o. Florentino aparece no velório. Maria conta a Gláucia, que Igor está se dopando.                                                                                                                                Fique com as emoções de hoje.

CENA 1/CASA DOS BARBOSA/SALA/TARDE/INT.

Gláucia (revira os olhos) – Que conversa é essa Maria, o Médci nunca faria uma bobagem dessas.

Gláucia anda pela sala e senta-se no sofá e cruza as pernas. Maria vai até ela.

Maria (aflita) – É verdade dona Gláucia! Eu peguei isso (tira no celular e mostra a foto a ela) uma foto do medicamento e descobri por uma farmacêutica que era tarja preta. 

Gláucia (pega o celular e franze a testa) – Alprazolam... (Começa a ri) Ai ai, Maria, que tarja preta o que? Isso é calmante. Deixa o rapaz quieto mulher, acho que está vendo pêlo em ovo.

Maria reage mal e sai dali, indignada. 

Maria (Já longe da sala) – Essa mulherzinha fútil, não ver nada na frente dos olhos, a não ser jóias e bolsas... Eu mesma vou tirar o Médci dessa. Meu menino...

CENA 2/CEMITÉRIO PAZ ETERNA/TARDE/EXT.

Florentino chega até o caixão de Linda  que está já dentro da cova funda e coloca um buquê de rosas em cima. Ele afasta um pouco o rosto dos óculos e limpa a lágrima que descia, e depois concerta os óculos na cara. Adrian abraça ele chorando.

Florentino (afasta-o abruptamente) – Saia de perto de mim, moleque! Não sossegou enquanto não tirou a vida de sua mãe né!

Foca no rosto de Adrian, ao lado de Pâmela e Aisha chocadas.

Adrian chora muito.

Pâmela (intervém brava) – Seu escroto do caralho! Não ver o quanto ele está sofrendo, você tem coração? Acho que tem uma pedra aí dentro, só pode!

Florentino (bravo) – Não se meta menina, isso é entre mim e esse daí! 

Adrian (vai em direção a ele com sangue nos olhos, e quase que derruba Pâmela ao empurrá-la para o lado) – E você! Você é o quê Senhor Florentino! Nunca ligou para minha mãe! Largou ela para viver com aquela piranha da Mila, grávida, sozinha. 

Florentino (bravo, olha nos olhos dele, grita) – Isso o que ela te contou! Pelo jeito fez minha caveira para ti. Você não sabe nem metade do que essa (aponta para o caixão) vagabundinha fez...

Neste instante Adrian dá uma bofetada na cara do pai. Todos ficam chocados. Aisha vira o rosto. E Pâmela solta um gritinho e coloca as mãos na boca, calando-a chocada.

Continuação imediata da cena 2

Florentino respira ofegante e o sangue sobe, ele dar duas bofetadas do lado e do outro no rosto de Adrian que cai no chão. Ele tenta tirar o cinturão para dá-lhe uma surra. 

Pâmela (intervém) – Por favor, Florentino! Não faça isso! Por favor, respeite o velório. Por favor!

Florentino (acalma-se, desiste de tirar o cinto, ele levanta Adrian pela a gola da camisa social que usava.) – Olha aqui seu merdinha! Não esqueça que sou seu pai, o que você fez aqui, não vai ficar por isso mesmo... Só não te dou uma surra aqui, no meio de toda essa gente, por que ainda tinha um pouco de respeito por sua mãe, apesar de ela não merecer. 

Florentino larga ele e vai embora, pisando firme e decidido a deixar o local, a todo custo. Pâmela ajuda Adrian a levantar, as pessoas ficam chocadas. 

Adrian (grita, chorando) – Miserável! Mentiroso! Miserável!

Pâmela (arrasada) – Calma amor. Se controla...

Adrian (põe-se de pé) – Me deixa em paz! 

Ele sai correndo.

Pâmela (grita) – Adrian! Volta aqui! Adrian!

Aisha (acalma ela) – Calma Pâm. Deixa ele pensar...

Pâmela (chorando) – Tenho medo de ele fazer besteira. Ai meu pai.

Aisha abraça a amiga. 

CENA 3/HOSPITAL PÚBLICO MARAISA PESSOA/TARDE/INT.

Gloria chega em um carrinho de emergência e levam ela desacordada para o quarto, pois vai ser examinada pelo médico. James, aguarda por notícias. James vai até a recepção. 

