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Entre Vidas - Capitulo 04

 


ENTRE VIDAS - CAPÍTULO 04 (REPRISE)

EDIÇÃO: CAPÍTULO 04 ORIGINAL 

Cena 01: Noite - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Frente da Igreja Nossa Senhora de Fátima
Todos estão na frente da igreja abraçando e cumprimentados os recém casados.
Adriana: Parabéns prima te desejo felicidades.
Lua: Muito obrigado.
Miguel: Quero dizer a todos que este é o dia mais feliz de minha vida, casei-me com a mulher que amo.
Lua: Eu também te amo meu amor.
Márcia: Cuide bem de minha filha, quero vê-los felizes.
Neste instante um homem com o rosto coberto por uma máscara se aproxima e aponta uma arma para Lua assustando a todos que começam a gritar.
Homem armado: Me entregue às joias ou você morre.
Miguel: Se acalme é dinheiro que você quer?
Ele atira para o alto.
Homem armado: Fiquem quietos ou atiro em vocês.
Márcia: Entregue minha filha.
Lua: Tome as joias.
Homem armado: Passe-me todas.
Miguel então vai para cima do homem e os dois começam a lutar. Miguel cai e o homem então resolve atirar.
Homem armado: Desgraçado.
Ele então atira em direção a Miguel.
Lua (gritando): Miguel não.
Lua entra na frente e leva o tiro para salvar a vida de seu amado. Naquele instante a festa de casamento, virou um pesadelo e o dia mais feliz da vida de Lua e Miguel ficou marcada por uma tragédia. Lua então cai e morre nos braços do amado. O homem roubou as joias e fugiu.
Miguel (chorando): Lua meu amor não morra...
Mostram cenas da alma de Lua saindo de seu corpo e revendo toda a sua vida, seus atos bons e sua imensa caridade praticada em vida. A alma de Lua percebe que ainda não cumpriu sua missão em terra.

Cena 02: Noite  - 1920 - Zona Rural
Em uma pequena fazenda uma mulher da a luz com muita dificuldade a uma garota, ela lhe da o nome de Diana.
Mulher: Minha pequena filha você vai se chamar Diana, linda como o dia. 

Cena 03: Noite - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Hospital
Todos estão desesperados com a morte de Lua e começam a chorar sobre seu corpo. Logo chega a ambulância que a leva para o hospital, mas a mesma já chega sem vida.
Márcia: E como ela está doutor? Diga-me que conseguiu salvá-la.
Médico: Eu sinto muito, infelizmente foi impossível salvá-la.
Márcia fica desesperada e começa a gritar no hospital. Ela então toma um calmante e é confortada pelo genro Miguel e pela mãe Rosa. Branca e Adriana apenas assistem o sofrimento de Márcia, Miguel e Dona Rosa.

Cena 04: Noite - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Apartamento
Adriana e Branca retornam para o apartamento.
Branca: Você teve algo haver com a morte de sua prima?
Adriana: Tive sim mamãe. Mandei César roubar as joias.
Branca: Você só pode ter ficado louca!
Adriana: Não planejei a morte de minha prima. Mas não me sinto mal por isso. 
Branca: E se nos descobrirem?
Adriana: Jamais vão desconfiar de nós. 
Branca: Você não deveria ter feito isso. Era melhor termos roubado depois.
Adriana: Ela não merecia ser feliz. Teve um final merecido.
Branca: Ninguém pode saber de seu envolvimento com tudo isso. É melhor fugirmos.
Adriana: Iriam desconfiar. Deixe comigo tenho um bom plano.
Neste instante toca a campainha, era César.
César: Aqui estão as joias. 
Ao abrir a caixa com as joias os olhos de Adriana brilham e um vento gelado deixa todos com calafrios.
Branca: O que faremos agora?
Adriana: Não podemos vender as joias causariam suspeitas demais.
César: Então o que faremos?
Adriana: Deixe as joias comigo. Você tem que fugir, pode ser um suspeito. Foi noivo dela.
Branca: Ela tem razão.
César: Não irei sem você meu amor.
Adriana: Terá que ir.
Adriana entrega a César uma boa quantia em dinheiro.
César: E o homem que me ajudou? O que faço com ele?
Branca: Mate-o. O encontre em algum lugar e lhe dê algo para beber. Coloque isso em sua bebida.
Branca entrega um veneno a César.
Adriana: Um dia nos reencontraremos. Agora você tem que ir e fugir.
César: Farei isso, para me proteger. Mas um dia irei voltar para ficarmos juntos.
César sai e as duas escondem as joias dentro de um cofre.

No dia seguinte...

Cena 05: Dia - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Cemitério
Estão todos reunidos para prestarem o último adeus a Lua. Miguel e Márcia estão extremamente abatidos e choram muito durante todo o velório. Adriana se aproxima de Miguel e diz:
Adriana: Minha prima era uma pessoa muito boa.
Miguel: A melhor que eu conheci em minha vida.
Adriana: Ela está em um bom lugar.
Miguel: Tudo foi minha culpa.
Adriana: Não se culpe Miguel, foi uma fatalidade.
Adriana abraça Miguel e completa:
Adriana: Se precisar de uma amiga estarei aqui para te ajudar e dar apoio.
Adriana começa a se interessar por Miguel e decide que o quer para ser seu marido. Após as homenagens o corpo de Lua é enterrado. Miguel decide ir morar com Márcia e Rosa, para juntos cicatrizarem as feridas desta perda.