James (tenso) – Olá boa tarde. Poderia me dizer se Benevides Souza está internado neste hospital? Pois ele sofreu agressão física na madrugada de hoje. Pode ver aí para mim?

Recepcionista – Ah, sim o rapaz que apanhou na rua... Veio sim! Ele passou por cirurgia mas agora o estado de saúde dele é instável. Você quer visita-lo? É irmão dele?

James (feliz) – Sou primo dele, posso vê-lo?

Recepcionista (sorri) – Claro, quarto 4, você vai aqui em frente (Aponta com a mão estendida, para uma direção) e depois dobra a esquerda, pronto.

James sorri e a mulher também, ela morde os lábios, pois rolou um clima, entre os dois. E ao vê-lo saindo.

Recepcionista (fogosa) – Que pedaço de mau caminho! Ai me atiçou! 

James olha para trás ela sorri e mexe no cabelo e acena, envergonhada. Ele ri.

No quarto 4...

James adentra ao quarto e ver Benê dormindo ele está com a cabeça enfaixada e com o rosto todo inchado. 

James (balançando a cabeça negativamente) – Ai primo. O que você está fazendo de sua vida...

Benê acorda.

Benê (tenta levantar, mas sente uma dor fina entre as costelas) – Ahhh! Ai! O que aconteceu?

James (impedindo de ele se mexer) – Não se mexe, ainda não sei seu estado clínico. Parece que você foi operado. 

Benê (aflito) – Me cortaram? Ah não! Que droga. 

James – Parece que sim, a recepcionista falou que você tinha sido operado, não sei de que ainda?

O médico adentra ao quarto. 

Médico (educado) – Olá, olha quem temos aqui... Irmãos?

James (sorri) – Primos.

Médico (sorri) – Bem parecidos. 

Benê e James se entreolham, pois o homem é totalmente afeminado.

Médico – Como está Benevides? Sente dor?

Benê (dolorido) – Especificamente onde? Tudo dói!

Médico (ri) – Na região das costas, costelas?

O homem levanta o lençol e após tenta levantar a camisola que o Benê usa, ele fica incomodado e tenta impedi-lo de ver suas partes íntimas, pois percebe que está nu.

Benê (empurrando-o de leve) – Ei o que está fazendo?

Médico (desvia o olhar, e olha para James e depois olha para Benê) – Rapaz, não se preocupe, fui eu quem te operei, e se está preocupado em eu ver seu bilau, não se preocupe... Tenho o meu e do meu namorado para analisar todos os dias, e só hoje vi 13 pênis. Então o seu não vai ser o primeiro... Então se posicione reto para mim ver com está sua operação. 

James se segura para não ri. Benê olha para ele e aperta os olhos, roxo e enxado. O médico levanta a camisola de Benê para ver o corte feito por ele. 

Benê (ordena a James) – Olha para lá!

James (gargalha) – Calma cara, se esqueceu que até então tomávamos banho juntos. Lembra.

Médico (sorri e olha para James e depois para Benê) – Hummmm...

Benê (incomodado) – Não é nada disso que você está pensando, éramos crianças...

Médico (franze a testa) – Eu não falei nada. Cada um vive a vida como quer. E falei hum por conta do seu... (James ri) corte. 

James gargalha alto. E Benê fica bravo. 

Médico (sério) – Enfim Benevides, seu corte está normal, sem infecção, e tenho que te contar que tivemos que tirar uma costela sua pois ela estava quebrada e perfurando o seu pulmão e isso te levaria a morte. Mas foi um sucesso e você praticamente nasceu de novo. Parabéns. 

Ele bate palmas para ele e James também, todos estão alegres. 

Benê (pega nas mãos do doutor, e olha lá no fundo dos olhos dele) – Obrigado doutor! Você salvou minha vida.

Médico (sorri, envergonhado) – Para, assim você me deixa corada. Foi só meu trabalho, amo que eu faço! Fique bem em repouso. Amanhã ou após você poderá voltar para casa. Qualquer coisa me chama. ok?

Benê (sorri) – Ok. E desculpe por ter parecido inconveniente ao impedir o senhor de ver meu... Corte, desculpa se te julguei mal.

Médico (sorri) – Senhor não, eu sou novinho me chama de Victor. Que  nada rapaz, as pessoas acham que só por que sou gay, pensam que eu vou assediar, e tals, mas não é bem assim, eu não sou assim. Então de boas, você não é o primeiro que faz isso. Pelo menos você reconheceu, que estava agindo mal... Teve um dia (sussurra) que um senhor me chamou de baitola e disse que queria ser atendido pela enfermeira, pode uma coisa dessa? Tive que chamar a enfermeira para aplicar uma injeção na bunda do homem, enfim... O mundo está cheio de pessoas escrotas e sem noção. Então de boas, anjinho. Você foi educado ao pedir desculpas.

Benê (gargalha) – É todos merecem respeito. Obrigado Doutor.

O homem consente com a cabeça e sorri. Ele sai.

James (sorri) – É rapaz esse médico é bem educado. Julgam ele mal por ser gay, mas também são seres humanos, com alma e emoções. Parabéns pela atitude, sei que aí dentro está meu priminho que tomava banho comigo a 3 anos atrás.

Benê gargalha e joga o travesseiro na cara dele. Os dois gargalham alto.

CENA 4/CASA DE MIDIAN/TARDE/INT.

Carla chega a casa da mãe. Ela está apressada. 

Carla (agoniada) – Mãe! Está pronta?

Cínthia (aparece) – Ela está deitada e não quer sair do quarto.

Carla (arregala os olhos) – Ela está passando mal? Ai meu pai.

Carla corre até o quarto da mãe. Midian está enrolada dos pés a cabeça. 

Carla (assustada) – Misericórdia, por que ela está assim? Mãe?!

Carla tenta tirar o lençol de cima dela. Ela puxa-o para si.

Midian (grita, e se cobre novamente) – Me deixa em paz. Eu estou ótima.

Cinthia (revira os olhos) – Ela está fazendo corpo mole para ir ao médico que você marcou. 

Carla (revira os olhos) – Mas mãe? Você tem que saber o que você tem, o que dessas tonturas? Pode ser algo sério.

Midian (grita, som abafado por conta do lençol) – Eu não quero! Vá você! Você que deve está doente e precisa de um psiquiatra.

Carla (grita) – Pode me internar depois. Mas você vai sim, nem se for amarrada. Onde já se viu! Vamos levante!

Carla arranca o lençol de Midian que está encolhida.

Carla (olha para Cinthia e depois para mãe e as duas gargalham) – Onde já se viu, dona Midian, parece criança. Nem criança dá um perrengue desses. Hahah.

Midian aperta os olhos. E encara-a com ódio.

CENA 5/CASA DOS BARBOSA/ESCRITÓRIO DE NONATO/TARDE/INT.

Nonato está girando a aliança de casamento no dedo, e está pensando longe. Ele pega o celular e tira a aliança e põe em cima da mesa ele disca um número e coloca o celular na orelha. O som do celular fica mais alto em cena, e chama, com bips pausados.

Call on

Patrícia (off) – Alô, Nonato, tudo bem?

Nonato (sorri) – Estou ótimo, estava aqui sem fazer nada e queria ouvir sua voz. Vamos hoje, estou cheio de tesão para ti dar!

Corta para cena 6

CENA 6/CASA DE PATRICIA/SALA/TARDE/INT.

Patrícia morde os lábios, e coloca o um dos seios para fora (grandes e bonitos) e alisa o mamilo. E dá uma suspirada profunda e fecha os olhos.

Patrícia (gemendo) – Ai Nonato, vem daqui a pouco para cá, eu estou subindo pelas paredes. Quero sentir sua rola grande dentro de mim! Faz tempo que não dou para ti. Vem que estou tesuda por você!

Ela tira o outro mamilo e fica brincando com os dois. E geme diante da voz de Nonato que fala sacanagens no outro lado da linha. Ela abre as pernas e coloca a mão dentro da saia e faz movimentos giratórios e pula de tesão.

Volta cena 5.

Nonato (excitado) – Eita, pelo jeito, já está começando sem mim? Eu estou de pau duro. Louco para te penetrar. Ai, que gemida boa. Ohhhhh! 

Ele coloca o pênis para fora e neste momento Maria entra e ele se assusta deixa o celular cair. E ele vai ao chão para pega-lo e colocar o pau para dentro das calças. Maria fica sem entender.