Cena 06: Noite - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Casa da família Hoffmann
Miguel: Não sei se um dia serei feliz novamente.
Márcia: Lua levou consigo minha vontade de viver.
Rosa: Temos todos que ser fortes. Será muito difícil superar, mas temos que tentar.
Branca: Ela era uma boa moça.
Miguel: Muito boa, era encantadora!
Adriana: Se precisar de alguém podem cotar comigo.
Márcia: Obrigada querida. 
Rosa: Eu só peço que não mecham no quarto dela. O deixe lá como um local só dela.
Miguel: Claro que sim. 
Márcia: Era o local favorito dela na casa.
Eles, portanto decidem manter o quarto de Lua, como uma recordação dela e da pessoa que foi.

18 anos depois...

Cena 07: Noite - Cidade de Pedra Azul - 1938 - Frente da Igreja Nossa Senhora de Fátima
Após 18 anos Miguel ainda não se casou e permanece muito triste pela morte de sua amada esposa. Ele realmente a amava muito. Adriana se mostrou uma grande amiga e ficou todos os anos ao lado de Miguel, tentando conquistá-lo, porém sem sucesso. Márcia e Rosa se dedicam a ações de caridade para preencher o tempo e curar as feridas da alma. Reunidos na igreja a família Hoffmann está na missa de 18 anos de falecimento de Lua, sentindo a mesma dor do dia de sua morte.
Márcia: Miguel meu querido acho que chegou o momento de você refazer a sua vida.
Miguel: Não me sinto preparado ainda.
Márcia: Não faça isso apenas por você, faça pela Lua ela iria querer isso.
Rosa: Márcia tem razão meu filho, você ainda é jovem merece ser feliz.
Miguel: Nunca amarei alguém, assim como amei Lua.
Adriana fica com raiva e pensa:
Adriana (pensando): Mesmo morta aquela infeliz continua atrapalhando minha vida.

Cena 08: Noite  - 1938 - Zona Rural
Diana é uma linda menina que ficou órfã aos 10 anos e desde então morou sozinha. Ela ainda está dormindo em sua simples casa quando acorda assustada.
Diana: Meu Deus ainda com este sonho. O que será que isto quer dizer?
Diana sonha repetidas vezes com pessoas e uma cidade que não sabe aonde fica, ela só vê uma grande Pedra Azul no centro da cidade.
Neste instante sua amiga Eva entra em seu quarto.
Eva: Parabéns pelos seus 18 anos.
Diana: Obrigada minha amiga. Fico feliz por ter você comigo. 
Eva: Sempre serei sua amiga. Na verdade te considero minha irmã.
Diana: Você é uma única família que tenho.
Eva: Tenho certeza, que onde estiverem seus pais estão orgulhosos de você. 
Diana: Obrigada.
Eva: Mas por que está com essa cara de assustada? Vai me dizer que continua com aquelas dores no peito?
Diana: Não as dores passaram. Na verdade elas vão e voltam.
Eva: Então o que foi?
Diana: Eu continuo sonhando com pessoas que não conheço, e uma cidade com uma grande pedra azul no meio.
Eva: Tenho uma surpresa para você.
Diana: Qual?
Eva: Se for mesmo da maneira como você me descreveu antes, eu descobri onde fica a cidade dos seus sonhos?
Diana: Quer dizer que ela existe?
Eva: Existe sim.
Diana: Preciso ir para lá. Não sei o motivo, mas meu coração me manda ir para este local. Talvez lá minha vida faça sentido.
Eva: Eu acredito que todos nós tenhamos uma missão aqui nesta terra. Talvez lá esteja a sua. 
Diana: Pode ser. É tão difícil entender os sonhos.
Eva: Existem mais mistérios entre o céu e a terra que nós humanos possamos estender.
Diana: Pena que terei que ir sozinha e lá não conheço ninguém.
Eva: E quem disse que irá sozinha? Eu irei com você.
Diana: É sério? Muito obrigada.
As duas amigas se abraçam e com o pouco dinheiro que tem guardado decidem ir para Pedra Azul.
Eva: Para nossa sorte não fica muito longe, então não teremos muitos gastos.
Diana: Ainda bem. Quando chegarmos temos que procurar trabalho.
As duas então fazem as malas e partem rumo a cidade de Pedra Azul.

Cena 09: Tarde - Cidade de Pedra Azul - 1938 - Apartamento
Adriana e Branca conversam sobre Miguel.
Adriana: Estou apaixonada pelo Miguel, mamãe.
Branca: Você é uma idiota não deveria ter se apaixonado.
Adriana: Foi impossível evitar. Estando tão próxima a ele todo esse tempo.
Branca: Você tem que arrumar uma maneira de fazer ele ficar com você. 
Adriana: Eu irei conseguir, custe o que custar. 
Branca: E até agora continuamos pobres sem poder usufruir das joias.
Adriana: Já te disse que não iremos vender as joias. 
Branca: E por quê?
Adriana: Elas simbolizam muito mais que dinheiro. Simbolizam minha vitória sobre a Lua.
Branca: Essa obsessão por sua prima morta já é algo doentio.
Adriana: Chame do que quiser mamãe. Em breve irei arrumar uma maneira de me casar com Miguel, ai sim seremos ricas e não vamos precisar tocar nas joias.

Cena 10: Noite - Cidade de Pedra Azul 
Na entrada da cidade uma mulher misteriosa chega à cidade e assim que pisa os pés em Pedra Azul ela diz:
Mulher misteriosa: Finalmente cheguei em Pedra Azul. Agora só falta te encontrar para poder me vingar, Branca.

Continua...

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