Nonato (debaixo da mesa do escritório) – Que susto Maria! Bata na porta! Na próxima vez te demito na hora. 

Maria (desconfiada) – Desculpa seu Nonato, é que eu não fiz a limpeza do seu escritório ainda, hoje a Ludmila está de folga, e eu estou sozinha. 

Patrícia (off) – Amorzinho? O que aconteceu? 

Nonato (ainda abaixo da mesa, sussurra) – Depois te ligo. 

Nonato desliga a chamada

Call off

Maria (desconfiada) – Precisa de ajuda aí?

Nonato (grita) – Não! Aliás o que está fazendo aqui ainda. Some! Sai!

Maria – Mas tenho que limpar o escritório.

Nonato (grita mais alto) – Não está vendo que eu ainda estou aqui não! Sai vamos, antes que eu te demita. Sai!

Maria deixa o local assustada e fecha a porta. Nonato levanta e corre para trancar o local, ele abotoa a calça, que está ainda entreaberta e suspira fundo.

Nonato (bravo) – Que velha pentelha, cortou meu barato... ainda ponho essa esclerosada no olho da rua! Ah ponho! 

CENA 7/FRANÇA/ALGUM LUGAR/TARDE/EXT.

A ambulância para no acostamento. Helô e Isa saem da cabine principal. E vão até a traseira do veículo e abre os portões. Dentro do local observa-se Natan sentado no carrinho de emergência e o homem acordado ao lado de Natan, amarrado. Ele tenta pedir socorro, mas sua boca está amordaçada. 

Isa (sobe na cabine e vai até ele, ela saca um canivete e coloca no pescoço do rapaz) – Se falar algo, ou gritar, ao menos resmungar eu te corto. Ouviu bem!

O homem se desespera.

Helô (revira os olhos) – Amorzinho, ele não está entendendo patavinas que você diz. 

Isa (Da um sorriso torto) – Esqueci. Uh, mira bien. Si gritas ou... Como se fala resmungar em Espanhol?

Helô (revira os olhos) – Ai meu pai me dê paciência... (Ao homem, que está confuso e assustado) En resumen, te está amenazando con un cuchillo. Si abres la boca, baila. ¡Él entendió!

O homem continua com os olhos arregalados. 

Helô (grita) - ¡Él entendió!

O homem concorda com a cabeça. Ele urina nas calças e o líquido escorre.

Isa (afasta-se, abruptamente) – Acho que você, fez ele entender demais. O pobre, mijou nas calças. Ui, que fedor! (Isa põe a mão no nariz e aperta)

Helô (revira os olhos) – ¡Qué cartón! ¡Sé un hombre, no un pato!

Nathan (revira os olhos) – Da para irmos embora logo. Estou com as pernas dormentes de ficar deitado todo o tempo.

Helô (preocupada) – Você consegue andar?

Nathan – Se for perto sim. 

Helô (franze a testa até enrugá-la) – Na verdade não sei. Não faço noção de onde estamos. 

Isa (assustada) – O quê? Estamos rodando a horas, era para nós já está em Madrid.

Helô (desce do veículo e olha para o final da estrada não vê nada e olha para o outro lado tem uma placa quase perto deles) - BIENVENUE  EN FRANCE, PAU A 60 KM. BORDÉS A 150 KM? Hã França? Estamos na França?!

Isa (desce ligeiramente do veículo) – Como é que é? Como que estamos na França?! 

Elas observam a placa e tem um outra placa maior ao lado com outdoor bem grande. Escrito “S'il vous plaît, ne buvez pas en conduisant. Nous luttons tous contre la mort accidentelle et les accidents de la route. Gouvernement de la Nouvelle-Aquitaine. Ensemble, nous sommes plus forts.” Tradução: “Por favor, não beba enquanto dirige. Estamos todos lutando contra a morte acidental e atropelamentos. Governo da Nova Aquitânia. Juntos somos mais fortes.”

Isa (franze a testa) – Meu pai amado, entender espanhol é um porre, agora francês é uma merda. Não entendo nada. O que diz?

Helô (assustada) – Eu diabos sei? O dinheiro só deu para estudar Espanhol. Meu pai amado, como que estamos na França? como que não percebi isso?!

Isa (revira os olhos) – E depois eu que sou lesada. Nunca vi, a Europa é um ovo. Quando se pensa que está num país, está em outro, eu hein! 

Nathan desce e Isa o ajuda. 

Nathan – Que foi? Por quê o alarde, eu ouvi França?

Isa (revira os olhos, inquieta) – Sim, a jamanta aqui nos trouxe para França. 

Helô (brava, grita) – Cala essa boca, Isa! Você fala tanto e come o juízo da gente que nem percebi que estávamos fora da Espanha. E o pior que eu nem sei o que diabos aquele outdoor diz. (Senta numa pedra e coloca o queixo entre as mãos frustrada.)

Nathan anda com muletas. Ele observa o outdoor.

Nathan (traduzindo) -  “Por favor, não beba enquanto dirige. Estamos todos lutando contra a morte acidental e atropelamentos. Governo da Nova Aquitânia. Juntos somos mais fortes.”

Isa (arregala os olhos e fica boquiaberta) – Ele sabe falar francês.

Helô (revira os olhos) – Hum... sabe falar francês. Isso é só para mostrar o poliglota que é?

Nathan (Revira os olhos, se achando) – Mon amour, eu sou o melhor dessa equipe, por que se depender de vocês duas, estaríamos perdidos.

Helô (brava) – É sabichão! Tanto é que o imbecil resolveu ser atingido pela polícia e nós tivemos que fritar cobra para sobreviver naquela mata.

Isa (franze a testa) – Cobra? Que cobra?

Helô (grita) – Cala a boca Isa! (A Nathan) Já que o nosso renomado líder (já eleito) sabe de tudo, ele que nos tire daqui. Vamos, se mexa.

Nathan (gargalha) – Isso é tudo despeito, por eu ser melhor que você? 

Helô (grita) – Inconveniente! Mandão!  Chatooo!

Isa (grita) – Da para se acalmar! Os dois brigar agora não vai adiantar nada. Nathan, tire a gente daqui...

Nathan (arregala os olhos) – Eu? Por que eu?

Isa (revira os olhos) – Por que você, é o único nessa merda que sabe falar francês, se vire. Vamos. 

Neste minuto, o cara que estava amarrado na ambulância consegue se soltar e ele corre para a rodovia. Helô percebe e corre atrás dele.

Helô (correndo ofegante) – Ei! Para!  Ele está fugindo! 

Isa corre atrás. Nathan fica parado não pode correr e avista as duas correndo atrás do homem. Neste momento passa por ele um carro em super velocidade, arrastando o pneu no asfalto e fazendo um barulhão.

Nathan (assustado) – Quem são esses! 

O carro alcança o rapaz e entra na frente dele o obrigando parar. Ele fica acuado. Frozen e Vandame descem. 

Os dois apontam uma arma para ele: - ¡detenido!

O homem ergue as mãos. 

Helô e Isa param um tanto distantes dali.

Helô (assustada, ofegante) – Quem são aqueles... Espera aí... (Observa direito) Frozen?!

Isa (arregala os olhos) – Vandame!

Com medo o rapaz, tenta correr novamente e Vandame atira contra ele, que cai no chão. Fronzen grita: Nãooooo! Helô e Isa soltam um grito. Isa tampa a visão com as mãos e Helô tampa a boca com as mãos, assustada.

CENA 8/RIO DE JANEIRO/RUA/FIM DE TARDE/EXT.

Adrian está sentado deprimido em cima de uma ponte ele olha para o horizonte pensativo ele chora.

FLASHBACK ON

***

2007

Adrian chega em casa chorando pois apanhou na rua. Linda vai até ele.

Linda (preocupada) – Meu filho, o que aconteceu? Você está machucado. Deixa eu ver...

Adrian (mostra o corte) – Os meninos me pegaram na rua, e me bateram.

Linda (abraça o filho) – Não se preocupe mamãe vai cuidar de você. Te amo, meu amor.

***

Cena capítulo 4

Adrian (chateado) – Entra. O que foi? Se for para brigar, não estou afim. Já estou bem estressado com essazinha aí! (estende a mão e aponta para a mãe)

Linda (revira os olhos) – Essazinha?! Beleza, não esperava menos de você, Adrian. Vou para o meu quarto. (Ela percebe que nem cumprimentou Pamela) Pam desculpa, nem te cumprimentei direito. Bom dia, como você está?

Pâmela (vai até Linda e beija suas mãos) – Estou indo meu bem. E você?

Linda (sorri) – Ir não vou mais né, não ando… mas estou bem, na medida do possível.

Adrian (bruto) – Tá bom Linda, pode ir agora. Sai vamos.

Pâmela olha chocada para ele. Linda balança a cabeça e vai para o quarto, girando com as mãos as rodas da cadeira. 

***

Adrian (vai em direção a ele com sangue nos olhos, e quase que derruba Pâmela ao empurrá-la para o lado) – E você! Você é o quê Senhor Florentino! Nunca ligou para minha mãe! Largou ela para viver com aquela piranha da Mila, grávida, sozinha. 

Florentino (bravo, olha nos olhos dele, grita) – Isso o que ela te contou! Pelo jeito fez minha caveira para ti. Você não sabe nem metade do que essa (aponta para o caixão) vagabundinha fez...

Neste instante Adrian dá uma bofetada na cara do pai.

***

Florentino (acalma-se, desiste de tirar o cinto, ele levanta Adrian pela a gola da camisa social que usava.) – Olha aqui seu merdinha! Não esqueça que sou seu pai, o que você fez aqui, não vai ficar por isso mesmo... Só não te dou uma surra aqui, no meio de toda essa gente, por que ainda tinha um pouco de respeito por sua mãe, apesar de ela não merecer. 

Florentino larga ele e vai embora, pisando firme e decidido a deixar o local, a todo custo. Pâmela ajuda Adrian a levantar, as pessoas ficam chocadas. 

Adrian (grita, chorando) – Miserável! Mentiroso! Miserável!

FLASHBACK OFF

Adrian (abraça o joelhos e chora) – Me perdoa mãe, eu sou um miserável. Um... Sozinho... Nunca vou me perdoar pelo que te fiz. Nunca.

Ele chora muito e a Cam vai dando distância dele, até ele ficar pequeno no quadro.

CENA 9/CASA DOS SAMPAIO/NOITE/INT.

Diana desce com uma mala grande. Dinorah está com Blanca na sala, e ao ver a situação franze a testa. 

Dinorah (indo até ela) – Para que essa mala, Diana?

Diana (sorri) – Eu não engoli essa história mal contada da dona Jacinta não. Vou já para BH resolver isso! 

Dinorah arregala os olhos chocada e olha para a mãe, que está inexpressiva.

Foca no rosto de Diana decidida.

Congelamento 1: A imagem de Diana é congelada em uma tela lilás.

CENA 10/CASA DOS BARBOSA/QUARTO DE MÉDCI/NOITE/INT.

Médci dorme profundamente. A caixa de calmante está ao lado da cama no criado mudo. Maria adentra ao local, cautelosa. Ela percebe que ele nem se mexe. Chega até perto da cama.

Maria (sussurrando) – Medci! Igor, levanta rapaz! Passou o dia todo aí deitado, vá junto com a sua namorada ao cinema, a praia, faça algo de aproveito. Medci!

Ela mexe nele, ele não se mexe.

Maria (arranca o lençol, que cobria ele por completo) – Médci! Ai meu Deus, menino!

Tenta acordá-lo e nada. Ela se desespera e sai aos gritos. Ela desce as escadas quase passando mal.

Maria (gritando, horrorizada) – Dona Glaúcia! Seu Nonato! Socorro! 

Glaúcia (vem correndo da cozinha, assustada) – O que foi, Maria! O Nonato saiu! O que aconteceu?!

Maria (chorando muito) – O Médci! Ele... Ele...

Glaúcia (desesperada, assustada) – Fala mulher, o que aconteceu com meu filho?! Fala! Vamos!

Maria (desmoronando) – Ele... Ele Morreu!

Glaúcia (arregala os olhos) – Quê!? 

Congelamento 2: A Imagem de Glaúcia assustada congela em uma tela vermelha.

Congelamento 3:  As duas imagens se encontram lado a lado, se tornando homogêneas e escorrendo pela tela.

FIM DO CAPÍTULO.

No próximo capítulo... 

Vandame mata o rapaz com um tiro nas costas e deixa todos assustados. Dinorah discute com Diana, mas ela está decidida a ir atrás da verdade. Glória vai até o quarto de Benê e pede para o filho, seguir o caminho certo. Pedro conversa com um estranho na net e marcam um encontro.